A VISÃO DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM UMA ALA ONCOLÓGICA
UM RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: O Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP) é uma patologia que afeta os sítios anatômicos da cavidade oral, laringe, faringe, glândulas salivares, cavidade nasal e seios paranasais. Este tipo de patologia está intrinsecamente ligado ao consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, os principais afetados são os indivíduos do sexo masculino acima dos 40 anos de idade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano de 2018, as estatísticas para as neoplasias da cavidade oral incluíram cerca de 14.700 novos casos, sendo 11.200 homens e 3.500 mulheres. Em virtude destes fatos, estudos que se aprofundem nesta patologia são de vital importância para elevar a qualidade e a expectativa de vida dos indivíduos afetados. Objetivos: Diante disto, o presente projeto se inseriu na ala oncológica do Hospital Regional do Oeste(HRO) - Chapecó(SC), e teve como objetivo avaliar as condições de saúde disponibilizadas aos indivíduos pela visão e percepção da acadêmica, além de coletar dados por meio de formulários Descrição do caso: No decorrer das atividades do projeto permanecemos na sala de espera diretamente em contato com os pacientes. A equipe mantinha um diálogo de fácil compreensão com os pacientes e os convidava para participar do projeto, respondendo ao formulário e retirando uma pequena amostra do sangue para que, posteriormente, fossem realizadas as análises laboratoriais previstas no projeto. Também se avaliou as instalações hospitalares e o estado em que os pacientes se encontravam a partir da visão holística de uma acadêmica da terceira fase do curso de enfermagem. Observou-se que a estrutura hospitalar se encontrava em boas condições e os profissionais eram nitidamente capacitados para realizar os procedimentos. Porém, por se tratar de uma ala oncológica onde são realizadas diversas sessões de quimioterapia e radioterapia o ambiente é opaco e desanimado. A maioria dos pacientes se encontra nitidamente abatida, e em alguns casos com receio de realizar a coleta de sangue, alegando cansaço perante estes procedimentos. Conclusão: Em suma, nota-se uma crescente associação da doença com a morte. Ações que visem uma maior humanização e uma desmistificação sobre este fato nas áreas hospitalares e perante a sociedade são de vital importância. Visto que, pacientes encorajados respondem melhor ao tratamento e buscam novas formas de lutar contra a doença.