COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS IMEDIATAS NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: REVISÃO INTEGRATIVA

  • Deborah Cristina Santin Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó
  • Lucas Soares dos Santos Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó
  • Rosana Amora Ascari Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó

Resumo

R

esumo: O objetivo deste estudo é descrever o que a literatura aborda a respeito da temática: complicações pós-operatórias na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Trata-se de um estudo qualitativo, de revisão integrativa de literatura por meio de busca nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Web of Science e PubMed com identificação da temática complicações pós-operatórias. Foram identificados 846 artigos, os quais foram importados para o Programa Sophie para aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultando na inclusão de 13 publicações no escopo deste estudo. A partir da análise dos resultados emergiram sete categorias, a saber: Especialidades médicas envolvidas; Intervenções para prevenção de complicações pós-operatórias; Fatores que interferem no aumento de complicações; Principais complicações identificadas na SRPA; Presença de comorbidades no pré-operatório; Reintervenção cirúrgica; SRPA e mortalidade. No que se refere às especialidades médicas envolvidas, as mais citadas são Cardiologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Neurologia. Em relação às intervenções para prevenção de complicações, apenas um artigo relata o uso de infusão venosa aquecida, manta térmica, colchão térmico, cobertor e enfaixamento dos membros para a prevenção de hipotermia na sala operatória. Destaca-se o tempo de cirurgia, obesidade, índice resistivo renal diminuído, cesariana em comparação ao parto vaginal, histórico médico e tipo de cirurgia foram fatores que interferem no aumento das complicações. As complicações prevalentes nos estudos foram sangramento ou hemorragia, arritmia, hipoxemia, hipotermia, hipotensão, parada cardíaca, sepse e insuficiência respiratória aguda. Já em relação a presença de comorbidades pré-operatórias, prevaleceram: diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e insuficiência cardíaca congestiva. Na categoria reintervenção cirúrgica, um estudo relata esse episódio devido a parada cardiorrespiratória e sangramento. No que diz respeito a SRPA e mortalidade, um estudo indica que o local da parada cardíaca, o aumento da idade e a maior duração da parada foram preditores para uma menor taxa de sobrevivência. Outro, identificou que a taxa de mortalidade após cirurgias cardíacas foi de 3,6% e a taxa de falha de resgate de pacientes no pós-operatório foi de 19,8%. As pesquisas apontam que as complicações pós-operatórias são múltiplas e evidentes. Neste sentido, é fundamental que a equipe de enfermagem da SRPA conheça a sintomatologia das complicações, bem como as complicações mais prevalentes em sua unidade, de modo a identificá-las eficientemente e assim prestar os cuidados necessários para a prevenção e tratamento destas complicações. Logo, o enfermeiro da SRPA também apresenta papel essencial na execução de tarefas assistenciais e gerenciais para que estas complicações sejam minimizadas, de forma a garantir a qualidade da assistência no pós-operatório imediato e preservar a segurança do paciente.

 

Palavras-chave: Complicações pós-operatórias; Assistência de Enfermagem; Segurança do paciente.

 

Biografia do Autor

Deborah Cristina Santin, Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó
Acadêmica de Enfermagem, Universidade do Estado de Santa Catarina
Lucas Soares dos Santos, Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó
Acadêmico de Enfermagem, Universidade do Estado de Santa Catarina
Rosana Amora Ascari, Universidade do Estado de Santa Catarina Campus Chapecó
Doutora e Docente de Enfermagem, Universidade do Estado de Santa Catarina
Publicado
03-03-2018
Seção
Saberes e Práticas de Atenção à Saúde