A ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: SUPERVISÃO DE COBERTURA VACINAL EM MUNICÍPIOS QUE PERTENCEM A UMA REGIONAL DE SAÚDE

  • Jéssica Rohden Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Maíra Cássia Borges de Oliveira Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Francielli Girardi Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Fernanda Moschetta Garim 4ª Gerencia de Saúde de Chapecó
  • Katyane Tedesco 4ª Gerencia de Saúde de Chapecó
  • Fernanda Metelski Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Resumo:

Objetivo: Descrever a experiência na supervisão de cobertura vacinal dos municípios pertencentes a Vigilância Epidemiológica, em âmbito estadual, para uma Região de Saúde. Metodologia: Relato de experiência a partir do Estágio Curricular Supervisionado II (ECS II), do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/CEO), desenvolvido no segundo semestre de 2017, no setor de Vigilância Epidemiológica da Gerência Regional de Saúde (GERSA) responsável pela região Oeste de Santa Catarina (SC). A supervisão ocorreu a partir de uma capacitação sobre supervisão da cobertura vacinal para os 37 municípios que compõem a GERSA, realizada nos dias 20 e 21 de setembro de 2017. Foi utilizado o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização SI-PNI, pelos profissionais da saúde para o levantamento dos dados que seriam trabalhados no dia da capacitação. Para avaliar as coberturas vacinais de cada município, foi utilizado o instrumento padrão de supervisão de cobertura vacinal da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), composto por perguntas abertas e fechadas. Durante a capacitação, os profissionais foram orientados para o preenchimento do instrumento e análise da cobertura vacinal do seu município. Os dados obtidos com a supervisão foram digitados no FormSUS, e enviados para a gerência de imunização da DIVE. Resultados: Participaram da capacitação 36 municípios, totalizando 52 profissionais da área da saúde, entre eles 26 enfermeiros (50%) e 21 técnicos de enfermagem (40,38%). Foram identificadas quatro potencialidades a partir da capacitação, que se constituiu uma ação de educação para o trabalho a partir das necessidades dos serviços: (I) a concentração dos profissionais para a utilização do SI-PNI, demonstrando a preocupação com a qualidade dos dados; (II) interesse e atenção nas proporções das coberturas vacinais de rotina, dos imunobiológicos que compõem o calendário nacional de imunização; (III) participação nas discussões, e propostas de estratégias de intervenção nos municípios para alcançar melhores resultados, (IV) identificação e correção dos erros de digitação, valorizando esse procedimento como uma rotina institucional que deve ser realizada pelos três níveis de atenção. As dificuldades encontradas na capacitação foram três: (I) a proposição de mudanças, pois inserir novas tarefas sempre gera alguma resistência; (II) capacitar diversos profissionais de saúde com diferentes formações e experiências em um mesmo momento; e, (III) a utilização de recursos de informática e o desconhecimento dos relatórios do SI-PNI, bem como a adequada alimentação dos dados. Conclusões: Os dados obtidos por meio da supervisão da cobertura vacinal foram imprescindíveis para discutir e redefinir as prioridades de vacinação de cada um dos municípios. Observando as coberturas vacinais inadequadas, percebeu-se a necessidade de intervenções de enfermagem, estimulando a tomada de decisão a partir de evidências, monitorando e realizando busca ativa da população para uma adequada prevenção, alimentando sistemas, com o intuito de controlar a incidência das doenças e agravos imunopreveníveis e contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas. A participação das acadêmicas de enfermagem na capacitação possibilitou o aprimoramento dos conhecimentos técnico-científicos, unido teoria e prática, ressignificando a futura atuação profissional, estabelecendo vínculos e troca de saberes.

Publicado
16-02-2018
Seção
Planejamento e Gestão dos Sistemas de Saúde