AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E SUA RELAÇÃO COM OS SINTOMAS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DEPRESSÃO

  • Caroline Machado Graduadas do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Janaíne Perin Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Andrieli Thaisa Teixeira Graduadas do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Angela Ketly Lazarotto Graduadas do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Esmirrá Izabela Tomazoni Graduadas do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Deisi Tonel Graduadas do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza.
  • Dalila Moter Benvegnú Professora Doutora, Farmacêutica, Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Realeza.

Resumo

A prevalência da depressão na população brasileira é de 4,1% (IBGE, 2010) e um dos sintomas dessa doença relaciona-se com o aumento ou diminuição do apetite (SIMON et al, 2008). Assim, um quadro onde houver maior ingesta calórica, poderá refletir no aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) (STUNKARD; FAITH; ALLISON, 2003). Assim, o objetivo do presente estudo foi realizar uma avaliação antropométrica e relacionar com a presença e intensidade dos sintomas e manifestações clínicas da depressão. Para isso, foram selecionados 70 indivíduos, entre 21 e 59 anos, diagnosticados com qualquer tipo de transtorno depressivo por um profissional da saúde e que estivessem fazendo uso de medicamentos antidepressivos. Na sequência, foi aferido peso e estatura para avaliação antropométrica através do IMC, avaliadas as manifestações clínicas da depressão através de um questionário de saúde e estilo de vida e a gravidade da doença pelo Inventário de Depressão Beck (BDI). Os dados foram avaliados através da análise de variância de uma via, adotando valor significativo quando p<0,05. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira Sul sob número 39736614.2.0000.5564. Os resultados monstraram que a maioria dos indivíduos estava acima do peso ideal (55,71% = sobrepeso + obesidade graus I, II e III) e, que 40% dos entrevistados apresentaram depressão na forma severa, 27% moderada, 17% mínima e 15% leve. Além disso, obteve-se uma média de 8±3 sintomas por paciente, sendo verificado pelo teste post-hoc de Duncan que quanto maior o IMC, maior a quantidade de sintomas. Diante do exposto, verificou-se que o peso do indivíduo e a severidade da doença estão intimamente relacionados, uma vez que o sobrepeso aumenta a severidade da doença. Assim, a fim de diminuir a sobrecarga na saúde pública e melhorar o bem-estar dos pacientes depressivos tornam-se necessárias não somente intervenções médicas e psicológicas, mas também intervenções nutricionais.

Palavras chaves: avaliação antropométrica; sobrepeso; obesidade; depressão, transtorno depressivo

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Um panorama da saúde no Brasil: acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008. Rio de Janeiro: IBGE; 2010. Simon, G.E. et al. Association between obesity and depression in middle-aged women. Gen Hosp Psychiatry. v.30, p.32-39, 2008.

Stunkard, A. J; Faith, M.S.; Allison, K. C. Depression and obesity. Biol Psychiatry 331, v.54, p. 330-337, 2003.

Publicado
01-06-2017