Simpósio de Neurociência Clínica e Experimental https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO <p class="western" style="text-align: justify;" align="justify"><img src="/public/site/images/ojsadmin/WhatsApp_Image_2023-08-30_at_16.02_.11_1.png"><br><span style="font-family: Arial, serif;">O objetivo primordial do evento (</span><span style="font-family: Arial, serif;">SIMPNEURO)&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, serif;">é promover uma abordagem técnica, crítica e multiprofissional com o eixo central de neurociência clínica e experimental, por meio de palestras, minicursos e mostra científica de trabalhos. As propostas do SIMPNEURO buscam uma promoção sistematizada de discussões dentro da área abrangente de neurociências, abordando os aspectos clínicos e experimentais. O objetivo norteador da comunidade científica é avançar nos conhecimentos em áreas relevantes das neurociências e possibilitar a disseminação dos conhecimentos com a comunidade da área da saúde e academico-científica, como também a população em geral na região de abrangência da UFFS e também no Estado de Santa Catarina e no Brasil.</span></p> pt-BR Simpósio de Neurociência Clínica e Experimental 2764-2127 PROGRESSÃO TUMURAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19970 <p><strong>Resumo</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> A depressão é uma doença prevalente em pacientes oncológicos, podendo acometer até quatro vezes mais em relação a pacientes normais. Esta, apresenta resultados negativos à medida que dificulta a adesão do tratamento e aumenta a mortalidade oncológica. Ademais, o estresse psíquico pode promover inflamação, estresse oxidativo, diminuição da ativação do sistema imune e uma disfunção no hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). </span><strong>Objetivo:</strong><span style="font-weight: 400;"> O objetivo deste trabalho foi correlacionar a depressão à progressão tumoral e à metástase.</span><strong> Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">Foi feita uma busca na base de dados Pubmed com&nbsp; a função AND, buscando progressão tumoral e pacientes oncológicos depressivos. Foram encontrados 721 artigos do período de 2012 até 2023, período no qual foi encontrado o maior número de publicações. A partir disso, foram selecionados 19 artigos, os quais foram a base para o presente estudo.&nbsp;&nbsp;</span><br><strong>Resultados:</strong><span style="font-weight: 400;"> Os artigos relatam que a depressão está envolvida significativamente com alterações em processos imunológicos, no eixo&nbsp; HPA&nbsp; e na inflamação, podendo estar relacionada com maior desenvolvimento do câncer. A partir do tratamento quimioterápico, da progressão do tumor e da depressão, o aumento de citocinas inflamatórias está envolvido com alterações imunológicas e neuroinflamação. No estresse agudo, são liberadas catecolaminas do sistema nervoso simpático e da medula adrenal, já no estresse crônico ocorre a desregulação da resposta ao estresse, como por exemplo alteração na liberação de hormônios neuroendócrinos. Existem evidências significativas que a resposta inflamatória pode atuar de maneira significativa na progressão tumoral. Anterior a metástase, processos, como por exemplo a angiogênese, promovida pela interleucina 6 (IL-6), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e fator de crescimento tumoral alfa e beta (TGF α e β). Como a IL-6 apresenta-se em maiores concentrações em muitos pacientes depressivos e o VEGF é resultante da liberação de catecolaminas, os pacientes oncológicos depressivos estão mais suscetíveis à progressão tumoral e à metástase. Um estudo em pacientes com câncer gastrointestinal observou que os fenótipos neuroendócrinos induzidos por catecolaminas levaram à invasão e metástase do câncer. O eixo HPA atua principalmente na liberação de cortisol, que quando em concentrações inadequadas prejudica a qualidade de vida, resultando em piora nos resultados em pacientes com câncer.&nbsp; A desregulação dos padrões diurnos do cortisol está associada a maior morte por câncer de mama e câncer de pulmão, além de estar associado diretamente com o crescimento neoplásico. Os glicocorticóides inibem a apoptose tumoral de tumores mamários e inibem a produção do Breast Cancer gene 1&nbsp; (BRCA1) e&nbsp; do Breast Cancer gene 2 (BRCA2), responsáveis pelo reparo do DNA. As catecolaminas e os glicocorticóides têm um potencial para a desregulação do sistema imunológico. A depressão e o estresse causado pelo isolamento social estão ligados&nbsp; a alterações na sinalização celular, em consequência do aumento de catecolaminas e glicocorticóides,&nbsp; por meio destes mediadores, &nbsp; Em um estudo realizado em camundongos, nos quais foram induzidos comportamentos tipo depressivos, foi observado que o sistema imune foi suprimido, apresentando menores quantidades de&nbsp; células B, células T e células NK. Além disso, a quantidade de macrófagos associados ao tumor cresceu drasticamente, indicando progressão tumoral. Ademais, em pacientes com câncer de mama e próstata, a depressão está associada à morte e à progressão tumoral. </span><strong>Conclusão:</strong><span style="font-weight: 400;"> Os estudos revisados sugerem fortemente que o processo inflamatório está relacionado com alterações no eixo HPA e aumento dos níveis crônicos de cortisol, bem como com aumento de catecolaminas, a partir do estresse e da depressão em pacientes oncológicos. Essas alterações culminam em prejuízos na função do sistema imunológico e a respectiva diminuição de células T, células B e células NK. Todas essas alterações estão inter relacionadas e envolvidas na desregulação dos mecanismos antitumorais, culminando na progressão de tumores e metástases.</span></p> Mariana Karlinski Beatriz Moreira Martins Ana Cristina Almeida Dias Zuleide Maria Ignácio ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 POTENCIAL TERAPÊUTICO DO CANABIDIOL NA ABORDAGEM DE GLIOMAS https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19423 <p><strong>RESUMO</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Introdução</strong>: A complexidade do tecido que constitui o Sistema Nervoso é profundamente marcada pela presença de dois tipos celulares, os neurônios e as células da glia. Neste último grupo, emerge uma preocupação particular relacionada às neoplasias denominadas Gliomas, os quais representam o tipo de tumor intracraniano mais prevalente e agressivo do Sistema Nervoso Central (SNC). Caracterizados por apresentar uma taxa de sobrevivência média de apenas 15 meses após o diagnóstico, além de representarem aproximadamente 81% dos tumores malignos que afetam a região cerebral, os Gliomas se destacam por sua rápida disseminação e alta resistência aos tratamentos convencionais, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Diante desses desafios, a pesquisa tem se voltado para novas abordagens terapêuticas, incluindo a exploração do sistema endocanabinoide (SEC). O SEC é um sistema de sinalização presente no corpo humano e em outros animais, composto por endocanabinoides, enzimas e receptores canabinoides, que desempenha um papel crucial na regulação fisiológica e tem mostrado potencial na terapia de Gliomas. &nbsp;Paralelamente, a <em>Cannabis sativa</em>, uma planta conhecida por seus usos medicinais milenares, despertou considerável interesse devido às suas potenciais propriedades antitumorais e capacidade de ativar o sistema endocanabinoide devido à presença de compostos químicos conhecidos como canabinoides, que são estruturalmente semelhantes aos endocanabinoides produzidos naturalmente pelo corpo humano. Nos últimos 50 anos, houve uma expansão no escopo de pesquisas em torno dessa planta, com foco particular no Canabidiol (CBD), um de seus constituintes. Um corpo substancial de evidências sustenta a ação antineoplásica, antiproliferativa, anti-imigração e pró-apoptótica do CBD. <strong>Objetivo:</strong> Visto a relevância do tema, o objetivo é apresentar o potencial terapêutico do CBD na abordagem de Gliomas, explorando o sistema endocanabinoide. <strong>Método:</strong> Foi realizada busca de artigos científicos publicados no período de 2010 a 2023 na plataforma PubMed utilizando descritores: Canabidiol, <em>Cannabis</em> e Glioma. <strong>Resultados:</strong> O sistema endocanabinoide pode influenciar o desenvolvimento e a progressão de Gliomas. Os receptores canabinoides, especialmente o CB1 e o CB2, estão presentes em células de Glioma e em células do sistema nervoso central, e a ativação desses receptores por endocanabinoides ou canabinoides exógenos demonstrou, em geral, uma ampla gama de mecanismos com potencial antitumoral. Isso ocorre por meio de diversos mecanismos, que inclui a regulação de vias de sinalização cruciais, como a ativação da via das proteínas-cinases ativadas por mitógenos (MAPK), inibição da proteína quinase A (PKA),&nbsp; aumento dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS), inibição da proteína quinase B (Akt) &nbsp;e mTOR, com isso gerando um processo de autofagia e apoptose nas células cancerígenas, diminuindo sua proliferação e migração a tecidos não atingidos e diversas outras vias associadas a eventos apoptóticos. Estudos pré-clínicos sugerem que o CBD pode inibir a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) nos tumores, dificultando o suprimento de nutrientes aos Gliomas. Além disso, o CBD pode potencialmente melhorar a eficácia dos tratamentos convencionais, como radioterapia e quimioterapia, minimizando os efeitos colaterais. <strong>Conclusões:</strong> As evidências sugerem que o sistema endocanabinoide desempenha um papel significativo na modulação do crescimento e disseminação dos Gliomas, envolvendo uma série de mecanismos antitumorais. Em particular, o CBD, um dos componentes da <em>Cannabis sativa</em>, tem demonstrado um potente papel angiogênico e melhora na eficácia dos tratamentos convencionais, enquanto minimiza os efeitos colaterais. Embora mais pesquisas clínicas sejam necessárias para traduzir esses achados promissores em tratamentos efetivos, a exploração do sistema endocanabinoide e do CBD abre novas perspectivas na busca por terapias mais eficazes e menos invasivas para os Gliomas, oferecendo esperança aos pacientes afetados por essa devastadora condição.