Simpósio Ciência, Ambiente e Formação

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA DE ARROIOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRATINIM

Ter, 24 Out 2023 20:26:33 -0300

A água é um recurso essencial para a vida. A manutenção ou melhoria da qualidade dos corpos hídricos é de suma importância para preservá-los e garantir a possibilidade de usufruir do uso da água, visto que diversas atividades humanas podem interferir na qualidade de corpos hídricos. Este trabalho busca avaliar três parâmetros, sendo dois físicos (turbidez e condutividade) e um químico, potencial hidrogeniônico (pH), da água de dois arroios pertencentes a bacia hidrográfica do rio Piratinim. Para tanto, foram realizadas coletas de água superficial dos arroios Chuni e Itu, considerando três pontos de coleta para cada (nascente, intermediário e foz), na primavera do ano de 2022. A localização dos pontos compreende os municípios de Jóia, Eugênio de Castro e Entre-Ijuís. No laboratório, as amostras foram analisadas utilizando-se de um condutivímetro de Bancada mCA-150, para a condutividade, um pHmetro Hanna HI 221 para o pH, e um turbidímetro PoliControl AP2000 para a turbidez. Os resultados foram comparados com a resolução CONAMA 357/2005. Considerado que o plano da bacia do Piratinim não foi aprovado, admite-se classe 2 para os corpos hídricos estudados. Os resultados de pH variaram de 5,5 a 6,5. Os resultados de turbidez variaram de 23 a 46 NTU. E os resultados de condutividade variaram de 54 a 94 μS cm^-1. Comparando-se os resultados com a legislação vigente, para o parâmetro pH o padrão é de valores de 6 a 9, apenas um ponto ficou fora da faixa (foz do arroio Itu). Para a turbidez a resolução estabelece como padrão valores até 100 NTU, portanto, os resultados obtidos estão em concordância em todos os pontos. Para a condutividade nãoexistem valores estabelecidos em legislação, porém há na literatura valores típicos, como para águas doces consideradas naturais que vão até 100 μS cm^-1, faixa em que os resultados se encontram. Considerando os parâmetros estudados, apenas em um ponto há não conformidade para os padrões estabelecidos para a classe 2. A avaliação da qualidade das águas superficiais é de suma importância para mensurar a interferência das atividades antrópicas no meio ambiente e garantir a segurança do uso da água para os mais diversos usos. Ressalta-se também a necessidade de monitoramentos e desenvolvimentos de planos de bacia e enquadramento dos corpos hídricos na bacia estudada.

ATRAZINA EM ARROIOS DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO COMANDAÍ

Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Compostos agrotóxicos podem atingir águas superficiais por diferentes formas de transporte, tais como carreamento ou lançamento direto. Atrazina é um herbicida e um dos principais compostos utilizados no Brasil, sendo um dos mais consumidos. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença desse agrotóxico em águas superficiais de três arroios situados na sub-bacia hidrográfica do rio Comandaí, a qual se localiza na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Foram realizadas coletas de água superficial de 3 pontos (nascente, intermediário e foz) de cada um dos riachos (Comandaízinho, Giruá e Lambedor), na primavera do ano de 2022. Posteriormente as amostras foram filtradas e submetidas ao preparo de amostra pela técnica de extração em fase sólida (SPE – do inglês Solid Phase Extraction) e a determinação foi realizada por meio de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS). O método de preparo foi validado seguindo as recomendações do Inmetro. O limite de quantificação do método (LQOm) para esse composto é de 0,01 μg L^-1. Após análise em LC-MS, verificou-se que, o composto atrazina foi detectado em 4 pontos, sendo abaixo do LQOm em 3 pontos (nascente dos arroios Comandaízinho e Giruá, e intermediário do arroio Giruá) e quantificado em 1 ponto em concentração de 0,021 μg L^-1 (foz do arroio Comandaízinho). No arroio Lambedor, o composto não foi detectado em nenhum ponto amostral. A presença desse agrotóxico pode estar relacionada com seu uso nas atividades agrícolas desenvolvidas na região estudada e a escoamentos superficiais provocados por precipitações que os levaram ao corpo hídrico. Tendo em vista a legislação CONAMA n° 357/2005, a qual estabelece o enquadramento e padrões de qualidade para os corpos hídricos superficiais, os resultados atendem o limite de 2 μg L^-1 estabelecido para a Classe 2, a qual se inserem os arroios estudados. De acordo com o critério de Goss, um critério que avalia o potencial de contaminação de um composto através do transporte dissolvido na água e transportado em sedimentos, o agrotóxico atrazina, mesmo encontrando em baixas concentrações, representa risco de contaminação das águas, alto quando associado ao transporte dissolvido na água e médio quando associado ao transporte em sedimentos em suspensão. Apesar de dentro dos padrões disponíveis em legislação, a presença desse composto é preocupante, pois o mesmo é classificado como bioacumulativo e não biodegradável, e pode apresentar toxicidade em peixes. Desse modo, os resultados obtidos acendem um alerta para a presença de atrazina nos arroios estudados e denotam que o monitoramento da presença de agrotóxicos em corpos hídricos é de suma importância, principalmente quando consideram aqueles com potencial de contaminação.

RESSIGNIFICANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DOS RECURSOS MIDIÁTICOS NAS ESCOLAS

Leticia Gabrielhi Rocha, Rosangela Inês Matos Uhmann — Ter, 24 Out 2023 21:04:16 -0300

Educação Ambiental

INVESTIGAÇÃO-FORMAÇÃO-AÇÃO EM CIÊNCIAS E MODELAGEM NAS CIÊNCIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Daniéli Vitória Goetz Pauli, Danusa de Lara Bonotto — Seg, 13 Nov 2023 15:42:49 -0300

o presente relato, busco analisar e ressignificar minha própria prática em sala de aula por meio da autorreflexão crítica, perpassando as espirais da Investigação-Formação-Ação no Ensino de Ciências (IFAEC). Desse modo, a planificação dos processos de ensino e de aprendizagem partiu do processo de Modelagem nas Ciências (MC) como estratégia didática para trabalhar os conceitos e conhecimentos envolvidos no fenômeno da chuva ácida em duas turmas de Química no Ensino Médio, pois a problematização desse movimento compreende a questão ambiental atual e futura, devido ao alto desenvolvimento da industrialização no Brasil e no mundo. A MC trabalha com a utilização e confecção de modelos que auxiliem no desenvolvimento do conhecimento científico, perpassando por três etapas principais: (i) percepção e apreensão que consiste no contato inicial com o tema; (ii) compreensão e explicitação que depende das associações realizadas pelos alunos, através da obtenção de informações transformadas em compreensões; e (iii) significação e expressão que abrange formas de representação de modelos e símbolos que denotam o conhecimento científico. Conseguinte, a ação pedagógica desenvolveu-se no Estágio Curricular Supervisionado: Química no Ensino Médio, em conjunto com o PETCiências (PETCiências vai à escola), e implicou na realização de um experimento simulando o fenômeno da chuva ácida realizado no laboratório, além de perpassar pelos conhecimentos iniciais dos alunos, buscas online, atividades de escrita e reescrita e a confecção de modelos representacionais do fenômeno. Assim, foi possível avaliar o desenvolvimento das compreensões dos alunos e as relações entre os demais conteúdos de Química, perpassando pelos conhecimentos de: pH no cotidiano (acidez e basicidade de produtos como: café, limão, sabão, etc); indicadores ácido-base (naturais e artificiais); reações químicas envolvidas no fenômeno da chuva ácida; íons, átomos, moléculas e elementos. Nas compreensões iniciais destaca-se principalmente a questão ambiental, onde os alunos relacionam o fenômeno da chuva ácida com a poluição atmosférica, também, alguns alunos relacionaram os conceitos de acidez (pH) trabalhados na aula anterior, demonstrando o entendimento do conteúdo. Já as compreensões após as discussões do tema e a realização do experimento evidenciam a ampliação do conhecimento de alguns alunos quando textualizam e explicam o fenômeno observado utilizando a linguagem científica. A percepção de que alguns alunos não avançaram em suas compreensões favorece a reflexão sobre a prática realizada e sobre as etapas do processo de MC: na etapa de compreensão e explicitação se dá a formulação e o teste de hipóteses, a qual não não foi devidamente reconhecida durante o desenvolvimento da prática. Além disso, alguns desafios necessitam ser transpostos para que práticas mais investigativas possam ser inseridas na sala de aula: a falta de interesse de alguns alunos, o tempo demandado para o desenvolvimento de práticas de MC e a depreciação dos materiais e equipamentos do laboratório da escola. Enfim, essas vivências são enriquecedoras para construir novos ciclos da espiral autorreflexiva e para o (re)pensar de metodologias adaptadas para o contexto da escola, pois cada rede escola é única e singular, assim como, os professores e estudantes nela inseridos.

MATERIAL DOURADO NO ENSINO DAS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTÁIS: REFLEXÕES DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

Esttefani Duarte Brum, Danusa de Lara Bonotto — Ter, 24 Out 2023 20:16:24 -0300

Este estudo tem como objetivo discutir uma prática pedagógica desenvolvida com Licenciandos em Matemática a partir da utilização do Material Dourado para o ensino das quatro operações básicas. É resultado das narrativas presentes nos diários de formação escritos por licenciandos da primeira fase do curso de Matemática, na disciplina de Laboratório de Educação Matemática e Docência I, após terem participado de uma prática pedagógica, organizada e desenvolvida com a utilização do Material Dourado como alternativa para o ensino das quatro operações básicas. O Material Dourado foi criado pela educadora italiana Maria Montessori, com o propósito de auxiliar na aprendizagem das quatro operações básicas. É confeccionado em madeira, composto por cubos, placas, barras e cubinhos. A prática pedagógica foi organizada e desenvolvida propondo o ensino das operações, na seguinte ordem: adição sem reserva, adição com reserva, subtração sem recurso, subtração com recurso, multiplicação e divisão. Todas as operações contaram com a utilização do material concreto para sua resolução, realizado individualmente por cada aluno e discutido no coletivo. Ao considerar a perspectiva dos licenciandos em relação a utilização do Material Dourado percebemos que, a sua utilização na sala de aula talvez ainda seja pontual, inda é pontual em algumas escolas, visto que alguns dos licenciandos não o conheciam. O ensino das operações seguiu a seguinte ordem: Adição sem reserva, Adição com reserva, Subtração sem recurso, Subtração com recurso, Multiplicação e Divisão. Foi utilizado o projetor para apresentar os conceitos, as atividades e o passo a passo a ser seguido em cada uma das operações. Assim, os alunos acompanharam a atividade proposta, resolvendo por meio do Material Dourado e expondo suas compreensões. No final da aula foi solicitado a escrita dos diários de formação, nos quais os licenciandos citam as potencialidades percebidas para o desenvolvimento de práticas pedagógicas com Material Dourado, bem como, narram compreensões de conceitos matemáticos desenvolvidos. Por meio das narrativas foi possível perceber que os licenciandos reconheceram possibilidades de utilização do Material Dourado, como a de realizar a representação posicional do número. Isso nos levou a conclusão de que, usar este material concreto auxilia na melhor compreensão de etapas do algoritmo que quando vistas apenas no papel parece abstrato para o aluno. Também mostra que, práticas pedagógicas que possibilitem aos licenciandos conhecer e refletir a partir da utilização desse material concreto, é uma maneira de prepará-los e incentivá-los a utilizar o Material Dourado em suas práticas de ensino de Matemática. Percebemos também que a utilização do material propicia através da manipulação a concentração para a conquista de novas aprendizagens. Isto impulsiona para a descoberta de conceitos matemáticos fugindo do ensino monótono ou excessivamente repetitivo. Por ter sido solicitado aos licenciandos a escrita de narrativas da prática pedagógica, possibilitou a reflexão crítica e a argumentação positiva quanto a utilização do Material Dourado para melhoria dos processos das quatro operações básicas.

ABORDANDO SOMA DE FRAÇÕES COM DENOMINADORES IGUAIS UTILIZANDO MATERIAL MANIPULATIVO

Luana Mattes Reichert, Danusa de Lara Bonotto — Ter, 24 Out 2023 20:41:40 -0300

Este relato de experiência (RE) advém de atividades vinculadas a Prática como Componente Curricular (PCC), desenvolvida no Componente Curricular (CCR) de Laboratório de Educação Matemática e Docência I, do curso de Matemática Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo, a qual teve como objeto de estudo números e grandezas e medidas. Desse modo, a partir de proposições do CCR realizou-se o planejamento e desenvolvimento de uma prática pedagógica (PP) para a abordagem do significado de fração do número racional e a operação de adição com denominadores iguais. Tal PP foi planejada para o sexto ano do Ensino Fundamental e desenvolvida com licenciandos da primeira fase do Curso de Matemática. Para tal, foi utilizado o problema como ponto de partida, “Temos uma barra de chocolate que será dividida em 12 pedaços de mesmo tamanho. Quero distribuir tais pedaços para os integrantes da turma. Como farei essa distribuição? Como posso representar de forma fracionária o todo e a parte distribuída?”. A partir dessa problemática e com anotações e representações no quadro foi possível abordar o significado de parte todo e a operação de adição de frações com denominadores iguais. Na sequência utilizou-se um recurso didático, de autoria própria, para fixação do conhecimento e para auxiliar a compreensão do conteúdo abordado. O recurso didático envolveu a utilização da Escala de Cuisenaire, material constituído de peças[1] coloridas com tamanhos proporcionais representando números de 1 a 10 com o objetivo de trabalhar conceitos matemáticos básicos e representações fracionárias, e cartas que continham frações de denominadores iguais. Assim, os alunos deveriam realizar a operação, representar as duas frações e o resultado utilizando a escala. Também como PCC, desenvolvemos um vídeo explicativo para divulgação desse material, disponível em: https://drive.google.com/file/d/1nqdPaEFgibvAbbj1IPMGr8BO8F7MKI55/view?usp=sharing. Com a PP, concluímos que a abordagem da resolução de problemas e a utilização de materiais manipuláveis em sala torna o desenvolvimento da aula mais dinâmica e divertida, pois os estudantes demonstram maior interesse pelo conteúdo apresentado. Também, a partir da problematização inicial, o aluno percebe o problema e, se apropriando dos conhecimentos já adquiridos em outros momentos, deve encontrar formas de resolvê-lo, desenvolvendo assim o pensar/raciocinar, do estudante.

SOFTWARE GEOGEBRA: VIABILIDADE E CONTRIBUIÇÕES NO ENSINO APRENDIZAGEM

Násia de Oliveira Schneider, Denize Ivete Reis — Ter, 24 Out 2023 21:03:30 -0300

Resumo: Este relato de experiência (RE) advém da atividade vinculada a Prática como Componente Curricular (PCC), desenvolvida no Componente Curricular (CCR) de Geometria Plana, do curso de Matemática Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo, a qual teve como objeto de estudo o conteúdo Congruência de Triângulos - Caso Lado-Lado-Lado (LLL) e do Teorema de Tales. Nesta prática reproduzimos a atividade descrita nos artigos “Uma proposta de Ensino de Geometria Plana com GeoGebra” de autoria de Adriano Viana dos Santos, Anna Karla Barros da Trindade e Francisco de Paula Santos de Araújo Júnior e “Software GeoGebra como ferramenta no processo de ensino aprendizagem do Teorema de Tales” de autoria de Jucele Glowaki e Flávia Malta Branco. com o objetivo de avaliarmos a eficiência destas atividades em sala de aula. A prática foi desenvolvida com os acadêmicos deste CCR e, para as conclusões, devemos levar em consideração o nível de ensino dos acadêmicos. Com a aula ministrada destacamos pontos positivos e negativos quando pensamos em levar atividades diferenciadas, principalmente relacionadas ao GeoGebra para a sala de aula. O GeoGebra é um aplicativo de matemática dinâmica rico, que combina conceitos de geometria e álgebra e que atualmente está sendo muito discutido quanto ao seu uso para o ensino de matemática. A partir do desenvolvimento percebemos que, como essa prática é guiada por uma sequência de comandos no aplicativo temos que levar em consideração o tempo necessário para desenvolvê-la, devido às dificuldades que os educandos encontrarão para acompanhar o passo-a-passo e realizar a própria construção, o que pode ser um ponto negativo para a atividade e a relação estabelecida com os conceitos matemáticos. O uso de recursos tecnológicos em sala de aula é importante para auxiliar na visualização das construções geométricas refletindo assim na aprendizagem do educando, então uma das melhores alternativas é o professor desenvolver o roteiro junto de explicações, fazendo com que os alunos acompanhem visualmente e se concentrem na explicação dos conceitos e não dediquem sua concentração somente no fazer. Como os autores não aplicaram essa prática em sala de aula, discordo de suas afirmações relacionadas a possibilidade e facilidade de desenvolvê-la em sala de aula pois, mesmo sendo uma prática fácil para o professor, fica difícil de fazer com que todos os alunos acompanhem os passos em conjunto, se tornando uma atividade que demanda muito tempo.

