EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CONVERSANDO SOBRE CONDIÇÕES CRÔNICAS

  • Alexandre Inácio Ramos Universidade Federal da Fronteira Sul/Campus Chapecó
  • Cleber Cavagnoli Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus São Miguel do Oeste/SC
  • Raquel Taís Lintener Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus São Miguel do Oeste/SC
  • Jessica Mayara Wolfart Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus São Miguel do Oeste/SC
  • Samuel Spiegelberg Zuge Universidade do Estado de Santa Catariana, Campus Chapecó/SC

Resumo

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Melito (DM) dentre as condições crônicas de saúde são as principais causas de morbidade entre idosos, e ter hábitos saudáveis de vida, contribuem para o controle dessas doenças. Dessa forma, é importante que existam estratégias envolvendo ações de educação em saúde, uma vez que ela é considerada um processo de construção de conhecimentos e conjunto de práticas a fim de contribuir para o autocuidado. Assim, destaca-se que os profissionais podem utilizar como estratégia de intervenção o lúdico, das quais enfatiza-se a palhaçaria, uma vez que é considerada um método criativo e humanizado, que tem potencial para sensibilizar os usuários em condições crônicas de saúde a aderirem as diferentes práticas de autocuidado. O objetivo deste trabalho é relatar a utilização do lúdico, por meio da palhaçaria, na promoção e prevenção da saúde do idoso em condições crônicas de saúde, a partir de uma vivência durante as atividades teórico-práticas. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, durante o Componente Curricular Viver Humano I, cursado no segundo semestre de 2017. Os discentes realizaram uma educação em saúde sobre a importância da alimentação e dos hábitos de vida saudáveis para a prevenção das complicações da HAS e do DM, a partir do lúdico, utilizando-se dos palhaços Zeca e Picolé do Programa de Extensão da UFFS denominado Enferma-Ria. A atividade ocorreu no salão comunitário do bairro Belvedere, Chapecó\SC, e o público alvo foram os idosos com alguma condição crônica de saúde (HAS ou DM), residentes do referido bairro. A atividade se desenvolveu por meio de uma peça teatral, no qual o Zeca interpretava um palhaço com as referidas doenças crônicas e a palhaça Picolé, sua esposa, o qual era hipocondríaca. O enredo da história deu-se pelo descuido com a alimentação do Zeca em relação a suas afecções e a persistência da sua esposa em convencê-lo a alimentar-se adequadamente. A discussão entre os palhaços fixou a atenção do público na peça. Neste momento, uma enfermeira entrou em cena para acalmar o casal e explicar ao senhor Zeca as complicações da HAS e do DM, bem como a forma de preveni-las por meio da alimentação e da prática de exercícios físicos. Ao final da peça, foi aberto espaço para discussão com os usuários sobre os hábitos alimentares e as práticas de exercícios físicos vivenciados por cada um. Indubitavelmente, os profissionais enfermeiros, assim como os acadêmicos de enfermagem, devem ser atuantes na prática de educação em saúde, conscientizando os usuários para que adequem seu estilo de vida, evitando possíveis complicações relacionadas a estas doenças e melhorando desta forma a sua qualidade de vida. Ainda, entende-se que o lúdico pode ser uma ferramenta que contribui para a realização das atividades de educação em saúde, pois permite trabalhar o educar e o educar-se em saúde, proporcionando momentos de criação, integração e socialização das medidas de prevenção e promoção da saúde, possibilitando uma melhor qualidade de vida.

 

Palavras-chave: Idoso; Palhaçaria; Educação em Saúde; Enfermagem.

 

Publicado
21-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde