EFEITO DO EXCESSO DE ZINCO NA MORFOLOGIA DE LANTANA FUCATA LINDL. (VERBENACEAE)

Resumen

O Zinco (Zn) é um micronutriente essencial para as plantas com importantes funções no desenvolvimento vegetal, no entanto quando em excesso pode provocar sinais visíveis de toxicidade na parte área e radicular em plantas sensíveis (BALAFREJ et al., 2020). Rejeitos de mineração, dejetos da suinocultura, utilização excessiva de fungicidas e outros defensivos agrícolas são fontes de contaminação de Zn no ambiente (COUTO et al. 2015). Para minimizar esses impactos, técnicas como a fitorremediação podem auxiliar na remoção do excesso do metal e melhorar as condições das áreas contaminadas. Sobre os efeitos causados por poluentes nas plantas, se as espécies se mostrarem muito sensíveis ao contaminante, podem ser úteis como bioindicadoras, pois o efeito desses poluentes causa injúrias visíveis. Por outro lado, se as plantas possuem mecanismos de tolerância, pode ser um indicativo de seu potencial para utilização em programas de fitorremediação. As plantas tolerantes ao Zn, são caracterizadas pela capacidade de crescer em meios ricos no elemento, sem apresentar injúrias como clorose, necrose e inibição do crescimento (MATEOS-NARANJO et al., 2014). Espécies hiperacumuladoras de Zn (exceto árvores) exibem sistemas radiculares menores e superficiais (<0,5 m), com alta proporção de raízes finas que contribuem para a absorção de oligoelementos (ALFORD et al., 2010).  Adicionalmente, a fitoextração de Zn aumentou o número de folhas e alterou a arquitetura do sistema radicular, aumentando a formação de raízes em Brassica napus (BELOUCHRANI et al., 2016). Levando em consideração a existência de estudos na literatura sobre o potencial fitorremediador para metais em níveis tóxicos de espécies de Lantana, o presente estudo busca verificar o efeito do excesso de Zn na morfologia de L. fucata, uma espécie nativa da flora brasileira.