A PERCEPÇÃO DA PROMOCÃO DE SAÚDE ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO COM ADOLESCENTES NA ESCOLA
Resumo
Resumo: Objetivo: Relatar uma experiência de educação em saúde desenvolvida com meninas adolescentes de Chapecó. Método: desenvolveu-se, no componente curricular “O Cuidado no Processo de Viver Humano II”, da sétima fase do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, uma atividade de integração com meninas adolescentes do 8°e 9° ano do ensino fundamental, da Escola Básica Municipal Maria Bordignon Destri, no município de Chapecó/SC. A atividade teve a finalidade de estabelecer comunicação com as adolescentes e abordar temáticas nas quais elas tivessem dúvidas. O percurso metodológico da atividade compreendeu três etapas. Na primeira etapa, desenvolvida no dia anterior à atividade de educação em saúde, o grupo de estudantes convidou as adolescentes e pediu que escrevessem dúvidas e/ou temas para serem abordados na intervenção em um papel que seria depositado em uma caixa. A segunda etapa compreendeu o planejamento da atividade de forma dinâmica. A terceira etapa, na qual foi desenvolvida a atividade, primeiramente houve apresentações e uma breve roda de conversa. Na atividade, as participantes transitaram por ilhas que abordavam uma das temáticas por elas solicitadas (educação sexual, crescimento e desenvolvimento, autoestima e bem-estar, planejamento familiar e aspectos psicossociais) e produziram cartazes. Resultados: os cartazes produzidos foram apresentados pelas participantes gerando um debate sobre dúvidas e fundamentando a construção dos projetos de felicidade de cada participante, nos quais apontaram sonhos e objetivos futuros. Conclusão: Contribuir para melhorar a qualidade de vida da população, promover saúde e prevenir agravos é uma prática prevista na Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, o que pode ser alcançado com educação em saúde. O profissional enfermeiro possui competências adquiridas durante a graduação para desenvolver interações com a população em diferentes cenários. Na adolescência, a sensibilização depende da comunicação e do vínculo prévio, sendo importante trabalhar com as demandas dos próprios adolescentes. Em intervenções com adolescentes há necessidade de empatia, de se despir de formalidades e de estabelecer comunicação horizontal. Com a atividade percebeu-se a diversidade de informações que as meninas possuíam, muitas delas obtidas com amigas ou pela internet. A comunicação horizontal entre os estudantes de enfermagem e as adolescentes possibilitou relatos do cotidiano, situações peculiares, desabafos, relatos de tomadas de decisões errôneas, bem como reflexões e abordagem de possíveis condutas posteriores que as adolescentes poderiam adotar. Tomar como ponto de partida da atividade de educação em saúde os interesses das próprias participantes possibilitou diferentes diálogos e tornou mais atrativas as trocas de saberes, de curiosidades e de experiências. Em termos da formação do enfermeiro, a atividade propiciou o desenvolvimento de habilidades necessárias ao exercício da profissão, tais como comunicação, trabalho em equipe, avaliação de situações e planejamento de intervenções coerentes com as necessidades da população.
Publicado
20-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde