FATORES ASSOCIADOS À DIFICULDADE FUNCIONAL EM IDOSOS E A RELAÇÃO COM OS SERVIÇOS DE SAÚDE

  • Camila Zanesco Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Danielle Bordin Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Maiara Vanusa Ribeiro Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Celso Bilynkievycz Dos Santos Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Cristina Berger Fadel Universidade Estadual de Ponta Grossa

Resumo

Objetivos: Discutir com base nos dados disponíveis oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013) os fatores associados à dificuldade funcional em idosos e a relação com os serviços de saúde. Metodologia: Estudo exploratório, transversal e quantitativo, com fonte de dados secundários provenientes do inquérito de base populacional – PNS, as variáveis consideradas no estudo, após o tratamento dos dados, foram submetidas a redução de dimensionalidade,  e avaliadas por meio de regressão logística, através do uso do Waikato Environment for Knowledge Analysis (WEKA). Resultados: Considerando que os inquéritos populacionais são uma profícua fonte de dados no entorno do perfil de saúde da população, e vêm crescendo em quantidade e importância nos últimos anos, explorá-los é imprescindível para planejar ações no campo da saúde e reorganização das políticas. Com as alterações na morbimortalidade dos indivíduos o mundo sofre uma inversão da pirâmide etária a qual culmina no aumento significativo de indivíduos acima dos 60 anos de idade, considerados em países em desenvolvimento idosos. Os idosos estão diretamente ligados à dificuldade funcional (DF), entendida como a incapacidade de realização de tarefas pertinentes à vida diária agrupadas em atividades básicas e instrumentais. Com a análise dos dados resultantes da PNS identificou-se  que as chances de desenvolver DF é maior a partir dos 80 anos de idade, indivíduos com menores índices de alfabetização são mais suscetíveis a DF quando consideradas atividades básicas, aqueles que não convivem com cônjuge independente da qualidade de relação tem mais chances de desenvolver DF em relação a atividades instrumentais, quando a avaliação da condição de saúde geral é ruim a probabilidade de desenvolver DF é de 4.77 a mais comparando os indivíduos  que o  avaliam de forma positiva, idosos que deixaram de realizar atividades por qualquer motivo de saúde estão mais susceptíveis a DF. Partindo dos achados pode-se perceber a relação direta da DF com indivíduos, assiste-se atualmente, maior preocupação por parte dos governos para com políticas favoráveis à manutenção da autonomia e independência dos idosos, as próprias pessoas idosas vêm buscando maior protagonismo social; Porém ainda estamos longe do almejado equilíbrio dos diversos aspectos para o público em questão, subentende-se que a atuação de cunho interdisciplinar no campo da saúde, educação, e demais, são difusores da promoção em saúde, e fomentam a prática de ações  de proteção, visto que a influência na DF é multifatorial. Conclusão: A atenção demandada aos idosos deve ser pautada nas reais necessidades, apoiadas na realidade de cada indivíduo, considerando as possibilidades, neste sentido o conhecimento possível por meio do estudo dos inquéritos se faz indispensável e consolida-se como base para futuros planejamentos nos diversos campos da sociedade.

Biografia do Autor

Camila Zanesco, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Enfermeira. Mestranda em ciências da saúde na área interdisciplinar. Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Paraná, Brasil.

Danielle Bordin, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Odontologia Social e Preventiva. Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade Estadual Paulista (UNESP). Docente colaboradora, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Paraná.

Maiara Vanusa Ribeiro, Universidade Federal da Fronteira Sul
Acadêmica do curso de bacharelado pela Universidade Federal da Fronteira Sul
Cristina Berger Fadel, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Odontologia Social e Preventiva. Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Universidade Estadual Paulista (UNESP). Docente Adjunto, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Paraná.

Publicado
21-03-2018
Seção
Planejamento e Gestão dos Sistemas de Saúde