A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA NO MANEJO DA DOR ONCOLÓGICA COM USO DE OPIÓIDES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Mircéia Stacke Maziero Reck Hospital Regional do Oeste
  • Aline Rohden
  • Daniela Zanini
  • Daniel Andolfatto
Palavras-chave: Dor oncológica; Opióides; Neoplasias.

Resumo

Introdução: Em oncologia, a dor é um dos primeiros sintomas presente, acometendo 53% desses indivíduos. A dor causada pelo câncer pode ocorrer em todos os momentos durante a doença, no entanto ela aumenta conforme a progressão da neoplasia. Embora existam opções farmacológicas analgésicas efetivas em 70 a 90% dos casos de dor, a inadequação da prescrição ocorre em 40 a 50% deles, o que aumenta a frequência e a intensidade da dor entre os pacientes. Apesar da alta prevalência, a dor oncológica ainda é mal manejada, seja pelo médico, pelo paciente ou por questões sociais. Objetivos: Retratar a importância da orientação farmacêutica no uso de opióides em pacientes oncológicos. Descrição do caso: A grande maioria dos pacientes oncológicos sofrem com a dor e frequentemente necessitam de uma analgesia potente e eficaz. Os opióides estão entre os analgésicos mais potentes disponíveis, constituindo o pilar do manejo da dor oncológica para dor moderada a severa. Embora haja disponibilidade de analgesia potente, ainda uma grande proporção dos pacientes oncológicos recebe tratamento insuficiente para dor, fato que pode trazer impactos negativos para a qualidade de vida desses indivíduos.  Um desafio ainda maior é observado quando o paciente faz uso domiciliar dos opióides, já que alguns deles acabam não aderindo corretamente ao tratamento, seja pelos efeitos causados e/ou pelo pré-conceito quanto ao uso dessa classe de fármacos. É nesse contexto que a orientação farmacêutica quanto ao uso de fármacos torna-se crucial. Orientar o paciente sobre a forma correta de utilização do medicamento, além de informá-lo sobre a importância do tratamento correto e dos possíveis efeitos colaterais, garantem uma adesão maior ao tratamento. É fundamental também que o profissional farmacêutico avalie a prescrição médica, questione o paciente quanto ao grau da sua dor e confira a existência da prescrição de medicações de suporte, de modo a reduzir os principais efeitos colaterais relacionados como, por exemplo, náusea, vômitos e constipação. Tais aspectos contribuem positivamente na gestão da dor, melhoram a adesão ao tratamento e, consequentemente, melhoram a saúde do paciente com câncer. Conclusão: A dor oncológica pode se tornar grave e incapacitante, trazendo impactos negativos sobre o bem-estar do paciente. Nesse sentido, o profissional farmacêutico tem competência e conhecimento para assegurar o sucesso do tratamento farmacológico, contribuindo de forma positiva na melhora da qualidade de vida do paciente.

Publicado
08-04-2020