Liberação de ativos presentes em feromônio comercial de moleque-da-bananeira, em sistema fechado, sob diferentes temperaturas

Resumo

Semioquímicos são substâncias utilizadas na comunicação de seres vivos sendo na maioria voláteis para melhor dispersão no meio. Segundo estudos, os maiores responsáveis pela atratividade do Cosmopolites sordidus em produto comercial disponível, são os isômeros A e D, seguidos de B e C significativamente com menor. É sabido que a temperatura pode modificar a velocidade de volatilização, disponibilidade e intensidade de moléculas. Entretanto, tais fenômenos não têm sido levados em conta na recomendação deste feromônios. Desta forma, visando determinar os efeitos da temperatura na disponibilidade/intensidade, analisou-se os isômeros ópticos diastereoisómeros de sordidin (A, B, C, D e E) - empregados nas armadilhas de controle de Cosmopolites sordidus -, por meio de testes com temperatura controlada e analisados por cromatográfica em fase gasosa acoplada a um espectrômetro de massas (CG-MS). Em vials de 20mL lacrados hermeticamente, 10µL do produto foram colocados e incubados por 5 minutos sob temperaturas testes de 10, 20, 30, 40, 50ºC, determinados por SPME/CG-MS (CG-MS com microextração em fase sólida)  com reanálise dos frascos a cada 60 minutos, em triplicata, por seis horas. Os feromônios, a 10ºC ficaram pouco disponíveis e em baixíssima intensidade; a 20ºC sua intensidade de liberação aumenta e a disponibilidade se torna linear por todo tempo de análise. A partir dos 30ºC a intensidade de sua liberação aumenta drasticamente e sua disponibilidade é reduzida a 20%, após 4 horas. Desta forma, sabendo que a temperatura influencia na disponibilidade e intensidade de sordidin, recomendações específicas para uso em campo devem considerar variações em função da temperatura. O emprego de armadilhas contendo feromônios compostos por sordidin podem ter sua ação modificada pela temperatura ambiental no momento de sua aplicação, sendo necessários testes em sistemas abertos.