USO DO SOFTWARE SUPERLOGO NO ENSINO DA GEOMETRIA PLANA

Lavínia Mello Ferreira, Letícia Scherer, Denize Ivete Reis — Ter, 24 Out 2023 21:05:44 -0300

Esse relato se origina através de um trabalho realizado no CCR de geometria Plana realizado no curso de Matemática Licenciatura, na Universidade Federal da Fronteira Sul, UFFS, campus Cerro Largo. Foram escolhidos artigos de pesquisa que abordassem práticas para o ensino da Geometria nos anos finais do ensino fundamental. A prática abordada nesse trabalho foi baseada no artigo: “Construções em Geometria Euclidiana Plana: as perspectivas abertas por estratégias didáticas com tecnologias” ³, onde se trabalha o software Superlogo para o ensino e visualização do Teorema de Pitágoras.

O software consiste em uma tela branca, com uma tartaruga no centro. Existem os comandos que movem a tartaruga, para a direita, para a esquerda, para frente, para trás. Deve-se escolher quantos passos a tartaruga dá, quantos graus ela vira para os lados, assim, podemos movimentá-la e criar formas. Um exemplo dessa prática foi construir um quadrado de lados medindo 200 passos de tartaruga, com os vértices medindo 90°. Após desenhar o quadrado, o que se pedia era calcular a diagonal desse quadrado. Para isso, foi necessário aplicar o Teorema de Pitágoras. Também foi calculada a altura do triângulo equilátero, aplicando o mesmo teorema. A prática com o Superlogo também pode ser muito útil para que os alunos trabalhem as medidas de ângulo, visualizando as construções geométricas, os ângulos internos de um triângulo, de um quadrado, entre outras muitas possibilidades, em um software que foi criado a mais de 20 anos.

Durante a discussão após a prática, que foi feita com os demais colegas, concluímos que o software SuperLogo, pode ser sim uma ótima ferramenta para ensino da Geometria Plana, pois o aluno pode visualizar os conteúdos antes já consolidados em sala de aula, muitas vezes fazendo com que o mesmo se interesse pelo que está aprendendo, já que, hoje em dia, uma boa parte dos alunos está antenada no mundo da tecnologia. A presença da tecnologia na vida dos alunos pode se tornar uma aliada com aplicativos e softwares educativos que instigam a pensar, despertando curiosidade, fazendo com que o aluno se torne o protagonista do seu aprendizado dentro da escola, com o auxílio do professor.

Uma PROPOSTA DE ENSINO DE GEOMETRIA PLANA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Letícia Scherer, Lavínia Mello Ferreira, Denize Ivete Reis — Ter, 24 Out 2023 21:11:47 -0300

Esse relato de experiência advém de atividades desenvolvidas no Componente Curricular (CCR) de Geometria Plana do Curso de Matemática Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo. A prática consistiu em desenvolver as atividades propostas em artigos relacionados ao ensino de Geometria Plana nos anos finais do ensino fundamental. O artigo escolhido “Uma Proposta de Geometria Plana no Ensino Fundamental: o Jogo como Processo de Ensino e Aprendizagem” traz a ideia do lúdico como componente fundamental para um aprendizado mais consistente e atrativo para os alunos. A atividade equivale a um jogo de perguntas com dois dados, um deles continha perguntas relacionadas ao conteúdo de geometria plana para o nono ano do ensino fundamental e outro continha imagens de figuras geométricas planas. Conforme as perguntas eram respondidas corretamente, os alunos deveriam pegar peças do Tangram, um quebra cabeça chinês composto de sete peças com formas geométricas distintas. Para vencer o jogo era necessário que todas as peças do Tangram fossem pegas e posteriormente era apresentada uma figura que deveria ser montada com as peças do Tangram, sendo que o jogador que montasse corretamente a figura era o vencedor do jogo. A partir da prática realizada ficou visível que o jogo pode ser sim uma ferramenta muito útil a ser aliada com a teoria para assim facilitar a compreensão do aluno. O jogo em si já desperta o interesse do aluno pois se trata de algo que é utilizado como lazer nas horas vagas e também foge de um contexto monótono de aula. Para ganhar o jogo é necessário que se supere os seus limites e o dos seus colegas e assim a atividade desenvolve no aluno um desejo de aprender e atentar-se cada vez mais.

Ao final da prática que foi realizada com os colegas do CCR, ocorreu um debate de como realmente esse jogo pode ser útil para o aprendizado dos alunos. Nessa conversa chegamos em algumas opiniões de melhora no jogo como fazer rodadas por blocos, onde em cada um dos blocos a dificuldade das perguntas vai aumentando, pois durante a prática constatou-se que havia muita repetição pelo fato de se tratar de apenas 6 perguntas. Outra opinião de melhora que surgiu foi a de utilizar-se de mais dados durante o jogo, onde cada aluno deve jogar cada vez com um dos dados, para assim variar mais as perguntas. A partir disso entendeu-se que os autores não se detiveram em aumentar a dificuldade, ou aumentar a quantidade das perguntas, como percebido durante a nossa prática. Diante disso, chegamos à conclusão de que o jogo pode ser sim proveitoso para o ensino da geometria plana, e que as atividades podem ser aperfeiçoadas a fim de se tornar ainda mais atrativo para o ensino e envolvimento dos alunos.

O NÚMERO DE OURO: O IRRACIONAL E A BELEZA

Letícia Scherer — Ter, 24 Out 2023 21:11:52 -0300

Este relato de experiência advém de atividades desenvolvidas no Componente Curricular (CCR) de Laboratório de Educação Matemática e Docência I do Curso de Matemática Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro Largo. A atividade proposta objetivou proporcionar aos acadêmicos a primeira experiência de docência e foi desenvolvida com os colegas matriculados no CCR. O tema escolhido faz parte da unidade temática números e o objeto de estudo foi o número irracional denominado “número de ouro”. A partir disso, realizou-se o planejamento de uma aula para o nono ano do Ensino Fundamental. A escolha desta temática deriva da pouca ênfase dada na escola da educação básica para este número irracional e da possiblidade de reconhecer este número em diferentes elementos do dia a dia. O Número de Ouro ou Proporção Áurea é um número irracional, obtido pela proporção e é denotado pela letra grega Phi (. A obtenção deste número deriva da noção de proporcionalidade: dado um segmento de reta qualquer, se considera um ponto C, dividindo esse segmento em dois segmentos menores e de modo que a razão entre o comprimento do segmento dividido pelo comprimento do segmento seja igual à razão do comprimento de dividido pelo comprimento de . Desde a antiguidade o Número de Ouro vem sendo estudado e está presente em construções gregas como o Parthenon, na obra de Leonardo Da Vinci, como o Homem Vitruviano, na sequência de Fibonacci, dentre outros. O planejamento da aula teve como contexto a utilização de diferentes imagens: do cérebro, do homem Vitruviano, e do jogador de futebol Richarlison contra a Sérvia na Copa do Qatar em 2022. Após isso os colegas foram questionados sobre o que havia em comum entre as imagens e a partir daí foi apresentado o número de ouro e realizado a dedução do seu valor numérico. Na sequência, encaminhou-se a discussão para a possiblidade de reconhecer a beleza humana a partir deste número. Para tal, as obras de arte de Leonardo Da Vinci Monalisa e o Homem Vitruviano foram utilizados e realizou-se a pergunta: Será que somos bonitos?. No homem Vitruviano a razão entre a altura do homem e a medida de seu umbigo até os pés resulta no Número de Ouro e assim aferiu-se, com o auxílio de uma fita métrica, as medidas de alguns colegas para identificar o reconhecimento do número de ouro. Com base na experiência de docência desenvolvida com os colegas, foi possível estudar o número de ouro, saber sua origem e como se chega em sua aproximação. Além disso, a proposta do CCR possibilitou a vivência de ser professor, já na primeira fase do curso de licenciatura, agregando e ampliando conhecimentos e qualificando a formação.

DOMINÓ DE FRAÇÕES: DIFERENTES REPRESENTAÇÕES PARA A OPERAÇÃO DE ADIÇÃO E FRAÇÕES EQUIVALENTES

Lavínia Mello Ferreira, Danusa de Lara Bonotto — Ter, 24 Out 2023 21:19:32 -0300

Este texto tem como objetivo apresentar o relato de uma experiência que advém de prática realizada no componente curricular (CCR) de Laboratório de Educação Matemática e Docência I do Curso de Matemática Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul, no qual foi planejada uma aula e desenvolvida com os colegas matriculados no CCR. A partir do estudo da Base Nacional Comum Curricular foi proposto o desenvolvimento de um recurso didático para a abordagem de conteúdos trabalhados nos Anos Finais do Ensino Fundamental. A proposta consiste em qualificar os processos de ensino e de aprendizagem por meio da elaboração de um material didático, para ser utilizado com alunos do sexto ano, de modo a despertar o interesse e a curiosidade dos alunos e favorecer a compreensão da adição de frações com denominadores iguais e frações equivalentes. A aula teve como ponto de partida a representação figural do significado de fração seguido da resolução de problemas. Para a abordagem de frações equivalentes, utilizou-se a régua de frações. Após a discussão da prática realizada utilizou-se o jogo “Dominó das Frações” com a finalidade de facilitar a apreensão dos procedimentos realizados para adição de frações e obtenção de frações equivalentes. Esse jogo3, em formato de dominó, possui 28 peças e pode ser jogado em duplas ou grupo de quatro alunos. Em uma metade da peça, é representada uma soma de frações, com denominadores iguais, e na outra metade, uma representação fracionária em formas geométricas (círculo, quadrado, hexágono) ou na reta numérica. Essa representação fracionária consiste no resultado da soma de frações de alguma peça, porém, além de somar as frações, o aluno deverá simplificá-las, para encontrar um resultado que possa ser relacionado com a representação. Um dos jogadores inicia colocando uma de suas peças na mesa, em seguida, o próximo jogador deve encontrar, em suas peças, uma que se relacione com a jogada. Quando um jogador não sabe somar ou não possui peças para relacionar, ele perde a sua vez de jogar. Ganha o jogador que conseguir usar todas as suas peças primeiro. Assim, considerando que a compreensão matemática envolve a habilidade de representar ideias matemáticas utilizando diferentes representações, bem como, estabelecer relações entre elas o jogo apresentado pode auxiliar os alunos a estabelecerem esta rede de significados.

O RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA: LABORATÓRIO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA I

Caroline Eich Arenhardt, Danusa de Lara Bonotto — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Este resumo textualiza o relato de uma experiência de docência realizada no componente curricular (CCR) de Laboratório de Educação Matemática e Docência I do Curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul. Nesse CCR desenvolveu-se o planejamento de planos de aula elaborados para a abordagem de objetos do conhecimento dos anos finais do nível fundamental de ensino. Desse modo, escolheu-se o tema “Ângulos: noção, usos e medidas”. O planejamento partiu da contextualização, utilizando imagens, da presença dos ângulos no dia a dia: na construção civil, arquitetura, manobras de veículos, decolagem e pouso de aviões, dentre outros exemplos. A partir daí, realizou-se a medição e classificação dos ângulos quanto a sua medida. Na sequência, organizou-se um material didático para auxiliar na abordagem do conteúdo. Desse modo, planejou-se um jogo3 intitulado “A caminhada dos Ângulos”, o qual consiste em uma trilha organizada em um tabuleiro com saída e chegada, um dado e marcadores de cores diferentes. Podem jogar até seis jogadores. Inicialmente se escolhe o aluno que começa a jogada, este deve realizar o lançamento do dado e andar o número de casas sorteado. Cada jogador deve ter em mãos papel e caneta para realizar anotações. Nas casas do tabuleiro os alunos deverão resolver problemas envolvendo a classificação e a tipologia dos ângulos. O vencedor não é quem chega primeiro ao final, mas quem acumula a maior pontuação referente às medidas dos ângulos. O jogo produzido pode ser compreendido como um facilitador para aprendizagem e possibilita a reconstrução de conceitos, envolvendo os alunos de modo participativo, estabelecendo soluções e permitindo a comunicação dos resultados e as estratégias de resolução. A prática desenvolvida possibilitou refletir sobre a importância do planejamento o qual faz parte do trabalho do professor e permite a organização da prática pedagógica e a articulação das atividades educacionais, exigindo do professor reflexão sobre os processos de ensinar e aprender. Além disso, possibilitou reflexões acerca dos saberes necessários à docência, ou seja, o professor além do conhecimento do seu objeto de ensino ou conhecimento do conteúdo, deve também buscar estratégias para ensinar, ou seja, deve mobilizar o conhecimento pedagógico do conteúdo.

IMPACTO DA CONCESSÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Vitória Rodrigues Martiny, Daniela Oliveira de Lima — Seg, 23 Out 2023 12:16:54 -0300

O objetivo geral do estudo é analisar se as concessões têm impacto no número de visitantes nas áreas protegidas

IMPLANTAÇÃO DE UM EXPERIMENTO DE FITORREMEDIAÇÃO EM SOLO CONTAMINADO COM ZINCO

Ter, 24 Out 2023 20:14:18 -0300

Atualmente existe uma preocupação crescente no que se refere a contaminação por metais em níveis tóxicos, devido ao fato da contaminação do solo e do lençol freático estar intimamente relacionada com os rejeitos das atividades antrópicas. Sendo no ambiente potencias fontes de contaminação por zinco (zn), do qual o elemento além de ser um nutriente essencial para as plantas, em excesso pode promover efeitos nocivos. Dessa forma, técnicas de fitorremediação podem possibilitar a remoção do excesso de metais e melhorar as condições no ambiente, em que a seleção de espécies de plantas nativas tolerantes se destaca para sua utilização. Portanto no presente trabalho, para a implantação do experimento de fitorremediação em solo contaminado com zn, utilizou-se uma espécie nativa: Lantana fucata para testar sua capacidade de tolerar e absorver Zn do solo.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR COM MATERIAIS AUDIOVISUAIS

Elisangela Ferreira dos Santos, Rosangela Inês Matos Uhmann — Ter, 24 Out 2023 20:19:27 -0300

A importância da Educação Ambiental (EA) na escola é significativa e abrange diversos aspectos que beneficiam, tanto os estudantes e professores, quanto a sociedade como um todo. A EA em contexto formativo ajuda sensibilizar os alunos sobre as questões e os desafios dos problemas ambientais, em relação as mudanças climáticas, perda de biodiversidade e escassez de recursos naturais. Isso torna os cidadãos informados e com conhecimento sobre o meio ambiente através da análise de questões ambientais complexas, no qual os alunos desenvolvem habilidades focadas no pensamento crítico, pois aprendem a buscar soluções para os problemas ambientais causado pelas ações antrópicas. Para esta pesquisa foi feito uma análise qualitativa nos artigos da Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA) nos anos de 2018 a 2022 por meio dos descritores: “filmes comerciais, vídeos e/ou documentários”. No total foram encontrados 382 artigos na REMEA, e em uma segunda análise foram encontrados 68 artigos porque continham os descritores: filmes comerciais, vídeos e/ou documentários. E finalmente, 6 artigos foram selecionados porque citavam os nomes de filmes comerciais, vídeos e/ou documentários, nomeados por A1 ao A6, intitulados: A webquest biodiversidade elaborada a partir dos três momentos pedagógicos na perspectiva da educação ambiental crítica, Educação Ambiental como instrumento de mitigação de impactos ambientais: experiências com Programas de Educação Ambiental (PEA’s) desenvolvidos para linhas de transmissão de energia elétrica, Políticas de Currículo da Educação Ambiental no contexto de uma escola pública de Pernambuco, Educação ambiental e agroecologia: uma proposta para o entrelaçar de saberes nas escolas rurais do município de Castanhal-PA, Educação ambiental crítica diante do capital materializado e perto de nós: investigação sobre a instalação de uma indústria de refrigerantes e seus impactos e conflitos socioambientais na Baixada Fluminense e Para uma educação ambiental crítica: uma análise acerca das experiências de ensino, pesquisa e extensão no CODAI da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Em A1, o vídeo foi utilizado como instrumento para elucidar aos alunos o conceito de utilitarismo, uma teoria filosófica que busca compreender os fundamentos da ética e da moralidade a partir das consequências das ações. A2 explorou como as empresas de consultoria ambiental utilizam a EA para abordar os impactos ambientais do setor energético. Enquanto A3 focou na discussão da EA no currículo. E A4 apresentou os resultados de experiências educacionais de EA voltadas para a agroecologia com o objetivo de pensar projetos de EA em escolas comunitárias. O A5 incentiva discussões em sala de aula sobre conflitos socioecológicos na Baixada Fluminense. Já o objetivo do A6 foi encorajar os indivíduos a pensar criticamente sobre as causas e consequências da atual crise ambiental. Portanto, urge a necessidade de contextualizar as questões ambientais mostrando as consequências, o que exige dos alunos compreenderem as suas ações pessoais e coletivas na realidade, visto o impacto no meio ambiente. A função social dos professores não se limita, portanto, à reprodução de informação, mas à construção de conhecimento, por exemplo, centrando-se em atividades interdisciplinares que tendem a contribuir para o trabalho da EA no ensino de ciências.

