IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEGURANÇA DO PACIENTE: O PAPEL DOS ALUNOS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

  • Carolina Pagliarin Brüggemann Faculdade SENAC São Miguel do oeste
  • Juliana Ribeiro Faculdade Senac
  • Juleide Disner Faculdade Senac
  • Sther Kollet Faculdade Senac
  • Suzete Freitas Souza Faculdade Senac

Resumo

Há algumas décadas pesquisadores tem estudado problemas relacionados a prestação de serviços nas instituições hospitalares. Tais problemas refletem diretamente na segurança do paciente no ambiente hospitalar e, principalmente, podem ocasionar Eventos Adversos que se caracterizam por temporários ou permanentes. Frente a essa realidade, em 2013, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária institui, por meio da RDC Nº 36 de 25 de julho de 2013, ações para segurança do paciente. Ainda em 2013, outro avanço vem das Portarias nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013, ambas aprovam os protocolos de Segurança do Paciente e considerando que os “protocolos de Segurança do Paciente são resultado de consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade, precisão de indicação e metodologia”. Diante do exposto, emergiu a necessidade de envolver e sensibilizar a equipe de enfermagem a luz desta temática. Para tanto, um grupo de alunos do Curso Técnico de Enfermagem se propôs a sensibilizar e capacitar a equipe de enfermagem da Sociedade Hospitalar São Miguel do Oeste a partir do Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde. A ideia emergiu, quando em sala de aula questionávamos: qual a nossa contribuição para a melhoria da qualidade a saúde em nossa comunidade? Como poderemos mudar a cultura da segurança do paciente? Assim, o projeto se desenvolveu em quatro etapas: 1) elaboração do material. 2) Apresentação em sala de aula. 3) Capacitação da Equipe de Enfermagem Hospital São Miguel: organizada por turnos de trabalho, durante dois meses aconteceram as capacitações. 4) Feedback através de indicadores: a partir das capacitações, a Instituição Hospitalar implementará a gestão da segurança dos pacientes por meio de indicadores. A vinda dos estudantes do curso Técnico em Enfermagem in loco, capacitar por meio dos pares, sensibilizou a equipe de enfermagem sobre os benefícios da implementação de práticas seguras, principalmente quando oportunizou qualidade nos serviços prestados. Consideramos que a inserção dos alunos no mundo do trabalho, com o objetivo de transformar o cenário das práticas assistenciais, alia ensino e trabalho, objetivo fim da formação técnica. Importante destacar que a implementação do projeto e a repercussão na qualidade da assistência teve um marco significativo: Prêmio de Talento Profissional 2016, 1ª lugar etapa local e 3° lugar etapa estadual, evidenciando a importância do ensino participando continuamente na melhoria continua dos processos nas instituições de saúde.

Biografia do Autor

Carolina Pagliarin Brüggemann, Faculdade SENAC São Miguel do oeste
Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Graduação em enfermagem pelo Centro Universitário Franciscano. Especialista em Educação Profissional na área da saúde: Enfermagem e em Gestão de Serviços Públicos de Saúde. Tem experiência na área deEnfermagem, com ênfase em Enfermagem Assistêncial. A Atualmente Diretora Assistencial do Hospital SãoMiguel.
Juliana Ribeiro, Faculdade Senac
Egressa do Curso Técnico Enfermagem
Juleide Disner, Faculdade Senac
Egressa do Curso Técnico em Enfermagem
Sther Kollet, Faculdade Senac
Coordenadora do Nucleo de Educação Básico da Faculdade Senac São Miguel do Oeste
Suzete Freitas Souza, Faculdade Senac
Enfermeira, professora da Faculdade Senac e coordenadora assistencial do centro cirúrgico Sociedade Hospitalar São Miguel do Oeste

Referências

DURO, Ana Paula de Medeiros. Estudo de caso para ensino: “Errar é humano: um desafio na busca da segurança do paciente em unidade pública de saúde / Ana Paula de Medeiros Duro. – 2015.

MENDES, Walter; Travassos, Claudia ; Martins, M ; NORONHA, José Carvalho. Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais. Revista Brasileira de Epidemiologia (Impresso), São Paulo, v. 8, n.dezembro, p. 393-406, 2005.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_humanizasus_atencao_hospitalar.pdf

MENDES, Walter et al. Características de eventos adversos evitáveis em hospitais do Rio de Janeiro.Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2013, vol.59, n.5, pp.421-428. ISSN 0104-4230. http://dx.doi.org/10.1016/j.ramb.2013.03.002.

MENDES, Walter; TRAVASSOS, Claudia; MARTINS, Mônica and MARQUES, Priscilla Mouta. Adaptação dos instrumentos de avaliação de eventos adversos para uso em hospitais brasileiros. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2008, vol.11, n.1, pp.55-66. ISSN 1415-790X. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2008000100005.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o ministerio/principal/secretarias/sas/dahu/seguranca-do-paciente

Publicado
20-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde