RELATO DE EXPERIÊNCIA: OFICINA SOBRE AUTONOMIA APRESENTADA NA 24ª FEIRA INTERNACIONAL DE COOPERATIVISMO (FEICOOP) E FEIRA LATINO AMERICANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

  • cristiane carla sanders Universidade Comunitária da Região de Chapecó (unochapecó)
  • Keli Raquel Secchi Universidade comunitária da região de Chapecó (Unochapecó)
  • Roberta Lamonatto Taglietti Universidade comunitária da região de Chapecó (Unochapecó)

Resumo

Objetivo: A incubadora tecnológica de cooperativas populares da Unochapecó, busca por meio da incubação despertar a autonomia de seus empreendimentos, visando o processo de empoderamento e autossuficiência, bem como de saúde de seus incubados. A oficina buscou apresentar o método utilizado in loco nos empreendimentos sobre o tema e valorizar o catador de materiais recicláveis na busca de autonomia de seus direitos gerando qualidade de vida. Metodologia: Utilizou-se do método de roda de conversa e dinâmica de apresentação de fotos das oficinas desenvolvidas, para instigar a autonomia nos empreendimentos de catadores de materiais recicláveis incubados no Oeste de Santa Catarina. Resultados: Compreende-se que o trabalho dos catadores de materiais recicláveis surge no Brasil frente a uma realidade de pobreza, capitalismo em relações de desigualdades e padrões de competitividade. A necessidade de sobrevivência faz com que muitos encontrem na catação de materiais, em áreas urbanas, uma forma de trabalho e sustento, quase sempre insalubre, porém digna. Com base nos trabalhos que vem sendo realizados, percebe-se que as associações na atualidade estão em um processo de formação de identidade, autonomia e busca por maior visibilidade social e qualidade de vida. Nesta direção é que a oficina perpassou, apresentando o método utilizado para empoderamento e estimulação à valorização e conhecimento dos catadores de materiais, com base na teórica na Psicologia Social Comunitária. Um subcampo que busca compreender esta realidade, a partir da complexidade social, constituiu este processo de identidade dos catadores nas análises, oficinas, conversas formais e informais, que contribuem e contribuíram na identidade individual e coletiva dos incubados, aplicando o conhecimento sobre a Política de Resíduos Sólidos, conquista do registro do catador de material reciclável na Classificação Brasileira de Ocupações, o Movimento Nacional de catadores de Materiais Recicláveis, direitos em saúde e conhecimentos específicos em saúde tanto mental quanto física, as quais estimulam o despertar do sentimento de valorização. Entretanto, é necessário trabalhar neste processo, enquanto equipe multidisciplinar, na busca por uma associação organizada do ponto de vista social, econômico/financeiro, relacional e de segurança no trabalho, aspectos estes que podem contribuir para estimula-los a valorização do seu trabalho perante a sociedade. Conclusão: Fazer parte do processo de formação social de um indivíduo ou grupo, identificar as dificuldades enfrentadas e refletir sobre mudanças positivas no grupo e ou individuo, conquistas e desafios, é um avanço importante e necessário, principalmente para aqueles que acreditam na Economia Solidária.

 

Palavras-chave: Catador; Economia solidária; Empoderamento.

Publicado
23-02-2018
Seção
Saberes e Práticas de Atenção à Saúde