METODOLOGIAS ATIVAS NO APRENDIZADO DE ANATOMIA: PROMOÇÃO DE FORMAÇÃO CRÍTICA DOS ESTUDANTES NA ÁREA DA SAÚDE

  • Lorraynne Camila Moreira Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Édina Starck Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Mayara Luiza da Silva Lopes Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Roberto Nakasato de Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Débora Tavares de Resende e Silva Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

Resumo: O uso das Metodologias Ativas como recurso didático no aprendizado contribui na formação crítica  reflexiva dos estudantes do ensino superior, sendo uma ferramenta didática que o docente oportuniza para o processo de ensino-aprendizagem. A utilização dessas metodologias vem a favorecer a autonomia, desperta a curiosidade, estimula tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos das atividades essenciais da prática social e em contextos do estudante. A anatomia humana é uma disciplina que passou por diversas oscilações em seus métodos de estudo ao longo da história, contudo, por muito tempo foi pautada pelo uso de métodos conservadores de ensino. O aprendizado da anatomia, é tido como componente básico e obrigatório em diferentes cursos da área de saúde. No entanto, por vezes, é dificultado pela pequena quantidade de cadáveres disponibilizados - devido a burocracia e obstáculos culturais e religiosos encontrados para obtenção destes - além de, modelos sintéticos que representam de forma limitada e errônea a realidade estudada. Diante disso, a elaboração de peças sintéticas pelos próprios alunos com materiais de baixo custo tem sido uma estratégia utilizada para melhorar o aprendizado da anatomia pelas universidades. Assim, objetivou-se fazer uma busca na literatura atual, onde buscou-se a leitura de artigos que relatavam a utilização de construção de peças anatômicas pelos alunos, a fim de mensurar o quanto a sua eficácia atingia os objetivos de aprendizado dos envolvidos na elaboração de tais peças. É inferido que cada aluno é um ser individual e que os métodos não são unânimes, porém, ao longo das leituras identificou-se que tais metodologias ativas de ensino favoreceram a construção do conhecimento da maioria dos alunos - uma vez que permitiram ao estudante associar a teoria e a prática. Percebeu-se que os alunos participantes da elaboração desses modelos sintéticos tiveram desempenho acadêmico melhorado, além do pensamento crítico instigado - gerando por meio disso, uma maior motivação por meio das relações interpessoais com os colegas e da compreensão da atividade. A criação de modelos anatômicos, também fez com que os alunos buscassem em materiais escritos os conhecimentos necessários a construção das peças, de forma que o entendimento do conteúdo favorecesse uma visão tridimensional e mais realista da anatomia. Porém, é importante ressaltar que os modelos anatômicos são materiais didáticos auxiliares, tendo um papel complementar ao uso das tradicionais peças cadavéricas, visando ampliar as opções de aprendizagem, abrangendo a singularidade de cada estudante. Tendo isso exposto, conclui-se que a elaboração de modelos anatômicos pelos acadêmicos contribui de maneira eficiente no ensino de anatomia, estreitando o processo de ensino-aprendizagem.

Biografia do Autor

Lorraynne Camila Moreira, Universidade Federal da Fronteira Sul
Acadêmica do Curso de Medicina da UFFS.
Édina Starck, Universidade Federal da Fronteira Sul
Acadêmica de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul
Mayara Luiza da Silva Lopes, Universidade Federal da Fronteira Sul
Acadêmica de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul
Roberto Nakasato de Almeida, Universidade Federal da Fronteira Sul
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul
Débora Tavares de Resende e Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul
Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul
Publicado
20-02-2018
Seção
Educação e Formação em Saúde