</p> Camila Ferreira Puntel Brunna Varela da Silva Yghor Augusto da Rocha Ricardo ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 DESVENDANDO A ESPERANÇA https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19427 <p><strong>Introdução:</strong> No alvorecer do século XXI, a humanidade depara-se com uma série de desafios, sendo um deles particularmente alarmante em sua persistência e crescimento desmedido nas estatísticas: o câncer cerebral. Especificamente, o glioblastoma destaca-se nesse cenário adverso devido à sua morfologia implacável e rápida progressão, sendo notório por sua incurabilidade e notável resistência aos métodos convencionais de tratamento, incluindo quimioterapia e radioterapia. Nesse contexto, emerge a imperativa necessidade de explorar abordagens alternativas e naturais que se revelem eficazes contra essa patologia. <strong>Objetivo:</strong> Nesse cenário, o presente estudo almejou investigar, por meio de uma revisão sistemática da literatura científica, métodos alternativos naturais que pudessem retardar o crescimento tumoral, inibir a angiogênese e, de modo concomitante, proporcionar conforto e melhor qualidade de vida ao indivíduo afligido pelo glioblastoma. <strong>Método: </strong>A metodologia empregada nesta pesquisa baseou-se em uma revisão meticulosa da literatura científica, com utilização de fontes renomadas como PubMed e Scielo. O escopo da pesquisa englobou estudos científicos, ensaios clínicos e investigações que abordavam a ação terapêutica da curcumina e do própolis vermelho no contexto tumoral cerebral. <strong>Resultados:</strong> Os resultados obtidos revelaram que tanto a curcumina quanto o própolis apresentam notável atividade anti-inflamatória e antioxidante. Os testes in vitro conduzidos com curcumina, dissolvida no solvente sulfóxido de dimetilo, demonstraram uma inibição significativa no crescimento tumoral, bem como um aumento na sobrevida das células cancerígenas, sem prejudicar as células saudáveis do organismo. Resultados semelhantes foram obtidos com os polifenóis presentes no própolis, os quais, em testes iniciais in vitro, revelaram uma taxa de mortalidade das células cancerígenas de 50%, comparável à eficácia da doxorrubicina. <strong>Conclusões:</strong> Diante dos achados, torna-se evidente que tanto a curcumina quanto o própolis ostentam um potencial promissor como ferramentas terapêuticas na inibição da angiogênese tumoral e no aumento da expectativa de vida dos pacientes diagnosticados com glioblastoma. No entanto, é imperativo ressaltar a necessidade premente de mais investigações para estabelecer protocolos de tratamento seguros, eficazes e éticos. Além disso, é crucial assegurar uma supervisão médica adequada durante a administração dessas substâncias, a fim de garantir a integridade e o bem-estar dos pacientes envolvidos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Deivid Joao Lopes Ana Julia Stringhi Nathan Ezequiel Chaves ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 SINALIZAÇÃO DA MOLÉCULA DE ADENOSINA NA DOENÇA DE ALZHEIMER https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19961 <p><strong>Introdução</strong>: A doença de Alzheimer (DA), é uma patologia neurodegenerativa que é caracterizada por um declínio progressivo na função cognitiva, afetando a memória do portador e está interligado ao sistema purinérgico (SP), um sistema de sinalização extracelular composto por nucleotídeos e nucleosídeos. Alterações nos níveis de adenosina - nucleosídeo endógeno, que está presente em todas as células, incluindo glia e neurônios, desempenha papel capaz de modular processos de memória e exerce inúmeras ações neuroprotetoras e neuromoduladoras - estão interligadas com a patogênese e a progressão da doença. <strong>Objetivos</strong>: Analisar a relação da adenosina com a fisiopatologia da doença de Alzheimer. <strong>Metodologia</strong>: Para a construção deste resumo foi necessária uma revisão bibliográfica do sistema purinérgico e sua relação com a doença de Alzheimer, foram utilizados artigos científicos e livros nas bases de dados da Pubmed e SciELO referentes ao período de 2009 até 2021.&nbsp; <strong>Resultados</strong>: Estudos revelam que nucleotídeos e nucleosídeos extracelulares de adenina, como a adenosina, possuem importante função no sistema nervoso central, como neurotransmissão, neuromodulação e morte celular. A sinalização realizada por estes nucleotídeos e nucleosídeos, assim como sua concentração no meio extracelular é regulada pela ação de enzimas, como a adenosina desaminase, que transforma a adenosina em inosina. Um estudo <em>post mortem</em> realizado por Alonso-Andrés e colaboradores em 2018 revelou que os níveis de adenosina se mostram diminuídos no córtex frontal em pacientes no estágio inicial da doença de Alzheimer, ou seja, ocorrem alterações no metabolismo das purinas agravando a manifestação da doença. A adenosina exerce sua função celular se ligando a receptores purinérgicos acoplados à proteína G (A1, A2A, A2B&nbsp; e A3), ela regula e interage com inúmeras funções cerebrais como cognição, memória, sono, excitação e ainda danos neurais e degenerações. Novos estudos mostram a relevância dos receptores da adenosina A1 e A2A em fármacos, demonstrando uma função cognitiva melhorada e uma descontinuidade do comprometimento cognitivo pelo bloqueio não seletivo dos receptores, e aumento na liberação de vários neurotransmissores. É válido destacar que, os estudos da relação entre a doença de alzheimer com o sistema purinérgico ainda são limitados, a modulação da atividade das enzimas e o papel da adenosina no sistema purinérgico tem sido foco de estudos com o intuito de buscar novas estratégias terapêuticas promissoras para patologias neurodegenerativas como o alzheimer e o foco têm sido principalmente nos efeitos antagonistas e agonistas para receptores purinérgicos. <strong>Conclusões</strong>: A fisiopatologia da doença de Alzheimer é complexa e até o momento ainda não possui cura, inúmeros estudos vêm sendo realizados com o intuito de desvendar seus mecanismos fisiopatogênicos. Nos últimos anos foram descobertas associações entre a adenosina e a progressão do Alzheimer, este nucleosídeo possui funções neuroprotetoras e neuromoduladoras e sua concentração se mostra diminuída em pacientes no estágio inicial da DA, o que pode estar relacionado com a manifestação e agravo da doença, essa descoberta é de extrema relevância pois pode servir como base para desenvolver novas vias de intervenção para retardar o início e a progressão dessa doença.</p> Larissa Campos Linck Brunna Varela da Silva Andréia Machado Cardoso ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DOS SINTOMAS MANÍACOS DESENVOLVIDOS APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL CEREBELAR https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19430 <p><strong>Introdução</strong>: O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame cerebral, acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, e nesse caso é nomeado como isquêmico, ou pelo extravasamento de sangue para o tecido cerebral, conhecido como hemorrágico. Dentre as consequências neuropsicológicas do AVC, encontra-se a mania, cujos comportamentos mais comuns são: humor elevado, euforia, aumento da atividade motora, fala rápida e excessiva, irritabilidade, comportamento impulsivo, delírios de grandeza e incapacidade de reconhecimento do sintoma. Todavia, o desenvolvimento da mania pós-AVC cerebelar é um fenômeno raro. O cerebelo, responsável pelo controle motor e funções cognitivas e emocionais, faz várias conexões com o cérebro, incluindo o lobo pré-frontal, temporal e área límbica, por isso, lesões em áreas específicas podem desencadear sintomas maníacos. A reabilitação neuropsicológica é uma abordagem capaz de ajudar as pessoas a recuperarem suas funções cognitivas e emocionais após um AVC cerebelar, e a abordagem da terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode servir como ferramenta neste processo. <strong>Objetivos:</strong> Pretende-se compreender os comportamentos desenvolvidos pelo diagnóstico da mania pós-AVC cerebelar, por meio de uma análise de estudo de caso, e a possibilidade de reabilitação neuropsicológica por meio da terapia cognitivo-comportamental (TCC). <strong>Metodologia:</strong> Trata-se de pesquisa qualitativa, com método de estudo de caso. Para levantamento de dados, foram realizadas pesquisas nas plataformas Scielo, PubMed e Google Acadêmico com as seguintes palavras-chave: “manic behavior”, “postroke mania”, “mania pós-AVC”, “reabilitação neuropsicológica”, “mania e terapia cognitivo comportamental”. Em seguida, foi selecionado o caso mais relevante como amostra para discussão das consequências sofridas pelo paciente que desenvolveu mania pós-AVC cerebelar. <strong>Resultados:</strong> O artigo selecionado para discussão intitula-se “Cerebellar Stroke-manifesting as Mania” ou “AVC Cerebelar manifestando-se como Mania”, e destaca a associação incomum entre lesões cerebelares, sintomas de mania e suas consequências neuropsiquiátricas. Trata-se do diagnóstico de uma pessoa do sexo masculino, com 28 anos, que sofreu um derrame no cerebelo esquerdo e desenvolveu sintomas maníacos: excitabilidade aguda, fala excessiva, mudanças de humor e ideias grandiosas. Ainda, o paciente expressou crenças delirantes de possuir grande poder, como a capacidade de vencer 500 homens. Possuía insônia, comportamento agressivo e fazia pedidos irracionais. O tratamento recebido pelo paciente foram medicações de sódio valproato, olanzapina e diazepam, bem como a psicoterapia. Com aproximadamente um mês de acompanhamento, o paciente melhorou gradualmente e começou a andar sem apoio, embora com dificuldades de coordenação (ataxia). Os sintomas psiquiátricos, incluindo a mania, diminuíram. Entende-se que o diagnóstico de mania após um AVC no cerebelo requer avaliação cuidadosa, com exames de imagem, avaliação neuropsiquiátrica e exames neurológicos. A partir dos dados obtidos até o momento, não foram encontradas pesquisas que citam o uso da TCC como abordagem psicoterapêutica, apenas mencionam, genericamente, o uso de psicoterapia. Para tratar déficits cognitivos resultantes do AVC cerebelar, a terapia cognitivo-comportamental pode incluir o treinamento de habilidades específicas, como memória, atenção e resolução de problemas. Pode ser adaptada para ajudar o paciente a se perceber com os sintomas maníacos, como a euforia, a impulsividade e a irritabilidade, por meio de estratégias de controlar pensamentos distorcidos, regulação emocional e comportamentos adaptativos, proporcionando, assim, novas conexões de neuroplasticidade, importantes na reabilitação neuropsicológica pós-trauma. <strong>Conclusões:</strong> A pesquisa trouxe a amostra de um estudo de caso de paciente que desenvolveu sintomas maníacos após um AVC cerebelar. Embora incomum, trata-se de um diagnóstico de alta complexidade, sendo crucial uma avaliação cuidadosa e um tratamento adequado para gerenciamento dos sintomas e melhor qualidade de vida. A busca pela reabilitação comportamental e neuropsicológica, por meio da TCC, é uma possibilidade em potencial. As pesquisas nessa área são incipientes, havendo a necessidade de maiores evidências científicas para ampliar seu campo de atuação no tratamento psicoterapêutico da mania pós-AVC.</p> Bruna Fabris Bruna Odorcik Dirceu Luis Minella ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NO MANEJO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E SEUS MECANISMOS DE AÇÃO https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19965 <p>O estudo aborda os principais antidepressivos, destacando suas classes e mecanismos de ação, &nbsp;visando facilitar a identificação dessas substâncias.Isso se traduz em uma abordagem mais acessível e prática, direcionada a indivíduos leigos e<br>estudantes, com o intuito de proporcionar benefícios substanciais nesse contexto.No entanto, é importante lembrar que os antidepressivos não devem ser a única abordagem no tratamento do transtorno depressivo maior, sendo necessária terapia psicológica, mudanças no estilo de vida e apoio social. A escolha do antidepressivo e o acompanhamento médico são essenciais para garantir a eficácia e segurança do tratamento, pois esses medicamentos têm efeitos colaterais e não são soluções instantâneas. A personalização do tratamento e a consideração de diversos aspectos da saúde mental do paciente&nbsp;são&nbsp;cruciais.</p> <p><br><br></p> Andre Luiz Von Dentz Lilian Caroline Bohnen Brunna Varela da Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 IMPLICAÇÕES DA COVID-19 NA DOENÇA DE PARKINSON https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19962 <p><strong>Introdução</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica degenerativa com acometimento dos neurônios dopaminérgicos, embora sua fisiopatologia ainda seja uma incógnita. Seus sintomas são múltiplos e incluem alterações na coordenação não motora e motora, especialmente em idosos, e seu diagnóstico é clínico (BEITZ, 2014; CABREIRA; MASSANO, 2019). Dentre as poucas causas conhecidas para essa doença, sabe-se que o estresse oxidativo gerado pelo acúmulo de espécies reativas de oxigênio é capaz de desencadear essa condição (SUBRAMANIAM; CHESSELET, 2013).&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A partir da pandemia de COVID-19, os portadores da DP apresentaram piora em suas condições neurológicas, indicando uma influência desta infecção sobre a neurodegeneração instalada (ROSEN et al., 2021). Consoante a isso, o SARS-CoV-2 é capaz de induzir processos inflamatórios e estimular o estresse oxidativo, respostas prejudiciais às condições cerebrais dos pacientes com Parkinson (STEFANOU et al., 2022). Dessa forma, deve-se buscar modular as vias comuns entre a DP e a COVID-19, objetivando evitar o dano neurológico daqueles portadores da doença.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Nesse sentido, o sistema purinérgico é visado na literatura pelo seu potencial terapêutico. A sinalização purinérgica, especialmente por meio da atividade do receptor P2X7, já foi vinculada a condições imunológicas e inflamatórias, como a resposta gerada pelo SARS-CoV-2, e a doenças neurodegenerativas, como a DP, representando uma conexão entre essas condições (BURNSTOCK, 2017; BEITZ, 2014; GLASER et al., 2020). Portanto, deve-se buscar compreender a relação entre a COVID-19 e a DP, bem como o efeito da modulação desse sistema, a fim de proteger o estado cerebral dos pacientes com Parkinson infectados pelo vírus.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Avaliar a relação do sistema purinérgico e sua modulação como possível terapia na fisiopatologia do Parkinson associada a infecção pelo SARS-CoV-2, indicando componentes desse sistema que podem interferir diretamente no prognóstico da doença</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de buscas nas bases de dados </span><em><span style="font-weight: 400;">PubMed</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">ScienceDirect</span></em><span style="font-weight: 400;"> utilizando, principalmente, os descritores “Parkinson” e “COVID-19” associados aos descritores “Purinergic signaling” e "ATP", utilizando o operador booleano “AND”.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Há diversas descobertas importantes relacionadas às implicações da COVID-19 na DP, uma vez que a fisiopatologia da DP está intimamente associada à neuroinflamação, pois esta integra a cascata de eventos que levam à degeneração dos neurônios dopaminérgicos (HIRSCH; HUNOT, 2009). Diferentes distúrbios podem gerar esses fatores inflamatórios, os quais desencadeiam a morte neuronal, sendo válido explicitar: as disfunções de organelas celulares (WANG et al., 2022) e a formação de agregados insolúveis por mal dobramento proteico da alfa-sinucleína (α-syn) no terminal da célula pré-sináptica, formando os chamados “agregados de Lewis” (LIU; CHEN; CHANG, 2022).&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A COVID-19, por sua vez, é caracterizada pela liberação excessiva de marcadores pró-inflamatórios, chamados de tempestade de citocinas. Essa tempestade é capaz de desencadear condições neurodegenerativas ao afetar a barreira hematoencefálica (SWEENEY; SAGARE; ZLOKOVIC, 2018). Nesse contexto, em casos graves de infecção por SARS-CoV-2, o sistema imunológico pode ser comprometido, desencadeando uma hiperestimulação da resposta neuroimune, aumentando a inflamação neuronal, de modo a agravar a condição de um paciente acometido pela DP (ROSEN et al., 2021).&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Nessa conjuntura, a partir dos resultados obtidos, pode-se delimitar um possível alvo terapêutico para redução do processo inflamatório, o qual pode contribuir, positivamente, tanto para a COVID-19 quanto para a DP: a modulação purinérgica com foco no receptor P2X7. Esse receptor desempenha papel relevante no controle da entrada e da saída de moléculas das células, além de expressar proteínas envolvidas na morte celular. Discute-se, assim, que a modulação desse receptor possa ajudar a mitigar e lentificar a progressão dos efeitos da DP e melhorar a sintomatologia da COVID-19 (OLIVEIRA-GIACOMELLI et al., 2021; OLIVEIRA-GIACOMELLI et al., 2019)</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Quadros severos da COVID-19 apresentam em sua fisiopatologia um estado hiperinflamatório e com estresse oxidativo associado, o qual acomete a malhar neural e pode agravar disfunções preexistentes, como na DP. Dessa forma, o presente trabalho analisou a modulação do sistema purinérgico visando seu potencial terapêutico para atenuação dos efeitos da infecção pelo SARS-CoV-2, bem como a neurodegeneração observada no Parkinson. Sendo assim, esse sistema é visado por apresentar um potencial anti-inflamatório e protetor contra os processos de degeneração neural, resultando em um modelo de terapia pautada na modulação do receptor P2X7 como uma terapia alternativa ou adjuvante.</span></p> Julia Leao Batista Simoes Geórgia de Carvalho Braga Samantha Webler Eichler Gilnei Bruno da Silva Margarete Dulce Bagatini ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 DESFECHO FAVORÁVEL APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO SUBMETIDO A TROMBÓLISE ENDOVENOSA https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19428 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) é definido como a diminuição ou interrupção completa do aporte sanguíneo cerebral, provocada por um trombo ou êmbolo, gerando isquemia (Gil, 2023). Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, em 2021 houve um total de 360 mortes por AVCi no Brasil (DataSus, 2021). Contudo, para além do impacto da mortalidade, aqueles que sobrevivem ao evento isquêmico quando não tratados a tempo podem apresentar sequelas físicas e cognitivas que impactam na qualidade de vida (Rangel; Belasco; Diccini, 2013; Szymanski </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2021).&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Atualmente, a trombólise endovenosa (TE) é o tratamento de primeira escolha para o processo de reperfusão sistêmica em pacientes com AVCi agudo, sendo indicado nas primeiras 4,5 horas do início dos sintomas e se, no momento do tratamento, os sintomas são incapacitantes (Berge </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">., 2021; Szymanski </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2021). O procedimento de TE dissolve o trombo ou um êmbolo na corrente sanguínea, sendo a Alteplase a medicação utilizada (Szymanski </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2021). Frente a isso, verificar os aspectos positivos da TE é de fundamental importância, e a prática clínica trata-se do método mais adequado, visto que possibilita avaliar o efeito do tratamento de forma direta.&nbsp;</span></p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do presente estudo é relatar o caso clínico de um paciente com AVCi submetido a tratamento de trombólise endovenosa, que evoluiu com quadro clínico favorável.</span></p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Este é um relato de caso conduzido em uma Unidade de AVC-Agudo em um hospital de referência no norte do Rio Grande do Sul. O estudo faz parte de um projeto de pesquisa de mestrado intitulado "Vivência transicional de pacientes antes e após Acidente Vascular Isquêmico tratado por trombolítico" aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número de parecer 5.811.677. Para o relato de caso, foi obtido o consentimento do paciente por meio do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). O paciente foi convidado a participar do estudo com base em um critério que exigia um escore de 0 a 3 na Escala de Rankin, essa que avalia a funcionalidade após o AVC (Sociedade Brasileira de AVC, s.d).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Na entrevista, foi aplicado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) antes da alta hospitalar, um instrumento desenvolvido por Folstein </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1975) usado para avaliar a função cognitiva, rastrear quadros demenciais e monitorar respostas a tratamentos. O MEEM consiste em sete categorias de questões que avaliam funções cognitivas específicas, resultando em uma pontuação de 0 a 30 pontos. A escolaridade afeta significativamente a pontuação, com pontos de corte sugeridos para diferentes níveis educacionais: 13 pontos para analfabetos, 18 pontos para baixa ou média escolaridade e 26 pontos para alto nível de escolarização. Estes pontos de corte foram usados para classificar o nível de déficit cognitivo dos participantes nesta pesquisa (Lourenço; Veras, 2006). Outrossim, juntamente a aplicação do MEEM foi realizado o exame físico no participante a fim de possibilitar a verificação de sequelas físicas pós-AVCi, bem como verificar se houve melhora parcial ou total dos déficits físicos presentes antes da TE.