ESPAÇO GEOGRÁFICO, FLUXO E MIGRAÇÕES

contribuições para o debate a partir do transporte rodoviário de passageiros

  • João Henrique Zöehler Lemos Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Geografia Histórica, Transporte rodoviário de passageiros, Oeste Catarinense

Resumo

Entre os processos de (re)apropriação do espaço geográfico, muitas redes de sociabilidade são construídas, entre as quais estão as dinâmicas espaço-temporais relacionadas às migrações (de qualquer qualidade). Estas redes geram fluxos consideráveis de informações, mercadorias, valores e, sobretudo, pessoas. As ondas migratórias analisadas aqui, são as conhecidas a partir do segundo quartel do século XX, momento em que milhares de sujeitos se deslocaram de antigas áreas de colonização com ascendência europeia, no Rio Grande do Sul, e dirigiram-se a Santa Catarina, especialmente na parte mais ocidental deste estado. Esta intensa movimentação seguiu até a década de 1970, com uma gradual redução nas décadas seguintes – embora sempre presente – quando outras dinâmicas se configuraram. Entre elas está a migração rumo ao oeste do Paraná, que iniciou já a partir do final dos anos 1940, e posteriormente estendendo-se ao atual Mato Grosso do Sul, ao Mato Grosso, a Goiás, ao Tocantins, ao Pará e áreas do Nordeste, como o oeste baiano e sudoeste do Maranhão. Neste bojo de relações, foram constituídas diversas empresas de transporte de passageiros, algumas existentes até hoje e outras diversas já extintas. Desta maneira, trabalhamos com a hipótese de que este meio de transporte produz redes entre cidades e lugares, pontos outrora sem relações diretas, mas que hoje se conectam pelo transporte rodoviário de passageiros.

Biografia do Autor

João Henrique Zöehler Lemos, Universidade Federal da Fronteira Sul

Graduando em Geografia (licenciatura), Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó.

Publicado
02-11-2018