A ODONTOLOGIA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: INFORMAÇÕES COMO INSTRUMENTOS DE GESTÃO.
Resumo
Durante muito tempo a odontologia ocupou um lugar solitário dentro dos serviços públicos de saúde. A inclusão do cirurgião-dentista na Estratégia Saúde da Família trouxe um novo paradigma para a saúde bucal, principalmente com o envolvimento da família no comportamento dos pacientes. O presente artigo trata da avaliação do serviço odontológico de uma equipe de saúde bucal na Estratégia da Saúde da Família de um município no estado de Minas Gerais, suas especificidades e nós críticos. O serviço odontológico lócus da pesquisa funcionava no ano de dois mil e quinze com uma equipe formada por uma cirurgia-dentista e uma técnica de saúde bucal, com participação das agentes comunitárias de saúde da equipe da Estratégia Saúde da Família. Tratou-se de análise qualitativa e quantitativa de dados provenientes das fichas clínicas, agenda odontológica e de mapas diários do Sistema de informações da Atenção Básica- SIAB e do sistema eSUS do Ministério da Saúde. O estudo identificou o número de pacientes marcados para atendimento por agente comunitária de saúde, as faixas etárias atendidas, indicadores de primeira consulta, procedimentos realizados, tratamentos concluídos e principais motivos que impediram o alcance das metas pactuadas pelo município. Como forma de organizar a rotina de trabalho foi feito um treinamento pela cirurgiã- dentista com as agentes comunitárias de saúde, que envolveu temas sobre as doenças bucais e a função de cada uma dentro da equipe. Ficou estabelecido que as consultas odontológicas fossem marcadas por microárea dentro da demanda apresentada por elas, respeitando e priorizando as necessidades da população adstrita. Apesar da organização do serviço dentro das diretrizes da Estratégia Saúde da Família, o município apresenta resultados que requerem reavaliação da metodologia de trabalho da equipe de saúde bucal e reorganização da infraestrutura de suporte às ações odontológicas preventivas e curativas. O número de pacientes faltosos interferiu negativamente nas metas pactuadas pelo município junto ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da atenção básica, um programa de avaliação do Ministério da Saúde. Diante dos resultados obtidos torna-se necessário uma educação permanente e um contato mais efetivo com essas agentes comunitárias de saúde, para otimização do atendimento, melhoria da gestão e matriciamento dessa equipe.
Referências
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