&nbsp;</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Paciente sexo masculino, 55 anos, possui ensino médio completo, foi admitido na Unidade de AVC de uma instituição hospitalar de referência no norte do estado do Rio Grande do Sul no dia 31 de Julho de 2023, apresentando quadro de perda de força em hemicorpo esquerdo com início a três horas. Previamente hígido, contudo tabagista e hipertenso, em uso de Enalapril, Hidroclorotiazida e Sinvastatina, nega etilismo, uso de anticoagulantes, AVC isquêmico e hemorrágico prévio, bem como procedimentos cirúrgicos.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Ao exame físico neurológico, apresentava-se orientado em tempo e espaço, hemiparetico em </span><em><span style="font-weight: 400;">dimídio </span></em><span style="font-weight: 400;">esquerdo grau III/V, reflexo cutâneo-plantar indiferente à esquerda, desvio do olhar conjugado para direita, paralisia facial central, disartria moderada e hemianopsia esquerda. Frente aos achados do exame físico de imediato foi realizada a tomografia de crânio, na qual foi possível descartar sinais de sangramento ou hipodensidade aguda/subaguda. Com isso, obteve-se o diagnóstico de AVCi e uma apresentação de NIHSS 9. A escala </span><em><span style="font-weight: 400;">National Institutes of Health Stroke Scale</span></em><span style="font-weight: 400;"> (NIHSS) quantifica o déficit neurológico relacionado com o AVC, possui score de 0 a 42, sendo que quanto maior a pontuação pior o déficit, menos que cinco pontos refletem um comprometimento leve, e mais que 25, comprometimento expressivo (Caneda</span><em><span style="font-weight: 400;"> et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2006).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Frente ao AVCi, um dos principais pilares do atendimento é o processo de revascularização de tecido nervoso e prevenção de lesão neuronal secundária (Mendes </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2022), sendo evidenciado que o manejo terapêutico químico com TE recanaliza precocemente o vaso ocluído, proporcionando maiores chances de manutenção da viabilidade do tecido neuronal em risco, ou seja, área de penumbra (Rolindo </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2016).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;Diante disso, o paciente após a tomografia recebeu tratamento com trombolítico químico (Alteplase) com doses calculadas conforme seu peso (120 kg), e então administrado dose máxima de 90 mg sendo 9 mg em bólus e 81 mg em 1 hora endovenosa em bomba de infusão contínua. Salienta-se que quando administrado a Alteplase em tempo, ou seja até 4,5 horas após o início dos sintomas, o ativador de plasminogênio tecidual recombinante por via intravenosa reduz a incapacidade funcional (Rolindo </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2016).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Após a administração do trombolítico foram mantidos os cuidados pós-trombólise por 24 horas, sendo eles: controle pressórico, vigilância neurológica, cabeceira 0º, não realizar nenhum procedimento invasivo, nada por via oral e controle glicêmico. Posto isso, nas primeiras 24 horas o paciente permaneceu recebendo Nitroprussiato para controle dos níveis pressóricos.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Na avaliação 24 horas após o tratamento, ao exame físico neurológico o paciente apresentou-se orientado em tempo e espaço, ausência de paresia de membros, reflexo cutâneo-plantar indiferente à esquerda, ausência de desvio de olhar, ausência de disartria ou paralisia facial e hemianopsia à esquerda, NIHSS 0, Rankin 0. Posto isso, verifica-se que houve remissão total dos sintomas apresentados na chegada. Ao aplicar o MEEM o participante apresentou um score de 23. Visto que este possui como escolaridade ensino médio completo considera-se o ponto de corte 18 pontos, assim concluído que o participante não possui sinais sugestivos de déficit cognitivo.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Frente a melhora clínica expressiva o paciente permaneceu internado por cinco dias (31 de julho à 04 de agosto de 2023), e foi de alta com orientação de acompanhamento na Atenção Primária à Saúde (APS) e mudanças de hábitos de vida, tais como cuidados com a alimentação, prática de exercício físico, redução do peso e interrupção do tabagismo.&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Outrossim, a APS desempenha um papel crucial no cuidado pós-AVC, isso se deve ao fato do alto risco de recorrências, onde de 100 indivíduos com AVCi prévio 5 a 10 terão um novo evento a cada ano, ademais, essa é responsável pela gestão de fatores de risco, monitoramento de saúde a longo prazo, encaminhamento para reabilitação multidisciplinar, suporte psicossocial e educação do paciente e da família (Sociedade Brasileira de AVC s.d; Kernan </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2021).</span></p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">No presente relato de caso, foi possível evidenciar que o TE demonstrou-se eficaz no controle do AVCi, evitando sequelas físicas e cognitivas. Contudo faz-se necessário o aprofundamento em estudos mais amplos a fim de concluir o presente achado com maior precisão.&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><strong>Referências</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">BERGE, Eivind. European Stroke Organisation (ESO) guidelines on intravenous thrombolysis for acute ischaemic stroke. </span><strong>European Stroke Journal</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 6, n. 1, p. 1-62, 2021; Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33817340/. Acesso em: 28 set. 2023.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">CANEDA, Marco Aurélio Gralha de et al. Confiabilidade de escalas de comprometimento neurológico em pacientes com acidente vascular cerebral. </span><strong>Arquivos Neuro-psiquiatria</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 64, n. 3a, 2006.&nbsp;</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">DATASUS. </span><strong>Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM.</strong><span style="font-weight: 400;"> Disponível em:&nbsp; http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def. Acesso em: 29 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">FOLSTEIN, Marshal F. et al. Mini-mental state: a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician.</span><strong> J Psychiatric Res</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 12, p. 189-198, 1975. Disponível em: https://doi.org/10.1016/0022-3956(75)90026-6. Acesso em: 29 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">GIL, Ana Isabel Chaves.</span><strong> Cuidados de Enfermagem à Pessoa com AVC Isquémico Submetida a Trombólise na UCI.</strong><span style="font-weight: 400;"> 2023. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Universidade de Évora, 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">KERNAN, Walter N. et al. Primary Care of Adult Patients After Stroke. </span><strong>Stroke,</strong><span style="font-weight: 400;"> v. 52, 2021.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Disponível em: https://www.ahajournals.org/doi/pdf/10.1161/STR.0000000000000382. Acesso em: 28 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">LOURENÇO, Roberto A; VERAS, Renato P.&nbsp; Mini-Exame do Estado Mental: características psicométricas em idosos ambulatoriais. </span><strong>Rev. Saúde Pública</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 40, n. 4, p. 712-9, 2006.&nbsp; Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000500023. Acesso em: 30 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">MENDES,&nbsp; Luísa Franco et al. Acidente vascular cerebral associado ao risco temporal: abordagem clínica e manejo terapêutico. </span><strong>Brazilian Journal of Development</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 8, n. 5, p. 39193–39209, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv8n5-4212022. Acesso em : 30 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">RANGEL, Edja Solange Souza; BELASCO, Angélica Gonçalves Silva; DICCINI, Solange. Qualidade de vida de pacientes com acidente vascular cerebral em reabilitação.</span><strong> Acta Paulista De Enfermagem</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 26, n. 2, p. 205–212, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-21002013000200016. Acesso em: 29 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">ROLINDO, Saullo José Silva et al. Acidente vascular cerebral isquêmico: revisão sistemática dos aspectos atuais do tratamento na fase aguda. </span><strong>Rev. Pat. Tocantins</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 3, n. 3, 2016. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/2420/pdf. Acesso em: 30 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SOCIEDADE BRASILEIRA DE AVC. </span><strong>Escalas de AVC.</strong><span style="font-weight: 400;"> S.d. Disponível em:&nbsp; https://avc.org.br/membros/escalas-de-avc/. Acesso em: 29 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SZYMANSKI, Paula et al. Trombólise Endovenosa em Acidente Vascular Cerebral isquêmico: uma revisão de literatura. </span><strong>Rev Neurociência</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 29, n. 1, p. 1-16, 2021. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/download/11637/8703/50988. Acesso em: 29 set. 2023</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;">AVC Isquêmico; Reabilitação do Acidente Vascular Cerebral; Terapia Trombolítica.</span></p> <p><strong>Categoria: </strong><span style="font-weight: 400;">Outra Instituição</span></p> <p><strong>Área do Conhecimento:</strong> <span style="font-weight: 400;">Ciências da Saúde</span></p> <p><strong>Formato: </strong><span style="font-weight: 400;">Comunicação Oral</span></p> Marcelo Walker Juliana Baldissera Dors Sandra Biasuz Thaís Dresch Eberhardt Marinês Tambara Leite Caroline Thais Both Eliane Raquel Rieth Benetti ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E SUAS MANIFESTAÇÕES NEURO VASCULARES E CEREBRAIS https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19972 <p><strong>Introdução</strong></p> <p>O lúpus tipo sistêmico é o mais comum entre a população afetada pela doença reumatológica, ele se manifesta de diversas formas, sendo a forma de lúpus eritematoso sistêmico (LES) o mais conhecido. Não há estudos que comprovem a origem do lúpus em nosso organismo, tendo em vista que é uma doença autoimune, os sintomas são relacionados a anticorpos, como anti-DNA, anti-P ribossomal, anticardiolipina, entre outros, incluindo o sistema nervoso central (SNC) (ZHANG et al., 2021). O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, estes&nbsp; quando afetados pelo lúpus, pode levar a uma variedade de sintomas neurológicos, incluindo processos inflamatórios podendo causar uma condição conhecida como "lúpus neuropsiquiátrico" ou "neurolúpus” (ARAUJO et al. 2019).