COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS IMEDIATAS NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: REVISÃO INTEGRATIVA
Resumo
R
esumo: O objetivo deste estudo é descrever o que a literatura aborda a respeito da temática: complicações pós-operatórias na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Trata-se de um estudo qualitativo, de revisão integrativa de literatura por meio de busca nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Web of Science e PubMed com identificação da temática complicações pós-operatórias. Foram identificados 846 artigos, os quais foram importados para o Programa Sophie para aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultando na inclusão de 13 publicações no escopo deste estudo. A partir da análise dos resultados emergiram sete categorias, a saber: Especialidades médicas envolvidas; Intervenções para prevenção de complicações pós-operatórias; Fatores que interferem no aumento de complicações; Principais complicações identificadas na SRPA; Presença de comorbidades no pré-operatório; Reintervenção cirúrgica; SRPA e mortalidade. No que se refere às especialidades médicas envolvidas, as mais citadas são Cardiologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Neurologia. Em relação às intervenções para prevenção de complicações, apenas um artigo relata o uso de infusão venosa aquecida, manta térmica, colchão térmico, cobertor e enfaixamento dos membros para a prevenção de hipotermia na sala operatória. Destaca-se o tempo de cirurgia, obesidade, índice resistivo renal diminuído, cesariana em comparação ao parto vaginal, histórico médico e tipo de cirurgia foram fatores que interferem no aumento das complicações. As complicações prevalentes nos estudos foram sangramento ou hemorragia, arritmia, hipoxemia, hipotermia, hipotensão, parada cardíaca, sepse e insuficiência respiratória aguda. Já em relação a presença de comorbidades pré-operatórias, prevaleceram: diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e insuficiência cardíaca congestiva. Na categoria reintervenção cirúrgica, um estudo relata esse episódio devido a parada cardiorrespiratória e sangramento. No que diz respeito a SRPA e mortalidade, um estudo indica que o local da parada cardíaca, o aumento da idade e a maior duração da parada foram preditores para uma menor taxa de sobrevivência. Outro, identificou que a taxa de mortalidade após cirurgias cardíacas foi de 3,6% e a taxa de falha de resgate de pacientes no pós-operatório foi de 19,8%. As pesquisas apontam que as complicações pós-operatórias são múltiplas e evidentes. Neste sentido, é fundamental que a equipe de enfermagem da SRPA conheça a sintomatologia das complicações, bem como as complicações mais prevalentes em sua unidade, de modo a identificá-las eficientemente e assim prestar os cuidados necessários para a prevenção e tratamento destas complicações. Logo, o enfermeiro da SRPA também apresenta papel essencial na execução de tarefas assistenciais e gerenciais para que estas complicações sejam minimizadas, de forma a garantir a qualidade da assistência no pós-operatório imediato e preservar a segurança do paciente.
Palavras-chave: Complicações pós-operatórias; Assistência de Enfermagem; Segurança do paciente.