PERCENTUAL DE GORDURA E PERFIL ALIMENTAR DE MULHERES HIPERTENSAS E NORMOTENSAS DE CHAPECÓ/SC

  • Luana Reis Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nyasmin Mendes Aneli Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Monica Lammers Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Heloisa Kwiatkowiski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Kassiano Sinski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Sarah F.V de Oliveira Maciel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Andréia Machado Cardoso Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

Introdução e objetivo: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) acomete milhões de brasileiros e é um fator de risco independente para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares (DCV). Condições relacionadas à alimentação estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento e a progressão da HAS, mesmo em pacientes medicadas. O objetivo deste estudo foi comparar o percentual de gordura (%G) e o perfil alimentar de hipertensas e normotensas de meia idade residentes no município de Chapecó/SC. Métodos: Foram selecionadas um total de 55 mulheres sedentárias. Destas, 31 hipertensas (HIP, idade 57±5 anos, estatura 157±8cm), e 24 normotensas (NOR, 55±4 anos, estatura 158±7cm). O percentual de gordura foi mensurado por meio de bioimpedância e o perfil alimentar por meio do questionário “EPIFLORIPA”. Para a análise do %G foi utilizado teste estatístico (ANOVA uma via, considerando p£0,5) e os dados do perfil alimentar foram analisados através de porcentagens de respostas. Resultados e discussão: As mulheres hipertensas apresentaram um %G mais elevado quando comparadas às normotensas (44,3±4,9% vs. 33,3±4,3%, respectivamente). Estes resultados mostram que as hipertensas estão classificadas como obesas e as normotensas com sobrepeso. Paradoxalmente, o perfil alimentar denota um cuidado com a alimentação em ambos os grupos. A maioria das participantes come alimentos fritos menos de uma vez por semana (76,8% HIP; e 75,1% NOR), remove a gordura da carne (80% HIP; 80,6% NOR) e come frutas, verduras e legumes todos os dias da semana (mais de 80% em ambos os grupos). As quantidades ingeridas não foram analisadas neste estudo e isto pode justificar o fato de as hipertensas possuírem um %G significativamente superior. Conclusão: Embora o perfil alimentar das hipertensas e normotensas analisadas seja semelhante, o percentual de gordura das hipertensas classifica-as como obesas, o que configura como mais um fator de risco para DCV e também deve ser alvo de atenção e tratamento.

Palavras Chaves: hipertensão arterial; alimentação; bioimpedância.

Publicado
01-06-2017