EFEITO DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE PLANTAS DA FAMÍLIA VERBENACEAE EM EMBRIÕES DE DANIO RERIO

Alice Goncalves, Rodrigo Patera Barcelos, Suzymeire Baroni, Nessana Dartora — Ter, 24 Out 2023 20:32:27 -0300

Este trabalho propõe avaliar a toxicidade de extratos vegetais através de ensaios embrionários utilizando o modelo zebrafish.

ANÁLISE QUALITATIVA DAS POSTAGENS EM MÍDIAS SOCIAIS DE TURISTAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA

Isabela Alves Santos, Daniela de Oliveira Lima — Ter, 24 Out 2023 21:09:38 -0300

As mídias sociais estão cada vez mais sendo utilizadas para gerenciar, divulgar e monitorar as Unidades de Conservação (UC). Portanto através de postagens no Facebook e Instagram busou-se analisar os serviços pestrados pelas UCs na Amazônia e analisar o que mais atrai os turistas aos visitarem esses locais. Dado esse contexto, serão analisadas as nove Unidades de Conservação mais visitadas no bioma Amazônico, através das postagens de fotos ou vídeos nessas mídias socias.

PERSPECTIVAS SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE E A SUA RELAÇÃO COM O ENSINO DE CIÊNCIAS

Joana Ferronato Fagundes, Paula Vanessa Bervian — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Esta pesquisa busca as relações entre os aspectos dos diferentes ambientes sobre a Constituição Docente e o Ensino de Ciências.

O DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE “QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO GRANDE DO SUL” INOVAÇÃO E ADAPTAÇÃO DE LINGUAGEM

Seg, 13 Nov 2023 15:41:56 -0300

A boa qualidade da água é uma condição para a saúde e o bem-estar humano e do ecossistema como um todo. Levando em consideração as múltiplas aplicações de água com boa qualidade, revela-se a importância dessa característica com todo o meio ambiente, o que a torna de extrema relevância social e ambiental, cujo, seu ordenamento partirá de critérios próprios que considerem as características peculiares dos recursos hídricos. Nesse contexto, surge a criação do projeto em execução na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo, com o título “Criação de sistema online para consulta e conhecimento sobre a qualidade das águas superficiais, subterrâneas e de consumo humano do Estado do Rio Grande do Sul” (contemplado com recurso via EDITAL FAPERGS 10/2021 AUXÍLIO RECÉM-DOUTOR ou RECÉM-CONTRATADO – ARD/ARC) que tem como objetivo o fornecimento de informações para o público em geral, sobre a situação da qualidade das águas superficiais, subterrâneas e de consumo humano localizadas no Estado do Rio Grande do Sul.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E O ENSINO DE CIÊNCIAS

Letícia Barbieri Martins, Rosemar Ayres dos Santos, Rosemar Ayres dos Santos — Seg, 23 Out 2023 12:06:23 -0300

A Violência Doméstica contra a Mulher (VDCM) é enfrentada por muitas pessoas do gênero feminino independente de classe social, crença religiosa, cultura ou status econômico. Isso ocorre devido à longa história em que as mulheres foram subjugadas pelos homens em suas famílias e a violência fora utilizada pelo gênero masculino como meio de controle e intimidação. Indícios de organização familiar tradicional que acarretou não somente na autoridade masculina no lar como também determinou o papel das mulheres diante da sociedade. Além disso, como tema transversal, ele transcende várias disciplinas, incluindo o Ensino de Ciências (EC). Este texto apresenta resultados de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado no curso de Licenciatura em Física, com objetivo de investigar se as pesquisas publicadas em periódicos da área de Ensino de Ciências discutem as questões de gênero e VDCM. O estudo adotou uma abordagem qualitativa, do tipo ensaio teórico. Foram analisadas edições da Revista Brasileira de Ensino de Física (RBEF), da Revista da Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBENBIO) e da Revista Virtual de Química (RVQ). Não foram encontrados trabalhos relacionados à VDCM na RBEF e RVQ. Na SBENBIO nos deparamos com um quantitativo de 12 trabalhos que mencionam a VDCM, embora esse não seja o foco principal desses escritos. De modo geral essas obras discutem conteúdos relativos a educação sexual, gêneros e sexualidade, direitos humanos, corpo humano, gravidez indesejada e a presença das mulheres na ciência, fazendo breves menções à VDCM. Isto se justifica, eventualmente, pelo fato da área do Ensino de Biologia abraçar assuntos sociais e de saúde, em contrapartida as áreas de Química de Física não mostrar preocupação com as mesmas demandas. Dessa forma, percebe-se que estes discursos envolvendo a VDCM e o Ensino de Ciências ainda é novidade, pelo menos em artigos publicados. Por se tratar de um tema bastante emergente nos dias de hoje, esperávamos maiores discussões, ensejamos por meio desta revisão contribuir para maiores entendimentos e interesses envolvendo a temática.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E OS OBSTÁCULOS EPISTEMOLÓGICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Tailine Penedo Batista, Eliane Gonçalves dos Santos — Seg, 23 Out 2023 00:00:00 -0300

A presente pesquisa tem como objetivo analisar os obstáculos epistemológicos no Ensino de Ciências existente em relatos de experiência de práticas pedagógicas no âmbito do Programa Residência Pedagógica (PRP) de uma Instituição de Ensino Superior (IES) Pública do Sul do Brasil. A pesquisa parte de uma abordagem qualitativa, na qual o corpus de pesquisa constituiu-se a partir de relatos de experiência desenvolvidos pelos residentes do Subprojeto Residência Pedagógica Biologia, Física e Química (2020-2022) e publicados na edição de 2021 do XVII Encontro sobre Investigação na Escola (EIE): Experiências, diálogos e (re) escritas em rede. Assim, os trabalhos foram selecionados e analisados na perspectivas da análise de conteúdo, a qual compreende três etapas: pré-análise, momento em que ocorreu a escolha e organização do corpus de pesquisa, posteriormente o movimento de exploração do material, codificando os trabalhos selecionados e identificando as unidades de registro e de contexto, a fim de identificar os obstáculos epistemológicos e o último movimento foi o tratamento dos resultados, inferências e interpretação, no qual partimos da análise para a teorização, tentando estabelecer conexões e relações que possibilitaram a proposição de novas explicações e interpretações. Por meio do movimento de análise, identificamos as unidades de contexto e com isso observamos os obstáculos epistemológicos presentes no desenvolvimento dessas atividades descritas pelos residentes. Após o movimento de análise identificamos que um dos obstáculos epistemológicos mais encontrados nas práticas pedagógicas foi o da experiência primeira (17/32), este diz respeito às opiniões e observação básica, entende a experiência primeira como um obstáculo inicial para a cultura científica, pois ela é caracterizada como algo pitoresco, colorido, repleto de imagens, que chama a atenção dos estudantes. O obstáculo animista também esteve presente nos relatos de experiência analisados (7/32), este é caracterizado pelo uso de metáforas e analogias biológicas, a uma substância e/ou fenômeno inanimado. Esse recurso lúdico muitas vezes pode desenfrear o pensamento científico nos estudantes. O obstáculo realista foi encontrado (5/32) em geral nos trabalhos que tinham como objetivo a confecção de modelos didáticos. O obstáculo do conhecimento unitário e pragmático encontrado em menor frequência (4/32), evidencia uma generalização extrema, na medida em que se parte de um caso ou conceito particular para elucidar todos os outros fenômenos. Por meio da pesquisa identificamos que, as práticas pedagógicas realizadas no espaço do PRP são importantes e necessárias para o Ensino de Ciências, porém em alguns casos as metodologias utilizadas podem se tornar obstáculos epistemológicos para a aprendizagem, uma vez, algumas atividades impedem e bloqueiam a gênese do conhecimento do real e de novas ideias, representando um imobilismo da ciência, impedindo o progresso dela. Com isso, ressaltamos a importância do papel do professor como mediador no processo de aprendizagem, sendo ele responsável pelas estratégias didáticas.

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EXISTENTES NO PÁTIO DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA – ROQUE GONZALES/RS

Elizete Cantini Scheeren, Rosangela Inês Matos Uhmann — Seg, 23 Out 2023 12:15:23 -0300

Este resumo surgiu após a conclusão da prática que foi a de ressignificar a existência de espécies arbóreas nativas e exóticas existentes no pátio da Escola Municipal Santo Antônio de Pádua, que está vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da Universidade Federal Fronteira Sul – Campus de Cerro Largo/RS. Esta ação foi desenvolvida em parceria com as professoras coordenadoras do PIBID: Dr. Rosangela Inês Matos Uhmann e Dr. Paula Vanessa Bervian; professora de Ciências da Natureza e supervisora do PIBID: Elizéte Cantini Scheeren; acadêmicos bolsitas do PIBID: Ana Roberta Schmidt, Bianca de Matos, Carmele Patrícia Kunst, Daniel Biesek Tonin, Maiandry dos Santos, Samara Steffens, Sara Ludvig e Thaynara Oliveira; EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), do município de Roque Gonzales/RS, na pessoa do Senhor Técnico Agropecuário, Luís Ademar Wilhelm; alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais, 7º, 8º e 9º Anos (turno da manhã) e direção da referida escola. Ainda contamos com palestras ministradas por educadoras da Universidade Federal Fronteira Sul, onde enfatizaram a importância de todos desenvolverem hábitos de respeito pela biodiversidade da fauna e flora, uma vez que devemos compreender que os recursos naturais podem acabar e seu uso consciente é fundamental para não comprometer a vida das gerações futuras. A arborização nos espaços escolares proporcionam melhorias no ambiente escolar, trazendo maior conscientização a comunidade escolar sobre sua importância de preservação e conservação. Seu estudo é um instrumento importante de educação ambiental, que estimula alunos, para o conhecimento e valorização das mesmas, trazendo consciência de que ele é o principal modelador da sociedade e que a sobrevivência depende da preservação do meio em que vivem. Desta forma o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de quantificar o número de espécies arbóreas nativas e exóticas existentes no pátio da referida escola, registrando nome vulgar, família, gênero e espécie (nome científico), importância aos seres humanos, demais animais e meio ambiente. A metodologia utilizada foi a pesquisa de campo bibliográfica, sobre informações do objetivo do estudo. A nossa incrível descoberta botânica! Ao todo, encontramos 42 vegetais arbóreos. Porém, ao analisar com mais detalhes, percebemos que estes pertenciam a apenas 12 Famílias e 18 espécies distintas. Na sequência às árvores foram identificadas com placas com seu nome popular. Abaixo, listamos nossas descobertas, nomes comuns, científico e famílias. Esta foi uma atividade emocionante e educativa, pois aprendemos a reconhecer diferentes espécies de vegetais e a importância da diversidade presente em nosso pátio escolar. Também nos permitiu apreciar ainda mais a natureza e a sua riqueza, despertando em nós um maior interesse pela preservação do meio ambiente. E, com certeza, continuaremos explorando e aprendendo mais sobre a flora ao nosso redor. Esperamos que este trabalho tenha contribuído no processo ensino-aprendizagem, despertado a consciência ambiental, proteção e preservação do meio ambiente.

DESAFIOS NO USO DO CHROMEBOOK NAS ESCOLAS NO PROCESSO DE ENSINO

Chrystian Pauczinski Roque, Rosangela Inês Matos Uhmann — Seg, 23 Out 2023 00:00:00 -0300

Nós pibidianos de uma escola pública participamos de diversas reuniões junto aos professores, nos sendo apresentado possíveis falhas da educação enfrentada pelos alunos no contexto escola. Nesse cenário, o uso do Chromebook nas escolas surgiu como uma opção, mas não está isenta de desafios. Após uma das reuniões nos foi dada a tarefa de criar uma apresentação com o objetivo de ensinar de maneira simples os alunos a utilizarem o Chromebook, pois muitos não entendiam suas funcionalidades básicas, mesmo tendo acesso ao dispositivo por alguns anos, o que deixa uma questão em aberta de como eles conseguiram estudar durante a pandemia mesmo não tendo compreendido o Chromebook. Neste relato de experiência, é discutido as dificuldades encontradas no uso do Chromebook e as preocupações relacionadas ao ensino decorrentes da pandemia. Para tanto, o objetivo, através de algumas aulas, foi auxiliar os alunos da escola a entenderem os conceitos, usos, limitações, a manusear corretamente, tirando as dúvidas referente ao Chromebook, os auxiliando a entender as atividades que os professores passavam para eles, resolvendo o problema do uso. Ou seja, uma das dificuldades e preocupações no uso do Chromebook nas escolas refere-se a necessidade de treinamento, pois a maioria dos professores da escola observada não tinham e nem tem conhecimento significativo com esse tipo de aparelho, então não conseguiam tirar as dúvidas dos alunos, o que coube a nós bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal da Fronteira Sul (FFS), Campus Cerro Largo a planejar uma apresentação. Para Tanto, embora o Chromebook seja uma ferramenta útil, é importante equilibrar o uso da tecnologia com outras formas de aprendizagem. A dependência excessiva do ensino online pode comprometer a capacidade dos alunos de desenvolver habilidades sociais, criatividade e resolução de problemas. Portanto, a dificuldade que os alunos tinham perante o uso do Chromebook poderiam foram amenizadas com a ajuda da nossa apresentação, além do mais foi uma atividade destinada a um ensino coletivo, podendo ser repassada a outros núcleos do PIBID, pois se trata de uma dificuldade cotidiana nas instituições de ensino onde as tecnologias estão presentes, ou deveriam estar, mas não ocorrem devido à falta de prática das escolas com a tecnologia. Portanto, a ação ligada com a participação de nós pibidianos na escola durante o período letivo ajudou em muito a escola a lidar com esse problema no ensino que vem sendo enfrentado, o que requer conhecimento perante o problema e manejo na escola. Enfim, o desempenho ao todo na instituição quanto ao uso da tecnologia, tanto para os discentes quanto para os docentes foi e está sendo superada.

A UTILIZAÇÃO DE UM ESPAÇO NÃO-FORMAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA TRILHA ECOLÓGICA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Lucas Leão Lafaiete, Roque Ismael da Costa Güllich — Seg, 23 Out 2023 17:01:15 -0300

Neste relato de experiência irei descrever e analisar o desenvolvimento de uma trilha ecológica a fim de problematizar e compreender seu papel como recurso didático metodológico para o ensino de Ciências, a partir da atividade do eixo de extensão do Programa de Educação Tutorial PETCiências: “Escola vai ao PETCiências”, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A trilha vem sendo planificada, desenvolvida e revitalizada desde o ano de 2010 no campus Cerro Largo, Unidade Seminário e sendo adaptada ao passar dos anos pelos bolsistas do PETCiências com atenção a Educação Ambiental e conceitos ecológicos que este recurso pedagógico oferece a partir do campo prático: a natureza presente em fragmento remanescente de floresta (no meio urbano). A mesma fica localizada no centro da cidade de Cerro Largo/RS, havendo uma interação entre fragmentos de mata, em que teve suas características originais de floresta semidecidual subtropical úmida (Mata Atlântica) alteradas devido às ações antrópicas e a interação com a zona urbana. A ação contou com o desenvolvimento da trilha ecológica com 25 alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais de uma Escola pública estadual de Cerro Largo, que consistiu em dez estações ao longo de um trajeto de quatrocentos metros de extensão com intuito de trabalhar conceitos de Biologia geral (botânica, zoologia e ecologia). Na trilha também foram realizados jogos didáticos para ampliar a compreensão dos conceitos na natureza durante o processo, como por exemplo o jogo das populações realizado no campo, que tem como objetivo demonstrar como funciona um ecossistema em relação a cadeia alimentar dos seres vivos. Ao final da trilha os alunos foram submetidos a responder um questionário de quatro questões para avaliação sobre como foi a experiência deles com a trilha ecológica. Na maioria das respostas, os alunos relataram nunca ter participado de uma atividade desta natureza, além de terem gostado muito, pois aprenderam e interagiram bastante em um ambiente natural, com aprendizagem conceitual além da sala de aula. Ao final da atividade pude perceber a importância da ocupação de espaços não-formais para o ensino de Ciências e a conexão com o campo prático para melhor contextualização e compreensão de conceitos, o que penso que pode ser projeção ou pensado como modificação para o ensino de Ciências em sala de aula, pois de modo teórico muitos conceitos se tornam abstratos e a trilha ecológica pode ser o recurso didático-metodológico que nos dê significados e sentido aos conceitos.