</p> <p>Essa inflamação acaba resultando em alterações nos neurotransmissores do SNC, e consequentemente, em comportamentos como: confusão mental aguda, distúrbios cognitivos, psicose, transtornos de humor, ansiedade e depressão. A fisiopatologia da LES é caracterizada pela formação de imunocomplexos constituídos por anticorpos e auto ou hetero antígenos que se depositam nas paredes de vasos sanguíneos de médio e pequeno calibre, ou seja na microcirculação. Os quais, dão ‘start’ nos mediadores da inflamação, resultando em vasculite leucocitoclástica, juntamente com necrose na parede vascular e em tecidos irrigados pela mesma, assim, acarretando em mudanças estruturais e funcionais de diversos órgãos (CASTRO ALVES DOS SANTOS COSTA, 2017).</p> <p>Importante destacar as formas de tratamento para o LES, ou seja é necessário a intervenção das equipes multiprofissionais para uma melhor orientação no tratamento farmacológico e não farmacológico. Visto a necessidade de esclarecimentos sobre o LES, suas manifestações neurológicas e cerebrovasculares, este trabalho busca sanar algumas lacunas existentes e trabalhar com estudos que tenham embasamento científico.</p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p>Explicar de forma coerente e científica a relação do lúpus com o sistema nervoso e acometimentos no sistema neurocirculatório, tendo sobre entendimento sintomas expressos por pacientes diagnosticados com a doença.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p>Este trabalho contempla uma revisão de literatura, do tipo resumo expandido, de cunho qualitativo, descritivo e exploratório. Realizado a partir da busca de artigos originais, pesquisas clínicas ou experimentais, ou revisões sistemáticas, indexadas em bancos de dados científicos com fator de impacto relevante no período de 10 anos na língua portuguesa, espanhola e inglesa. Serão excluídos artigos, fora do interesse da pesquisa, duplicados, artigos pagos, ou que contenham apenas o resumo disponível.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p>O comprometimento neurológico é um dos determinantes de morbimortalidade nos indivíduos com LES, sendo frequente nestes, as manifestações neuropsiquiátricas que variam de 38% a 65,8% nos pacientes com LES (ZAMBRANO &amp; VÁSQUEZ, 2014). Entre as condições mais comuns estão os ataques cerebrovasculares, convulsões, disfunção cognitiva, confusão aguda e psicose (PAREDES et al., 2020). Esses sintomas podem estar relacionados a alterações neurológicas decorrentes do LES, como inflamação cerebral, vasculite e trombose (TEODORO et al., 2022).</p> <p>Os danos gerados pelo processo inflamatório afetam o organismo sistemicamente. Estudos abordam a relação entre a lesão vascular/trombótica encefálica com a presença de anticorpos patogênicos, citocinas pró-inflamatórias, interleucina (IL) -6, Interferon alfa (IFNα) e aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica em indivíduos com LES (BENDORIUS et al., 2018). Uma análise prospectiva de eventos neuropsiquiátricos em pacientes com LES constatou que as manifestações clínicas eram comuns, foram destacados distúrbios convulsivos, cefaléia e transtornos de humor como depressão e ansiedade (HANLY, J. G, et al., 2015).</p> <p>Estudos têm demonstrado que sintomas neuropsiquiátricos nos pacientes acometidos por lúpus podem variar amplamente (QUEZADA &amp; ALMEIDA, 2022), convulsões e psicose são observados em até 20% dos casos, outras manifestações neuropsiquiátricas variam de&nbsp; 9% a 80% nos indivíduos acometidos, sendo a cefaléia sintoma neurológico mais comum e o acidente vascular cerebral a complicação mais grave&nbsp; (QUEZADA &amp; ALMEIDA, 2022).</p> <p>O tratamento da doença é muito amplo e um dos medicamentos de uso obrigatório para pacientes diagnosticados com LES são os antimaláricos. Outras opções de tratamentos incluem o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, micofenolato de mofetila, anti-inflamatórios esteroidais, metotrexato, ciclofosfamida, azatioprina, imunoglobulina intravenosa, retinóides, danazol, clofazamina, rituximabe e anticoagulantes conforme diagnóstico e critério médico. O uso de anti-inflamatórios e anticoagulantes atenuam os danos vasculares, emergindo um estado protetor contra eventos cerebrovasculares agudos que podem ser letais aos pacientes com LES (DE CAMPOS, 2017).</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p>É imperativo destacar que o diagnóstico e o tratamento das manifestações neuropsiquiátricas do lúpus eritematoso sistêmico (LES) continuam a constituir um notável desafio para os profissionais de saúde. A natureza diversificada do LES torna o diagnóstico e o manejo complexo, pois não existe um sintoma exclusivo da doença. Ainda, as manifestações têm o potencial de resultar em uma significativa incapacitação funcional e, por conseguinte, representam um desafio para o estabelecimento do diagnóstico correto. Neste contexto, torna-se de extrema importância que os profissionais da saúde estejam plenamente cientes dessa condição e trabalhem em conjunto proporcionando um cuidado integral aos pacientes acometidos pelo lúpus. A abordagem trabalhada neste estudo, colabora metodologicamente com a comunidade científica além de otimizar os processos e protocolos que visam a qualidade de vida e o bem estar dos pacientes e, ao mesmo tempo, impulsionar o avanço no campo da pesquisa e tratamentos das manifestações do LES.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Referências</strong></p> <p>ARAUJO, Claudiane Isabel F.; MILDEMBERGER, Tiago S.; NAVARRO, Stephanie Dynczuki; et al. Aspectos Gerais Do Lúpus Eritematoso Sistêmico. 2019. Disponível em: &lt;https://core.ac.uk/works/74747942&gt;. Acesso em: 11&nbsp;out.&nbsp;2023.</p> <p>BENDORIUS, Mykolas; PO, Chrystelle; MULLER, Sylviane; et al. From Systemic Inflammation to Neuroinflammation: The Case of Neurolupus. International Journal of Molecular Sciences, v. 19, n. 11, p. 3588, 2018. Disponível em: &lt;http://www.mdpi.com/1422-0067/19/11/3588&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p>&nbsp;</p> <p>CASTRO ALVES DOS SANTOS COSTA, Catarina. Função do Sistema Nervoso Autónomo em Doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico. In: Função do Sistema Nervoso Autónomo em Doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico. [S. l.], 15 ago. 2017. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/31050/1/CatarinaCSCosta.pdf. Acesso em: 9 out. 2023.</p> <p>&nbsp;</p> <p>DE CAMPOS, J. M; SILVA, T. M; ERRANTE, P. R.&nbsp; TRATAMENTO FARMACOLÓGICO NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTEMICO. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa. v. 14, n. 35, abr./jun. 2017. ISSN 2318-2083 (eletrônico).</p> <p>&nbsp;</p> <p>HANLY, John G.; SU, Li; UROWITZ, Murray B.; et al. Mood Disorders in Systemic Lupus Erythematosus: Results From an International Inception Cohort Study. Arthritis &amp; Rheumatology, v. 67, n. 7, p. 1837–1847, 2015. Disponível em: &lt;https://acrjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.39111&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p>&nbsp;QUEZADA, Ingrid Gabriela Herrera; ALMEIDA, Carlos Eduardo Alencar. Meningite asséptica em lúpus eritematoso sistêmico: uma revisão integrativa: Aseptic meningitis in systemic lupus erythematosus: an integrative review. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 5, p. 17245–17259, 2022. Disponível em: &lt;https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/51678&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p>&nbsp;</p> <p>TEODORO, Gabriel Dias; REZENDE, Luiz Filipe Almeida; OLIVEIRA, André Alves; et al. SINTOMAS PSICÓTICOS COMO COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO EM PACIENTE COM LÚPUS. In: Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Crônicas On-line. [s.l.]: Revista Multidisciplinar em Saúde, 2022. Disponível em: &lt;https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/issue/view/42&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p>&nbsp;</p> <p>ZHANG, Shangzhu; LI, Meng; ZHANG, Li; et al. Clinical Features and Outcomes of Neuropsychiatric Systemic Lupus Erythematosus in China. Journal of Immunology Research, v. 2021, p. 1–10, 2021. Disponível em: &lt;https://www.hindawi.com/journals/jir/2021/1349042/&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p>&nbsp;</p> <p>ZUÑIGA ZAMBRANO, Yenny Carolina; VÁSQUEZ, Rafael. Trastornos psiquiátricos en pacientes pediátricos con lupus eritematoso sistémico en un hospital de referencia. Revista Colombiana de Psiquiatría, v. 43, n. 2, p. 73–79, 2014. Disponível em: &lt;https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0034745014000158&gt;. Acesso em: 11 out. 2023.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Lúpus Eritematoso Sistêmico; Sistema Nervoso Central; Inflamação.</p> Matheus Lira Gabriela Dal Bosco LAZZARIN Rafael Antonio Narzetti Vanessa Fátima Gazoni ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 GLIOBLASTOMAS: A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO UM ALIADO AO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19426 <p>O glioblastoma multiforme (GBM), é um dos tumores cerebrais mais frequentes, correndo em cerca de 45%&nbsp;de todos os tipos malignos de tumores do Sistema Nervoso Central.&nbsp;Ainda, o glioblastoma é apontado como um dos 12 tumores mais frequentes no Brasil. Mesmo com o avanço das práticas assistências, ainda há muitas dificuldades em relação ao diagnóstico e tratamento da patologia. Nessa perspectiva, a inteligência Artificial permite otimizar o diagnóstico e tratamento, auxiliando na tomada de decisão assertiva.&nbsp;&nbsp;</p> Roberta Eduarda Grolli Greici Capellari Fabrizzio Amanda Gollo Bertollo Zuleide Maria Ignácio ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES COM NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19429 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os tumores do sistema nervoso central (TSNC) são compostos por&nbsp; uma variedade de neoplasias histologicamente complexas que atingem células do encéfalo e da medula espinhal. Essas neoplasias apresentam crescimento e reprodução celular hiperativa desregulada que surgem de múltiplas mutações genéticas, as quais são influenciadas por fatores hereditários e ambientais (</span><span style="font-weight: 400;">FITZ </span><em><span style="font-weight: 400;">&nbsp;et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2016; BRENNER </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2017).