A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA POLÍTICA-PARTIDÁRIA EXECUTIVA, REGIÃO DA AMOSC E AMAUC: DURANTE O PERÍODO DE GESTÃO DE 1996 A 2016
Resumo
Esta comunicação apresenta o resumo, sobre o andamento do trabalho de conclusão de curso Graduação em Licenciatura Ciências Sociais, da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus Chapecó/SC, intitulado: “A participação da mulher na política partidária executiva, região da AMOSC (Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina) e AMAUC (Associação de Municípios do Alto Uruguai Catarinense): durante o período de gestão de 1996 a 2016”. O objetivo principal da pesquisa é fazer a reflexão sobre a importância da luta das mulheres que, com seu protagonismo, tem logrado acender e transpor a lógica culturalmente dominante do patriarcado frente o reconhecimento do direito político de participar do voto e de ser votada. A contextualização histórica, as lutas pelo sufrágio e o movimento feminista em países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, nos permite observar que não são processos diferentes quando se trata de romper o silêncio da invisibilidade que cobre as hierarquias do patriarcado sob as relações de gênero em nossa sociedade. Neste sentido, o cenário das lutas feministas no Brasil vem contribuindo para romper com as relações de poder e gerar políticas afirmativas que garantam a participação da mulher nos espaços de poder e decisão. Conquistas como a “Lei de Cotas” são reflexos das lutas feministas, porém, os direitos conquistados não tem garantido a inserção plena das mulheres, pois a medida que sofrem com o preconceito e a dominação de gênero em um espaço tradicionalmente reservado aos homens, são excluídas do processo de participar efetivamente da vida pública. Os dados obtidos através do período eleitoral entre 1996 a 2016 nos municípios associados à AMAUC/SC e AMOSC/SC, evidenciam a baixa participação de mulheres no executivo. No período citado, apenas duas mulheres eleitas na região da AMOSC/SC, num total de 21 municípios associados, e sete mulheres eleitas na região da AMAUC/SC, sendo quatorze municípios associados. Esse levantamento nos permitiu: a) pensar o contexto político das lutas das mulheres b) problematizar as hierarquias de poder estabelecidas na relação homem e mulher, que limitam a participação da mulher na política partidária c) refletir sobre as políticas públicas e a “Lei de Cotas” como incentivo à participação e ao protagonismo da mulher. Portanto esta pesquisa científica contribui para pensar teoricamente as relações de poder que produzem e reproduzem as desigualdades entre homens e mulheres na luta política partidária, evidenciando que a luta feminista continua latente em relação ao rompimento com o preconceito na atuação da mulher na política.