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA PONDERADA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM MEIO AMBIENTE E MATERIAIS

Luzilene Rito dos Santos, Rosangela Inês Matos Uhmann — Seg, 23 Out 2023 17:13:05 -0300

A presente narrativa discorre sobre uma vivência embasada na ponderação da própria prática, a qual foi desenvolvida no Estágio Curricular Supervisionado: Química no Ensino Médio no Itinerário formativo Ciência dos Materiais, sendo estas desenvolvidas com alunos do segundo ano do ensino médio em uma escola pública estadual do Rio Grande do Sul. A presente prática teve como objetivo a identificação dos materiais descartados na escola, a coleta seletiva dos resíduos, a pesquisa e coleta de informações sobre os materiais mais comumente descartados inadequadamente na escola. Nesse sentido, a prática foi desenvolvida a partir de uma planificação de um projeto voltado à Semana do Meio Ambiente, o qual foi elaborado em quatro aulas, visando abordar a temática Materiais e Meio Ambiente. Durante o desenvolvimento e a proposição da atividade, foi problematizada a compreensão dos alunos acerca da produção, utilização e descarte de materiais, e como esses processos podem afetar o meio ambiente. Além disso, enfatizou-se a importância da coleta, separação e destinação adequada desses materiais, bem como a relevância do consumo consciente, a fim de reduzir a quantidade de resíduos gerados e prolongar a vida útil dos produtos, relacionando-os com o cotidiano. A ação dessa prática consistiu na designação, junto aos alunos, de uma pesquisa investigativa e escrita de um projeto, em conjunto com o Itinerário formativo de iniciação científica, além da confecção de maquetes e lixeiras para a escola. A avaliação foi realizada por meio de exposição oral e entrega das pesquisas realizadas, bem como pelo trabalho em grupo na elaboração das maquetes e lixeiras, com o objetivo de compreender a temática abordada, ou seja, como um material é produzido, utilizado e descartado, e como isso pode impactar o meio ambiente. Após a prática, observei que seria possível realizar uma modificação, a qual consistiria em levar os alunos a uma cooperativa e demonstrar o funcionamento do processo de separação dos resíduos. Muitas vezes, mesmo abordando algumas práticas relacionadas à conscientização sobre o lixo e materiais descartados de forma incorreta, ainda parece distante para os alunos. Acredito que levá-los até a cooperativa teria um impacto muito maior e agregaria ainda mais à minha prática pedagógica. Frequentemente, quando se trata de falar sobre o lixo, os alunos consideram o assunto repetitivo, pois sempre é a mesma coisa. Portanto, acredito que seria algo novo e impactante para eles.

ESTÁGIO NÃO-FORMAL: UMA PROPOSTA DE EXPERIMENTAÇÃO NOS ANOS INICIAIS

Jonathan Grützmann Fin, Fabiane de Andrade Leite, Judite Scherer Wenzel — Seg, 23 Out 2023 17:14:58 -0300

O trabalho contempla um relato de experiência acerca de uma prática de estágio não-formal, em um contexto de uma escola da rede privada de ensino básico, por meio do desenvolvimento de um projeto intitulado “Pequenos Cientistas” que contemplou estudantes dos Anos Iniciais (4º e 5º ano), no contraturno às aulas regulares. O objetivo do projeto consistiu em proporcionar aos estudantes uma maior compreensão acerca da Ciência, seus conceitos e aplicações no cotidiano, por meio da experimentação. Com Bender, Joras, Candito e Schetinger (2020) compreendemos que a experimentação auxilia no processo de motivar os estudantes, além de aproximar a teoria da prática nos processos de ensino e aprendizagem, possibilitando a compreensão do conteúdo. A metodologia consistiu em uma abordagem qualitativa (LUDKE; ANDRÉ, 2018) que contemplou o acompanhamento e desenvolvimento de aulas práticas, com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Realizamos cinco encontros e, cada encontro era organizado com base em temáticas, que consistiram: 1) Separação de Misturas; 2) Descobrindo a Densidade; 3) Reações Químicas; 4) Cromatografia em Papel; e 5) Aposta da Tensão Superficial e Hidrogel. Tais temáticas abordadas por meio da experimentação, permitiram contextualizar conceitos científicos como filtração; cromatografia; separação magnética; extração; densidade; massa; volume; temperatura; pressão; polímeros; dentre outros conceitos. A experiência e a realização de atividades práticas junto aos estudantes dos anos iniciais possibilitou à eles uma aproximação com a Ciência como forma de iniciá-los no conhecimento científico. Ao utilizar a experimentação como instrumento pedagógico foi possível instigar o interesse dos estudantes na Ciência, pois esta, por vezes é abordada de forma muito abstrata no contexto dos anos iniciais. Nesse contexto, o desenvolvimento de atividades experimentais, possibilitam uma maior compreensão por parte dos estudantes, uma vez que aproximando os conceitos científicos com o conhecimentos cotidianos, por meio da experimentação, possibilita ao sujeito assimilar informações e compreender os fenômenos da natureza pelo viés científico. Além disso, com a experimentação foi possível dar autonomia aos estudantes, para realizarem as práticas e investigarem as mesmas e, por meio dessas interações, tanto com a prática como com os colegas e o professor, foi possível potencializar o conhecimento científico. Nessa perspectiva, compreendemos com Silva, Oliveira e Queiroz (2011) que as atividades experimentais investigativas podem envolver o estudante com problemas reais, possibilitando que ele desenvolva habilidades para o exercício de cidadania e a tomada de decisões. Assim, destaco a importância da inserção de instrumentos e práticas pedagógicas que propiciem o interesse dos estudantes no conhecimento científico, em um movimento de motivar os estudantes. Nesse ínterim, ressaltamos a importância de desenvolver espaços de formação continuada, a fim de capacitar professores que atuam nos anos iniciais a desenvolverem atividades que envolvam a experimentação, como forma de melhorar e potencializar o ensino nesse contexto.

ESTRATÉGIA DE MAPEAMENTO DE TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: UMA EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO DE LEITURA

Seg, 23 Out 2023 17:15:58 -0300

Apresentamos uma experiência de leitura de um grupo de estudos de leitura interativa de Textos de Divulgação Científica (TDC). Os participantes do grupo são licenciandos dos Cursos de Biologia, Física e Química, Professores da Educação Básica, mestrandos do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e professores formadores da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo. O principal objetivo do grupo é promover a compreensão acerca da importância da prática da leitura para o Ensino de Ciências. No grupo são estudados os livros de TDC e são elaboradas estratégias de leitura que podem ser utilizadas no Ensino de Ciências. No presente relato apresentamos o processo de mapeamento de TDC, o qual tem sido utilizado pelo grupo. Tal mapeamento tem como base o modelo elaborado pelas autoras Ferreira e Queiroz (2011) e de modo geral contempla a identificação do Conteúdo e da Forma do texto. A parte do conteúdo se subdivide em Análise geral (Química/Física/Biologia; Fronteiras e Temas Transversais) e Análise Específica (Temática; Abordagem e Contexto e Características da Atividade Científica/Nível de Ensino), e a parte da Forma (Estrutura, Linguagem, Recursos Textuais e Visuais). No grupo dialogamos sobre estratégias de leituras e indicamos qual o nível de ensino e/ou o público para a realizar a leitura. Apresentamos aspectos do mapeamento realizado para o livro Os Remédios da Vovó: Mitos e Verdades da Medicina Caseira da autora Valéria Edelsztein. O livro apresenta aspectos relacionados à medicina caseira, os conselhos tradicionais passados de geração em geração pelas avós, aborda também a evolução da farmacologia ao longo da história, incluindo desde a alquimia até as drogas modernas e as curiosas histórias dos métodos e remédios naturais. A autora contextualiza o conhecimento científico com o cotidiano, corelacionando com a história da ciência médica antiga e moderna, apresentando uma visão abrangente sobre a temática. A dinâmica de estudo do livro, ocorreu em duas etapas, inicialmente cada participante recebeu os capítulos do livro para realizar a leitura e o mapeamento conforme modelo indicado por Ferreira e Queiroz (2011). A segunda etapa foi realizada no dia do encontro, no qual cada integrante socializou o seu mapeamento e em grupo, foi elaborado um mapeamento coletivo com a indicação de estratégias de leitura e de níveis de ensino que poderiam ser contemplados com o capítulo. Os conceitos químicos que mais se evidenciaram no texto: Fármacos, Substâncias Orgânicas, Reações Química (neutralização e oxirredução), Elementos Químicos; pH; Moléculas e Funções Orgânicas; Estruturas de proteínas; Fermentação (Láctica e alcoólica) ; modelo molecular, compostos químicos,principio ativos, estrutura dos compostos, cinética química (farmacocinética), solubilidade e reatividade e equilíbrio químico. Essa abordagem ampla nos permite compreender e apreciar a diversidade do mundo da química. Em relação à estrutura do texto, foi classificado como sendo textos curtos com títulos que instigam a curiosidade do leitor. A linguagem utilizada foi considera em sua maioria simples e contextualizada, apresentando aspectos científicos e históricos, usando de uma linguagem popular também através de ditos populares, estabelecendo relações interdisciplinares, apresentou analogias. Outra característica é o diálogo estabelecido com o leitor mediante questionamento no início e no decorrer do texto. Quanto aos recursos visuais e textuais, o mesmo fez uso de algumas imagens, apresentou nota de rodapé e indicou experimento. Assim indicamos que o mapeamento é uma ferramenta eficaz para estudar e conhecer os TDC, desmembrando-os através das partes do mapeamento para uma análise crítica e direcionada. Neste sentido, o mapeamento auxilia o professor na elaboração de estratégias de leitura a qual direciona o olhar do professor a uma análise geral do conteúdo, levando em conta a forma, estrutura, linguagem e ainda os recursos visuais.O mapeamento e a interação estabelecida no grupo auxiliam os integrantes a elaborarem práticas de ensino com uso do TDC.

ABORDAGENS PARA O ESTUDO DE PLANTAS MEDICINAIS NO CCR OPTATIVO DE PLANTAS BIOATIVAS

Seg, 23 Out 2023 17:21:05 -0300

O presente trabalho possui como finalidade apresentar um relato de atividades que foram efetuadas no CCR optativo chamado Plantas Bioativas, do curso de Ciências Biológicas- Licenciatura da UFFS - Campus Cerro Largo em 2023-1. Atividades estas, que envolveram abordagens teóricas e práticas diferentes nos laboratórios de Bioquímica e de Histologia e Citologia Animal e Vegetal, das quais abrangeram diversificadas técnicas e metodologias. Foi abordado as plantas bioativas, destacando as plantas medicinais, suas relações com estudos etnobotânicos, além da caracterização, bem como localização anatômica dos metabólitos secundários e sua utilização nos estudos com plantas bioativas.

OFICINA TEMÁTICA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NO ENSINO DE QUÍMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Seg, 23 Out 2023 17:23:39 -0300

Tendo em vista os problemas de aprendizagem gerados pela pandemia de COVID-19, o Projeto de Extensão - Química para o ENEM promoveu uma oficina temática com alunos formandos do Ensino Médio, com o intuito de resgatar conceitos científicos da área da química relacionando-os com o cotidiano dos alunos. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar como essa oficina foi desenvolvida e aplicada para esses alunos. Nessa foram feitos experimentos dentro da Química Inorgânica relacionados ao meio ambiente, além de trabalhado questões de antigas edições do ENEM associadas aos experimentos. Apesar da pouca adesão dos alunos, pode-se notar através da fala dos participantes que esses notavam sua dificuldade em relacionar conceitos científicos com seu cotidiano, todavia, ao final na oficina, pode-se perceber maior confiança por parte dos estudantes em participar das discussões, além utilizarem exemplos do dia-a-dia para explicarem fenômenos químicos.

EMBELEZANDO O ESPAÇO ESCOLAR COM APRENDIZADO ARBÓRIO EM CIÊNCIAS

Bianca Rodrigues de Matos, Rosangela Inês Matos Uhmann — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Falar sobre a importância das árvores e vegetais em geral na escola pode ser uma tarefa difícil quando se trata de uma aula de maneira tradicional. Para tanto, a ideia é despertar o interesse dos alunos em estudar conceitos que envolvem as plantas, incluindo hábitos do dia a dia, bem como os relacionados as árvores do pátio da escola. Muitas vezes os alunos nem percebem a importância das árvores e vegetais que estão na escola, muito menos percebem os que estão presentes no no dia a dia. Isso ocorre por conta, muitas vezes de olhar um vídeo no Tik Tok sendo mais atrativo do que prestar atenção em uma aula de biologia, talvez se os professores fizessem algumas aulas fora da sala de aula, ou até trazer profissionais para conversar sobre a temática como biólogos e/ou técnicos em Agropecuária da sua cidade. Neste sentido, nos dias 12 e 19 de junho de 2023, cinco bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) realizaram a identificação das árvores do pátio da escola Santo Antônio de Pádua de Roque Gonzales, juntamente com a professora regente e alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, no qual foi solicitado a presença do pessoal da Emater da cidade, no qual juntos fizemos a identificação das Árvores e cada bolsista ficou com um grupo de alunos. Após a identificação das árvores, cada grupo escolheu duas árvores para realizar uma breve pesquisa como o nome popular e científico, características, benefícios para os seres vivos entre outras informações. Após fazer uma breve pesquisa realizamos um mapa mental com desenhos e dados sobre a pesquisa de cada árvore, os alunos dividiram as tarefas, visto que uns desenhavam, outros pintavam, dando para ver o entusiasmo dos alunos em fazer as atividades dentro e fora da sala de aula. Além dos mapas mentais, realizamos a pintura de placas de identificação para cada árvore do pátio da escola. Portanto, a atividade despertou o interesse em realizar as tarefas dentro e fora de sala de aula onde todos os alunos prestaram atenção nas explicações e fizeram diversas perguntas e comentários, contribuindo para o aprendizado e conhecimento científico em Ensino de Ciências dos alunos.

DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO EM METODOLOGIAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS: UM OLHAR PARA O CONTEXTO COLOMBIANO

Victória Santos da Silva, Roque Ismael da Costa Güllich — Ter, 24 Out 2023 20:17:58 -0300

O desenvolvimento do Pensamento Crítico (PC) é imprescindível para que se possa pensar de uma forma racional e reflexiva, focado naquilo que se deve acreditar e fazer. Neste sentido, é indispensável o debate sobre o uso de Metodologias de Ensino (ME) que incentivem o desenvolvimento do PC na formação dos alunos, futuros cidadãos. Objetivamos investigar o potencial de desenvolvimento do PC nas principais ME utilizadas no contexto colombiano para ensinar Ciências. A presente pesquisa configura-se como uma pesquisa qualitativa em educação, de caráter documental desenvolvida em três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação dos resultados. A partir dos dados analisados, percebemos que a ME que melhor promove o PC é a Pedagogia de Projetos, seguida por: ensino pela investigação, ensino por pesquisa/educar pela pesquisa, experimentação investigativa e resolução de problemas. Percebemos ainda que todas as ME analisadas podem promover o PC em Ciências, quando bem mediadas pelo professor.

CONSTRUIR E APRENDER: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE PRÁTICA DO DNA NO ESTÁGIO DE CIÊNCIAS

Victória Santos da Silva, Paula Vanessa Bervian — Ter, 24 Out 2023 20:18:53 -0300

O Estágio Supervisionado é essencial para a formação integral dos professores em formação inicial, pois facilita a formação destes futuros docentes, aproxima teoria da prática e permite vivenciar a experiência do ambiente de trabalho. Com isso, ao adentrar em sala de aula, percebi a necessidade de trazer Metodologias de Ensino (ME) que fogem do tradicional. Tivemos por objetivo identificar a compreensão de estudantes do 9º ano de uma escola localizada na cidade de Cerro Largo/RS, sobre a composição do DNA: fitas e bases nitrogenadas, como também avaliar seu nível de alfabetização científica baseada Investigação-Formação-Ação no Ensino de Ciências (IFAEC). Nesse sentido, a discussão desse relato será voltado para dois âmbitos: i) a compreensão de cada estudante; e ii) o olhar do professor em formação inicial. Com isso, acredito que a prática pode sofrer modificações a partir da abordagem, oportunizando o estudante ser protagonista de seu conhecimento e instigando a investigação científica por meio da disponibilidade de diferentes ferramentas de busca sobre o conteúdo como: a indicação de sites, livros, vídeos, artigos de divulgação científica, entre outros.

