EFEITOS ANTIOXIDANTES DA MORINGA OLIFERA EM CÉLULAS MONONUCLEARES DO SANGUE PERIFÉRICO HUMANO

  • Richardson Damis Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Grazielle Castagna Cezimbra Weis
  • Jéssica Righi da Rosa
  • Beatriz da Silva Rosa Bonadiman
  • Greicy Cristine Kosvoski
  • Filomena Marafon
  • Helena Basso
  • Margarete Dulce Bagatini

Resumo

Introdução: A Moringa (Moringa oleifera Lam), da familia Moringaceae, planta nativa do Noroeste da Índia, vem sendo estudada por apresentar uma série de compostos bioativos, como, betacaroteno, vitamina B, vitamina C, vitamina E, glucosinolatos, glicosídeos cardiotônicos que podem contribuir para a saúde humana. Estudos anteriores sugerem a , que essa planta apresenta a atividade broncodilatadora espasmolítica, anti-inflamatória, anti-microbiana, antifúngica, e também apresenta capacidade de reduzir os níveis de glicose no sangue. Objetivos: Portanto, a pesquisa tem como objetivo, investigar os efeitos antioxidantes da Moringa olifera em células mononucleares do sangue periférico humano. Metodologia: Células mononucleares de sangue humano foram coletadas de voluntários saudáveis (Comitê de Ética nº 822.782) e separadas por gradiente de densidade (Ficoll Histopaque). O cultivo foi realizado em placas de 96 poços, 1x108 células foram plaqueadas e cultivadas com meio de cultivo RPMI com 10% de soro fetal bovino e 1% de antifúngico e antibiótico. As células foram mantidas em estufa com controle de temperatura e umidade. Após duas horas de adaptação a placa, as células foram tratadas com diferentes concentrações do extrato hidroalcoólico de Moringa (5, 10, 50, 100, 500 mg/mL) por 24 horas e realizados os testes de viabilidade celular (MTT). Para as análises de estresse oxidativo (mieloperoxidase, vitamina c e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), foram utilizadas as concentrações de (50, 100 e 500µg/mL). Os dados foram expressos como porcentagem do grupo controle e analisados estatisticamente com análise unidirecional de variância, utilizando o software Graphpad Prism versão 5.0 (Graphpad Prism Software Company, 2014). Resultados com p≤0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados e Discussão: Os resultados desse estudo demonstraram que em baixas concentrações o extrato não alterou a viabilidade das células, porém nas maiores concentrações, foi observado uma redução da viabilidade celular (p< 0.0061), quando comparado com o controle. Nos testes de estresse oxidativo nas análises da mieloperoxidase e TBARS também foi observado que que o extrato de Moringa não causou danos oxidativos, quando comparado com o controle. Quando avaliado a Vitamina C, observa-se que na concentração de 500 (p< 0.0006), a moringa aumenta os níveis desse antioxidante não enzimático. Conclusão: Esses resultados, sugerem que a moringa em baixas concentrações não causa danos as células saudáveis do sangue humano e apresenta capacidade antioxidante.

 

Palavras-chave: Tratamento. Moringa. Cultivo celular.

Publicado
21-08-2018