ALEITAMENTO MATERNO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Resumo
Introdução: Apesar das evidências científicas constatando a superioridade da amamentação bem como o empenho de diversos órgãos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão bem abaixo do recomendado. Portanto, o profissional de saúde tem um papel fundamental nas orientações para o empoderamento dessa população. Objetivos: descrever o caso de um lactente em acompanhamento na puericultura, em uma unidade básica de saúde, no mês de junho de 2019. Descrição do caso: Trata-se de um relato de caso acompanhado durante as atividades teórico práticas, no contexto da atenção primária, durante a 7ª fase do Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS. Na puericultura são realizadas ações de promoção e prevenção, na perspectiva, do cuidado integral à saúde da criança. Em uma das consultas houve o relato de uma mãe, em aleitamento exclusivo, criança com dois meses, dados antropométricos dentro dos parâmetros de crescimento e desenvolvimento que não estava conseguindo amamentar de forma adequada há cerca de dez dias, e parecia que a amamentação não era suficiente, pois ele chorava constantemente com fome. A dúvida era sobre o que poderia estar acontecendo do por que do choro e se o seu leite era “fraco”. As orientações seguem o preconizado pelo Ministério da Saúde, identificamos que a pega estava correta, informamos o tempo necessário para cada mamada e explicamos sobre o leite anterior (maior quantidade de água) e posterior (rico em gordura) bem como sobre a livre demanda. O leite materno é suficiente para saciar a sede e a fome do lactente, composto por mais de 100 nutrientes auxilia na maturação do sistema digestório, na ativação do sistema imunológico fornecendo proteção contra alergias e infecções. É dividido em três fases sendo o colostro rico em anticorpos, nutrientes e proteínas, o leite de transição por gordura e lactose e por fim o leite maduro produzido cerca de duas semanas após o parto composto por um equilíbrio perfeito entre macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas, como a vitamina A e C, e minerais, como ferro, cálcio e zinco), sendo assim suficiente para alimentação exclusivamente até o sexto mês de idade, sem necessidade de complemento. Conclusões/Considerações Finais: O leite humano contempla de forma ampla e competente as necessidades dos lactentes, o que o transforma em um alimento vivo e dinâmico, pois contêm substâncias protetoras e imunomoduladoras. Desta forma, torna-se imprescindível a atuação do profissional enfermeiro na orientação e incentivo sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, bem como da introdução de alimentos saudáveis nas demais fases do crescimento.
Palavras-chaves: Aleitamento Materno. Atenção Básica. Enfermagem. Puericultura.