CUIDADO COM A JAGUATIRICA!: UMA PROPOSTA LÚDICA PARA SE TRABALHAR COM AS RELAÇÕES ECOLÓGICAS

Franciele Cremer, Jonas Both de Melo — Ter, 24 Out 2023 20:21:52 -0300

O estudo das relações ecológicas, na educação básica, é importante para que os estudantes percebam como se sucedem as diversas interações entre os seres vivos. Compreendendo a importância do estudo, buscamos realizar uma dinâmica titulada como “Cuidado com a Jaguatirica!”, na qual consiste na representação ficcional de três populações e sua oscilação enquanto comunidade. A dinâmica foi realizada com os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Pedro II, situado no município de Santo Ângelo/RS. O intuito da realização da dinâmica consistia na compreensão das relações ecológicas, especificadamente da conceituação de cadeia alimentar e dos níveis tróficos, englobando: produtores (capins), consumidores primários (preás) e consumidores secundários (jaguatiricas). Primeiramente, nos dirigimos até o ginásio da escola e dividimos a turma em três grupos. O primeiro grupo representou o capim; o segundo grupo os preás e o terceiro grupo as jaguatiricas. Hipoteticamente, nós estávamos organizando os estudantes para demonstrar de forma lúdica a ocorrência da dinâmica de populações no meio ambiente, no intuito de representar um aumento ou uma diminuição na densidade populacional dos organismos, capins, preás e jaguatiricas, bem como refletir sobre os possíveis resultados obtidos. Apresentamos aos estudantes as regras da dinâmica, sendo da seguinte forma: os preás ao “comerem” o capim, voltariam novamente na próxima etapa da atividade como preás e os capins “comidos”, também retornariam como preás. Já, os preás que eram “comidos” pelas jaguatiricas voltariam na próxima etapa como jaguatiricas. Logo, os preás ou as jaguatiricas que não conseguiriam se alimentar, pela oscilação populacional dos capins e preás, voltariam ao jogo como capins, pois hipoteticamente se transformariam em nutrientes ao solo porque morreriam por não obter alimento. Após a dinâmica, solicitamos aos estudantes que refletissem sobre a atividade e relacionassem os resultados obtidos com os conteúdos aprendidos em aula. Percebemos que alguns estudantes se mostraram apáticos à atividade. Dessa forma, compreendemos que o desinteresse pode estar relacionado com a proposta da dinâmica, por se tratar de uma atividade lúdica, bem como a faixa etária dos mesmos. Já, para uma minoria de estudantes a dinâmica consistia em apenas uma brincadeira, sendo que estes buscavam apenas “ganhar e não perder” no intuito de prevalecer sobre os demais grupos e isso acarretou na dificuldade de relacionar a dinâmica com os conceitos aprendidos durante as aulas anteriores. Logo, os professores de biologia precisam ficar atentos no desenvolvimento das dinâmicas, no intuito de observar o comportamento dos estudantes e orientá-los sempre que se achar necessário. Isso evitará que o estudante veja a dinâmica apenas como uma brincadeira, mas como uma possibilidade de construir e ressignificar novos conhecimentos. Em uma parcela maior de estudantes, foi possível verificar que a dinâmica propiciou a compreensão das oscilações populacionais, atingindo o objetivo da atividade de correlacionar com a conceituação de cadeia alimentar e com a ocupação específica de cada organismo em um determinado nível trófico. Assim, consideramos a dinâmica como uma possibilidade formativa, pois ela favorece a análise e a reflexão crítica, possibilitando a compreensão conceitual das densidades populacionais.

CONTRIBUIÇÕES DE MAQUETES NO ESTUDO DOS PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS

Jonas Both de Melo, Franciele Cremer, Maiara Helena de Melo Malinowski — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

O estudo dos principais biomas brasileiros, no ensino fundamental, é importante para a compreensão do clima e dos aspectos geológicos que constituem as diferentes paisagens nacionais, bem como o conhecimento e a busca pela preservação da biodiversidade animal e vegetal, em níveis locais, regionais e estaduais. O presente relato de experiência busca analisar uma sequência de aulas acerca dos principais biomas brasileiros. Esta atividade foi realizada com uma turma do 6º Ano do Ensino Fundamental II, de uma escola particular, localizada no município de Santo Ângelo/RS. A proposta inicial foi organizar a turma composta por 24 alunos em seis grupos de quatro alunos. Em seguida, houve a distribuição, por meio de sorteio, dos seis principais biomas brasileiros, sendo estes: o Pampa, a Mata Atlântica, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e a Amazônia. Cada grupo foi instigado a realizar pesquisas sobre as principais características do bioma, bem como as principais ações antrópicas. Após a realização das pesquisas, cada grupo fez a representação do bioma na forma de maquete, incluindo áreas preservadas e antropizadas para a consequente apresentação aos demais colegas. Como material para representar os biomas, os alunos utilizaram folhas de isopor, pistola de cola quente, tintas guache, pinceis, bolas de papel, palitos de picolé, gel de cabelo, bichinhos de plástico, galhos arbustivos secos, plantas artificiais e naturais, rochas, areia, etc. Um fato bastante perceptível durante a construção das maquetes foi a tentativa dos alunos em representar o real, apropriando-se de materiais naturais, como rochas, galhos arbustivos secos ou verdes, plantas vivas, como exemplares de Cactáceas e Euforbiáceas, para inserir no bioma Caatinga, por exemplo. Logo, isso pode estar atrelado a mistura do real com o imaginário, visto que a representação das maquetes estabelece esta conexão, despertando a curiosidade, a criatividade e aguça a imaginação, características consideradas importantes no desenvolvimento de novas habilidades e no processo de ensino-aprendizagem. No decorrer do processo de pesquisa, na organização e na sistematização dos conhecimentos pesquisados, por parte dos alunos, houve a constante mediação docente, sendo considerada importante no sentido do orientar e educar pela pesquisa em um viés constitutivo, construtivo e formativo de mão dupla, onde professor e aluno apropriam-se da pesquisa como um princípio educativo e também científico.

CONSTITUIÇÃO DO SER PROFESSOR A PARTIR DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

Giordane Miguel Schnorr, Rosangela Inês Matos Uhmann, Fabiane de Andrade Leite — Ter, 24 Out 2023 20:27:24 -0300

As atividades aqui descritas foram desenvolvidas no Estágio Curricular Supervisionado: Química no Ensino Médio, em conjunto com as ações do projeto PETCiências vai à Escola, que tem como objetivo promover a iniciação à docência dos bolsistas em escolas da região. O estágio foi desenvolvido em uma escola estadual na cidade de Cerro Largo, com duas turmas de terceiro ano, em que foram desenvolvidos os conceitos relacionados à Química Orgânica, bem como a nomenclatura dos grupos das substâncias orgânicas. O objetivo do presente trabalho é relatar as vivências proporcionadas pelo estágio de maneira crítica e reflexiva, como forma de significações da ação docente no estágio, em que esteve ancorada na Investigação-Formação-Ação no Ensino de Ciências. As atividades foram construídas e reconstruídas por meio da investigação da própria prática que se deu nas escritas reflexivas no Diário de Formação do licenciando. As aulas desenvolvidas consistiram em um conjunto de 36h/aula, no primeiro semestre de 2023, tendo como tivemos a proposta de trabalhar a nomenclatura dos hidrocarbonetos, bem como as características dos hidrocarbonetos (a exemplo de polar e apolar). Realizou-se um conjunto de 2 aulas em que foram apresentados aspectos básicos da nomenclatura, sendo o que é, quais as partes e qual organização determina a forma como é organizada, em um segundo momento foi proposto a realização de uma atividade experimental, tendo como foco iniciar problematizando o dia a dia e questioná-los sobre os aspectos que constituem-no, além disso, fazer com que os alunos sintam-se motivados para a aula, propondo discussões que se dão a partir do experimento, com a mediação do professor. Foi realizada a atividade experimental da vela, em que consistia em apagá-la e acender novamente por meio da fumaça esbranquiçada que era liberada, o que gerou, dessa forma, questionamentos voltados ao que continha na fumaça para que ela acendesse novamente e o que realmente queima na vela. No decorrer da aulas, tornou-se importante o diálogo contextualizado, em que eles puderam relacionar os conceitos científicos com seu dia a dia, como por exemplo a polaridade das moléculas e os efeitos dela para o cotidiano, como quando lava-se louças, a importância da utilização do detergente como forma de criação de micelas e, com isso, possibilitar a limpeza dos utensílios. A construção dos conceitos pelos alunos é algo difícil, pois requer um esforço de abstração dos alunos, percebe-se que mesmo após as discussões decorridas por meio das aulas houveram dúvidas que permaneceram. Dessa forma, as vivências proporcionadas pelo estágio, em conjunto com o PETCiências, são momentos ímpares para a formação docente, em que são promovidas a reconstrução do olhar perante a sala de aula e o ambiente escolar, com a troca de experiências com outros professores e com os alunos

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE EXTENSÃO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES E ESTUDANTES

Aleff Rocha Anisio, Richard Vinicius Santana da Silva, Neusete Machado Rigo — Ter, 24 Out 2023 20:29:21 -0300

A formação continuada de professores é uma forma de melhorar a qualidade de ensino. Cada vez mais a escola precisa repensar sua metodologia educacional, considerando as mudanças que a sociedade vem passando desde a democratização do ensino. É válido destacar que muito se fala sobre a importância da formação continuada dos profissionais de ensino e algumas iniciativas têm sido apresentadas para atender a todos os educandos com qualidade, em respeito à diversidade humana. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo apresentar um relato de extensão realizada no I semestre/2023, envolvendo vários cursos de graduação. Trata-se do “Programa de Formação Pedagógica para Professores e Estudantes da Educação Básica: currículo, conhecimento e cultura” o qual é formado por três projetos, a citar: Projeto 1 - Ciclo de Oficinas sobre Diversidade no Currículo Escolar; Projeto 2: Formação Continuada de Professores para a Diversidade; e Projeto 3: Divulgação e Compreensão dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O primeiro e segundo projetos são vinculados ao componente curricular (CCR) “Temas Contemporâneos e Educação”, integrante do Domínio Conexo dos cursos de licenciatura. As temáticas abordadas foram: gênero e sexualidade; educação e saúde; direito humanos; diversidade étnico-racial e racismo. Esses temas foram distribuídos entre os licenciandos de acordo com seus interesses e afinidades, organizados em grupos, podendo abordá-los através da metodologia do projeto 1 e/ou 2. No projeto 1 a abordagem foi desenvolvida em quatro turmas do 6º ao 9º de uma escola pública de ensino fundamental do município de Cerro Largo/RS. Destaca-se que as oficinas foram planejadas durante as aulas do CCR “Temas Contemporâneos e Educação”, e protagonizadas com o acompanhamento da professora do CCR. As atividades do projeto 2 foram desenvolvidas em encontros que reuniram professores e licenciandos. Foram executados cinco encontros de modo presencial (UFFS) e on-line para proporcionar a participação dos professores da educação básica. As escolas convidadas foram aquelas que acolheram os/as licenciandos/as para a realização do Projeto 1. O terceiro projeto visava divulgar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável através de grupos que estudem um dos objetivos e multipliquem os conhecimentos junto à comunidade em geral. Durante as aulas do CCR “Meio Ambiente, Economia e Sociedade”, os licenciandos se organizaram em grupos e juntamente com a professora/coordenadora do projeto, planejaram a execução da atividade junto à comunidade. Os resultados do programa foram positivos tanto pela participação da comunidade acadêmica e público externo (aproximadamente 220 participantes) em mais de 15 oficinas realizadas em instituições diversas, contribuindo para o desenvolvimento sociocultural e científico.

DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL EM SALA DE AULA

Ter, 24 Out 2023 20:34:16 -0300

Formação inicial de professores. Extensão. Ensino. Igualdade racial.

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DE CIÊNCIAS E A CONSTITUIÇÃO DOCENTE

Julia de Oliveira Lange — Ter, 24 Out 2023 20:36:12 -0300

Este trabalho detalha a experiência vivida ao longo do Estágio Curricular Supervisionado: Ciências no Ensino Fundamental. O estágio foi desenvolvido em uma escola do município de Giruá/RS, com duas turmas dos anos finais do Ensino Fundamental, sendo: 6° e 7° anos. O presente relato descreve a formação docente da estagiária, comparando as perspectivas e concepções iniciais e finais construídas durante o período do estágio.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Aline Neis Knob, Jovenilsom Vieira de Souza, Maria Alice Canzi Ames — Ter, 24 Out 2023 20:37:37 -0300

É notável a importância que a educação alimentar representa na saúde das crianças sob a ótica da prevenção, uma vez que bons hábitos alimentares estão atrelados a melhores condições de vida e saúde. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo apresentar um relato de extensão do projeto intitulado “Divulgação e Compreensão dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, desenvolvido por discentes do curso de Bacharelado em Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) vinculadas ao Componente Curricular (CCR) “Meio Ambiente, Economia e Sociedade”. O projeto procura divulgar os ODS através de grupos que estudem um dos objetivos e multipliquem os conhecimentos junto à comunidade em geral. Os ODS fazem parte de um plano de ação global para acabar com a pobreza extrema e a fome, proporcionar educação de qualidade para todos, preservar o planeta e promover sociedades pacíficas até 2030. Durante as aulas do CCR mencionado, as estudantes juntamente com a professora, também coordenadora do projeto, planejaram a execução da atividade junto à duas turmas de educação infantil de uma escola pública do município de Cerro Largo/RS. Dos 17 ODS, optou-se por abordar aqueles que se relacionam com a educação alimentar com o objetivo de levar as crianças à reflexões sobre a importância da alimentação saudável para a saúde por meio do preparo de um sanduíche saudável, já que a escola se dispôs a providenciar os ingredientes. No dia 29 de maio de 2023, procedeu-se a execução da atividade. Como forma de introduzir a ação, as crianças foram questionadas quanto aos alimentos que consideram saudáveis mediante um diálogo e apresentação dos ingredientes do sanduíche (pão sanduíche, tomate, cenoura, alface e frango), de forma lúdica e interativa. Procederam-se questionamentos acerca do processamento (higienização, preparo...), percepção dos sentidos: paladar e tato e a origem deles: à exemplo da cenoura, que é produzida no solo; a farinha que se origina de um grão moído, etc. Ressaltou-se que existe um profissional essencial na cadeia produtiva dos alimentos, citando-se o Agrônomo! Após esta abordagem, todos as crianças tiveram a oportunidade de preparar e degustar seu próprio sanduiche. Durante a apresentação, os alunos responderam às perguntas proferidas conforme seu nível de conhecimento sobre o assunto, alguns demonstrando mais domínio que outros. Um exemplo disso foi em relação à cenoura: quando questionados sobre a origem dela, alguns souberam responder resumidamente o que acontece: é semeada/plantada em uma horta, cuidada para que quando esteja em um tamanho ideal seja colhida, higienizada e possa ser consumida. Os resultados da oficina demonstram que houve repercussão na escola, motivando-a a replicar esta prática em outras turmas, e também incentivando as famílias a adotarem hábitos saudáveis na alimentação. A prática desta ação foi socializada durante as atividades em alusão a Semana Mundial do Meio Ambiente na UFFS, servindo como inspiração aos estudantes, especialmente de licenciatura, durante suas práticas pedagógicas. Participar da Extensão Universitária é um privilégio para aprimorar competências profissionais, transmitir informações, trocar experiências, estimular o desenvolvimento crítico e participativo e compreender melhor a realidade dos envolvidos.

ANÁLISE DA EXPERIMENTAÇÃO NOS DOCUMENTOS DA EDUCAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Kamille Agnes Silva Fernandes, Eliane Gonçalves dos Santos — Ter, 24 Out 2023 20:40:04 -0300

O presente trabalho trata-se de um relato de experiência que aborda uma aula vivenciada no componente curricular: "Experimentação no ensino de ciências" do 4° semestre de Ciências Biológicas na Universidade Federal da Fronteira Sul- campus Cerro Largo, na qual foi realizada uma pesquisa em grupo a análise as ocorrências do termo experimentação nos documentos pedagógicos : Base Nacional Comum Curricular, Regimento Curricular Gaúcho e Parâmetros Curriculares Nacionais .

