MOVIMENTOS CAMPONESES NO BRASIL - 1945/90

  • Cleonice Bison UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - SC
Palavras-chave: Movimentos sociais, Camponeses, Trabalho, Sindicato

Resumo

MOVIMENTOS CAMPONESES NO BRASIL - 1945/90

 

Cleonice Bison[1]

 

Resumo: Os movimentos sociais, como hoje estudamos, começaram a surgir em grande número durante o século XVIII. Eles não produziram, por si só, novos descontentamentos e novos conflitos, mas difundiram maneiras de preparar reivindicações que ajudaram as pessoas comuns a pensar-se como parte de coletividades mais amplas e no mesmo plano de seus superiores. No Brasil, nos anos de 1970, os movimentos sociais se intensificaram e firmaram oposição ao regime militar que se encontrava em vigência. As ações desenvolvidas se concentraram em atos de resistência a ditadura e ao autoritarismo estatal. O fato é que a população se manteve dura para com a ditadura prevalecendo à força e a organização dos movimentos estudantis, das categorias operárias e camponesas em seus sindicatos, dos setores da Igreja Católica (representados pelas comunidades eclesiais de base e pastorais), dos partidos de esquerda, em especial o PCB e demais setores da sociedade que sofriam as consequências desta forma de governo. Dentre os movimentos sociais no Brasil, se optou por dissertar os movimentos sociais do campo. O objetivo será discorrer sobre o surgimento e a organização deles, entre 1945 até 1990. Em 1945, com o fim do Estado Novo, o Brasil, passou por um processo de intensificação industrial e por uma redefinição do papel da agricultura na economia. A constituição de um projeto desenvolvimentista atingiu fortemente os trabalhadores do campo. As transformações afetaram setores sociais, políticos, econômicos e os movimentos sociais. O período próximo à década de1990 foi marcado pelo processo de redemocratização, iniciado em 1983 com o ‘Movimento das Diretas Já’ e, também, conhecido como ‘Nova República’. Momento em que se firmam as grandes reivindicações de luta dos movimentos sociais na Assembleia Nacional Constituinte. De forma breve, o leitor acompanhará análise de como surgiram os sindicatos e o papel que desempenharam no ambiente político, econômico e social. Também poderá perceber as sucessivas trocas de presidentes e atuação destes, durante as manifestações sociais e como rivalidades políticas influenciaram decisões de governos, comprometendo a estrutura do Estado. E ainda, acompanhar o cenário da economia brasileira para se compreender as relações de trabalho e dominação, em especial do camponês. A atenção especial é dada às várias conquistas efetivadas no campo. Fato que, os camponeses deixaram de participar silenciosamente da história, resistiram, lutaram, organizaram-se de forma autônoma e alcançaram vitórias significativas. Apontamos que o capitalismo, ao mesmo tempo em que cria condições para a emancipação acentua a sua exploração ao estabelecer uma relação entre a precarização do trabalho no campo e o camponês, criando formas diferenciadas de comercialização do trabalho excedente. O estudo se fundamentou através das fontes históricas escritas e publicadas e não tem pretensão de ser definitivo, mesmo porque não partilhamos de grandes respostas. É, na verdade, um artigo que segue olhando para o futuro, essa grande dimensão que a racionalidade nos colocou mais próxima.

Palavras-chave: movimentos sociais, camponeses, trabalho, sindicato.

 

 

[1] Pós Graduação em Tecnologias da Educação pela PUC - Rio (2010), Pós Graduação em História e Geografia Ambiental do Sul do Brasil pela Universidade do Oeste da Santa Catarina - UNOESC - Joaçaba (2007), Graduação em Bacharel e Licenciatura em História pela Universidade do Contestado - Concórdia (2004). Atualmente é Mestranda em História. E-mail: cleohistória@yahoo.com.br – Instituição: Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó – SC.

 

Publicado
13-06-2018