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os TSNC podem ser primários ou secundários. Os tumores primários no cérebro são classificados como benignos ou malignos dependendo do tipo de célula ou onde estão localizados. O câncer metastático, um tumor secundário, é muito comum e geralmente começa no cérebro por extensão direta de tumores no crânio ou na coluna vertebral, ou por disseminação hematogênica, através do sistema linfático, líquido cefalorraquidiano ou suprimento sanguíneo </span><span style="font-weight: 400;">(LEMKE </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2004)</span><span style="font-weight: 400;">.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Nos TSNC, as metástases intracranianas de cânceres sistêmicos, meningiomas e gliomas, particularmente glioblastomas, são os tumores cerebrais mais frequentes. Ademais, os meningiomas são tumores que se desenvolvem nas meninges e geralmente são benignos e podem ser tratados. Além disso, o tumor cerebral primário maligno mais recorrente e agressivo é o glioblastoma </span><span style="font-weight: 400;">(LEE </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2018)</span><span style="font-weight: 400;">.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Na terapêutica, as metástases exigem tratamentos complexos que incluem neurocirurgia, radioterapia e oncologia médica. Os meningiomas geralmente são tratados com ressecção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia reservadas para doenças de alto risco ou refratárias. Ainda, os glioblastomas, muitas vezes, são tratados com quimiorradiação concomitante padrão </span><span style="font-weight: 400;">(LEE </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2018). Entre os anos de 2023 e 2025 </span><span style="font-weight: 400;">o Brasil terá um crescimento expressivo de novos casos de TSNC e a região sul ganha destaque nas estimativas epidemiológicas (BRASIL, 2023), portanto devido ao aumento da incidência estudos como esse justificam a necessidade da caracterização de pacientes com TSNC na região sul do país a fim de caracterizar a população e obter maiores informações sobre o cenário loco regional.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span></p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Caracterizar quanto ao sexo e idade os pacientes com TSNC submetidos a procedimentos cirúrgicos em hospitais referência do Oeste de Santa Catarina.&nbsp;</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Estudo quantitativo observacional, analítico, transversal. Como critérios de inclusão, foram incluídos na pesquisa pacientes com TSNC de diferentes sítios que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos em hospitais referência do Oeste de Santa Catarina, durante o período de maio a agosto de 2023.&nbsp; Estratificou-se os pacientes por idade e sexo em uma tabela do excel, após realizou-se a análise dos dados. Para a idade os dados foram apresentados em (n) número de pacientes, média seguidos de (±) desvio padrão. Para representar o sexo utilizou-se de (%) porcentagem.&nbsp;</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O estudo contou com n=45 pacientes, com idade média de 55±15 anos, sendo 25 mulheres (55,55%) e 20 homens (44,44%), distribuídos conforme Tabela 1.<img src="/public/site/images/k1k2k3/imagem_correta.png" width="684" height="233"></span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O câncer é uma das principais causas de morte antes dos 70 anos de idade no mundo. Nesse viés, menciona-se que atualmente é vivenciado uma transição do ponto de vista epidemiológico. Com o passar dos anos a expectativa de vida da população aumentou consideravelmente e os índices de mortalidade na infância diminuíram, entretanto observa-se um aumento das mortes relacionadas às doenças crônicas e infectocontagiosas. Ainda, hodiernamente no Brasil vivencia-se um aumento na disponibilidade e qualidade de informações relacionadas ao câncer, o que favorece a ação de mecanismos que propiciam o planejamento de ações fidedignas à realidade, possibilitando a realização de pesquisa e a adoção de novas práticas baseadas em evidência (BRASIL, 2023).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Estima-se que no triênio 2023-2025 no Brasil ocorreram 704 mil casos novos de câncer. A distribuição da incidência por região demonstra que a região sul e sudeste concentram as maiores taxas. No que tange, os TSNC estima-se que esses alcançaram o número de 11.490 casos a cada ano do triênio e a predominancia por sexo será maior em homens (BRASIL, 2023), diferente do encontrado neste estudo onde a predominancia maior encontram-se no público feminino, entratando, vale mencionar que a porcentagem encontrada nesse estudo é próxima entre os sexos, sendo 55,55% femino e 44,44% masculino, ainda salienta-se que esse estudo trabalhou com um publico restrito o que pode diferir da estimativa nacional.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Adiante, um estudo semelhante a essa pesquisa destacou em seus achados que&nbsp; das 155 cirurgias de ressecção de TSNC realizadas entre os anos de 2017 a 2022 na população do norte catarinense 58% da população era composta por mulheres, dado que converge com o encontrado na presente pesquisa (</span><span style="font-weight: 400;">VILALOBOS </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;"> 2023)</span><span style="font-weight: 400;">. Um estudo elaborado por Buffon e colaboradores (2022) propuseram a análise do perfil epidemiológico em pacientes com metástase cerebral e em seus resultados encontraram que a variação de idade foi de 17 à 93 anos e a idade mediana foi de 61±13, dado que assemelha-se ao encontrado na presente pesquisa. Por fim, vale destacar que esse estudo foi desenvolvido com base na população atendida em&nbsp; hospitais referências do oeste catarinense.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">Notou-se a partir dos achados uma maior predominância de ressecção de TSNC em mulheres e a faixa etária com maior prevalência foi 55±15 anos. Salienta-se que esse estudo demonstrou dados que convergem com a literatura e mostram-se importantes informações para o conhecimento epidemiológico local.&nbsp;</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Referências</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p><span style="font-weight: 400;">BRASIL</span><strong>. Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. </strong><span style="font-weight: 400;">Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - Ministério da Saúde. Disponível: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil. Acesso em: 01/09/2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">BRENNER A. J.; CAFLISCH L.;&nbsp; LODI A.;&nbsp; PANDEY R.; TIZIANI S. Metabolomic signature of brain cancer. </span><strong>Mol Carcinog</strong><span style="font-weight: 400;">, n. 11, v. 56, p.2355-2371, 2017. DOI: 10.1002/mc.22694. PMID: 28618012; PMCID: PMC5708886.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">BUFFON, Viviane Aline</span><em><span style="font-weight: 400;"> et al. </span></em><span style="font-weight: 400;">Perfil epidemiológico de tumores intracranianos metástaticos submetidos à neurocirurgia. </span><strong>Bio Science, </strong><span style="font-weight: 400;">n. 2, v. 8, 2022. https://doi.org/10.55684/80.2.23. Acesso em: 29 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">FITZ C. R.; FURTADO A. D.; PANIGRAHY A</span><strong>.</strong><span style="font-weight: 400;"> CNS and spinal tumors.</span><strong> Handb Clin Neurol. National Library of Medicine</strong><span style="font-weight: 400;">. v.136, p.1139-1158, 2016. DOI: 10.1016/B978-0-444-53486-6.00059-4. PMID: 27430462.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">LEE E. Q.; FIGUEROA J. R. M. Brain Tumors. </span><strong>National Library of Medicine. Am J Med.</strong><span style="font-weight: 400;"> n. 8, v. 131, p.874-882, 2018. DOI: 10.1016/j.amjmed.2017.12.039. PMID: 29371158.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">LEMKE D. M</span><strong>. </strong><span style="font-weight: 400;">Epidemiology, diagnosis, and treatment of patients with metastatic cancer and high-grade gliomas of the central nervous system. </span><strong>National Library of Medicine.</strong><span style="font-weight: 400;"> J Infus Nurs. V.27(4), p.263-269, 2004. doi: 10.1097/00129804-200407000-00012. PMID: 15273634.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">VILALOBOS, Angélica </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;"> Estudo Sobre a Incidência de Tumores no Sistema Nervoso Central e na Calota Craniana em Pacientes Atendidos em Hospital Regional do Planalto Norte Catarinense.</span><strong> J Bras Neurocirur, </strong><span style="font-weight: 400;">n. 2, v. 34, p. 185-193, 2023. Disponível em: </span><span style="font-weight: 400;">https://az-admin.com.br/jbnc/artigos/2023_v34_n02_estudo-sobre-a-incidencia-de-tumores-no-sistema-nervoso-central-e-na-calota-craniana-em-pacientes-atendidos-em-hospital-regional-do-planalto-norte-catarinense.pdf</span><span style="font-weight: 400;">. Acesso em: 30 set. 2023.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> <span style="font-weight: 400;">Neoplasias do Sistema Nervoso Central</span><span style="font-weight: 400;">; Epidemiologia; Neurocirurgia.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Keroli Eloiza Tessaro da Silva Adinei Albino Soares Jussara de Lima Marcelo Lemos Vieira da Cunha Luan Lucena Débora Tavares de Resende e Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS NEURO-ONCOLÓGICAS E COMPORTAMENTO SUICIDA https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19967 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O câncer tem adquirido destaque significativo nas estatísticas de mortalidade e incapacidades a nível global (Antos </span><em><span style="font-weight: 400;">et</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">al</span></em><span style="font-weight: 400;">., 2023). No contexto brasileiro, dados do Instituto Nacional de Câncer (2019) confirmam essa doença como uma das principais causas de óbito. Essas tendências são influenciadas por mudanças demográficas, estilo de vida, envelhecimento populacional, modificações comportamentais e ambientais (Antos </span><em><span style="font-weight: 400;">et</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">al</span></em><span style="font-weight: 400;">., 2023). Especialmente as neoplasias que afetam o sistema nervoso central (SNC), desempenham um papel de relevância substancial nas estatísticas de mortalidade, conforme registrado pelo Instituto Nacional de Câncer no ano de 2020. O SNC, composto pelo encéfalo e medula espinhal, é suscetível ao desenvolvimento de tumores (INCA, 2019), caracterizados por crescimento celular descontrolado e disfunção fisiológica (Yi </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.,</span></em><span style="font-weight: 400;"> 2022). O crescimento anormal de células no SNC ocorre em aproximadamente 88% dos casos na região cerebral, que abriga estruturas essenciais para o equilíbrio neurobiológico (INCA, 2019; Van Heeringen; Mann, 2014). Além de alterações estruturais, a manifestação de malignidades no SNC está associada a disfunções neuropsíquicas, incluindo distúrbios comportamentais (Yi </span><em><span style="font-weight: 400;">et</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">al</span></em><span style="font-weight: 400;">., 2022).