Análise de crescimento e desenvolvimento de diferentes cultivares de pessegueiro em pomar experimental da UFFS-Cerro Largo

  • Marcelo Schmitt Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Jorge Gustavo Pinheiro Barbosa Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Clemice Franciele Lorenz Colling Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Evandro Pedro Schneider Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Débora Leitzke Betemps Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Tatiane Chassot Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A cultura do pessegueiro, por ser de clima temperado apresenta dormência, demandando acúmulo de horas de frio para entrada em novo fluxo de crescimento.  Da mesma forma, no período de crescimento vegetativo a cultura se adapta de forma diferencial à condição edafoclimática e de manejo, de forma que sua adaptação em diferentes locais e especialmente em sistema de produção de base ecológica, justifica a necessidade da avaliação dos parâmetros bioagronômicos das diferentes cultivares, para a recomendação de uso. Objetivou-se avaliar o crescimento e desenvolvimento de diferentes cultivares de pessegueiros, conduzidos em sistema de produção de base ecológica. O experimento foi avaliado de maio a outubro de 2018, em pomar experimental implantado na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo, tendo o solo classificado como Latossolo vermelho e o clima como Cfa. Utilizou-se o Delineamento Experimental Inteiramente Casualisado, com quatro tratamentos (cultivares - Chimarrita, Eldorado, BRS Regalo e BRS Kampai) e nove repetições por cultivar, sendo cada unidade experimental composta por uma planta. Os fatores analisados foram a massa fresca e seca da poda, altura de planta, diâmetro do tronco, período de desfolha e a fenologia da brotação e floração. A massa fresca e seca da poda e a altura de planta não apresentaram diferença estatística entre as cultivares. A cultivar BRS regalo, nas condições analisadas do pomar onde foi implantada, foi a que apresentou um maior diâmetro de tronco, diferindo estatisticamente apenas da cultivar Kampai. Para o ano do estudo, foram computados 222 horas de frio abaixo de 7,2ºC ocorrendo com mais intensidade no mês de agosto, no qual foi observado o ápice da desfolha. A desfolha tardia afetou as datas de floração e frutificação que, ocorreram tardiamente, em relação ao período relatado para as cultivares em outros estudos. Em relação aos períodos de brotação, as cultivares não diferiram significativamente entre si.

Publicado
26-04-2019