PERFIL DOS ÓBITOS DA POPULAÇÃO INDÍGENA EM SC – BRASIL

  • Paula Brustolin Xavier UNOESC - SC

Resumo

Objetivo: descrever a frequência dos óbitos ao longo da série histórica de 2007 a 2016 na população indígena de Santa Catarina. Metodologia: Estudo transversal de dados secundários disponíveis nas bases do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Baseou-se nos óbitos ocorridos entre os anos de 2007 a 2016 no estado de Santa Catarina SC, Brasil, daqueles cujo a raça foi identificada como indígena, de ambos os sexos. Foi realizada análise descritiva, dos seguintes dados: sexo, faixa etária, grupo causa capítulo CID-10 e ano de ocorrência. Resultados: No período estudado foram registrados 456 óbitos na população indígena. Observou-se que no ano de 2009 houve a maior ocorrência de óbitos (13,16%), seguido do ano de 2012 (11,18%) e dos anos de 2015 e 2016 ambos com a mesma frequência (10,53%). Em relação ao sexo, houve uma concentração nos óbitos masculinos representando 60,53% do total, evidenciando sobremortalidade. Quanto a faixa etária, nos homens o maior predomínio dos óbitos foi entre 50-59 anos (14,86%), enquanto nas mulheres ocorreu entre os 80 e mais anos (28,33%). Já os < de 1 ano representaram 10,5% do total. Em relação ás principais doenças que levaram a mortalidade em ambos os sexos considerando os capítulos da CID-10, foram: doenças do aparelho circulatório (19,29%), causas externas
(14,69%) e doenças do aparelho respiratório (12,5%). Conclusões: Sugere-se que as políticas públicas voltadas às populações indígenas no Brasil devam direcionar suas estratégias de gestão, para a construção dialogada, desta forma respeitando a diversidade étnica. As ações em saúde quando construídas em parceira com os mecanismos de controle social e apoiadas a partir da realidade, tornam se passíveis de melhoria no impacto dos indicadores de saúde para essa população.

 

Palavras-chave: serviços de saúde do indígena; saúde de populações indígenas; planejamento e gestão em saúde.

Biografia do Autor

Paula Brustolin Xavier, UNOESC - SC

Enfermeira formada pela UFPel - RS, mestrado em Saude Coletiva pela UNOESC - Joaçaba. Atualmente cursando Doutorado em Saude Coletiva pela UNISINOS - Sao Leopoldo RS.

Servidora publica desde 1991, atuo no serviço de Vigilancia em Saúde - Secretaria Municipal de Caçador SCA . Trabalho na docencia desde 2002 na area Ciencias da Vida

Publicado
21-03-2018
Seção
Planejamento e Gestão dos Sistemas de Saúde