CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
Introdução: Todos os dias são detectados novos casos de câncer no Brasil e no mundo, para o ano de 2019 segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 600 mil novos casos apenas para o nosso país. Atualmente o câncer tem como principal tratamento as intervenções cirúrgicas, a radioterapia e as terapias antineoplásicas, estas últimas são indicadas como tratamento único ou adjuvante, e são comumente administradas em salas com características específicas e por enfermeiros treinados para tal assistência. O paciente que é submetido ao tratamento antineoplásico pode desenvolver inúmeras reações adversas imediatas e tardias, portanto é de suma importância que a equipe assistente esteja preparada para o seu manejo, conheça o estado de saúde basal do paciente, e o oriente para a identificação de sinais e sintomas que podem surgir tardiamente. Dessa forma torna-se evidente a importância da consulta de enfermagem antes ou durante o primeiro ciclo da terapia antineoplásica. Objetivo: Descrever a importância da consulta de enfermagem no primeiro ciclo de terapia antineoplásica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, em formato de relato de experiência sobre a identificação da importância da consulta de enfermagem no manejo de sinais e sintomas do paciente em tratamento antineoplásico, assim como prevenção de agravos sob a ótica de enfermeiras residentes em sala de quimioterapia. Resultados e Discussão: Durante a atuação enquanto profissional enfermeiro na realização da consulta de enfermagem antes da administração da terapia antineoplásica, pôde-se perceber inúmeros benefícios recorrentes dessa atividade, ela permite ao enfermeiro a avaliação do estado de saúde basal do paciente, possibilitando a identificação de possíveis alterações ao longo do tratamento, seja no primeiro ou nos ciclos subsequentes. A fim de manter uma assistência contínua ressalta-se a importância dos registros em prontuário dos achados durante a consulta, para que os mesmos sirvam de parâmetro para avaliações futuras. Identificou-se que a consulta de enfermagem além de instrumentalizar o enfermeiro com os dados do paciente favorece o fortalecimento do vínculo criado entre ambos. O enfermeiro tem papel também de educador durante a consulta de enfermagem, uma vez que deve elucidar ao paciente e familiar todas as possíveis alterações que podem vir a acontecer durante o tratamento, assim como as formas de manejo de cada uma delas, dando a ambos, instrumentos que favorecem a identificação precoce de agravos e a autonomia em âmbito domiciliar e até mesmo hospitalar. Conclusão: A importância da consulta de enfermagem para pacientes que recebem terapia antineoplásica se evidencia através da instrumentalização da equipe com um histórico de saúde do paciente e na promoção da educação do mesmo para identificação de sinais e sintomas leves e graves, assim como agravos, tendo como desfecho a identificação precoce de reações adversas e o aumento das possibilidades de manejo das mesmas.