ESPECULAÇÃO FINANCEIRA E O PROCESSO DE AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL
Resumo
O presente trabalho de pesquisa acadêmica tem como justificativa inicial entender onde a economia moderna tornou-se dinâmica e instável devido à atuação do capital fictício. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos. Entende-se que capital fictício é um desdobramento do ciclo econômico do capital onde o mesmo apresenta-se como sendo o resultante de rendimentos e lucros futuros de uma aplicação financeira. O capital fictício pode ser obtido através de aquisição de ações no mercado de renda variável, compra de títulos e empréstimos em uma instituição financeira, ou seja, o capital fictício se origina de uma transação financeira onde o retorno é incerto e independente do mercado de produção. Tendo por objetivo geral descrever o mecanismo de funcionamento do capital fictício. Objetivos específicos 1- Entender a formação do capital fictício. 2 - Compreender a atuação do capital fictício como um dos causadores das instabilidades econômicas. 3 - Sugerir como a regulamentação financeira pode ser importante para amenizar os efeitos do capital fictício na economia. 4 – A especulação financeira acelera o processo de desigualdades sociais. A partir do entendimento do mecanismo de perpetuação do capital fictício na economia. Por observar como o capital fictício se multiplica na economia, pode-se compreender que este é um capital que rende lucro sem ele mesmo existir, ou seja, se multiplica na expropriação dos lucros das aplicações financeiras. Sendo assim, este estudo busca entender o meio de perpetuação deste capital, e como no processo de acumulação de lucro este capital pode causar conflitos na economia, estes conflitos geram incertezas, estas incertezas ampliam o processo das desigualdades econômicas entre os indivíduos sociais. Em sua essência, por ser um capital de alta volatilidade, sua atuação pode gerar crises na economia afetando as transações econômicas mundiais, e desta forma o capital fictício sai da esfera financeira e entra em choque com a esfera produtiva. Entende-se como a contradição existente entre capital fictício e capital real influência a economia e como o primeiro se sobrepõem ao segundo, na sua busca por acumulação, causando distúrbios na economia, sobretudo no seu processo produtivo. Com o estudo do capital fictício, compreende-se como a economia pode se precaver das instabilidades econômicas, através de medidas de regulamentação financeira e de atuação deste capital na economia, como meio de financiamento da economia e não como alternativa especulativa. Assim, desta forma buscar-se-á apresentar como resultado deste estudo que a especulação financeira gera um significativo aumento nas desigualdades sociais.