CONDIÇÃO VISUAL DOS IDOSOS QUE FREQUENTAM A CIDADE DO IDOSO NO MUNICIPIO DE CHAPECÓ

  • Helena Fornari Basso UFFS
  • Beatriz da Silva Rosa Bonadiman
  • Greicy Cristine Kosvoski
  • Filomena Marafon
  • Sabine Donassolo
  • Alessandro Soares Verffel
  • Margarete Dulce Bagatini

Resumo

Fundamentação/Introdução: O envelhecimento humano está associado ao aumento de algumas doenças, entre as mais prevalentes estão as que atingem a visão, prejudicando assim a qualidade visual dos indivíduos, a disfunção visual está associada a co-enfermidades, como as decorrentes de quedas podendo ocasionar fraturas, afetando também as relações interpessoais e o estado psicológico, levando muitas vezes ao isolamento social, depressão e dependências, do mesmo modo que, a qualidade de vida é diretamente afetada.  Objetivos: Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar se as doenças oculares afetam a qualidade de vida de indivíduos com idade superior ou igual a 55 anos. Delineamento e Métodos: Se trata de uma pesquisa qualitativa com indivíduos com idade superior ou igual a 55 anos, onde foram aplicados 117 questionários para avaliar a função visual dos indivíduos que frequentam a cidade do idoso no município de Chapecó, o questionário aplicado é padronizadas pelo National Eye Institute, chamado NEI-VFQ (Questionário de Função Visual do “National Eye Institute”) envolvendo 37 questões para avaliar a Saúde geral; Dificuldade com atividades; Problemas na visão e Questões gerais. Para análise do resumo foram classificadas duas perguntas chaves “Quanta dificuldade você tem para ler revistas e ou Jornais?” e “Por causa da sua visão, quanta dificuldade você tem de descer escadas ou rampas com pouca luz ou à noite?”, onde as respostas poderiam variar entre “Não tem dificuldade; pouca dificuldade; dificuldade moderada; muita dificuldade; parou por causa da visão; parou por outro motivo; e não sabe ler”. A partir das respostas, elas foram transferidas para gráficos, sendo que os resultados foram expressos em porcentagem. Resultados e Discussão: O resultado da análise dos questionários demonstrou que 92,3% dos indivíduos entrevistados usavam óculos ou lente de contato e apenas 7,7% não usavam nada. Considerando estes números a maioria apresentava alguma doença ocular entre elas miopia, astigmatismo, catarata, glaucoma, pterígio, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada a idade (DMRI), sendo a mais prevalente a catarata. Na avaliação da questão sobre dificuldade para ler revistas e ou jornais 42,7% dos indivíduos não tem dificuldade, 22,2% possuíam pouca dificuldade, 18,8% dificuldade moderada, 11,1% muita dificuldade, 2,6% parou de ler por causa da visão, e 2,6% não sabe ler, sendo assim, mais de 50% dos indivíduos entrevistados a qualidade visual (caracterizada pela qualidade em que uma imagem é visualizada, com todos seus detalhes, nitidez, contrastes e cores), foi afetada a ponto de interferir em atividades básicas do dia a dia. Já na questão sobre descer escadas ou rampas com pouca luz ou à noite, os resultados obtidos foram 56,9% não tem dificuldade, 19,8% possuem pouca dificuldade, 16,4% dificuldade moderada, 5,2% muita dificuldade, 1,7% parou por outro motivo. Conclusões/Considerações Finais: Os resultados obtidos sugerem que a maioria dos idosos apresenta algum tipo de disfunção visual e, que essa interfere nas atividades básicas do dia a dia desses indivíduos, desfavorecendo a qualidade de vida dos mesmos. Além disso, com o envelhecimento da população novos desafios para a saúde pública e privada são gerados, sendo necessárias medidas continuadas de ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação de saúde que atendam às necessidades e demandas da população idosa, garantindo um envelhecimento saudável e redução dos números de intercorrências evitáveis, como quedas, fraturas, depressão, isolamento social, entre outros.

Palavras-chaves: Qualidade visual; Visão; Dificuldade.

Publicado
13-09-2019