A SALA DE ESPERA COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

  • Amanda Inocêncio de Quadros Instituto Federal do Paraná Campus Palmas
  • Roberta Kosinski Instituto Federal do Paraná Campus Palmas
  • Clenise Liliane Schmidt Instituto Federal do Paraná Campus Palmas

Resumo

O estudo tem por objetivo verificar a partir das publicações brasileiras os aspectos significativos da utilização da sala de espera como uma estratégia para o desenvolvimento da educação em saúde na atenção primária. Para atingir o objetivo proposto utilizou-se do método de revisão integrativa, realizada no período de outubro de 2017, composta por 6 etapas: identificação do tema; determinação do meio e busca; escolha dos estudos incluindo critérios de inclusão e exclusão; analise crítica e categorização dos dados; discussão dos dados; apresentação da revisão. Propôs-se como critérios de inclusão: artigos completos e disponíveis no idioma português e publicações nos últimos dez anos (2007-2017), dentre os critérios de exclusão: artigos publicados fora do período definido, artigos de revisão ou específicos em uma temática de sala de espera. A diligência resultou em 8 artigos científicos pesquisados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no buscador Google Acadêmico. É notório como a atenção básica tem um espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação em saúde e, paralelamente a isto pode-se citar algumas metodologias assistenciais como estratégias que embasam esta prática. Diante disso, a sala de espera é uma estratégia de grande potencial para a promoção da saúde, visto que, trata-se de um ambiente em que os usuários permanecem para o atendimento dos profissionais de saúde, havendo a possibilidade de ocupar o tempo ocioso para lidar com questões que vão muito além do cuidado e, neste sentido, o enfermeiro é um agente fundamental na construção de um fazer em saúde. Através de espaços como este, há a possibilidade dos usuários manifestarem suas subjetividades e representações através de expressões, vivências e formas populares de gerir o processo do cuidado; é capaz de gerar uma maior proximidade e criação de vínculo entre profissionais de saúde e usuários; torna-se um momento propício para o desenvolvimento da autonomia e responsabilidade para o usuário como sendo o protagonista do seu cuidado; possibilita a melhor adesão aos tratamentos propostos; estimula a humanização do atendimento; fornece um ambiente de acolhimento aos usuários e familiares, criando espaços de diálogo; é um alicerce para melhorar a qualidade do atendimento; produz bons resultados a partir da participação dos usuários; é um instrumento importante de trabalho para o profissional enfermeiro; há o desenvolvimento de ações que visam a prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde; facilita uma melhor qualidade de vida a população; proporciona o planejamento e desenvolvimento das ações de enfermagem, provoca um intercâmbio de saberes entre os próprios usuários; viabiliza a captação da clientela para as atividades de enfermagem; motiva um aumento da satisfação do usuário e diminuição do nível de ansiedade. Diante deste cenário, aprimorar esta estratégia baseada na fundamentação e criação de um espaço de reflexão-ação apoiado pelos saberes técnico, científico e popular, como um recurso para o desenvolvimento da educação em saúde, torna-se um método de assegurar as ações em defesa a vida e o fortalecimento da cidadania.


Palavras-chave: Educação em saúde; Enfermagem; Atenção primária.
Publicado
22-03-2018
Seção
Saberes e Práticas de Atenção à Saúde