Efeito do sombreamento nos teores de clorofila em goiabeira-serrana
Resumo
As respostas em relação à disponibilidade de luz podem refletir na capacidade de adaptação das espécies ao ambiente no qual estão se desenvolvendo. O objetivo deste trabalho foi avaliar os teores de clorofila a, clorofila b e clorofila total em goiabeira-serrana (Acca sellowiana (O. Berg.) Burret.) submetida a níveis de sombreamento. Os tratamentos testados foram 0 (pleno sol), 30, 50 e 80% de sombreamento. Os níveis de sombreamento foram obtidos mediante uso de telas de náilon preta Sombrite®. Para avaliar os teores de clorofila foram utilizadas 12 plantas (repetições) por tratamento, submetidas durante 21 meses aos níves de sombreamento. Coletou-se duas folhas da parte superior de cada planta e, procedeu-se à retirada de três discos foliares com 0,6 cm de diâmetro de cada folha, em laboratório. A extração foi feita com imersão dos discos foliares em 5,0 mL de dimetilsulfóxido (DMSO) sendo mantidos no escuro, em banho-maria à 65 °C, até ficarem translúcidos. As leituras de absorbância foram realizadas em espectrofotômetro UV/VIS (Shimadzu modelo UV-1800) a 649,1 nm (clorofila a) e 665,1 nm (clorofila b). Para todos os teores de clorofila avaliados (clorofila a, clorofila b e total) nas folhas de goiabeira-serrana não houve diferença significativa entre os níveis de sombreamento utilizados, indicando que o aumento do teor de clorofila das folhas não é uma estratégia de adaptação ao sombreamento que ocorre na espécie. Outras adaptações fisiológicas ou morfológicas devem ser investigadas para determinar quais modificações conduzem à adaptação da espécie ao sombreamento.