LUZ ARTIFICIAL E SUA INTERFERÊNCIA NA VIDA DE INSETOS NOTURNOS: UMA PRÁTICA DE OBSERVAÇÃO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

Amanda Emmanuele Paulus Machado, Yonara Kapp, Eliane Gonçalves dos Santos — Ter, 24 Out 2023 20:43:58 -0300

Esse relato de experiência traz uma prática de observação demonstrativa realizada no componente curricular de “Prática de Ensino: Experimentação no Ensino de Ciências” do curso de Ciências Biológicas - licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Cerro Largo. O objetivo principal era compreender sobre os mecanismos biológicos utilizados pelos insetos noturnos quando atraídos por lâmpadas de luz artificial, e sua importância dentro do ensino de Biologia bem como, discutir a respeito de conceitos relacionados a essa temática e suas contribuições para o desenvolvimento do aluno em relação ao meio em que vive.

PRÁTICA PEDAGÓGICA DE MODELAGEM NAS CIÊNCIAS: EFEITO ESTUFA E O IMPACTO AMBIENTAL NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS

Tanise da Silva Moura — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Planejar práticas pedagógicas que estimulem processos interativos entre os alunos e os considerem corresponsáveis por suas aprendizagens é importante quando se almeja um ensino de qualidade, crítico e reflexivo. Nesse sentido, este texto tem como objetivo apresentar o relato de uma experiência com Modelagem nas Ciências - MC a partir do tema “efeito estufa e os impactos ambientais nos ecossistemas brasileiros”. O objetivo da PM consistiu em caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto a paisagem, quantidade de água, tipo de solo, disponibilidade de luz solar, temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas, além de possibilitar a compreensão dos impactos ambientais. Para tal, seguiu-se os procedimentos da MC, a qual perpassa por três etapas: 1) Percepção e Apreensão na qual foi realizada uma roda de conversa, a fim de reconhecer os conhecimentos iniciais dos alunos sobre o tema, enfatizando como e porque ocorre o efeito estufa nos ecossistemas brasileiros e quais são as causas; 2) Compreensão e explicitação na qual os alunos foram organizados em grupos para obterem informações sobre os principais ecossistemas brasileiros da região sul e os motivos pelos quais o efeito estufa tem grande impacto ambiental sobre eles e 3) Significação e Expressão, na qual os alunos expressaram suas compreensões acerca da pesquisa realizada através da construção de maquetes que representaram os impactos do efeito estufa nos ecossistemas brasileiros da região sul. Os modelos organizados pelos alunos foram socializados e a partir das discussões/intervenções dos professores e dos colegas, foram modificados e validados. A reflexão sobre a prática realizada, permitiu reconhecer a importância da roda de conversa, pois possibilitou um espaço de fala e escuta e permitiu evidenciar as compreensões iniciais dos alunos sobre a temática. Ainda, o ato de buscar informações na rede mundial de computadores possibilitou aos alunos a formulação de perguntas ressignificando e possibilitando melhor compreensão sobre o processo de obtenção de informações. Nas maquetes apresentadas, a própria organização dos alunos possibilitou perceber o estabelecimento de papéis distintos entre eles, os quais foram acordados num processo de negociação, organização e planejamento. Ainda, a produção dos modelos – maquetes permitiu a mobilização e socialização dos conhecimentos reorganizados por eles durante o desenvolvimento da prática de MC e tornou a aula mais atrativa. Destaca-se, que a atividade convocou os alunos e professores a tornarem-se mais interativos nos processos de ensino e de aprendizagem. Entretanto, há desafios que necessitam ser transpostos como o tempo para o planejamento e desenvolvimento de práticas de MC.

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS: O USO DO MICROSCÓPIO POR FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA

Naiára Berwaldt Wust, Fabiane de Andrade Leite — Ter, 24 Out 2023 20:58:35 -0300

O presente texto trata de um relato de experiência realizado a partir de intervenções em uma aula do Componente Curricular (CCR) de Prática de Ensino: Experimentação no Ensino de Ciências do curso de Química Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Cerro Largo/RS, no segundo semestre de 2022. O CCR tem como objetivo a elaboração de práticas experimentais investigativas em planos de aula para inserção na Educação Básica com vistas a análise crítica e reflexiva. Ao planejar a aula tivemos como objetivo possibilitar aos futuros professores a aprendizagem no processo de confeccionar lâminas e manusear o microscópio. Escolhemos materiais de fácil acesso e que fossem atividades experimentais que poderiam ser ministradas no ensino fundamental e médio. Como se tratavam de licenciandos entendemos a importância em terem contato com o microscópio e outras atividades envolvendo o ensino de Ciências, pois percebemos que nas escolas os materiais de laboratório não são utilizados. Com a realização deste encontro os futuros professores terão mais conhecimento para desenvolverem atividades em sala de aula, tendo como propósito no final compreenderem que a Ciência é muito ampla e que não podemos nos limitar a certas metodologias. Buscando contemplar aspectos que possam contribuir com a construção de conhecimento pelos futuros professores de Química foram planejadas atividades a serem realizadas com a temática de experimentação no ensino de Ciências. A partir das discussões feitas em relação à quais atividades iríamos desenvolver durante a aula e em que momento poderiam ser utilizadas no ensino fundamental e médio iniciamos com a confecção de lâminas. É importante destacar que no processo de formação inicial normalmente utilizamos lâminas prontas, ao fazerem suas próprias lâminas os futuros professores têm a oportunidade de compreende todo o processo desde o início, além de motivá-los e envolvê-los com o conteúdo em estudo ampliando a compreensão do aluno. Em um segundo momento, com o uso de slides, mostramos as partes do microscópio e da lupa, como era o seu manuseio e assim iniciamos a análise das lâminas confeccionadas pelos licenciandos. Quando levados a participar do processo de construção do conhecimento os alunos possuem um papel de investigadores, permitindo identificar as diferenças e semelhanças entre as estruturas, pelo fato dos licenciandos serem de um curso em que o uso do microscópio não é tão recorrente e, com isso, não possuírem totalmente a interação com a teoria não nos detivemos muito a significados e, também, não solicitamos que desenhassem as estruturas, por exemplo, o objetivo principal em relação ao microscópio era fazer com que eles o manuseassem e analisassem as lâminas, pois muitos nunca haviam tido contato com um até o momento do encontro. Concluímos que foi um encontro muito produtivo e satisfatório, pois estes momentos são muito importantes tanto para nossa constituição como para os alunos em formação, a troca de experiências e poder mostrar como a Biologia e a Química caminham juntas, conseguimos trazer com as atividades que a experimentação precisa sim ter uma ordem, mas nós professores podemos usar a criatividade, desapegar só da teoria e trazer este método tão eficaz para sala de aula.

REPRESENTAÇÕES MENTAIS E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SOBRE PONTO DE EBULIÇÃO DE HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS

Miqueias Castro Silva, Ângela M. Durand, Patrícia Foletto — Ter, 24 Out 2023 21:00:09 -0300

Compreender os conceitos científicos é essencial no âmbito do Ensino de Ciências, pois servem como ferramentas para interpretar e interagir com o mundo. Os conceitos científicos fornecem fundamentos para compreender a natureza e suas leis. Pensando-se nisso, no âmbito de um curso de graduação de Engenharia Ambiental e Sanitária, dominar os princípios químicos e das propriedades físicas dos compostos orgânicos é crucial para lidar com desafios ambientais e de sustentabilidade. Por outro lado, uma das maiores dificuldades encontradas pelos graduandos é justamente a abstração dos conceitos científicos, em especial das matérias atreladas à Química, fato este que corrobora para que o ensino e a aprendizagem tenham inúmeras lacunas. Os hidrocarbonetos alifáticos são exemplos com aplicações industriais, mas seu uso inadequado prejudica o meio ambiente. A compreensão dos pontos de ebulição desses compostos é essencial na gestão ambiental. Modelos mentais são teorias psicológicas que auxiliam na compreensão de como as pessoas representam e raciocinam sobre o mundo. Investigar os modelos mentais dos estudantes em relação aos hidrocarbonetos alifáticos é o objetivo deste trabalho, por um teste didático, buscando entender como eles assimilam esses conhecimentos.

DOCUMENTOS EDUCACIONAIS DE CIÊNCIAS DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS E A PERSPECTIVA DO PENSAMENTO CRÍTICO

Letiane Lopes da Cruz, Roque Ismael da Costa Güllich — Ter, 24 Out 2023 21:06:37 -0300

Na presente investigação, visamos compreender como os documentos educacionais oficiais que orientam o ensino e a formação de professores de Ciências em países latino-americanos, vêm abordando o Pensamento Crítico (PC). Em razão dos avanços da Ciências e da Tecnologia, estamos expostos a muitas informações, nesta conjectura, desenvolver a capacidade de análise crítica sob ações cotidianas se tornou uma necessidade. Desse modo, para atender essa demanda social consideramos essencial promover um ensino de Ciências na perspectiva do PC, visando a formação de sujeitos aptos para tomar decisões pautadas em conhecimentos científicos. Para tanto o estudo, identifica e analisa de modo qualitativo e documental os conceitos e as metodologias de ensino apontadas pelos documentos educacionais oficiais (Diretrizes Curriculares e as Diretrizes de Formação de Professores) de países latino-americanos em relação ao PC: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, submetidas à análise de conteúdo. A partir da análise, foi possível perceber duas concepções centrais de PC, sendo elas: Pensamento Crítico e o agir criticamente, voltado para uma forma de pensar racional e reflexivo, voltada ao agir crítico, encontrado em todos os documentos analisados; e o Pensamento Crítico como emancipação e transformação social, como forma de refletir criticamente sobre o mundo voltado a emancipação social, presente nas Diretrizes Curriculares do Brasil e Chile, e nas Diretrizes de Formação de Professores do Chile, Paraguai e Peru. Em relação às metodologias de ensino, encontramos um total de 76 diferentes metodologias nos documentos analisados com uma frequência total de 204, as quais foram classificadas conforme seu potencial/natureza pedagógica em promover o PC: Informativas (18:204), a qual estão compreendidas as metodologias alinhadas a uma perspectiva tradicional de ensino, como por exemplo gráficos e leituras; Exploratórias (110:204), metodologias que quando bem mediadas pelo professor, podem levar à promoção do PC, nestas estão compreendidas atividades de cunho experimental, pesquisas e tecnologias da informação e comunicação; Reflexivas (68:204), são as metodologias que propiciam um a reflexão crítica e a interação entre os sujeitos, destacando-se trabalho em grupo, aprendizagem baseada em problemas, e debates; e Críticas (8:204), são metodologias que conduzem o aluno a agir criticamente, a ser autônomo e protagonista, sendo elas autovaliação e questões sociocientíficas. Portanto, defendemos, a partir do nosso estudo, que os processos de ensino e de aprendizagem em Ciências (formação dos alunos e professores) dos países latino-americanos devem privilegiar as estratégias classificadas como Reflexivas e Críticas. Para tanto, as políticas curriculares e de formação precisam explicitar estes objetivos de ensino, estratégias e principalmente conceitos e referências de PC como emancipação e transformação social.

COMPREENDENDO O BULLYING E PROMOVENDO A INCLUSÃO SOCIAL

Yonara Kapp, Amanda Emmanuele Machado, Cleusa Inês Ziesmann — Ter, 24 Out 2023 21:10:53 -0300

Este plano de aula foi elaborado para turmas do ensino médio, com o objetivo central de abordar as temáticas da inclusão social e do bullying. Como ponto de partida, utilizou-se o filme "Extraordinário" para estimular a reflexão sobre a diversidade e a promoção do respeito às diferenças. Após a projeção do filme, os alunos foram convidados a compartilhar suas percepções e reações por meio de relatos escritos.

CULTIVANDO CONHECIMENTO E VALORES: A IMPORTÂNCIA DA HORTA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO

Laura Trentin Pereira, Eliane Gonçalves dos Santos — Ter, 24 Out 2023 21:12:36 -0300

Resumo: Diante do cenário em que o mundo está cada vez mais imerso na tecnologia e urbanização, é evidente que a relação entre as novas gerações e a natureza muitas vezes se perde em meio ao caos de informações e atividades cotidianas. Nesse contexto, a implementação de hortas escolares surge com o objetivo de oferecer um espaço de aprendizado dinâmico e enriquecedor, que vai além das paredes da sala de aula, trazendo a oportunidade de explorar conceitos científicos na prática e a promoção de escolhas alimentares conscientes. O presente resumo relata uma experiência envolvendo a criação de uma horta escolar, em colaboração com uma turma do segundo ano da Escola Estadual de Educação Básica Eugênio Frantz e os bolsistas do Programa Residência Pedagógica (PRP) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A atividade em questão ocorreu nas primeiras 5 semanas do projeto e abrangeu a realização de testes de pH do solo, preparação do terreno, semeadura e plantio. Após esse período inicial seria necessário apenas a manutenção da horta, incluindo o cuidado e a irrigação desta, atividade que foi desenvolvida pela turma, não sendo mais necessária a ajuda dos residentes. Como resultado obtido se teve a escolha deste projeto para representar a escola na Mostra Científica Regional promovida pela Secretaria de Estado de Educação do Rio Grande do Sul. Atividades como a criação de uma horta escolar podem enriquecer a formação dos futuros educadores, pois esta além de nos preparar para nos tornarmos professores mais engajados, criativos e conscientes dos desafios ambientais e sociais que enfrentamos, também nos mostra como é a realidade dentro de uma instituição de ensino. Com isso podemos concluir que as hortas escolares desempenham um papel fundamental na promoção de uma educação holística para os alunos, oferecendo uma gama de benefícios educacionais, sociais e ambientais. Elas estimulam a conexão profunda com a natureza, cultivam habilidades essenciais para a vida e inspiram o desenvolvimento de cidadãos conscientes, engajados e preocupados com o meio ambiente. Portanto, o investimento contínuo em hortas escolares não é apenas um investimento no futuro das próximas gerações, mas também um passo importante na direção de uma sociedade mais saudável, sustentável e informada.

A PRÁTICA DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

Beatriz Vedooto, Juliana Simch, Judite Scherer Wenzel — Ter, 24 Out 2023 21:13:34 -0300

Resumo: O relato trata da experiência em sala de aula de licenciandas do Curso de Licenciatura em Química na Universidade Federal da Fronteira Sul. Essa experiência foi realizada em uma escola pública da rede municipal de ensino com alunos do quinto ano e teve como temática o ensino de Astronomia. Os resultados foram elaborados mediante análise do Diário de Formação das licenciandas cujas escritas indicaram reflexões sobre ser professora, a iniciação à Docência, os desafios da prática e a importância de contextualizar o conteúdo de Ciências com o cotidiano dos alunos. A nossa intenção, ao trazermos as nossas experiências, é buscar compreender o antes, durante e o após a realização do Estágio Curricular Supervisionado: Pesquisa no Ensino de Ciências. A intervenção pedagógica foi realizada em uma escola no município de Cerro Largo situado na região das Missões do Rio Grande do Sul. As atividades foram realizadas no turno da tarde com a turma do 5º ano, com 27 alunos. A escola na qual atuamos tem sido parceira da Universidade em outras atividades, como, por exemplo, no Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), no Programa Residência Pedagógica (PRP) e junto ao Programa de Educação Tutorial (PET Ciências). Ao realizarmos a análise das escritas do Diário de Formação a nossa indicação foi apresentar o Estágio como “experiência única” pois fomos muito bem recebidas na escola, todos se mostraram muito simpáticos e dispostos a nos ajudar no que fosse necessário. Destacamos a ajuda da professora da escola, as orientações, os estudos e os planejamento coletivos na Universidade. Também, as nossas angústias e incertezas somam nessa caracterização, pois uma série de questões nos tiravam o sono, ficávamos dialogando sobre como proceder no primeiro dia; Qual a melhor forma de ensinar o conteúdo? Como os estudantes irão nos receber? Irão compreender o que queremos ensinar? Todos esses questionamentos, o estar e vivenciar a sala de aula, a escrita reflexiva no Diário de Formação e os diálogos coletivos se mostraram como experiência única: o de sentir, experimentar, preparar e constituir-se Professoras. Por fim, destacamos que o Diário de Formação se mostrou uma peça muito importante, pois possibilitou esse olhar sobre a prática, podendo ser utilizado como um instrumento de investigação, como uma estratégia de registro e também como uma ferramenta de reflexões e como um meio de potencializar a escrita deste relato.