&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Pacientes oncológicos frequentemente enfrentam não apenas as implicações físicas da doença, mas também consideráveis desafios psicossociais. A carga emocional, as limitações físicas decorrentes do tratamento, a incerteza quanto ao prognóstico, bem como a possível recorrência da doença, podem afetar significativamente a saúde mental desses pacientes. Esses fatores combinados podem, em alguns casos, aumentar o risco de ideação suicida e comportamento suicida (Fanger </span><em><span style="font-weight: 400;">et</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">al</span></em><span style="font-weight: 400;">., 2010). Portanto, a compreensão e a relevância do tema são de suma importância para mitigar os potenciais desfechos suicidas nessa população vulnerável.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Descrever a relação entre o suicídio e o câncer no sistema nervoso central; explorar fatores comportamentais associados ao suicídio em pacientes oncológicos; explanar possíveis estratégias que contribuam na identificação de risco de suicídio em pacientes neuro-oncológicos.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho contempla uma revisão de literatura, do tipo resumo expandido, de cunho qualitativo, descritivo e exploratório. Realizado a partir da busca de artigos originais, pesquisas clínicas ou experimentais, ou revisões sistemáticas, indexadas em bancos de dados científicos com fator de impacto relevante no período de 5 anos na língua portuguesa e inglesa. Serão excluídos artigos, fora do interesse da pesquisa,&nbsp; duplicados, artigos pagos, ou que contenham apenas o resumo disponível.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Conforme observado por Silva e Benincá (2018) e outros pesquisadores, o suicídio demonstra uma forte associação com transtornos neuropsiquiátricos, porém, também é relevante considerar as doenças físicas como fatores de risco. Pacientes acometidos por doenças graves, como é o caso dos indivíduos diagnosticados com câncer, apresentam um risco aumentado de suicídio. É notório que o mencionado risco de suicídio se manifesta de maneira mais acentuada ao longo do primeiro ano subsequente ao diagnóstico da doença (Ribeiro, 2023). Esse agravamento do risco pode ser atribuído à necessidade súbita de lidar com sentimentos de finitude, bem como com as limitações funcionais e físicas decorrentes do tratamento, aliado ao perigo de recorrência da doença (Silva e Benincá, 2018).&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A depressão manifesta-se como uma condição psiquiátrica de notável ocorrência em indivíduos acometidos por doenças oncológicas. Evidências substanciais indicam que a prevalência da depressão nesse contexto supera significativamente a observada na população em geral. Em particular, uma pesquisa conduzida por Fanger </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2010) se dedicou a investigar a incidência da depressão e comportamento suicida em pacientes com diagnóstico oncológico hospitalizados, revelando que a taxa é substancialmente maior quando comparada à de pacientes internados por outras comorbidades. O estudo também constatou que a depressão desempenha um papel significativo na identificação do risco suicida nesse grupo de pacientes, o que pode intensificar o sofrimento emocional e psicológico dos pacientes, tornando o enfrentamento do câncer ainda mais desafiador.&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">De acordo com a investigação conduzida por Ribeiro (2023), é observado um aumento significativo no risco de suicídio em indivíduos afetados por determinados tipos de câncer, notadamente cânceres intracranianos, em comparação com outros grupos. A autora descreve um padrão epidemiológico associado ao risco e ao comportamento suicida, no qual variáveis como sexo masculino, idade avançada, baixa escolaridade, consumo de álcool, desemprego, tabagismo e a presença de transtornos mentais como comorbidades desempenham um papel de destaque. A compreensão desse perfil epidemiológico é fundamental para a identificação e intervenção preventiva junto a pacientes oncológicos em risco de suicídio.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">É relevante salientar que, mesmo enfrentando uma enfermidade, os pacientes continuam a manifestar seus desejos e aspirações em relação à vida. O comportamento suicida não surge como uma simples intenção de pôr fim à existência, mas, em muitos casos, é uma tentativa de aliviar o sofrimento que vivenciam.</span></p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Portanto, torna-se evidente que a relação entre suicídio e câncer, especialmente no que se refere ao sistema nervoso central, representa um tema de complexidade multifacetada que está intrinsicamente ligado a perturbações psicossomáticas. Esses fatores comportamentais, que surgem como contribuintes para o risco de suicídio entre pacientes oncológicos, enfatizam a necessidade de dedicar uma atenção especial à saúde mental. Compreender as raízes do pensamento suicida é um passo crucial para o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes. Além disso, a exploração de estratégias para identificar o risco de suicídio em pacientes neuro-oncológicos e em pacientes com outros tipos de câncer é fundamental para a prevenção e o tratamento precoces. A detecção antecipada de indicadores de sofrimento emocional e pensamento suicida detém o potencial de preservar vidas e aprimorar a qualidade de vida desses pacientes. Torna-se essencial persistir na alocação de recursos para a pesquisa e desenvolvimento de práticas clínicas que enfoquem não apenas as facetas médicas, mas também as componentes emocionais inerentes ao contexto do câncer, como propósito disponibilizar um suporte integral e eficaz aos pacientes afetados por condições oncológicas, ao mesmo tempo em que se busca mitigar o risco de suicídio nesse grupo de indivíduos.&nbsp;</span></p> <p><strong>Referências</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">ARAÚJO, T. M. T. </span><strong>Alterações genômicas quantitativas com potencial clínico no adenocarcinoma gástrico</strong><span style="font-weight: 400;">. Universidade Federal do Pará. Belém, 2016. Disponível em: http://200.239.66.58/jspui/bitstream/2011/9051/1/Tese_AlteracoesGeno micasQuantitativas.pdf#page=10. Acesso em: 27 set. 2023.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">FERRO, L, et al. Análise da Percepção da Dor e da Possibilidade de Morte em Pacientes Oncológicos no Brasil. </span><strong>Id on Line Rev. Mult. Psic.</strong><span style="font-weight: 400;"> V.15, N. 57, p. 79-88, Outubro/2021. Disponível em: </span><a href="https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/3167"><span style="font-weight: 400;">https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/3167</span></a><span style="font-weight: 400;">. Acesso em 27 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. </span><strong>Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. </strong><span style="font-weight: 400;">Rio de Janeiro: INCA; 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. T</span><strong>ipos de câncer.</strong><span style="font-weight: 400;"> Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: </span><a href="https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/sistema-nervoso-central"><span style="font-weight: 400;">https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/sistema-nervoso-central</span></a><span style="font-weight: 400;"> Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SILVA, Bruna Matias da; BENINCA, Ciomara. Ideação suicida em pacientes oncológicos. </span><strong>Rev. SBPH</strong><span style="font-weight: 400;">,&nbsp; Rio de Janeiro ,&nbsp; v. 21, n. 1, p. 218-231, jun.&nbsp; 2018 . &nbsp; Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&amp;pid=S1516-08582018000100012&amp;lng=pt&amp;nrm=iso Acessos em&nbsp; 23&nbsp; set.&nbsp; 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">RIBEIRO, G. V. A. </span><strong>O suicídio na população oncológica: tradução e validação para o português-Brasil do interpersonal needs questionnaire-INQ e da Acquired Capability for Suicide Scale-Fearlessness About Death-ACSS-fad para pacientes oncológicos</strong><span style="font-weight: 400;">. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Fundação Antônio Prudente. São Paulo. p. 88. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SANTOS, M. de O.; LIMA, F. C. da S. de; MARTINS, L. F. L.; OLIVEIRA, J. F. P.; ALMEIDA, L. M. de; CANCELA, M. de C. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023-2025. </span><strong>Revista Brasileira de Cancerologia</strong><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">[S. l.]</span></em><span style="font-weight: 400;">, v. 69, n. 1, p. e–213700, 2023. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3700. Acesso em: 20 set. 2023 Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SILVA, B. M; BENINCÁ, C. Ideação suicida em pacientes oncológicos. </span><strong>Revista da SBPH</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 21, n. 1, p. 218–231, 1 jun. 2018.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">VAN HEERINGEN, Kees; MANN, J John. The neurobiology of suicide. </span><strong>The Lancet Psychiatry</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 1, n. 1, p. 63–72, 2014. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2215036614702202. Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">YI, Peng-cheng; QIN, Yan-hua; ZHENG, Chun-mei; et al. Tumor markers and depression scores are predictive of non-suicidal self-injury behaviors among adolescents with depressive disorder: A retrospective study. </span><strong>Frontiers in Neuroscience,</strong><span style="font-weight: 400;"> v. 16, p. 953842, 2022. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnins.2022.953842/full. Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">ZAORSKY, Nicholas G.; ZHANG, Ying; TUANQUIN, Leonard; et al. Suicide among cancer patients. </span><strong>Nature Communications</strong><span style="font-weight: 400;">, v. 10, n. 1, p. 207, 2019. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41467-018-08170-1. Acesso em: 23 set. 2023.