APLICABILIDADE DE UM PROTOCOLO DE REAÇÃO INFUSIONAL DE ANTINEOPLÁSICOS

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Naraiane Fermino Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC
  • Fernanda Souza Lima
  • Thamara Regina Gallon
  • Janice Fátima Giotto
  • Camila Marcon
  • Anderson Flores
Palavras-chave: Protocolos, Segurança do paciente, Cuidados de enfermagem, Antineoplásicos

Resumo

Introdução: Na vivência profissional, assistindo pacientes oncológicos submetidos ao tratamento antineoplásico, observa-se uma grande frequência de reações infusionais relacionados a essa terapia. Nessa linha, a elaboração de protocolos assistenciais bem estruturados e com base em evidência voltados a assistência do paciente oncológico que utiliza a terapia antineoplásica, são instrumentos que dão consistência aos processos assistenciais e possibilitam a oferta de um serviço mais seguro, contribuindo para o avanço da cultura de segurança do paciente. Objetivo: Descrever a praticabilidade de um protocolo sobre manejo de reações relacionado a administração de antineoplásicos, em uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia no norte do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Estudo descritivo a partir das experiências de enfermeiras residentes da área de Atenção ao Câncer, ao aplicar o Protocolo de Manejo de Reações Relacionado a Administração de Antineoplásicos, no ambulatório de quimioterapia do Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF). O protocolo em questão, fora previamente elaborado por profissionais enfermeiros e médicos do serviço, com o objetivo de atender o paciente imediatamente à reação com segurança evitando seu agravamento. Resultados e Discussão: A partir das vivências, observou-se que as reações infusionais nos pacientes são um risco inevitável referente a esse tipo de tratamento. Para tal, a atenção, conhecimento na identificação imediata e o atendimento ágil para solucionar e amenizar os sintomas é o ideal para que a segurança do paciente seja garantida e que os danos sejam mínimos. Os profissionais que atuam na sala de quimioterapia -enfermeiros e técnicos de enfermagem-  mostram habilidade e domínio no momento de aplicação do protocolo, além de entrosamento com os profissionais médicos para que o protocolo ganhe confiabilidade. Após identificada a reação, prontamente o profissional que a reconheceu interrompe sua infusão, afere os sinais vitais e comunica a enfermeira caso esta não tenha conhecimento. Caso o paciente esteja apresentando dispnéia ou saturação < 90% é fornecido aporte de oxigênio, bem como se a pressão arterial estiver < 90/60 mmHg uma solução com 500 ml de Soro Fisiológico 0,9% é instalada em acesso previamente permeável a correr, além da realização do hemoglicoteste. Enquanto isso, o médico assistente é comunicado, para que realize a avaliação do paciente. Nesse instante, é administrado via endovenosa uma ampola de Cloridrato de Difenidramina 50mg. Após a avaliação médica, segue-se a conduta prescrita, bem como, o tratamento quimioterápico pode prosseguir ou ser suspenso, de acordo com o estado clínico do paciente. Todo o processo é harmônico, visto que todos da equipe foram devidamente preparados e tem experiência e destreza nos cuidados com o paciente oncológico ambulatorial. Conclusão: Destaca-se a importância da educação continuada, uma vez que os profissionais recebem treinamento periódicos para melhor desenvolvimento de suas práticas. Como residentes da área o ambiente ambulatorial vem sendo enriquecedor, pois a preceptoria se faz presente também nesses processos que são facilitados com o bom relacionamento dos membros da equipe.

Publicado
08-04-2020