AÇÃO ANTIOXIDANTE DO GUARANÁ (PAULLINIA CUPANA) EM CÉLULAS DO EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA: Modelo experimental de degeneração macular relacionada a idade

  • Beatriz da S. R Bonadiman Universidade Federal de Santa Maria
  • Aline Mânica Universidade Federal de Santa Maria
  • Charles Elias Assmann Universidade Federal de Santa Maria
  • Grazielle C.C Weis Universidade Federal de Santa Maria
  • Audrei de Oliveira Alves Universidade Federal de Santa Maria
  • Cláudia Maria Chaves Universidade Nilton Lins
  • Cláudio do Carmo Chaves Instituto de Oftalmologia de Manaus (IOM)
  • Ivana Beatrice Mânica da Cruz Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

A degeneração macular relacionada a idade (DMRI), é a causa mais comum de perda visual severa em idosos nos países em desenvolvimento. Sua etiologia ainda é obscura porém estudos sugerem o envolvimento do estresse oxidativo e a inflamação na fisiopatologia desta doença, a qual não existe um tratamento eficaz. Estudos sugerem que alimentos com substâncias bioativas poderiam minimizar ou prevenir a DMRI. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a capacidade antioxidade do guaraná em células do epitélio pigmentar da retina (EPR), linhagem ARPE-19, modelo experimental de DMRI. As células foram provenientes do Banco de Células do Rio de Janeiro (BCRJ). Para o cultivo celular foi utilizado Meio Eagle Modificado por Dulbecco (DMEM), contendo 10% de soro fetal bovino (SFB), suplementado com 1% de antibióticos e antifúngicos, mantidas em incubadora de CO2 com saturação de 5% de CO2, a 37ºC. As células cultivadas foram expostas previamente ao extrato hidroalcoólico do guaraná na concentração de (30µg/mL) e incubadas por 48 horas. Posteriormente, esse meio de cultura foi substituído por um outro contendo 30µM de Paraquat. Após foi realizado o teste de elisa 8-hidróxi-2’-deoxiguanosina, e a análise estatística foi realizada através teste Tukey post hoc utilizando o software Graphpad Prism versão 5.0 (Graphpad Prism Software Company, 2014). Apenas resultados com p>0,05 foram considerados estatísticos.  Os resultados sugerem que o guaraná possui capacidade de proteger as células do estresse oxidativo, pois houve uma redução nos danos de DNA quando comparado com a células tratadas somente com Paraquat. Sendo assim, os resultados deste trabalho sugerem que o guaraná, fruto nativo brasileiro tem alguma capacidade de reverter danos oxidativos sobre as células da retina, o que se apresenta como um indicativo promissor para proporcionar uma melhoria da acuidade visual e na qualidade de vida aos pacientes acometidos pela DMRI.

Palavras-Chave: DMRI, estresse oxidativo, guaraná.

 

Publicado
24-05-2017