EXPOSIÇÃO A HPAs: UMA ABORDAGEM PARA ENSINO BÁSICO

Cláudia Bock Berwaldt, Liziara Cabrera, Patrícia Foletto, Alonso Moscon — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Os Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAPs) são compostos constituídos de átomos de carbono e hidrogênio e estruturados na forma de anéis aromáticos. Esses, são introduzidos no ambiente, por diversas fontes como queima de combustíveis fósseis, queima de madeira, papel, tabaco entre outras. Os HPAs se degradam lentamente no ambiente, e podem ser encontrados no ar, água, solo e alimentos. Dessa forma, os humanos estão expostos a diversas fontes de HPAs. Entre essas pode ser destacado a ingestão de alimentos como grelhados, churrascos, defumados, assados, cozidos ou fritos a alta temperatura. Além disso, devido ao clima frio na região sul, o uso de lareiras e fogão a lenha são frequentes. Assim, esse trabalho tem como objetivo propor uma aula sobre HPAs, visando em específico, demonstrar a importância de abordar a temática nas escolas da região, não causando um alarme sobre as tradições gaúchas tão apreciadas, mas sim um despertar de consumo e hábitos sustentáveis. O planejamento das aulas será norteado por meio de três momentos pedagógicos. Na etapa de Problematização, propõe-se questionamentos acerca da temática, a fim de instigar a curiosidade e engajamento dos alunos. Na Organização do conhecimento, sugere-se o uso de apresentações de slides para facilitar a compreensão da existência de diferentes HPAs. Por fim, na Sistematização do conhecimento, propõe-se o desenvolvimento de atividades em grupos, que visam a produção de cartazes que serão expostos no ambiente escolar, o qual estará relacionado com os conteúdos abordados nas etapas anteriores. Ao final da aula, espera-se que os estudantes compreendam a importância de abordar esta temática no ambiente escolar e possam refletir sobre o uso e o consumo consciente a fim de manter hábitos sustentáveis, tendo em vista as características mutagênicas e carcinogênicas apresentados pelos alimentos submetidos aos processos geradores de HPAs, quando consumidos em excesso, Além disso, espera-se que os alunos compreendam a influência do contato com fumaças originadas do uso de fogões a lenha, onde ocorre a queima de madeiras liberando HPAs e os malefícios causados pelo tabagismo.

MULHERES CIENTISTAS E A CIÊNCIA-TECNOLOGIA: COMO APARECEM NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS DOS ANOS INICIAIS?

Alessandra Nilles Konzen, Rosemar Ayres dos Santos — Ter, 24 Out 2023 21:16:14 -0300

A presença da figura feminina no desenvolvimento Científico-Tecnológico permanece sendo questionável. Ainda, o não aparecimento de seus nomes neste meio acaba refletindo uma visão estereotipada da Ciência, bem como reforçando questões de gênero, em que as mulheres acabam sendo definidas como seres incapazes de produzir Ciência-Tecnologia (CT) sozinhas, majoritariamente aparecendo ao lado de seus companheiros e irmãos, ou ainda sendo encobertos por eles. Entretanto, essa falta de referências da figura feminina não define que elas não estiveram presentes deste meio e sim que elas foram invisibilizadas, assim como suas contribuições pela Ciência, sexo masculino e sociedade como um todo. Em decorrência disso, elas acabaram deixando de lado cargos de maior prestígio e valor. Dessarte, buscamos por meio do desenvolvimento desta pesquisa identificar e caracterizar como as mulheres cientistas são apresentadas em Livros Didáticos (LD) de Ciências do Ensino Fundamental (EF) Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) 2019 utilizados em escolas da 14ª Coordenadoria Regional da Educação do Rio Grande do Sul (CRERS). Além disso, analisar de que maneira as mulheres cientistas presentes em LD de Ciências contribuíram para o desenvolvimento da CT. No que concerne a metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, se trata da Análise Textual Discursiva (ATD). Desse processo emergiram três categorias, sendo aqui discutida apenas uma delas, da seguinte forma denominada: Mulheres nas áreas da saúde e Ciência-Tecnologia. Esta categoria abrange ilustrações da figura feminina sendo apresentada em áreas relacionadas ao cuidado ou ainda ao desenvolvimento científico-tecnológico, como em laboratórios, hospitais, departamentos, dentre outros. Ainda, outro ponto identificado foi o maior número de figuras fictícias encontradas, sem identificação e/ou inseridas em tópicos especiais das coleções, não recebendo o devido destaque ou descontextualizadas, não tendo ligação com a temática discutida Portanto, o número de figuras localizadas proporciona um fortalecimento no diálogo sobre a presença da figura feminina em diferentes setores e ambientes dentre eles à docência, maternidade e em áreas da saúde e CT, nas quais elas apresentam importantes contribuições, ainda que seus nomes persistem sendo encobertos ou apresentados em sessões especiais dos LD de Ciências. Algumas coleções permanecem trazendo a figura feminina desenvolvendo serviços atrelados ao lar, o mesmo não acontecendo com a figura masculina. Com isso, cabe a nós educadoras/es promover momentos de diálogo em sala de aula frente a essas questões de gênero e problematizar a construção de estereótipos sexuais. Também, ao longo dos conteúdos e aulas trazer nomes de figuras femininas cientistas que contribuíram para o meio Científico-Tecnológico.

ATIVIDADES DIDÁTICAS E PENSAMENTO CRÍTICO: UMA ANÁLISE EM MATERIAIS DIDÁTICOS DIGITAIS COLOMBIANOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

O presente trabalho é referente a uma pesquisa qualitativa de abordagem documental conduzida em uma plataforma de apoio utilizada no ensino de Ciências e Biologia na Colômbia. Os dados coletados foram categorizados em quatro macrocategorias: Informativa, Exploratória, Reflexiva e Crítica.

BOLO, TINTA E ROCHA: APRENDENDO SOBRE SUBSTÂNCIA E MISTURA COM O SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Joana Ferronato Fagundes, Paula Vanessa Bervian — Ter, 24 Out 2023 21:18:38 -0300

Esse resumo apresenta uma prática sobre o conteúdo de Substância e Mistura com o sexto ano do Ensino Fundamental

EXPERIENCIANDO A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ATRAVÉS DO ESTÁGIO DE EDUCAÇÃOO NÃO FORMAL

Suélen Melissa Philippsen, Josiane dos Santos Dorneles, Rosemar Ayres dos Santos — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

A atividade aqui relatada foi desenvolvida no componente curricular de Estágio Curricular Supervisionado: Educação Não-Formal, do curso de Física da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Cerro Largo, voltado para educação que ocorre fora do sistema formal de ensino, sendo complementar a este. Com a organização do processo de ensino e aprendizagem sem seguir vários requisitos ditos formais. Este foi desenvolvido em uma escola de educação especial mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em município de abrangência da universidade. Que partiu da ideia de conhecer a comunidade local, e como se desenvolve esse ambiente específico voltado para educação especial. O estágio foi realizado no período equivalente a 36 horas, no qual foram ministradas aulas em duas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com o desenvolvimento do tema Educação Ambiental, levando questões para instigar os estudantes a cuidar, preservar, refletir sobre suas ações, e seus impactos futuros. Neste período desenvolvemos atividades de acordo com o nível de conhecimento da turma, viabilizando, atividades práticas em que todos pudessem ter participação no decorrer das aulas. Na qual, seguimos uma abordagem pedagógica baseada nos três momentos pedagógicos em que temos a problematização inicial, a organização do conhecimento e a aplicação do conhecimento. No desenvolvimento do estágio, observamos a necessidade de adaptar as atividades às diferentes capacidades cognitivas dos estudantes, e também pensando que havia diferença entre as turmas. Mesmo enfrentando obstáculos, compreendemos a necessidade de adaptar as abordagens pedagógicas para suprir as especificidades das demandas dos estudantes, com o objetivo de estabelecer um ambiente que buscava verdadeiramente a inclusão. A experiência no estágio contribuiu significativamente para nossa formação como futuras educadoras, proporcionando aprendizados valiosos sobre como atuar com estudantes de diferentes idades e dificuldades, preparando-se ainda mais para a futura profissão. Em conclusão, destacamos que a prática docente envolve a adaptação a diferentes realidades de escolas e salas de aula, destacamos a importância da busca por metodologias e instrumentos que se adaptam a realidade de determinada turma, promovendo a inclusão e despertando o interesse pela aprendizagem. Além de refletir a importância desses ambientes para pessoas com algum tipo de deficiência, pois é um lugar que atende para além da sala de aula, com atendimento especializado para manter a saúde e cuidados de quem os frequenta.

PERSPECTIVAS CURRICULARES NO CONTEXTO ESCOLAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM OLHAR PARA REMEA E ANPED

Cláudia Bock Berwaldt, Rosangela Ines Matos Uhmann — Ter, 24 Out 2023 21:20:13 -0300

A Educação Ambiental (EA) visa à formação de cidadãos conscientes, considerando o equilíbrio entre o homem e a natureza, o que requer ser discutido no contexto escolar, o que quer dizer que a EA precisa fazer parte do currículo. Para esta pesquisa de cunho qualitativo foi feito um estudo bibliográfico com foco na EA, em artigos da Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA) e nos anais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), no Grupo de Trabalho (GT22), por meio dos descritores: “Educação Ambiental, Escola, Currículo”, entre 2018 a 2022 na REMEA e em 2021 na ANPED. Desse estudo, emergiram duas categorias e para o tratamento dos dados foi usado as concepções de Layrargues e Lima (2014), a saber: a macrotendência conservadora e macrotendência crítica em atenção às aproximações e os distanciamentos relacionados à temática da EA no currículo. Os artigos encontrados na REMEA totalizaram 253, sendo selecionados 15 artigos, os quais foram nomeados por A1 ao A15. E na ANPED foram encontrados 21 trabalhos, ficando oito selecionados e nomeados de T1 ao T8, sendo investigados conforme a análise de conteúdo, a saber: (i) a pré-análise; (iii) a verificação, inferência e a (iii) interpretação dos significados. Portanto, foi possível perceber por meio dos artigos A1, A9, A12, A14, A15 e dos trabalhos T1, T5 e T7, a perspectiva conservadora da EA que possui um aspecto naturalista/biológico, fornecendo informações referentes ao meio ambiente, sendo regida por questões ecológicas, sem pensar na perspectiva social e política. Enquanto, os A2 ao A8, A10 ao A13 e T2 ao T4, T6, T8 possuem a perspectiva crítica da EA, aliados ao pensamento coletivo, com a inserção de aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, visando o combate das desigualdades sociais. Dessa forma, os alunos precisam entender que suas ações individuais têm impactos significativos no meio ambiente, visto que é necessário contextualizar problemas ambientais e mostrar suas consequências reais, sendo importante que o educador estabeleça a interligação dos saberes da escola com os saberes da vida por meio do trabalho interdisciplinar, para que o aluno tenha possibilidade de ampliar o conhecimento acerca das questões socioambientais. Portanto, a função social do professor não se resume a reproduzir informações, mas sim de construir o conhecimento, a exemplo de focar em atividades interdisciplinares, as quais tendem a contribuir com o trabalho da EA no Ensino de Ciências.

CONTEÚDOS/CONHECIMENTOS QUE PERMEIAM A REFLEXÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS

Karim Francini Herlen, Roque Ismael da Costa Güllich — Ter, 24 Out 2023 21:21:03 -0300

A presente pesquisa analisa o uso dos Diários Formativos (DF) na formação inicial de (futuros) professores de ciências e biologia. Os DF são utilizados como estratégia pedagógica que impulsiona os professores a analisar sua própria prática e formação envolta às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Após realizar a leitura de 12 DF de participantes do Programa de Educação Tutorial (PET), projeto PETCiências, de uma universidade pública, selecionamos conhecimentos refletidos monstrando 14 diferentes conteúdos de reflexão. As subcategorias foram divididas em metodologia de ensino (24:105) em que para o professor adequar-se a uma, precisa levar em consideração o objetivo de ensino. A autorreflexão (18:105) mostra que o uso do DF faz com que o professor em formação desenvolva o “ser professor” por meio da reflexão. A pesquisa (9:105) está presente, pois no PET busca-se que os professores desenvolvam o processo educacional por meio da pesquisa.Para pensarmos em aprendizagem é crucial que o ensino de ciências (9:105) apareça durante o desenvolvimento do professor, pois é a centralidade do conhecimento de sua formação. Quando a educação (8:105) entra em pauta são tematizados assuntos gerias que envovlem currículos, teorias e políticas. A experimentação (7:105) em sala de aula facilita os processos de ensino e de aprendizagem nas Ciências. Já o cinema (6:105) como metodologia de ensino amplia a criticidade e a relação escola – vida real. A formação inicial (6:105) e o papel da formação (5:105) estão conectadas nas reflexões sobre o constituir-se professor, para preparar o (futuro) professor para a vida profissional (comunicação, mediação e inclusão). O pensamento crítico (5:105) foi tematizado visando o diálogo dentro da sala de aula, promovendo autonomia e criticidade. Já o currículo (2:105) é capaz de conduzir os processos de forma mais autônoma e participativa com olhar crítico para a BNCC. O uso DF (2:105) foi apontada como promotor de reflexões acerca da própria prática desenvolvendo um olhar mais crítico sobre si mesmo e sua perspectiva metodológica. Assim, os autores dos DF defendem que a educação ambiental (2:105) se faz necessária nas escolas pois a mesma está estritamente ligada com a Ciência. Por fim, o ensino remoto (2:105), parece motivar a dispersão dos alunos e falta de atenção, além disso, é o responsável pela educação na Pandemia de Covid-19. Após a análise dos resultados obtidos compreendemos que o uso do DF é importante para a formação inicial dos professores de ciências, pois ele é capaz de proporcionar um olhar mais reflexivo e crítico visando as práticas pedagógicas e o processo formativo. O DF também é uma estratégia para diversas situações que o professor possa vir a encontrar ao longo de sua caminhada profissional.

PRÁTICA DE MODELAGEM NAS CIÊNCIAS E MATEMÁTICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Luana Carla Kist Poersch, Danusa de Lara Bonotto — Ter, 24 Out 2023 21:24:40 -0300

PRÁTICA DE MODELAGEM NAS CIÊNCIAS E MATEMÁTICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Luana Carla Kist Poersch[1]

Danusa de Lara Bonotto[2]

Resumo: Este trabalho textualiza o relato de uma experiência (RE) advinda do desenvolvimento de uma prática de Modelagem nas Ciências e Matemática (MCM), com doze alunos do oitavo ano do nível fundamental de ensino de uma escola estadual localizada na região noroeste do estado do RS. A prática pedagógica perpassou pelas etapas do processo de MCM denominadas de percepção e apreensão, compreensão e explicitação e significação e expressão. A temática de estudo esteve centrada no conceito de velocidade e buscamos proporcionar aos estudantes interpretar e avaliar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais ou não proporcionais, expressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano como orienta a Base Nacional Comum Curricular. Para tal, na etapa de percepção e apreensão se deu a leitura de um texto sobre a produção e frota de bicicletas no país. A partir do texto os estudantes puderam discutir quanto a utilização das bicicletas como meio de transporte sustentável e econômico, como forma de realização de atividade física e também de lazer visando saúde e qualidade de vida. Ainda observaram algumas dificuldades como a falta de vias para ciclistas e espaço para estacionamento das bicicletas no município onde moram. Na etapa de compreensão e explicitação os alunos realizaram aferição prática para resolver o problema: Quanto tempo é necessário para percorrer 10, 30 e 50 metros de bicicleta? Qual a relação existente entre distância e o tempo? A partir daí, organizaram os dados em planilha eletrônica, o cálculo da média do tempo para cada distância e construíram gráficos para compreenderem a relação existente entre as variáveis distância e tempo. Na etapa de significação e expressão os alunos, a partir das médias dos tempos aferidos, dos gráficos construídos, perceberam a relação entre a distância e o tempo necessário para percorrê-la, significando o conceito de velocidade, inicialmente de maneira verbal e posteriormente a partir da resposta a um questionário formulado pela professora. A reflexão sobre a prática realizada evidencia potencialidades da inserção da MCM na sala de aula, pois os alunos se mostraram envolvidos com todo o processo da atividade, definiram um modelo matemático para o cálculo da velocidade, demonstraram compreensão do conceito velocidade ao estabelecer a relação entre distância e tempo como velocidade. Além disso, a experiência proporcionou uma atividade para além da sala de aula, possibilitou a utilização dos meios tecnológicos tão presentes na vida cotidiana e ao mesmo tempo ainda tão distante da rotina escolar. Como desafios a ser transpostos para a inserção da MCM na sala de aula, destaca-se a demanda de maior tempo o planejamento e desenvolvimento das atividades.

Palavras-chave: Ensino de Matemática. Aprendizagem. Velocidade. Reflexão.

