CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGIO DE PACIENTES HIV POSITIVOS PRIVADOS DE LIBERDADE EM UMA PENITENCIÁRIA DO OESTE DE SANTA CATARINA

  • Alessandra Paiz Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Felipe Ongaratto Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Chapecó/SC.
  • Filomena Marafon Universidade Federal de Santa Catarina
  • Aline Mânica Universidade Federal de Santa Maria
  • Beatriz da Silva Rosa Bonadiman Universidade Federal de Santa Maria
  • Margarete Dulce Bagatini Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A vitamina D compreende um pré-hormônio esteroide com inúmeras funções, entre as quais se verifica uma associação com a modulação do sistema imune, sendo que quadros de hipovitaminose estão relacionados ao aumento da taxa de mortalidade em pacientes soropositivos para o HIV, o que representa preocupação para a saúde pública. O objetivo deste estudo é caracterizar o perfil dos pacientes HIV positivos privados de liberdade de uma penitenciária do Oeste de Santa Catarina. Trata-se de um recorte do projeto de pesquisa intitulado “Efeitos da vitamina D sobre indicadores de resposta imune em pacientes soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV-1), em uma população privada de liberdade do Oeste Catarinense”, aprovado pelo edital 385/UFFS/2016, sendo submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos através da Plataforma Brasil na Universidade Federal da Fronteira Sul e aprovado com número CAAE 62711516.6.0000.5564. A coleta de dados se deu a partir de um formulário a fim de coletar dados de identificação, demográficos, tempo de diagnóstico da infecção e via de transmissão,, utilização de terapia antirretroviral, exposição ao sol e dieta. Foram analisados 12 pacientes HIV positivos, privados de liberdade, tornando-se possível identificar que 33,33% possuem de 20 a 30 anos, 33,33% têm de 30 a 40 anos e 33,33% possuem mais que 40 anos de idade, 83,33% apresentam ensino fundamental incompleto, 8,33% fundamental completo e 8,33% ensino médio completo. Destes pacientes analisados, 91,67% pertencem ao regime prisional fechado e 8,33% ao regime semi-aberto, sendo que 33,33% possuem de 0 a 3 anos de prisão, 50% de 3 a 6 anos e 16,67% mais de 6 anos. Ainda, 83,33% não realizam nenhum tipo de atividade laboral e 16,67% realizam. Quanto à tonalidade da pele, 75% apresentam a pele branca, 16,67% pele parda e 8,33% pele negra. Já no que se refere à exposição solar, 58,33% realizam exposição diariamente em um tempo de duas horas, 16,67% realizam de duas a três vezes semanais, 8,33% realizam uma vez por semana e 16,67% não se expõe a luz solar. Em relação ao consumo de alimentos que contenham vitamina D, 50% consomem este tipo de alimento. Em relação ao vírus HIV, 33,33% tiveram o contato com o vírus através da via sexual, 8,33% pelo uso de drogas e 58,33% ignoraram esta informação. 91,67% realizam tratamento com antirretroviral (TARV) e 8,33% não realizam. Quanto ao tempo de uso do TARV, 50% realizam o tratamento e 0 a 3 anos, 25% de 3 a 6 anos e 16,67% realizam o tratamento a mais de 6 anos. Sendo assim, a caracterização deste público é de extrema importância para conhecê-los e evidenciar ações e medidas que possam contribuir para a promoção da saúde da população HIV positiva privada de liberdade, considerando ser uma população de baixo nível de escolaridade e que necessita de atenção e ações que contribuam para melhora da qualidade de vida.

 

Descritores: Hipovitaminose, HIV, Vitamina D.

Biografia do Autor

Alessandra Paiz, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
Alessandra Paiz, acadêmica do curso de graduação em efermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC.
Felipe Ongaratto, Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Chapecó/SC.
Acadêmico do 3º período de medicina pela Universidade Federal da Fronteira Sul/Campus Chapecó/SC.
Filomena Marafon, Universidade Federal de Santa Catarina
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina
Aline Mânica, Universidade Federal de Santa Maria
Doutoranda  do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas - Bioquímica Toxicológica pela Universidade Federal de Santa Maria
Beatriz da Silva Rosa Bonadiman, Universidade Federal de Santa Maria
Mestre em farmacologia pela Universidade Federal de Santa Maria
Margarete Dulce Bagatini, Universidade Federal da Fronteira Sul
Docente dos cursos de Enfermagem e Medicina do Campus Chapecó
Publicado
13-06-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde