ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA COM EPILEPSIA: ASPECTOS SOBRE SUA VULNERABILIDADE

  • Shayane Luiza Rebelatto Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó
  • Greice Cristine Scheneider Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó
  • Luana Roberta Scheneider Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó
  • Lucimare Ferraz Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó

Resumo

Esse trabalho tem como objetivo promover reflexões sobre o tema atenção à saúde Epilepsia e subsidiar a elaboração de ações e políticas que possibilitem minorar as vulnerabilidades das crianças e adolescentes portadoras desse agravo. Trata-se de uma reflexão teórica sustentada pelo referencial da vulnerabilidade em saúde de autores Brasileiros. Crianças e adolescentes portadores de Epilepsia estão expostos a diversas situações de vulnerabilidade, e assim, considera-se de extrema relevância reconhecer os impactos e comprometimentos na qualidade de vida dessas crianças, uma vez que são vistos como portadores de uma condição diferenciada dos demais indivíduos ao seu redor. Nos aspectos individuais, os sintomas da doença e os efeitos adversos das medicações os vulnerabilizam fisicamente, emocionalmente e socialmente. Nos aspectos coletivos, a restrição às atividades de lazer, o estigma e o preconceito da sociedade são elementos que compõe a vulnerabilidade social dessas crianças e adolescentes. Dessa forma, cuidar apenas dos fatores fisiológicos das crises epiléticas absolvendo o conceito de saúde - que a refere como um bem estar físico, mental e social - é corromper a compreensão de que o ser humano deve ser visto de maneira íntegra. Portanto, o conceito que tange à vulnerabilidade nos permite identificar que a qualidade de vida das crianças epilépticas não está atrelada apenas aos fatores de saúde-doença individual, mas sim da integração deste com fatores sociais e institucionais, sendo as ações interdisciplinares e intersetoriais são misteres para atenuação das vulnerabilidades desse publico. Assim, compreender os processos fisiológicos e sociais da epilepsia é imperativo para os profissionais de saúde e da educação, para que num trabalho coletivo, junto a todos os envolvidos, minorem os aspectos de vulnerabilidade de crianças e adolescentes epiléticos.

Biografia do Autor

Shayane Luiza Rebelatto, Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó
Acadêmica do décimo período do curso de Medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó. Atuou como bolsista (ago/2013- ago/2014 e de jan/2015 - dez/2016) no grupo de pesquisa Ambiente e Saúde. Participou como membro do grupo de pesquisa Envelhecimento Humano e Saúde no ano de 2016 . Atuou como bolsista (2014-2015) do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - Pet-Saúde: REDES DE ATENÇÃO DOMICILIAR À SAÚDE DO IDOSO COM VULNERABILIDADE E DEFICIÊNCIA.

Referências

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Publicado
03-03-2018
Seção
Saberes e Práticas de Atenção à Saúde