Comparativo do cultivar de banana ‘BRS Platina’ com ‘SCS Catarina’ nas condições subtropicais do Litoral Sul de Santa Catarina

  • Márcio Sônego Epagri
  • Cristiano Nunes Nesi

Resumo

Os cultivares de banana ‘Prata Anã’ e ‘Catarina’ são os mais produzidos no Litoral Sul de Santa Catarina por apresentarem maior resistência ao vento e ao frio do inverno, e ter preferência no mercado consumidor. Suas folhas são muito susceptíveis aos danos do fungo Mycosphaerella musicola (mal-de-Sigatoka), que pode reduzir a área foliar quando não devidamente tratados com fungicidas. O cultivar ‘Prata Anã’ é também altamente susceptível ao fungo de solo Fusarium oxysporum f. sp cubense, enquanto a banana ‘Catarina’ tem menor susceptibilidade. Visando suprir o mercado de banana do tipo Prata, a Embrapa lançou o cultivar ‘Platina’ com resistência ao mal-de-Sigatoka e ao mal-do-Panamá. Avaliações feitas durante os três primeiros ciclos de produção na Epagri Estação Experimental de Urussanga constataram que a bananeira ‘Platina’ produziu cachos com maior peso do que a ‘Catarina’ a partir do segundo ciclo. O peso médio do terceiro cacho foi 24,1 kg para a ‘Platina’ e 16,9 kg para a ‘Catarina’. A ‘Platina’ apresentou plantas mais altas já a partir do segundo ciclo, com altura média de 405 cm no terceiro ciclo, e a ‘Catarina’ 335 cm. A resistência ao mal-de-Sigatoka resultou em maior número de folhas funcionais à época da colheita da banana ‘Platina’, com média de 9,0 folhas, em comparação a 6,0 folhas da ‘Catarina’, no terceiro ciclo de produção. A produtividade e a resistência da banana ‘Platina’ são características favoráveis ao seu cultivo para o mercado de banana do tipo Prata, em especial no sistema orgânico.

Publicado
22-04-2019