</span></p> Matheus Lira Marieli Natacha Scarparo Raber José Gomes Chicolovia Brunna Varela da Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 TRANSTORNO BIPOLAR E DOENÇAS CEREBROVASCULARES https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19950 <p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">P</span></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">essoas com diagnóstico de Transtorno Bipolar (TB) apresentam diversas comorbidades</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"> como</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"> doenças cerebrovasculares. </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">E</span></span><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">ste resumo discute a relação entre TB e doenças cerebrovasculares, buscando compreender aspectos comuns, bem como apontar lacunas existentes na literatura. </span></span></span><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Foi realizada uma revisão de literatura entre os anos 2013 a 2023. Conclui-se que é</span></span></span><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"> incipiente a relação entre o TB e doenças cerebrovasculares. Embora haja consistência em alguns estudos, como o aumento do risco de AVC em pacientes com TB, existem lacunas a serem </span></span></span><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">pesquisadas</span></span></span><span style="color: #00000a;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, tais como, a variedade de condições cardiovasculares estudadas, o papel de medicamentos como o lítio e a influência de fatores psiquiátricos em condições neurológicas relacionadas.</span></span></span></span></span></span></p> Claudia Dallagnol Amanda Gollo Bertollo Paula Dallagnol Zuleide Maria Ignácio ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15 PERFIL DE APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LOCALIZAÇÃO TOPOGRÁFICA DE TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À RESSECÇÃO CIRÚRGICA https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SIMPNEURO/article/view/19971 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os Tumores do Sistema Nervoso Central (TSNC) representam um grupo altamente heterogêneo de neoplasias histologicamente complexas, que atingem diferentes idades, raças, e gêneros, com distintas apresentações clínicas e prognósticos (SALARI et al., 2023). No cenário brasileiro, está entre os tipos de tumores mais frequentes, ocupando a 11ª posição, desconsiderando os cânceres de pele não melanoma. Possui alta prevalência, em especial, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná (BRASIL, 2022).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Apesar da correlação de malignidade e ruim prognóstico dos demais tumores sistêmicos, no contexto do Sistema Nervoso Central (SNC), o crescimento celular neoplásico em sítios vitais, como o tronco encefálico, pode indicar um maior grau de mortalidade. Assim como, embora seja protegido pela barreira hematoencefálica, o SNC é um local de alta incidência de metástases, principalmente de células displásicas provenientes de tumores de pulmão, mama e pele (MARGETA, PERRY, 2023).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A ressecção cirúrgica total das massas cancerosas é o padrão-ouro para o tratamento dos TSNC, sendo significativamente associado à uma diminuição da mortalidade e redução dos níveis de recidivas. Quando comparado à radioterapia e aos tratamentos quimioterápicos isolados, apresenta menor grau de sobrevida livre de progressão em 5 anos, porém, mesmo tratando-se de uma intervenção altamente invasiva, apresenta menos efeitos colaterais sistêmicos aos pacientes e, portanto, uma melhor morbidade (BROWN et al., 2019).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os TSNC e suas respectivas características estão sendo amplamente discutidas dado seu impacto na qualidade de vida desta população; a investigação proposta neste estudo objetiva a compreensão dos fenômenos epidemiológicos, em especial a apresentação clínica e localização tumoral, contribuindo para o desenvolvimento de ferramentas assistenciais cada vez mais específicas, seguras e assertivas.</span></p> <p><strong>Objetivos</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste estudo foi investigar o perfil de apresentação clínica dos pacientes indicados à remoção cirúrgica de TSNC, com destaque às disfunções motoras, de fala e cefaléia; além disso, buscou-se apresentar as localizações topográficas mais prevalentes.</span></p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Trata-se de um estudo observacional transversal com dados retrospectivos, do período de janeiro de 2021 a agosto de 2023, de pacientes submetidos à ressecção cirúrgica em hospitais de referências na cidade de Chapecó, Santa Catarina. Os parâmetros clínicos e a localização tumoral foram estabelecidos segundo avaliação médica prévia aos procedimentos cirúrgicos registrados em prontuários, laudos radiológicos e anatomopatológicos.</span></p> <p><strong>Resultados e discussões</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Para a amostra do estudo (n = 356) foram selecionados indivíduos de ambos os sexos, com a maioria do sexo feminino (60,1%), com diagnóstico confirmatório de tumores primários ou metastáticos que estivessem alocados no SNC e que receberam indicação de remoção cirúrgica. A média de idade foi de 52,3 anos.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os principais sintomas dos TSNC abrangem desde transtornos cognitivos e comportamentais, deficiências motoras e uma cefaléia intensa, com um curso invariável, representando a principal motivação de busca à assistência de saúde (NABORS et al, 2020). Em nossos achados, encontramos que, dentro todos os parâmetros avaliados, a cefaléia demonstrou-se mais prevalente na amostra (61,5%) do que em comparação com os déficits motores e de fala, conforme observado na Figura 1.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Para a avaliação clínica do déficit motor pré-operatório, utilizou-se o teste de Avaliação da Força Muscular da </span><em><span style="font-weight: 400;">Medical Research Council</span></em><span style="font-weight: 400;"> (MRC), tendo a maioria dos pacientes (74,1%) sem alterações de qualquer natureza com tolerância total à resistência contra a gravidade. O conhecimento da condição motora do paciente, principalmente quando associado ao sítio tumoral, é importante para o planejamento das técnicas cirúrgicas mais adequadas e diminuição dos riscos pós-operatórios (RACO et al., 2017).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Quanto à fala, por sua vez, as afasias tiveram um destaque, sobretudo em tumores que atingiram o lobo parietal, sob as áreas de Wernicke e Broca na região perisilviana. Apresenta pouca prevalência clínica, igual às demais complicações da fala. Assim como o déficit motor, sua gravidade e frequência está intrinsecamente ligado ao local de crescimento do tumor, com compressão de estruturas e lesão inflamatória local (ILLE et al., 2022).</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Neste estudo, também, verificou-se a distribuição topográfica dos TSNC da amostra estudada, conforme Figura 2. O lobo frontal foi a área de maior prevalência destes tumores, seguido pelas porções temporais e selar. No que tange à lateralidade, observa-se um maior equilíbrio entre os hemisférios, com uma discreta predominância do lado esquerdo.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Os lobos parietais abrigam as regiões mais importantes do processamento motor e de fala. A pouca incidência de tumores neste local pode estar associada à manifestação pouco expressiva do déficit motor e de fala na amostra do estudo, o que indica a necessidade de mais estudos que investiguem, com mais detalhes, essa correlação.</span></p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">A cefaléia demonstrou-se um parâmetro clínico importante para a avaliação de TSNC. O déficit motor e de fala devem ser avaliados, periodicamente, desde o diagnóstico do TSNC até o período pré-operatório, sobretudo devido ao comprometimento destas áreas corticais, sobretudo dos lobos parietais, dado pelo crescimento da massa tumoral. Para estudos posteriores, sugere-se a análise de correlação entre a região de acometimento tumoral, classificação de tumor e a manifestação dos sintomas sensoriais e motores.</span></p> <p><strong>Referências</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">BRASIL. Ministério da Saúde.</span><strong> Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil</strong><span style="font-weight: 400;">. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro: INCA. 160p.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">ILLE, S. et al. Preoperative function‐specific connectome analysis predicts surgery‐related aphasia after glioma resection. </span><strong>Hum Brain Mapp</strong><span style="font-weight: 400;">, v.43, n.18, p.5408-5420, 2022.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">MARGETA, M.; PERRY, A. </span><strong>Sistema Nervoso Central</strong><span style="font-weight: 400;">. In: KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins &amp; Cotran: Patologia - bases patológicas das doenças. 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">NABORS, L. B. et al. Central Nervous System Cancers, Version 3.2020, NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology. </span><strong>Journal of the National Comprehensive Cancer Network J Natl Compr Canc Netw</strong><span style="font-weight: 400;">, v.18, n.11, p.1537-1570, 2020.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">RACO, A. et al. Motor Outcomes After Surgical Resection of Lesions Involving the Motor Pathway: A Prognostic Evaluation Scale. </span><strong>World Neurosurgery</strong><span style="font-weight: 400;">, v.103, n.1, p.748-756, 2017.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">SALARI, N. et al. The global prevalence of primary central nervous system tumors: a systematic review and meta-analysis. </span><strong>European Journal of Medical Research</strong><span style="font-weight: 400;">, v.28, n.39, p.1-16, 2023.</span></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><span style="font-weight: 400;">Tumores cerebrais; Sistema Nervoso Central; Neurooncologia; Neurocirurgia; Ressecção Tumoral.</span></p> <p><strong>Categoria: Universidade Federal da Fronteira Sul</strong></p> <p><strong>Área do Conhecimento: Ciências da Saúde</strong></p> <p><strong>Formato: Comunicação Oral</strong></p> Helamã Moraes dos Santos Keyllor Nunes Domann Dayana Emília Beckhauser Marcelo Lemos Vieira da Cunha Débora Tavares de Resende e Silva ##submission.copyrightStatement## 2023-11-15 2023-11-15