Categoria: Ensino

[1] Especialista em Matemática e Física, URI, campus de Santo Ângelo-RS, lukpoersch@gmail.com

[2]Doutora em Educação em Ciências e Matemática, UFFS, campus Cerro Largo-RS, danusabonotto@uffs.edu.br

DESCONSTRUINDO ESTEREÓTIPOS EM UMA OFICINA SOBRE GÊNERO NO 7° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Mariele Lunardi Schmechel, Flávio Henrique Silva Ferreira, Neusete Machado Rigo — Ter, 24 Out 2023 21:26:34 -0300

Neste relato compartilhamos vivências decorrentes de uma oficina pedagógica realizada por estudantes do 5º semestre do curso de Ciências Biológicas Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em uma escola municipal na região das Missões. Esta oficina teve como propósito articular a extensão ao ensino inserindo-se na proposta do Componente Curricular (CCR) Temas Contemporâneos e Educação, que integra o Domínio Conexo das licenciaturas. A proposta desta oficina foi abordar de forma crítica e inclusiva o tema gênero e a desconstrução dos estereótipos direcionados a meninos e meninas. Neste contexto, foram planejadas nas aulas do CCR três atividades práticas para desenvolver uma oficina pedagógica em uma turma do 7º ano, de uma escola pública, composta por 24 alunos/as. A primeira atividade tinha como objetivo despertar a reflexão sobre os estereótipos de gênero associados a objetos que são utilizados por meninos e meninas. Ao dispor diversos itens sobre a mesa, classificados tradicionalmente como “de meninos” e “de meninas” foi solicitado que cada um/a pegasse um objeto que fosse de seu interesse, oportunizando uma escolha pessoal. Posteriormente, cada um/a foi convidado/a a explicar o motivo de sua escolha, o que tornou possível identificar os padrões sociais que influenciaram suas decisões, revelando percepções e crenças sólidas na sociedade em relação às desigualdades entre homens e mulheres. A segunda atividade da oficina consistiu na exibição de um vídeo sobre os estereótipos de gênero exemplificados por personagens - Maria e João. Tal abordagem permitiu uma visão mais abrangente sobre a construção de papéis de gênero desde a infância, demonstrando de forma clara e objetiva como essas ideias podem ser prejudiciais e limitantes para o desenvolvimento individual de meninos e meninas. Ao término do vídeo, lançou-se a questão “O que podemos fazer pela igualdade de gênero?” seguida por uma atividade em duplas, na qual cartinhas com dicas para promover a igualdade de gênero foram distribuídas para serem discutidas. A terceira atividade da oficina teve como objetivo sistematizar as aprendizagens abordadas em sala de aula, por meio da criação de um cartaz contendo frases ou desenhos elaborados pelos/as alunos/as, em resposta à pergunta “Igualdade entre meninos e meninas é?” Ao criar um cartaz coletivo com as lições extraídas, observamos que a oficina promoveu o senso de pertencimento e o reconhecimento de que todos/as são importantes na luta contra os estereótipos de gênero. Ao longo do desenvolvimento das atividades, pôde-se observar com clareza o envolvimento e o interesse genuíno dos/as alunos/as. Surpreendentemente, eles/elas já possuíam um conhecimento significativo sobre o assunto, evidenciando a conscientização existente em relação à quebra de estereótipos de gênero. A experiência demonstrou, portanto, que essa oficina representa um passo significativo na direção de uma educação mais democrática e inclusiva, preparando os estudantes para serem agentes de mudança em suas comunidades. A promoção da igualdade de gênero e a desconstrução dos estereótipos não são apenas objetivos dignos, mas imperativos para a criação de uma sociedade menos machista, sem preconceitos e discriminações para ser mais inclusiva e respeitosa aos direitos das pessoas.

ROSALIND FRANKLIN: A CONSTRUÇÃO DE HQ’S A PARTIR DE ELEMENTOS DA HC NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Angélica Maria de Gasperi, Rúbia Emmel — Ter, 24 Out 2023 00:00:00 -0300

Este estudo teve o objetivo de reformular uma proposta didática a partir da utilização de Tecnologias da informação e comunicação (TICs) para compreender a importância da História em Quadrinho (HQ) na contextualização da História da Ciência (HC), sendo possível reconhecer à trajetória de mulheres como a Rosalind Franklin e suas contribuições para o desenvolvimento da estrutura da molécula do ácido desoxirribonucleico (DNA), bem como abordar o contexto social/cultural/econômico que implicaram na construção do conhecimento na época. A ação é resultante de atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão Meninas e Mulheres na HC, realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), Campus Santa Rosa, tendo a participação de professores e acadêmicos dos Cursos de Licenciaturas em Matemática e em Ciências Biológicas, com o planejamento e mediação de oficinas para Escola de Ensino Fundamental Anos Finais (EFAF) da Rede Pública Municipal de Ensino do município de Santa Rosa, em 2022. A partir da reflexão de uma intervenção que já foi mediada com 83 estudantes, em que por meio de elementos históricos da físico-química Rosalind abordados em uma HQ, propomos, com a Investigação-Formação-Ação (IFA), a (re) organização da confecção de uma HQ pelos alunos, a partir da reflexão acerca da ação realizada, visando aprofundamento conceitual, reformulação e ampliação de possibilidades para a construção dos estudantes em um viés tecnológico, pretendemos melhorar a prática. Ao retomar a escrita percebemos que a criação das tirinhas poderia ser desenvolvida com a utilização da plataforma Adobe Express^[1]. Na primeira intervenção com os estudantes, em que foi efetuada a leitura da HQ construída pelos licenciandos, contendo elementos historiográficos de Franklin^[2] com o dialogado acerca do contexto histórico em torno do desenvolvimento da molécula do DNA, os estudantes expressaram suas concepções, por meio de um questionário aberto sobre a HQ e produziram suas tirinhas. Neste sentido destacamos nos resultados: a assimilação da história em que a mulher é protagonista de uma “descoberta” científica entorno da estrutura do DNA; a descrição do cientista como o responsável por "estudar e descobrir novas curas”; nas ilustrações a representação de objetos de laboratório envolvendo o ser cientista e de homens para retratar uma “descoberta” científica (somente um desenho retratou uma mulher) na questão ao chamou a atenção em toda história, traduzindo assim visões de Ciência estereotipada. Portanto, acreditamos que a reconstrução da proposta de construção da HQ com elementos historiográficos de Franklin pode romper concepções equivocadas do conhecimento científico, como, por exemplo: a visão de Ciência como produto, “neutra”, sem o contexto da época. Além de contribuir para a percepção do conhecimento em construção, ao revisitar as problemáticas podem emergir a (re) significação de novos conhecimentos.

[1] A plataforma Adobe Express é uma Ferramenta online para criar HQ’s (também possuí a versão em aplicativo) entre outros recursos disponibilizados, ela pode ser utilizada gratuitamente fazendo um cadastro diretamente no site: https://shre.ink/lpDL . Acesso 23 de jun. 2023.

[2] A produção de hq’s a partir da leitura em elementos históricos de Rosalind Franklin. Disponível em: https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/bio-grafia/article/download/18157/11638 . Acesso 23 de jun. 2023.

"APAGOU E ACENDEU": COMPREENDENDO AS REAÇÕES QUÍMICAS ENVOLVENDO GASES POR MEIO DE EXPERIMENTO

Jonas Both de Melo, Maiara Helena de Melo Malinowski — Seg, 13 Nov 2023 00:00:00 -0300

A experimentação é uma das atividades que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, e podem potencializar o ensino de química nos anos finais do Ensino Fundamental. Com base nessa afirmação, o presente relato surge no intuito de refletir acerca de uma atividade experimental sobre reações químicas que resultam na produção de gases. A atividade realizou-se com a turma do 9º Ano do Ensino Fundamental II, de uma escola particular, situada no município de Santo Ângelo/RS. Inicialmente, foi entregue aos estudantes um roteiro de atividade experimental contendo duas atividades práticas a serem realizadas. As atividades consistiram em auxiliá-los na compreensão sobre reações químicas, e estão descritas a seguir. Na primeira atividade prática, os estudantes identificaram um erlenmeyer com o número 1. Em seguida, com o auxílio de uma proveta graduada, mediu-se 20 mL de vinagre branco, e adicionou-se no erlenmeyer. Após, com o auxílio de uma espátula, adicionou-se o bicarbonato de sódio. O erlenmeyer foi tampado com um pequeno pedaço de papelão. Os estudantes foram questionados se havia ocorrido uma reação química. Houve a confirmação, sendo que alguns afirmaram haver formação de “bolhinhas”, para outros borbulhado e por fim efervescido. Na segunda atividade, os estudantes identificaram um outro erlenmeyer com o número 2. Posteriormente, com o auxílio de uma proveta graduada, mediu-se 20 mL de água sanitária, e adicionou-se no erlenmeyer. Seguidamente, com o auxílio de um béquer mediu-se 10vol. de água oxigenada e também se transferiu para o erlenmeyer. Logo após, este foi tampado com um pequeno pedaço de papelão. Outra vez, os estudantes foram questionados se havia ocorrido uma reação química. Novamente, houve a confirmação por parte deles. Quando questionados sobre as evidências para que ocorresse uma reação química, eles responderam que havia formado “bolhinhas”, borbulhado e por fim, para uma pequena minoria, efervescido. Concluídas as duas atividades, acendeu-se um palito de fósforo e com o auxílio de um grampo, segurou-se a base do palito, e introduziu-se em ambos os erlenmeyers 1 e 2. Solicitamos que os estudantes observassem os acontecimentos. Ao introduzir o palito de fósforo no erlenmeyer 1 “o fogo apagou”, ao introduzir no erlenmeyer 2 “o palito formou brasa ou acendeu” (respostas dos estudantes). Ao questionarmos os estudantes sobre o motivo para apagar e acender houve um burburinho dentro do laboratório. Com isso percebemos que algo estava sendo construído coletivamente, pois sentimos que naquele momento despertamos a curiosidade, a reflexão e a criticidade. Alguns minutos depois, eles concluíram que “houve a produção de gases” e logo associaram com o gás carbônico (CO₂) e o gás oxigênio (O₂). Acreditamos que a dialogicidade articulada com as atividades experimentais atuam como facilitadoras no processo de aprendizagem em química, possibilitando a criação de problematização, bem como a observação de fenômenos. Assim, a atividade possibilitou a compreensão dos conceitos que englobam as reações químicas, outrora estudados em sala de aula, e provocou a construção coletiva dessa reorganização conceitual mesmo que no primeiro momento não esteja relacionada com o caráter denotativo, ou seja, exato da linguagem química, mas fazendo uso do senso comum.

CONSTRUÇÃO DE OBJETOS UTILITÁRIOS COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICO PEDAGÓGICA DO ENSINO APRENDIZAGEM DE DESENHO TÉCNICO NA ÁREA DE ENGENHARIA

Seg, 13 Nov 2023 15:42:25 -0300

Relata-se uma Experiência do Ensino em Desenho Técnico que foi desenvolvida empregando se variados recursos do campo da Expressão Gráfica, no Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo/RS. A proposta objetivou a idealização de um projeto autoral de um objeto utilitário, a ser materializado utilizando diferentes formas de representação gráfica plana (perspectiva e vistas ortográficas) e espacial (modelamento físico). Com uma proposta que buscou explorar situações de aprendizagem a partir de problemáticas da realidade e motivações pessoais. Ao mesclar informação (teoria) com criatividade (criação de Projeto autoral de tema livre), permite se que o aluno sinta se capaz, atuante e possua potencial para criar e ser protagonista das suas invenções. Após todas as etapas que permearam a construção dos objetos, orientados pela professora, foram confeccionados conforme planejado e apresentados como parte da avaliação. Contribui significativame, pois Percebe-se que as práticas relatadas possuem ampla abrangência e potencial no processo de ensino aprendizagem, sendo essa proposta aplicável tanto a cursos de Bacharelado como de Licenciatura.

ONTEM ALUNOS, HOJE PROFESSORES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA MOSTRANDO COMO O ESTÁGIO DE GESTÃO ESCOLAR NOS CONSTITUI PROFESSORES

Seg, 13 Nov 2023 15:43:09 -0300

O presente relato trata-se de uma experiência a partir da reflexão da própria prática ponderada a partir de espirais autorreflexivas da Investigação-Formação-Ação em Ciências. O relato é referente a primeira experiência de professores de Ciências em formação inicial decorrente do primeiro estágio dentro da vida acadêmica - o Estágio Curricular Supervisionado I: Gestão Escolar - o qual constitui-se por trazer à tona as problematizações encontradas na realidade do contexto escolar, processos de gestão e contextualização das vivências e situações que ocorrem diariamente dentro de uma escola. Ele é realizado no quinto semestre do curso de Ciências Biológicas - Licenciatura e acaba tornando-se o primeiro contato do aluno do curso que passa a ser o (futuro) professor com a rotina da escola, não sendo mais um estudante do ensino fundamental ou médio, nem apenas da graduação: quando retorna ao espaço escolar. Por isso, o estágio de gestão tem como objetivo auxiliar o licenciando a compreender e refletir sobre a proposta pedagógica da escola na prática, tendo acesso a diversas partes de gestão, como a pedagógica, a financeira e de pessoas, por exemplo. O estágio foi realizado em grupo, em uma escola Estadual localizada na Região das Missões, no interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil (BR) onde foram realizados 7 encontros, durante as sextas-feiras, pela manhã. Nesses encontros diversas ações foram desenvolvidas, como observação do espaço escolar e conversas com a direção, supervisão, professores e outros funcionários que constituem o quadro de servidores/funcionários da escola a fim de contextualizar o processo de gestão com foco a formação pela pesquisa da prática. Avaliamos que a nossa participação no estágio de gestão foi muito importante, pois com isso conseguimos adquirir diferentes experiências e conhecimento teórico e prático da profissão professor. Acreditamos que a modificação entre o ser aluno e o ser professor promovida pelo contexto do estágio, nos deixou mais preparados para enfrentar a profissão neste tempo-espaço de presente-futuro. A experiência vivenciada e refletida do estágio em gestão escolar, nos preparou para adentrarmos na profissão após formados e assim saberemos escutar nossos alunos, professores, colegas e equipes, respeitando-os e resolvendo as dificuldades enfrentadas dentro dos espaços escolares da melhor forma possível, recorrendo aos recursos disponíveis no momento de forma reflexiva. A formação pelo processo de investigação-ação se mostrou importante em todo o estágio para conduzir a autoformação de professores de Ciências e Biologia, com atenção a Gestão Escolar.

PENSAMENTO CRÍTICO EM CIÊNCIAS: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO PRESENTES EM LIVRO DIDÁTICO BRASILEIRO

Daiane Kelly Müller, Letiane Lopes da Cruz, Roque Ismael da Costa Güllich — Seg, 13 Nov 2023 15:43:30 -0300

Esta pesquisa busca analisar e comparar as diferentes estratégias de ensino[1] presentes em um livro didático (LD) de Ciências do Ensino Fundamental do Brasil, com o objetivo de analisar o potencial de promoção do Pensamento Crítico (PC) das mesmas. A pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo documental e contou com análise temática de conteúdo. O LD analisado foi coletado gratuitamente no site do da editora do livro, disponível durante a Pandemia de Covid-19. As estratégias foram coletadas e classificadas em quatro diferentes categorias definidas a priori, de acordo com sua natureza pedagógica totalizando 319 estratégias de ensino, sendo elas: Informativa (193:319), Exploratória (90:319), Reflexiva (24:319) e Crítica (12:319). Na categoria Informativa, em que as atividades são apenas de características informativas e textuais sem adicionar outras ações, a atividade mais evidente foi “Glossário” (48:193), trazendo conceitos pouco utilizados no cotidiano. Na categoria Exploratória, a atividade “Síntese” (22:90) e “Pense e resolva” (16:90) foram as mais representativas, trazendo, principalmente, questões sobre o conteúdo apresentado pelo LD, sendo que nesta categoria as atividades quando mediadas pelo professor podem desenvolver capacidades de PC em Ciências. Na categoria Reflexiva, “Atividade Complementar” (10:24) foi a estratégia que sobressaiu, levando o aluno para uma aula prática em ambiente fora da sala de aula ou da escola, despertando, assim, seu interesse e sua curiosidade, o instigando a pensar. Já na categoria Crítica, a “Atividade Prática Complementar" (11:12) foi a que mais se destacou, com atividades que permitem ao aluno experienciar a pesquisa científica, aprimorando a sua compreensão de determinados assuntos, levando-os a inovação e criatividade em sala de aula. Assim, destacamos a importância de atividades que levem o aluno a um pensar e agir reflexivo e crítico, considerando que o LD continua sendo um dos principais materiais utilizados em salas de aula de Ciências no Brasil. Importante enfatizarmos que para que o aluno se desenvolva como cidadão independente, capaz de argumentar, ampliar sua autonomia, assumir papéis questionadores, tornando-se, assim, consciente da realidade a qual está inserido e agindo socialmente de modo informado e alfabetizado cientificamente, o papel do professor na mediação e uso das estratégias de ensino presentes no material didático é imprescindível.

[1] Compreendemos neste estudo Estratégias de Ensino como sinônimo de Metodologias de Ensino e de Atividades de Ensino ou Pedagógicas.