A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
Resumo
O envelhecimento humano está associado ao risco de desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas. Entre as doenças que acometem os idosos, destaca-se as que comprometem a visão, a mais severa é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) que leva a perda visual irreversível e não possui um tratamento eficaz. A DMRI, assim como outras morbidades crônicas está associada a alterações no metabolismo celular, com destaque ao estresse oxidativo. O número de casos de DMRI aumenta consideravelmente com a idade afetando cerca de 8,5 a 27,9% da população com mais de 75 anos. A incidência dessa patologia aumentou nas últimas décadas na ordem de 30 a 40%, apesar de outras doenças oftalmológicas como a catarata e o glaucoma, que atingem a mesma faixa etária, terem apresentado redução dos seus registros. Estima-se que 196 milhões de pessoas no mundo serão afetadas pela DMRI até 2020 chegando a atingir 288 milhões no ano de 2040. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi fazer uma revisão sobre a importância do diagnóstico precoce da DMRI para os idosos. Como metodologia foi realizado uma revisão de literatura dos artigos publicados referente ao tema DMRI, diagnóstico precoce, tratamento e qualidade de vida. As consequências da DMRI na qualidade de vida dos idosos são consideráveis. Segundo a literatura a qualidade de vida de um paciente com DMRI precoce é similar a uma pessoa com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) sintomático e quanto a DMRI chega em estágios mais avançados é semelhante ao câncer de próstata metastático com dor pouco controlada. Além disso, com a perda de visão, o indivíduo fica menos ativo e apresenta maior risco de depressão. Tais dados sugerem o grande impacto desta doença no âmbito da saúde pública, adquirindo especial relevância devido ao crescente aumento da longevidade verificado nos últimos anos. Sendo assim o diagnóstico precoce da DMRI é de fundamental importância, pois permite que os idosos possam fazer um acompanhamento da progressão da doença com o médico oftalmologista, buscando reduzir ou minimizar os efeitos da doença, melhorando dessa forma a qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave: Idosos. Acuidade visual. Qualidade de vida. DMRI.