RELATO DE EXPERIÊNCIA NA FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA EM PACIENTE COM SUSPEITA DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA COM DEGENERAÇÃO BULBAR

  • Sabrina Padoan Souza UNOCHAPECÓ - Universidade Comunitária da Rgeião de Chapecó
  • Gustavo Vandré Dassi Salvador UNOCHAPECÓ - Universidade Comunitária da Rgeião de Chapecó
  • Michele Minozzo dos Anjos UNOCHAPECÓ - Universidade Comunitária da Rgeião de Chapecó
  • Aline Martinelli Picinini UNOCHAPECÓ - Universidade Comunitária da Rgeião de Chapecó

Resumo

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma degeneração progressiva dos neurônios motores, relacionada com atrofia muscular, fraqueza, fasciculações, indicando comprometimento do neurônio motor inferior e outros sintomas indicando comprometimento do neurônio motor superior, com causa desconhecida. A Paralisia Bulbar acomete nervos cranianos de forma progressiva e degenerativa, rara, com herança genética e esporádica. Relatar a experiência na fisioterapia neurológica em um paciente com suspeita de Esclerose Lateral Amiotrófica com Degeneração Bulbar. R.A.B. 49 anos, reside em Nova Itaberaba – SC. Diagnóstico médico não esclarecido. A partir da avaliação em fisioterapia neurológica, apresentou como problemas principais: alternância de tônus (normal para hipertônico/espástico); encurtamento e fraqueza muscular generalizada; diminuição da amplitude articular e da expansibilidade diafragmática. Diagnóstico fisioterapêutico: alternância de tônus, com paraplegia. Para tratamento elencou-se exercícios para melhora do quadro funcional: mobilização passiva de membros superiores e inferiores, fortalecimento, normalização do tônus, dissociação de cintura pélvica e escapular e exercícios cardiorrespiratórios. Realizaram-se cinco atendimentos, na Clínica Escola de Fisioterapia da UNOCHAPECÓ, com duração de aproximadamente 1 hora, a partir da avaliação em fisioterapia neurológia e dos sinais e sintomas do paciente, permaneceu a suspeita de Esclerose Lateral Amiotrófica com Degeneração Bulbar. Observa-se atraso no diagnóstico, em decorrência dos sintomas graduais. Não se verificou evolução no quadro funcional do paciente, podendo ser devido ao fato de poucos atendimentos, ou ao quadro da patologia, pois esta evolui rapidamente, causando debilidade e atrofia progressiva da musculatura respiratória e dos membros. Conclui-se que ELA é uma patologia de degeneração neuronal progressiva, a qual não possui tratamento específico, onde a fisioterapia atua na melhora da qualidade de vida dos acometidos. Não se obteve melhoras sendo assim, sugere-se continuidade no atendimento fisioterapêutico visto a grande importância no quadro clínico do paciente.

Referências

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Publicado
23-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde