https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/issue/feed Semana Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó-SC 2023-06-27T15:05:49-03:00 Maiara Bordignon maiara.bordignon@uffs.edu.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;"><span class="fontstyle0">A Semana Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS - ocorre anualmente no mês de maio, próximo a datas historicamente definidas em homenagem a dois ícones da Enfermagem - Anna Nery e Florence Nightingale. Em nível nacional, a Enfermagem brasileira comemora, em 2024, a 85ª SBEn, cujo tema central no é “Romper “bolhas” no mundo atual para o resistir e o coexistir da Enfermagem", proposto pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Todos os anos a ABEn propõe novo tema central. No corrente ano, o curso de Enfermagem da UFFS optou por aderir a tal temática e promover, em sua programação, ações que contemplem a comunidade acadêmica. A SAEnf ocorrerá todos os anos e, em 2024, 4ª SAEnf acontecerá no período de 08 a 10 de maio, nas dependências do campus universitário. Com o evento, o curso de graduação em enfermagem cumpre parte de seu objetivo de estimular os estudantes a participarem de ações que lhes oportunizem vivências nas três dimensões durante a formação: ensino, pesquisa e extensão.&nbsp;</span><span class="fontstyle0">Nesse sentido, o evento permitirá que os acadêmicos do curso de enfermagem da UFFS participem e conheçam trabalhos e iniciativas que estão sendo ou foram desenvolvidas em diferentes campos de atuação do enfermeiro, promovendo o intercâmbio e a integração do conhecimento.</span></p> https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18070 ACESSO A SAÚDE E SUSTENTABILIDADE 2023-06-27T15:04:51-03:00 Camila Ferreira Santos f.camila2002@gmail.com Julyane Felipette Lima julyane.lima@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">A tecnologia tem sido cada vez mais utilizada na área da saúde, inclusive na enfermagem, e pode ser uma ferramenta importante para promover a sustentabilidade. Dados mostram que a democratização do acesso a serviços de saúde é um desafio significativo em muitas partes do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de metade da população mundial não tem acesso a serviços de saúde essenciais e muitas pessoas enfrentam barreiras para receber atendimento médico, incluindo falta de recursos financeiros, infraestrutura limitada e acesso limitado a tecnologias de saúde avançada. O objetivo é mostrar que com a democratização do acesso a tecnologias sustentáveis ​​na enfermagem podem ajudar a reduzir o impacto ambiental dos serviços de saúde e melhorar a qualidade de vida dos pacientes em todos os âmbitos.&nbsp; Foi implementado um projeto para criação de um Laboratório de Educação Empreendedora chamado "Health Tech Lab" desenvolvido na Universidade Federal da Fronteira Sul em resposta às demandas em saúde da população regional, dentre outras iniciativas plausíveis de acordo com o responsável pela execução do projeto, que trouxeram resultados significativos no âmbito da saúde e da universidade. No entanto, para garantir o acesso à saúde de forma sustentável, é preciso considerar não apenas a disponibilidade de recursos financeiros e a infraestrutura de saúde, mas também a sustentabilidade do sistema de saúde como um todo. O SUS é um sistema que busca garantir o acesso universal à saúde, com base em princípios como a integralidade, equidade e participação social. Dito isso para alcançar esse objetivo,</span> <span style="font-weight: 400;">os desafios que os profissionais de saúde enfrentam atualmente e enfrentarão no futuro, iniciativas como o Health Tech Labs são importantes para promover discussões interdisciplinares e fortalecer a colaboração entre as áreas da saúde e outras áreas como Ciência da Computação, Engenharia, Administração e Educação. </span><span style="font-weight: 400;">A interação entre diferentes áreas do conhecimento tem potencial transformador de realidades sociais </span><span style="font-weight: 400;">complexas, como é o caso das demandas de saúde, pela catalização de diferentes expertises&nbsp; em prol da resolução de problemas.</span><span style="font-weight: 400;"> Espera-se que esse projeto tenha um impacto significativo na formação de cerca de 100 alunos por ano, capacitando-os para o empreendedorismo na área médica </span><span style="font-weight: 400;">e fomentando health techs, bem como a construção de modelos de negócio inovadores</span><span style="font-weight: 400;">.</span><span style="font-weight: 400;"> Deste modo, esse projeto tem a possibilidade de transformar ideias em negócios, que poderão ser incubados e posteriormente entregar soluções para o mercado. Ressaltando também o aumento da interação entre a universidade e o ecossistema de empreendedorismo, em especial o de inovação. Em conclusão, a tecnologia pode ser uma grande aliada na promoção da sustentabilidade em qualquer área da saúde, pensando não somente em questões ambientais mas também na continuidade dos cuidados. Com a adoção de tecnologias sustentáveis, a saúde pode ser mais eficiente, econômica e ambientalmente consciente, melhorando a qualidade do atendimento do usuário. </span></p> 2023-06-27T08:59:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18066 DESENVOLVIMENTO DE UM GUIA PRÁTICO PARA A UTILIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM 2023-06-27T15:05:00-03:00 Agatha Carina Galvan loiraagatha@hotmail.com Sara Leticia Agazzi saraagazzi11@gmail.com Alexander Garcia Parker alex.parker@uffs.edu.br Eleine Maestri eleine.maestri@uffs.edu.br Júlia Valéria Oliveira Vargas Bittencourt julia.bittencourt@uffs.edu.br <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">O Processo de Enfermagem (PE) consiste na aplicação de cinco etapas: avaliação clínica do paciente, escolha e aplicação dos diagnósticos de enfermagem (DE), planejamento e implementação das intervenções e a avaliação das possíveis modificações dos cuidados propostos. A partir de sua execução, é garantido ao paciente um cuidado seguro e respaldado cientificamente (MARGOTTI et al., 2021). Contudo, para o levantamento das informações pertinentes conforme o caso clínico de saúde, a escolha do DE acurado e as intervenções assertivas, é necessário conhecer a dinâmica apropriada para sua elaboração (MARQUES et al., 2022). Estudos apontam que estudantes de enfermagem, conseguem conceituar o significado do PE, todavia as cinco etapas não são elencadas na ordem correta, ou há dificuldade em aplicá-lo na prática&nbsp; (MARGOTTI et al., 2021). Ademais, a grande maioria dos profissionais não aplicam apropriadamente suas etapas e apresentam dificuldade em diferenciar Sistematização da Assistência de&nbsp; Enfermagem (SAE) e PE, o que demonstra a falta de preparo teórico sobre a assistência congruente ao PE (RIBEIRO et al., 2020). Assim, ampliar o conhecimento de estudantes, docentes e profissionais de enfermagem sobre o emprego do PE, torna-se essencial para garantir o fortalecimento profissional, autonomia e assegurar um cuidado positivo. </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">Auxiliar professores, estudantes e profissionais da área de enfermagem a compreender e ampliar à prática do PE. </span><strong>Descrição das atividades: </strong><span style="font-weight: 400;">O guia foi elaborado por seis acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), da sétima e nona fase, conforme a base científica das últimas publicações sobre o PE. Foi elaborado conforme a dificuldade que profissionais apresentaram sobre a utilização das etapas do PE, durante a vivência em um programa de extensão, em um Hospital Público Escola da cidade de Chapecó -Santa Catarina,&nbsp; intitulado “Desenvolvimento, validação e avaliação de tecnologias sustentadas pela implantação/implementação do Processo de Enfermagem”. Este, consiste em auxiliar profissionais a melhorar o desenvolvimento prático do PE, através de cursos de aperfeiçoamento. Diante disso, o material aborda exclusivamente o PE voltado à área hospitalar, de forma a elucidar as taxonomias </span><em><span style="font-weight: 400;">North American Nursing Diagnosis Association</span></em><span style="font-weight: 400;"> (NANDA-I), </span><em><span style="font-weight: 400;">Nursing Interventions Classification</span></em><span style="font-weight: 400;"> (NIC) e </span><em><span style="font-weight: 400;">Nursing Outcomes Classification</span></em><span style="font-weight: 400;"> (NOC). O processo de produção foi dividido entre as estudantes, ao passo que cada uma desenvolveu o aporte teórico e midiático de uma etapa e exercícios finais. O material apresenta cinco tópicos a fim de dividir as etapas do PE de maneira explicativa, junto a quatro vídeos ilustrativos que abordam o conteúdo de cada tópico, e ao fim encontram-se sete questões a serem resolvidas para possibilitar a fixação do conteúdo. O guia explica a diferença entre SAE, PE, Histórico de Enfermagem, Anotação e Evolução de Enfermagem, como é organizada a evolução conforme o referencial das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda Horta, como os DE devem ser construídos e explicações práticas das demais etapas. As questões finais revisam o conteúdo, além de instituir um caso clínico para aplicação de cada etapa e acompanham o gabarito dos exercícios. A divulgação e acesso se dá por meio digital, sendo disseminada, atualmente, no meio acadêmico.&nbsp;</span></p> 2023-06-27T09:04:54-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18064 TESTES RÁPIDOS: PROMOÇÃO DA SAÚDE NA COMUNIDADE CHAPECOENSE 2023-06-27T15:05:04-03:00 Bruna Razia Hoelscher brunarazia@gmail.com Luana Emanueli Strücker Gonçalves struckerluana@gmail.com Ketlin da Silva Baiocco kety9925@gmail.com Sophia Albino sophiaalbino25@gmail.com Valéria Silvana Faganello Madureira valeria.madureira@uffs.edu.br Vanise Meiri Mezetti Putzel valeria.madureira@uffs.edu.br <p>As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou<br>outros microrganismos (ESPÍRITO SANTO, 202?). Essas infecções são consideradas um<br>problema de saúde pública em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde a incidência tem<br>aumentado nos últimos anos. Atualmente, existem diversos tipos de IST, tais como o HIV/Aids,<br>a sífilis, a Hepatite B e a Hepatite C. Essas infeções não escolhem sexo, gênero ou<br>nacionalidade, acometem homens e mulheres de diferentes idades, geralmente contaminados<br>por meio de relações sexuais desprotegidas. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida<br>(Acquired immunodeficiency syndrome - Aids) é causada pelo Human Immunodeficiency Virus<br>(HIV), o qual atinge diretamente o sistema imunológico, causando seu enfraquecimento no<br>combate a infecções (BRASIL, 2016). Algumas pessoas convivem durante anos com o vírus e<br>não necessariamente desenvolvem a doença. Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas<br>sobre HIV/Aids (UNAIDS, 2021) apontam a existência, atualmente, em todo o mundo, de 38,4<br>milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids. No Brasil são 920 mil pessoas vivendo com HIV.<br>Desse número, 89% foram diagnosticadas e 77% fazem tratamento com antirretrovirais<br>(BRASIL, 2022). O diagnóstico pode ser feito através de testes rápidos, os quais devem ser<br>realizados sempre que houver exposição, a exemplo de uma relação sexual desprotegida. A<br>Aids é uma doença que ainda não tem cura e seu tratamento consiste na diminuição da carga<br>viral, na melhora da expectativa de vida e na restauração do sistema imunológico (BRASIL,<br>2007). Porém, além do HIV/Aids, outras IST afetam a vida de pessoas no mundo inteiro.<br>Exemplos disso são a sífilis e as hepatites B e C. A sífilis é causada por bactéria e, diferente do<br>HIV/Aids, tem cura. Seu tratamento é feito com penicilina benzatina (benzetacil) e pode ser<br>classificada em: sífilis primária, secundária, terciária, congênita (quando transmitida de mãe<br>para filho durante a gestação/nascimento) e latente (fase assintomática da doença). Já as<br>hepatites B e C são causadas pelos vírus HBV e HCV, resultando na inflamação do fígado (RIO<br>GRANDE DO SUL, 202?). Essas doenças podem ser transmitidas por contato com sangue<br>contaminado em objetos como agulhas e alicates, em relações sexuais desprotegidas e em<br>acidentes com exposição a material biológico. As hepatites B e C podem ser agudas ou crônicas,<br>sendo que a forma crônica é assintomática e só se torna evidente quando em estado avançado,<br>já com manifestação de complicações graves, como cirrose hepática e hepatocarcinoma<br>(BRASIL, 202?). Da mesma forma que acontece com o HIV/Aids e a sífilis, o diagnóstico das<br>hepatites B e C pode ser feito através de testes rápidos, pois é fundamental detectá-las<br>precocemente para evitar a evolução para a forma crônica, quando o tratamento é direcionado<br>ao gerenciamento das complicações. No que se refere à prevenção das IST aqui citadas, a<br>Hepatite B é a única que dispõe de uma vacina específica, a qual é disponibilizada no calendário<br>oficial de vacinação do Ministério da Saúde. As outras são prevenidas através do uso de<br>preservativos durante as relações sexuais, do não compartilhamento de objetos contaminados e<br>do uso de materiais esterilizados. Levando em consideração a importância da identificação<br>dessas doenças, o Sistema Único de Saúde disponibiliza testes rápidos para rastreamento,<br>diagnóstico precoce e encaminhamento de tratamento. Os testes rápidos são simples e fáceis de<br>fazer, podendo ser realizados com pequena quantidade de sangue extraída polpa digital ou de<br>amostra de fluido oral. O resultado do teste pode ser obtido em até 30 minutos (BRASIL, 2023).<br>Em razão do exposto, é importante a inclusão de ações que visem ao diagnóstico precoce de<br>IST através de testes rápidos ainda na formação do enfermeiro. Nesse sentido, o objetivo deste<br>trabalho é compartilhar experiências de uma atividade teórico prática com testagem rápida de<br>IST desenvolvida por estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade<br>Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Chapecó com moradores de Chapecó SC e em<br>parceria com o Hospital Dia do município. Essa integração entre universidade e serviço de<br>saúde foi possível desenvolver um dia de testagem rápida e gratuita com a população da cidade.<br>Essa ação, ocorrida em 1° de dezembro de 2022, foi dividida em algumas etapas: primeiro,<br>fazia-se o acolhimento e a coleta de dados de identificação de cada usuário a ser testado. Na<br>sequência, eram encaminhados para o espaço da testagem, ocasião em que os estudantes<br>orientavam como seriam feitos e o que seria detectado em cada teste. Nesse momento, os<br>estudantes esclareciam sobre formas de autocuidado e de prevenção de contaminação. Após, os<br>resultados eram entregues a uma psicóloga vinculada ao Hospital Dia, responsável por informálos de maneira individual e reservada, por orientar medidas de autoproteção e por incentivar a<br>realização de testes em caso de relações desprotegidas ou de contato com material<br>potencialmente infectante. Nessa data, foram atendidos 195 usuários e foram feitos 780 testes<br>rápidos. Tais testes possibilitaram a identificação de oito casos de sífilis e de um caso de hepatite<br>B, cujos portadores desconheciam sua condição e foram encaminhados para continuidade da<br>assistência e tratamento. Ao longo da atividade, materiais informativos sobre as IST foram<br>disponibilizados, juntamente com orientações sobre elas, entrega de preservativos e<br>atendimento individualizado para aqueles que demandavam cuidados específicos, como<br>direcionamento para o tratamento de sífilis e Hepatite C, encaminhamento para UBS de<br>referência em casos positivos para HIV e Hepatite B para controle medicamentoso das doenças.<br>No decorrer da ação observou-se que a compreensão e o conhecimento da população sobre IST<br>variam de acordo com o contexto social, acesso à informação, escolaridade, condição<br>socioeconômica, dentre outros fatores. É importante destacar também o domínio da língua<br>portuguesa e a habilidade de comunicar-se com ela como elementos importantes para apreender<br>conhecimentos necessários para superar os frequentes mitos e tabus relacionados a doenças de<br>transmissão sexual. Esse aspecto é particularmente importante ao considerar-se a afluência de<br>imigrantes para o município, oriundos de países como Venezuela e Haiti. Em resumo, as ações<br>desenvolvidas demonstram a importância da realização dos testes rápidos e da prevenção, com<br>o objetivo de combater as IST e garantir melhor qualidade de vida para as pessoas. Nesse<br>sentido, é necessário que os serviços de saúde trabalhem em conjunto com a comunidade,<br>oferecendo informações e cuidados adequados para enfrentar esse problema de saúde pública<br>que desafia a ciência e a atenção à saúde já há mais de quatro décadas. Os diagnósticos obtidos<br>nessa ação de testagem rápida contribuem para reforçar a importância epidemiológica das IST,<br>responsáveis por carga significativa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Por isso<br>é fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para atender os usuários, oferecendo<br>diagnóstico, tratamento e prevenção adequados, tendo como foco a promoção da saúde global<br>e, nesse caso, sexual. No entanto, também é essencial promover a saúde com ações de educação<br>em saúde para que as pessoas entendam a gravidade dessas infecções, reconheçam sua<br>vulnerabilidade a elas e saibam como evitar a contaminação, possibilitando uma vida sexual<br>mais saudável a si próprias e a seus parceiros. Como atividade desenvolvida na graduação, a<br>ação em foco representou real articulação entre ensino e extensão, bem como integração entre<br>a Universidade Federal da Fronteira Sul e os serviços de Saúde, o que possibilitou a abordagem<br>teórica e prática de questões atuais e relevantes no cenário da saúde brasileira. Em suma, ficou<br>evidente a relevância da criação de um espaço público e mais próximo da população para que<br>possam ter acesso a informações sobre questões de saúde (HIV, sífilis, Hepatites) e terem a<br>oportunidade de realizar testes rápidos e gratuitos.</p> 2023-06-27T09:05:57-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18028 ENFERMAGEM ONCOLÓGICA: AÇÕES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE MASCULINO COM CÂNCER DE MAMA 2023-06-27T15:05:10-03:00 Camila Ferreira Santos f.camila2002@gmail.com Hellen Polita Balestrin Hellenbalestrin593@gmail.com Augusto Krindges andressa.krindges@estudante.uffs.edu.br Daniela Cristina Zanovelo danielazanovelo12@gmail.com João Vitor Antunes Lins dos Santos lins.joaovitor2@gmail.com Vander Monteiro da Conceição vander.monteiro@uffs.edu.br Jeferson Santos Araújo jeferson.araujo@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">O câncer de mama resulta de uma multiplicação anormal de células na região da mama com formação de tumor. Esta neoplasia é considerada rara quanto se desenvolve no público masculino, porém de grande gravidade, uma vez que geralmente é detectada em estágios mais avançados. O objetivo deste trabalho foi discutir reflexivamente sobre as contribuições do enfermeiro no que se refere às estratégias assistenciais e de cuidado para o paciente do sexo masculino com câncer de mama. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, a qual forneceu subsídios para o desenvolvimento teórico e reflexão autoral. Encontrou-se que o papel do enfermeiro na assistência ao paciente é fundamental, pois esses apresentam condições de cuidar dos pacientes de forma ativa e individualizada e auxiliá-los a atingir independência, autonomia e aceitação do tratamento e reabilitação. Através da educação, este profissional pode discutir importantes questões de saúde com sua equipe, com o paciente e seus familiares, responder dúvidas, desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde e reabilitação, funcionando como um verdadeiro canal de conscientização da equipe, paciente e familiares sobre as peculiaridades da doença. Concluiu-se que a neoplasia mamária masculina é uma doença rara em homens, mas de grande gravidade. Por ser uma doença comum às mulheres, o público masculino não se atenta para seu desenvolvimento, o que com frequência resulta em diagnóstico tardio. Neste cenário, o enfermeiro desempenha papel crucial, pois pode implementar estratégias de educação em saúde direcionadas aos homens, contribuindo para a prevenção da doença.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18040 ESTRATÉGIAS ASSISTENCIAIS E DE GESTÃO DIRECIONADAS AOS INDICADORES DE HIPERTENSÃO E DIABETES DO PROGRAMA PREVINE BRASIL 2023-06-27T15:05:15-03:00 Suelen Bianchetto Mascarello suelen16mascarello@gmail.com Geovanessa da Silva Antunes Arisi geovanessa.antunes@unochapeco.edu.br Vitória de Moura vitoriademoura.rb@gmail.com Alessandra Fernandes Schaefer alessandraf8schaefer@gmail.com Julia Zamboni juliazamboni2@gmail.com Jeane Barros de Souza Lima jeane.souza@uffs.edu.br <p><strong>Introdução</strong>: Atualmente as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam um dos principais problemas de saúde pública, com repercussões que envolvem o bem-estar individual, atividades laborais e o rearranjo familiar e econômico (BECKER, HEIDEMAN, DURAND, 2020). As DCNT compreendem um grupo de doenças responsáveis pela maior parcela de mortes prematuras, com projeção mundial de 52 milhões de mortes para 2030 (ALVES, NETO, 2015). Dada sua relevância epidemiológica, as DCNT, especialmente a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a diabete mellitus (DM), possuem linhas de cuidado específicas na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Vale salientar que o Programa Previne Brasil (PPB), novo modelo de financiamento da APS, instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019 (BRASIL, 2019), pontua que a HAS e a DM fazem parte de um conjunto de indicadores da APS, que devem ser avaliados quadrimestralmente (ARAGÃO et al., 2023). O novo programa instituiu transformações na forma de financiamento da APS, que deixou de receber valores fixos e passou a basear esse repasse em quatro critérios, com ênfase na captação ponderada, através do cadastro de usuários no sistema eSUS-APS, e o pagamento por desempenho, que compreende o alcance das metas de sete indicadores de saúde (ARAGÃO et al., 2023), em especial a “proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre [...] e a [...] proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). A mudança no modo de financiamento passou a exigir dos gestores e equipes da APS uma atenção especial, direcionada principalmente para estratégias que contribuam para o alcance destas metas. Dentre essas estratégias, Aragão et al (2023) destaca a busca ativa como princípio político que permite não apenas o reconhecimento das demandas de saúde da população, como também embasar as práticas de saúde no território saúde (ARAGÃO et al, 2023), por meio do levantamento e direcionamento de ações. Nessa perspectiva, estratégias de promoção à saúde de pessoas com DCNT no âmbito da APS demonstram exercer grande resolutividade, dado seu potencial de minimizar e prevenir agravos, bem como superar o modelo biomédico vigente ao passo que considera o sujeito de acordo com seu contexto individual e coletivo (DRAEGER et al., 2022). Para tal objetivo, é indispensável a atuação do profissional de enfermagem na continuidade do cuidado, em busca de promover o empoderamento crítico e a autonomia do usuário no seu processo de saúde e doença, elementos fundamentais para a efetividade do cuidado à pessoa e família que convive com DCNT (HARZHEIM et al., 2020; BECKER, HEIDEMAN, DURAND, 2020). <strong>Objetivo</strong>: compartilhar as experiências exitosas que emergiram durante a realização de Atividades Teórico Práticas de acadêmicos de enfermagem, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com ênfase na atuação do enfermeiro frente ao manejo de estratégias voltadas para a cobertura dos indicadores do PPB relacionados à HAS e DM. <strong>Método</strong>: Trata-se de um relato de experiência de ações desenvolvidas no âmbito da APS, em uma UBS de Chapecó, na região do Oeste de Santa Catarina, Brasil. As ações surgiram a partir de atividades teórico-práticas de um Componente Curricular (CC) do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, cujo foco foi direcionado a realização de consultas de enfermagem no consultório e nas visitas domiciliares. Ao adentrar em campo prático, foram estabelecidos diálogos entre a docente do CC e a enfermeira coordenadora da UBS. A partir disso, foram levantadas prioridades para o direcionamento das ações dos acadêmicos de enfermagem, as quais contemplavam o público que vivencia a HAS e DM na população adscrita, que há mais de seis meses não tinham seus níveis pressóricos e glicêmicos avaliados por meio de consultas e registrados em prontuário eletrônico. No primeiro momento, uma busca ativa desses usuários foi realizada por meio do sistema eSUS-APS. Assim, os indivíduos elegíveis foram contatados através de telefonemas para o agendamento de consultas de enfermagem conduzidas pelos acadêmicos, as quais foram direcionadas a anamnese e avaliação clínica de pessoas com HAS e DM, bem como orientações, encaminhamentos e solicitação de exames quando necessário. Na realização das consultas, os acadêmicos dividiram-se em duplas, sendo que um integrante conduzia a anamnese e exame físico, enquanto que o outro registrava todas as informações no sistema, por meio da evolução de enfermagem. Durante a anamnese, foram coletadas informações consideradas determinantes para melhorar ou agravar tais comorbidades, como predisposição genética, fatores psicossociais, condições socioeconômicas, rede de apoio, posologia e uso de medicamentos, exercícios físicos, alimentação e autocuidado. As consultas tinham uma duração média de quarenta e cinco minutos, pois além de coletar anamnese, exame físico e avaliar esquema vacinal, foram abertos espaços de diálogo e acolhimento referente a demandas trazidas pelos pacientes. <strong>Resultados e Discussão</strong>: Durante o período de ATP, aproximadamente dez consultas de enfermagem foram conduzidas pelos estudantes, os quais puderam alternar entre as funções de condução e auxílio no decorrer das consultas. Nesse período, diversos pessoas diagnosticadas com HAS e/ou DM tiveram, a partir de uma anamnese completa, seus dados clínicos coletados, como sinais vitais, medidas antropométricas e achados no exame físico. Além disso, na oportunidade também foram avaliados o esquema vacinal e o histórico de solicitação de exames. Conforme as demandas apresentadas durante as consultas, foram realizadas orientações e encaminhamentos que contemplassem as necessidades de cada indivíduo. Após cada consulta, os acadêmicos realizaram a evolução de enfermagem e registro dos dados coletados no sistema eletrônico eSUS-APS, garantindo que as ações feitas pudessem ter impacto sobre os indicadores de HAS e DM. Além de lhes conferir habilidades clínicas para condução de uma consulta de enfermagem, o período de ATP contribuiu imensamente para a formação desses acadêmicos, visto que proporcionou autonomia em seus processos de aprendizagem ao passo que assumiram a função do profissional enfermeiro. O exercício de organizar informações, identificar necessidades e levantar diagnósticos de enfermagem, conferiu aos acadêmicos maior habilidade em relação ao manejo do processo de enfermagem, visto que o mesmo é um elemento indispensável para a sistematização da assistência e continuidade do cuidado no âmbito da APS. O contato prévio dos acadêmicos com instrumentos de gestão oportunizados pelo campo prático, teve repercussões sobre a importância do exercício dos enfermeiros como gestores dos serviços de saúde. Na oportunidade, os acadêmicos puderam manusear o instrumento de busca ativa de usuários, por meio do qual puderam ser direcionadas intervenções para melhora dos índices do PPB e consequentemente, melhora nas condições de atuação das equipes de saúde e cobertura da APS. Esse movimento proporcionou aos estudantes a autonomia necessária para desenvolverem, desde a graduação, um olhar crítico sobre a importância do planejamento, implementação e avaliação de estratégias de gestão voltadas para as demandas de cada território. Durante o período em campo prático, foi evidenciada a atuação do enfermeiro como um elemento essencial para ampliação da cobertura da APS, seja gerenciando uma UBS, seja integrando uma equipe de saúde da família. O enfermeiro, por meio de sua habilidade de promover a continuidade do cuidado na assistência, pode se utilizar de ações de educação, promoção e prevenção que priorizam o empoderamento crítico e autonomia do usuário no seu processo de saúde e doença. A adoção dessas abordagens são necessárias no cuidado ao indivíduo diagnosticado com DCNT e sua família, visto que podem estimular a prática de autocuidado, que reflete no controle da doença e proporciona melhor qualidade de vida. <strong>Conclusão</strong>: Cabe destacar, que a experiência em ATP representou tamanha importância aos acadêmicos de enfermagem, tendo em vista o contexto profissional de promoção, proteção e prevenção à saúde que encontrarão no exercício da profissão. Para além dos benefícios e da importância da atuação do enfermeiro na busca, avaliação e manejo de pessoas com DCNT evidenciados durante a ATP, destaca-se seu papel fundamental tanto como elemento integrador da equipe de saúde família, como na coordenação de uma UBS, da qual desenvolve um olhar dinâmico para identificar suas necessidades e promover ações que contribuam nessa perspectiva. Partindo desse pressuposto, a vivência contribuiu amplamente para o crescimento acadêmico, pessoal e profissional.</p> 2023-06-27T09:39:47-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18039 IMPLICAÇÕES DO ENFERMEIRO NA INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA: UMA REFLEXÃO CRÍTICA 2023-06-27T15:05:20-03:00 Suelen Bianchetto Mascarello suelen16mascarello@gmail.com Hágata Cristina Mascarello haguicm@gmail.com Tiago Luan Labres de Freitas tiago.labres@uffs.edu.br Fabiana Brum Haag fabiana.haag@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">O eletrocardiograma (ECG) é um exame utilizado para avaliar a condução elétrica cardíaca, emitido em forma de gráfico, com traçados que representam as ondas elétricas correspondentes a cada fase do ciclo cardíaco. A partir do seu resultado é possível identificar as alterações decorrentes de disfunções miocárdicas em diferentes cenários, como doenças coronarianas, alterações metabólicas e eletrolíticas, hipertensão arterial e efeitos adversos e terapêuticos de drogas. É considerado padrão ouro para o diagnóstico não invasivo de arritmias cardíacas e isquemia coronariana, sendo essencial na identificação do infarto agudo do miocárdio. Apesar de sua interpretação e laudo serem privativos da classe médica, a execução do ECG não se configura como atividade exclusiva destes profissionais, caracterizando-se na prática dos serviços de saúde atividade realizada, na maioria das vezes, pela equipe de enfermagem e com respaldo legal para tal. No entanto, se faz necessário treinamentos contínuos sobre sua execução e interpretação, </span><span style="font-weight: 400;">sendo essencial que o Enfermeiro se aproprie desse conhecimento para sua tomada de decisão frente às emergências cardíacas.</span><span style="font-weight: 400;"> O ato de triagem inicial do ECG pode trazer inúmeros benefícios à prática clínica dos profissionais e pacientes, visto que a identificação precoce de anormalidades em seu traçado, pode minimizar as chances de complicações decorrentes de doenças cardíacas e aumentar as chances de sucesso mediante intervenções. Além dos benefícios mencionados, a interpretação imediata do ECG pelo enfermeiro promove agilidade na escolha e início do tratamento, a qual pode evitar sequelas decorrentes de um diagnóstico tardio e reduzir a gravidade dos eventos isquêmicos. Ademais, essa prática fortalece a autonomia do enfermeiro e favorece a atuação multiprofissional, sendo possível estabelecer um diálogo para troca de informações úteis sobre os casos clínicos dos pacientes. Todavia, apesar dos diversos benefícios mencionados, a realização de ECG por profissionais de enfermagem ainda é incipiente, e em alguns serviços de saúde, inexistente, dadas as limitações que esses profissionais se deparam, tais como, pouco ou nenhum incentivo ou acesso a capacitações, e tampouco valorização dessa prática pelos demais membros da equipe multiprofissional de saúde. Nesse sentido, a capacitação de profissionais de enfermagem, que permanecem por longos períodos em contato com o paciente nas unidades de internação, emergências e unidades de terapia intensiva, deve ser contínua, incorporada à prática e voltada para intervenções multiprofissionais imediatas frente ao paciente. Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de implementar ações de educação continuada, como promover treinamentos e fortalecer a busca do conhecimento a respeito da execução e interpretação do ECG</span><span style="font-weight: 400;">, sendo primordial para nortear as condutas e ações de enfermagem em situações que exijam rapidez e agilidade da equipe.</span></p> 2023-06-27T09:41:14-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18030 PRÁTICAS COMPLEMENTARES DE CUIDADO DURANTE O USO CONTÍNUO DE ANSIOLÍTICOS E ANTIDEPRESSIVOS 2023-06-27T15:05:26-03:00 Camila Ferreira Santos f.camila2002@gmail.com Beatriz Isabela Whately Santos beatrizwhately@gmail.com Renata Rocha Cardozo renatarochacardozo@gmail.com Eleine Maestri eleine.maestri@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Os ansiolíticos e antidepressivos operam diretamente&nbsp; no sistema nervoso central, atuam ordenando os mecanismos de neurotransmissores que regulam o humor, tais medicamentos possuem grandes efeitos colaterais ao paciente como irritabilidade, alteração no sono, cefaleia, problemas gastrointestinais, podem causar dependência e acarretar a uma tolerância, ou seja, com o passar do tempo é preciso aumentar a dose para se ter o mesmo efeito que sentia anteriormente, a longo prazo os seus efeitos trazem muito mais malefícios do que benefícios. A dependência de ansiolíticos e antidepressivos é um problema crescente na área da saúde mental e uma preocupação para os profissionais de enfermagem. Considerando os efeitos adversos causados por tais medicamentos é possível identificar que outras práticas não farmacológicas podem trazer benefícios para o paciente, não somente para o quadro de ansiedade e depressão em si mas também em outras áreas, melhorando de forma significativa a qualidade de vida. Atualmente as unidades de saúde possuem um fluxo de renovação de receitas para a dispensação destes medicamentos sem necessariamente uma avaliação mensal dos usuários. Diante disto surgiu como objetivo desenvolver um plano de cuidados para a inclusão de práticas alternativas aos usuários de ansiolíticos e antidepressivos durante o tratamento. Trata-se de uma atividade de ensino proposta no CCR de Aprendizagem vivencial onde foi construído um plano de cuidados a partir de revisão de literatura sobre as práticas alternativas de cuidado a serem utilizadas como coadjuvantes no acompanhamento&nbsp; de usuários ansiolíticos e antidepressivos. Para a construção do plano de cuidado, foi desenvolvido um fluxograma de acompanhamento do cuidado prestado, resposta do usuário e possíveis intercorrências durante o processo. A avaliação do caso seria realizada por equipe multiprofissional, durante um round para decidir a melhor estratégia baseada na realidade do usuário, ao retornar para renovação da receita seria feita uma reavaliação visando os resultados do plano de cuidado implantado no cotidiano do mesmo. Dentro disso, evidencia-se que caso o usuário tenha uma boa adesão ao plano de cuidado e às práticas alternativas propostas, o efeito dominó resultará em uma diminuição ou desmame completo de ansiolíticos e antidepressivos. Foi analisada a hipótese de não aderência ao plano de cuidado e priorizada a autonomia do paciente na decisão de continuidade do plano. Conclui-se que a implementação deste plano de cuidados pode contribuir para a redução de sinais e sintomas, diminuição das doses e tempo de tratamento com o uso de ansiolíticos e antidepressivos, bem como incluir nos hábitos práticas complementares que melhorem a qualidade de vida.</span></p> 2023-06-27T09:46:47-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/ERICA COVID-19 E O CUIDADO AO PACIENTE INFANTOJUVENIL COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇA ONCOLÓGICA 2023-06-27T15:04:50-03:00 Camila Trevisan Saldanha trevisan.cami@gmail.com Josiane Karoline Longhinotti josianelonghinotti4@gmail.com Thaís Daniela Cavalaro Santos Machado thais.cavalaro@estudante.uffs.edu.br Andriéli Fistarol andrielifistarol@gmail.com Tassiana Potrich tassiana.potrich@uffs.edu.br <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> A pandemia da COVID-19 ocasionou impactos em todos os cenários da vida da população, além da necessidade de uma rápida reorganização dos serviços de saúde. A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca que o câncer na criança e no adolescente é raro, mas representa a principal causa de óbito nesta faixa etária. Estudos indicam que os números têm crescido nos últimos anos. Para 2020/2022 estima-se a ocorrência de 625 mil casos novos de câncer, sendo esperados para cada ano do triênio, 8.460 novos casos no público infantojuvenil. O objetivo do estudo foi identificar o impacto da pandemia da COVID-19 no cuidado e atenção ao paciente infantojuvenil com diagnóstico de doença oncológica. </span><strong>Método:</strong><span style="font-weight: 400;"> Revisão de escopo com base no referencial metodológico do Joanna Briggs Institute (JBI), nas bases de dados BVS, CINAHL, SCOPUS, LILACS e PUBMED desenvolvido no mês de agosto de 2022. Para seleção dos estudos foi usado o software Rayyan, recomendações do Prisma e análise dos estudos utilizou-se o método de Análise de Conteúdo.</span><strong> Resultados:</strong><span style="font-weight: 400;"> A pandemia impactou nos atendimentos, neste cotidiano das crianças, adolescentes e suas famílias e nas instituições especializadas de saúde. As instituições hospitalares, ao priorizar o atendimento para pacientes com COVID-19, em conjunto aos bloqueios de fronteiras e a restrição dos transportes públicos, favoreceram o atraso no diagnóstico de câncer infantil. Além do diagnóstico tardio, atrasos nos tratamentos agendados, como quimioterapia, cirurgias e radioterapia. No cotidiano das crianças/adolescentes e suas famílias, os pacientes pediátricos sofreram impactos psicológicos por mudanças nos cuidados médicos que ocorreram durante o bloqueio da pandemia de COVID-19. Em relação aos impactos para as instituições de saúde, houve uma redução dos serviços especializados, devido à redução no quadro profissional tendo em vista que muitos profissionais foram remanejados ao atendimento de pacientes acometidos pela COVID-19, redução das cirurgias, bem como impactos financeiros, que ocasionaram consequências diretas na assistência de crianças e adolescentes com câncer.</span><strong> Considerações Finais:</strong><span style="font-weight: 400;"> A realização deste estudo possibilitou compreender os efeitos que a pandemia da COVID-19 ocasionou nos pacientes infanto juvenis com doença oncológica e mostrou que o atraso no tratamento, as modificações ocorridas, o apoio familiar prejudicado, a reorganização das instituições e a falta de cuidados especializados pela demanda profissional gerada pela COVID-19 foram fatores de extrema importância que corroboram com o desfecho dos pacientes oncológicos.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18076 IMPORTÂNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM ESTÉTICA COMO UMA OPÇÃO DE CARREIRA PARA ESTUDANTES DE ENFERMAGEM 2023-06-27T15:04:55-03:00 Caroline Balestrini carolbalestrini34@gmail.com Rafael Gujel rafael.gujel@estudante.uffs.edu.br Evelyn Do Rosario evrosario.evelyn@gmail.com Cláudio Claudino da Silva Filho claudio.filho@uffs.edu.br <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">A enfermagem pode ser considerada a arte e a ciência de conhecer o ser&nbsp; humano&nbsp; de uma maneira holística, procurando assim reconhecer a humanidade existente em cada indivíduo de sua forma mais singular, promovendo uma assistência&nbsp; integral e não somente no seu agravo ou desequilíbrio, observando assim suas as&nbsp; necessidades&nbsp; de&nbsp; cuidados&nbsp; em&nbsp; saúde,&nbsp; tendo&nbsp; uma&nbsp; prática&nbsp; ancorada&nbsp; em uma perspectiva científica, colaborativa e multiprofissional, auxiliando o mesmo quando está debilitado, bem como orientando sobre uma melhor maneira de como lidar com tal situação quando necessário, prestando assim um cuidado humanizado e de qualidade ao indivíduo (FILHO; FILHA; VIANA; 2019). Além disso, a enfermagem é uma profissão versátil, ampla, que possui muitos ambientes de trabalho, e não se faz necessário fazer uma especialização após concluir a graduação, mas é uma opção que muitos profissionais escolhem para se aperfeiçoar em áreas específicas da enfermagem. A especialização pode agregar valor ao currículo do enfermeiro e aumentar suas chances de conseguir oportunidades de trabalho mais qualificadas e bem remuneradas. E em virtude da expansão do mercado, existe uma grande procura por procedimentos envolvendo estética. Por ser uma área que está em ascensão, apresenta-se com grande potencial de expansão para atuação dos enfermeiros. Esta área vem promovendo cada vez mais um bem-estar físico, social e emocional para a população, consolidando que a enfermagem, é caracterizada como uma área que aplica a chamada ciência do cuidado. Sendo, constituído como competências do enfermeiro esteta: realizar consulta de enfermagem, anamnese e estabelecer o tratamento adequado; prescrever cuidados domiciliares e orientações para o autocuidado; a realização de procedimentos: ultrassom cavitacional, nutricosmético, intradermoterapia, escleroterapia, depilação à laser, entre outros, registrar em prontuário dados e ocorrências referentes ao procedimento, realizar processo de seleção de compra de materiais para uso estético, estabelecer protocolos dos procedimentos estéticos e manter-se atualizado (COFEN, 2016). O presente estudo planeja mostrar o quão abrangente o mercado de trabalho pode ser, sendo um marco conquistado a pouco tempo, regulamentada, através da Resolução nº 529/2016 do&nbsp; Conselho&nbsp; Federal&nbsp; de&nbsp; Enfermagem&nbsp; que&nbsp; permite&nbsp; aos&nbsp; enfermeiros&nbsp; com&nbsp; pós-graduação&nbsp; em estética, a prática de diversos procedimentos, onde além do enfermeiro realizar todos os procedimentos que já estava por dentro da antiga resolução, ainda poderá realizar as outras demais atividades que não seja relacionada a prática de ato médicos previstos na lei 12.842/2013 (COFEN, 2020). </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste estudo é explorar as possibilidades de mercado de trabalho na área estética para estudantes formados em enfermagem ou que estejam considerando essa carreira. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">Trata-se de um estudo descritivo qualitativo realizado na Universidade Federal da Fronteira Sul, para a Semana Acadêmica do Curso de Enfermagem de 2023. A análise e interpretação dos dados foi realizada a partir das informações coletadas nos artigos científicos pesquisados em referências bibliográficas, base de dados e documentos. A seleção dos artigos foi realizada por meio da leitura e análise detalhada focando no ano de publicação e resultados obtidos.&nbsp; Atualmente, a busca por procedimentos nessa área está cada vez maior e as pessoas cada vez mais a utilizam.&nbsp; O Brasil, é um dos mercados mais aquecidos na área de estética segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Um artigo da revista Exame aponta que o mercado de atuação para profissionais de estética cresceu mais de 560% nos últimos anos. Tornou-se necessário ter uma imagem corporal realista e agradável para desfrutar de uma vida social saudável e produtiva, mantendo-se assim os chamados padrões de beleza. Neste sentido, se as pessoas tiverem um bom sentimento em relação ao corpo físico, provavelmente terão uma imagem corporal positiva (HEIDARZADEH et al., 2019). Nesta nova perspectiva de saúde, os avanços tecnológicos têm auxiliado na busca de diferentes terapias e tratamentos voltados à promoção de saúde, abrindo espaço para a inserção do enfermeiro na área de estética. A enfermagem estética é direcionada para os cuidados da derme em diferentes níveis de complexidade, para promover a qualidade de vida por meio de procedimentos estéticos, sejam eles corporais, faciais e capilares, de modo a proteger e recuperar a saúde deste. Após a aprovação na graduação em enfermagem, o enfermeiro com seu registro no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de seu estado, pode se especializar em cursos, pós-graduação e tecnólogos, aprimorando suas habilidades e competências para atuar na área, buscando sempre atualizar conhecimentos que venha aparecer nessa nova área de trabalho que está conquistando um grande espaço no mercado, dependendo dos interesses e objetivos profissionais de cada indivíduo. O profissional enfermeiro que se especializar nessa área tem o conhecimento para realizar vários procedimentos como a aplicação de toxina botulínica, preenchimento facial, microagulhamento, peelings químicos, laser, luz intensa pulsada, carboxiterapia, cosméticos, dermopigmentação, drenagem linfática, eletroterapia/eletrotermofototerapia, terapia combinada de ultrassom e microcorrentes, micropigmentação, ultrassom cavitacional e vacuoterapia entre muitos outros, sendo esse exercício normatizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), na Resolução 626/2020, que atualiza a Resolução Cofen nº 529/2016. É importante salientar que a atuação do formado em Enfermagem Estética não se restringe apenas a fazer procedimento, mas também pode trabalhar, fazendo parte de equipes de médicos dermatologistas, nutricionistas e fisioterapeutas. Nestes casos, o esteticista cuida de pessoas que passam por tratamentos pós-cirúrgicos e, também, vítimas de queimaduras e acidentes, e ainda é possível atuar com consultoria de produtos estéticos e equipamentos para salões e clínicas. E também, é uma ótima oportunidade para aquele profissional que deseja empreender na área, abrindo sua própria clínica, oferecendo</span> <span style="font-weight: 400;">serviços de qualidade e personalizados aos clientes, além de obter sucesso e reconhecimento profissional na área de enfermagem estética. Mas, para isso é fundamental possuir habilidades de gerenciamento, visão sistêmica e dinâmica, além de ser criativo e confiante para implementar ações. Nesse sentido, é importante que o enfermeiro esteja sempre em busca de conhecimentos e inovações na área de estética, demonstrando uma atitude proativa e empreendedora. Isso permite o desenvolvimento da independência profissional e a aplicação de conhecimentos adquiridos de forma efetiva.(GUIMARAES, 2022)</span> <strong>Conclusão</strong><span style="font-weight: 400;">: No Brasil, um diploma de ensino superior ainda é um diferencial. Entretanto, algumas vezes faz-se necessário especializar-se na área de interesse para que consiga&nbsp; seguir como profissional nesse meio. Um dos pontos positivos para quem busca a carreira de esteticista é a demanda por profissionais qualificados, onde além de um olhar holístico para o cliente, preste um atendimento mais humanizado. É importante destacar que existem alguns dilemas que os enfermeiros estetas precisam enfrentar, como a suspensão de algumas atividades que foram consideradas exclusivas do profissional médico pelo Conselho Federal de Medicina. Nesse sentido, é fundamental que os conselhos orientem os enfermeiros com atuação na área estética com o devido cuidado, mas também encoraje a luta da classe por mais espaço de atuação profissional. Apesar das limitações, é preciso reconhecer a importância do papel do enfermeiro esteta na promoção da saúde e bem-estar dos clientes, e buscar formas de valorizar e expandir essa área de atuação (JURADO;JURADO, 2021). Para além disso, esta pesquisa agregou conhecimento e compreensão sobre as possibilidades e desafios da estética na prática da enfermagem, compreendendo como a estética pode influenciar no bem-estar físico e emocional dos pacientes bem como a importância do papel do enfermeiro na promoção de cuidados estéticos adequados e seguros.&nbsp; Contribuindo significativamente para a formação acadêmica de futuros profissionais da enfermagem que desejam seguir nessa área.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18074 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2023-06-27T15:05:01-03:00 Andreina Carla De Almeida dealmeidaandreina@gmail.com Claudio Claudino da Silva Filho claudio.filho@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Para que o aluno vivencie na prática os contextos estudados em sala de aula e para que experiencie a interação com a equipe multidisciplinar no desenvolvimento de atividades que serão de rotina na sua profissão, onde o profissional de enfermagem desempenha um papel fundamental de cuidado sobre o paciente, é primordial que qualquer programa de formação profissional disponha do modelo educacional de Atividades Teórico- Práticas (ATP) e estágios, por meio dessas inserções no campo de trabalho o estudante aprende a trabalhar com diversas situações, desenvolvendo competências para resolvê-las e aprofundar os seus conhecimentos em busca de uma assistência de qualidade. No 9° e 10° semestre do Curso de Graduação em Enfermagem, através do CCR de Estágio Curricular Supervisionado I e II (ECS), o aluno experiência a oportunidade de estar inserido em dois diferentes campos de atuação da sua futura profissão, sendo a Área Hospitalar e a Atenção Básica (ATB). As atividades exercidas no Estágio Curricular Supervisionado I são díspares das ATP 's, nesse período o aluno irá exercer todas as funções do profissional enfermeiro na Atenção Básica, momentos esses sem a supervisão direta de um professor. Durante os estágios na área de ATB, o estudante irá realizar consultas, como acompanhamento de Diabéticos e Hipertensos, interpretação de exames, abertura de pré- natal, da mãe e do parceiro, consultas direcionadas a saúde da mulher, como a coleta de citopatológico e outras queixas, puericultura, visitas domiciliares, procedimentos como aplicação de medicamentos, passagem de sonda, curativos e tantos outras demandas que são atribuídas ao enfermeiro assistencial. No que diz respeito à gestão, a unidade conta com um enfermeiro coordenador que cuida de toda a parte burocrática do cuidado, nesse sentido o aluno também tem a oportunidade de exercer todas as ações gerenciais do coordenador, tais como, zelar pela estrutura da unidade, organizar movimentos como férias, cartões ponto, gestão de equipe e resolubilidade de conflitos. O ECS, é um momento precioso, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades, que gera uma importante experiência para os futuros profissionais, para além da questão assistencial, proporciona ao estudante uma reflexão sobre si próprio, bem como, para como um futuro enfermeiro.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18075 SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA: UMA ABORDAGEM NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO. 2023-06-27T15:05:07-03:00 Rafael Gujel rafael.gujel@estudante.uffs.edu.br Cláudio Claudino da Silva Filho claudio.filho@uffs.edu.br <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> Ao longo do tempo discutiu-se qual o conceito e o que é saúde para a humanidade, sendo assim, a&nbsp; Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1947, define e explica saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de infecções e enfermidades”. Neste sentido, a&nbsp; Constituição de 1988, considera a saúde um direito social, de todos e dever do Estado. Para garantir esse direito, instalou-se o Sistema Único de Saúde (SUS), que se baseia em três princípios: universalidade, igualdade e integralidade. (BRASIL, 2020). De acordo com a OMS, qualidade de vida, pode ser definida como algo relacionado a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto cultural e de sistemas de valores nos quais o indivíduo vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, envolvendo assim diversos aspectos que podem influenciar em sua vida, como o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos, juntamente com a saúde de forma geral, educação, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida (BRASIL, 2013). Neste sentido, a percepção sobre saúde e qualidade de vida são indissociáveis entre si, assim como também estão relacionadas à situação existencial do indivíduo, portanto, são percepções formadas a partir de condições pessoais e sociais (NOBRE, 1995). Especialmente no ambiente universitários, o qual é um espaço onde pode ser encontrados diversos desafios, as pessoas experienciam momentos bons e em outros nem tanto. Existem inúmeros obstáculos a serem enfrentados, onde podem influenciar diretamente no bem-estar do acadêmico. Pessoas LBGTQIA+, (Lésbica,&nbsp; Gay,&nbsp; Bissexual,&nbsp; Transexual,&nbsp; Queer,&nbsp; Intersexual,&nbsp; Assexual,&nbsp; Agênero e todas as denominações não heterossexual), ao longo da história da humanidade sofrem preconceitos, discriminações e até mesmo violência. Em razão disto, a indagação que paira é: “Como a população LGBTQIA + compreende e vivencia o contexto universitário, associado a sua saúde e qualidade de vida?”. Contemporaneamente existem políticas públicas que buscam ampliar o acesso a ações e serviços de qualidade, reconhecendo a história de discriminação, preconceito e exclusão, também nos serviços de saúde e principalmente no ambiente universitário. Neste sentido, a portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, dispõe que considerando&nbsp; as normas e leis do SUS, bem como Política Nacional de Saúde Integral LGBT, trás a tona que neste âmbito, o objetivo geral é “promover a saúde integral da população LGBT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional e contribuindo para a redução das desigualdades e para consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo.” (BRASIL, 2013, p.20). Segundos estudos, o bem-estar de pessoas LGBTQIA+ de modo geral está na maior parte das vezes desequilibrada, pois os mesmos apresentam frequentemente depressão,&nbsp; crises de ansiedade e sensações de pânico, outro ponto importante a ser destacado são as frequentes notícias divulgadas pela imprensa sobre mortes de travestis, gays e lésbicas, devido à violência sofrida (BRASIL, 2013, p.14). Atualmente, o acesso ao meio universitário está mais ampliado, se comparado com antigamente. Embora ainda existem alguns desafios a serem enfrentados como o próprio ingresso na universidade, os trotes de mal gosto e atitudes que promovem a exclusão dessas pessoas nesse ambiente e em tantos outros pode ser&nbsp; considerada frequente. Existem algumas universidades que dispõem de cotas específicas para pessoas trans, como, por exemplo, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde</span><span style="font-weight: 400;"> 50% das vagas da graduação são para alunos de escola pública, com renda familiar baixa, com deficiência, em situação de refúgio, e trans ao qual 1,6% das 2 mil vagas disponíveis anualmente pelos mesmos para assim ser preenchida com essa população (GUERRA, 2019). Ao longo da narrativa da humanidade aconteceram muitos avanços e retrocessos sobre inúmeros fatores, as políticas em defesa dos direitos de pessoas LGBTQIA+ também foram uma dessas, de modo geral segundo estudos podemos observar ainda, que em determinados lugares as políticas que engloba essa classe de população são mais desenvolvidas que em outros lugares do mundo, como é o caso se formos comparar Brasil e Uruguai, pesquisas ainda apontam que alguns países a exemplo do Brasil vem marchando em paços lentos em direção a promoção </span><span style="font-weight: 400;">promoção dos direitos humanos dessas pessoas, passando assim, por episódios de avanços e retrocessos ao longo da sua história </span><span style="font-weight: 400;">(SILVA; GUIMARÃES; 2017). </span><strong>Objetivo:</strong><span style="font-weight: 400;"> O objetivo principal do estudo é observar como a população LGBTQIA+ compreende e vivencia o contexto universitário, associado a sua saúde e qualidade de vida, bem como, de que modo lidam com situações de strees e violência por fazerem parte do que é chamado de minoria social e até mesmo com as próprias demandas acadêmicas exigidas pelos seus respectivos cursos de graduação. E a partir disso, compreender como se deu o processo de luta pelos direitos LGBTQIA+ num contexto geral, observando as conquistas pelos seus espaços, principalmente no ambiente acadêmico de uma universidade. </span><strong>Metodologia:</strong><span style="font-weight: 400;"> A pesquisa que será realizada, terá uma abordagem qualitativa, terá como metodologia de amostragem de&nbsp; </span><em><span style="font-weight: 400;">snowball</span></em><span style="font-weight: 400;"> ou “bola de neve”, ao qual, pode ser definida como um tipo de amostragem não probabilística, em que se utilizam cadeias de referência ou indicação, tal método, torna-se considerável por tratar-se de um público de provável difícil contato (VINUTO, 2014). A finalização amostral, se dará por meio da saturação teórica, ou seja,&nbsp; a suspensão de inclusão de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar, na avaliação do pesquisador, uma certa redundância ou repetição de informações (FONTANELLA; RICAS; TURATO, 2008). A pesquisa respeitará todos os aspectos éticos estabelecidos pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal da Fronteira Sul, cumprindo as exigências estabelecidas pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº. 466/2012, que trata dos aspectos éticos com pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012). E como mencionado na resolução n° 510/2016, será disponibilizado para as participantes duas cópias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), este </span><span style="font-weight: 400;">documento garante ao participante da pesquisa o respeito aos seus direitos</span><span style="font-weight: 400;"> (BRASIL, 2016). Neste sentido, o público alvo será pessoas LGBTQIA + universitárias devidamente matriculados em um dos cursos ofertados pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó, destaca-se ainda que será uma participação voluntária pois os futuros entrevistados não receberão ônus. Os riscos na participação, poderão ser relacionado a sentimentos de desconforto ou angustia, sendo assim, o pesquisador responsável se encarregará de orientar o participante a procurar ajuda psicológica disponível através do SUS da Unidade Básica de Saúde do participante. Após a coleta, os dados, serão analisados&nbsp; a partir da análise de conteúdo de Bardin, organizada em: pré-análise; exploração do material; e tratamento dos resultados, inferência e interpretação (BARDIN, 2016). </span><strong>Conclusão:</strong><span style="font-weight: 400;"> A partir do exposto, independente se as experiências da população LGBTQIA + universitária for mais positivas e/ou negativas, deve-se analisar e ser pensado possíveis estratégias ou intervenções que possam ser realizadas no meio acadêmico para melhorar ainda mais a saúde e qualidade de vida desses indivíduos, proporcionando assim um ambiente cada vez mais incluso e respeitoso. Neste sentido, a participação e manifestação dessas pessoas é de suma importância, para que assim suas necessidades e anseios sejam ouvidos por meio de uma escuta ativa, objetivando tornar o espaço universitário cada vez mais harmônico, seguro e incluso, possibilitando novas experiencias e ensinamentos. Para além disso, esta pesquisa contribuirá para agregar conhecimento aos nossos saberes, contribuindo para as áreas de pesquisa e extensão.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18062 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO IDOSO VÍTIMA DE VIOLÊNCIA 2023-06-27T15:05:13-03:00 Suelen Bianchetto Mascarello suelen16mascarello@gmail.com Richard Augusto Thomann Beckert ritbeckert@hotmail.com Arthur Dellazeri Cortez arthurdellazericortez@gmail.com Israel Cordeiro Eller da Cunha israeleller97@gmail.com Leoni Terezinha Zenevicz leoni.zenevicz@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Observa-se, no Brasil, uma tendência de inversão da pirâmide etária, o que possibilita um número maior de pessoas acima dos 60 anos de idade. Os idosos apresentam uma relevante vulnerabilidade psicológica, social e fisiológica, sendo uma população frequentemente afetada por doenças e agravos não transmissíveis (DANT), tais como doenças cardiovasculares, respiratórias, urinárias, neurológicas, além de câncer e acidentes. Dentre os agravos,&nbsp; cita-se a violência, que pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial, institucional, abuso financeiro, discriminação e preconceito, entre outras. O crescimento da população idosa, aliado ao preconceito, o estigma e a vulnerabilidade, resultam em números importantes de casos de violência. Conceitua-se violência como um ato intencional no qual usa-se da força ou poder para infligir dano a outrem. À exemplo disso, cita-se o Estado de Santa Catarina que, em 2019, por meio de canais telefônicos de denúncias, alcançou um número anual de 1627. A nível nacional, no mesmo ano, foram registradas 48,5 mil denúncias. No Brasil, o maior provedor de cuidados aos idosos é a família. Entretanto, entre os principais agressores, destaca-se também o núcleo familiar, sendo que na maioria dos casos, os filhos dos agredidos figuram como os protagonistas das agressões. Além disso, existem fatores que potencializam a vulnerabilidade do idoso, de forma a deixá-los mais suscetíveis à violência, como a escolaridade, gênero, cor da pele e grau de dependência.&nbsp; Desse modo, é premente refletir acerca de ações que combatam a violência contra idosos em diferentes áreas da sociedade e, em especial, na saúde. Nesse aspecto, buscar a promoção, prevenção e proteção, além de garantir uma assistência integral, podem ser meios de empoderar e educar os idosos e a sociedade sobre a situação descrita, sendo esses aspectos mencionados no Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento das DANT. Desta forma, os profissionais de saúde devem investir no conhecimento acerca das situações de violência contra idosos, pois a falta do mesmo corrobora para a subnotificação, o que pode dificultar o atendimento em saúde. Há uma tendência natural e eficiente de se buscar sinais de violência infantil, tanto na avaliação comportamental, quanto no exame físico, mas não com o público no outro extremo de idade. Outrossim, o enfermeiro deve, nos serviços de saúde, saber identificar uma situação de violência por meio do acolhimento eficiente, histórico de enfermagem e exame físico. Além disto, agir com empatia e respeito, visando realizar a notificação que, nesta situação, é compulsória, e orquestrar procedimentos legais, de acordo com a legislação, que possam evitar futuras situações de maus tratos e violência, pautando-se também no aconselhamento, denúncia e trabalho multiprofissional nos serviços de saúde. Dessa maneira, o enfermeiro desempenha um papel fundamental no combate à violência, pois pode basear sua atuação em diversas estratégias de proteção ao idoso.</span></p> 2023-06-27T09:09:10-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18057 INTEGRANDO A PESQUISA E A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: MOVIMENTOS DO PROJETO PREVINE BRASIL 2023-06-27T15:05:19-03:00 Alessandra Yasmin Hoffmann alessandra.hoffmann@estudante.uffs.edu.br Bruna Bartolomey bruna.bartolomey@estudante.uffs.edu.br Larissa Hermes Thomas Tombini larissa.tombini@uffs.edu.br Valéria Silvana Faganello Madureira valeria.madureira@uffs.edu.br Jeane Barros de Souza jeane.silva@uffs.edu.br Daniela Savi Geremia daniela.geremia@uffs.edu.br <p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">A Atenção Primária à Saúde (APS) configura a entrada preferencial do usuário ao Sistema Único de Saúde (SUS).&nbsp;</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Atualmente o financiamento da APS ocorre pelo Programa Previne Brasil, instituído pela Portaria número 2979 de novembro de 2019, que trata das transferências de recursos financeiros para os municípios com base nos critérios de capitação ponderada, pagamento por desempenho, incentivo financeiro com base em critério populacional, e incentivo para ações estratégicas. As alterações postas pela nova portaria desafiam os gestores municipais para estabelecimento de capacidade máxima e alcance da totalidade de recursos financeiros possíveis. Para tanto, é fundamental o desenvolvimento de ações como a educação permanente em saúde (EPS) visando aperfeiçoar os conhecimentos na temática financiamento da APS, potencializando seus&nbsp; resultados e recursos.&nbsp;</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Este trabalho objetiva relatar a experiência de EPS desenvolvida com gestores municipais da Macrorregião Grande Oeste Catarinense, na abordagem da temática Previne Brasil.&nbsp;</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Foram desenvolvidas, no segundo semestre de 2022, seis oficinas de coleta de dados em pesquisa que constituíram espaço de discussão sobre a temática Previne Brasil, sendo duas oficinas em cada região de saúde (Oeste, Extremo&nbsp;</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Oeste e Xanxerê).&nbsp;</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">Coerente à metodologia de Pesquisa Convergente Assistencial proposta, as oficinas foram desenvolvidas em abordagem problematizadora e dialógica. O</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">fereceram oportunidade para inquietações, dúvidas, sugestões, identificação de dificuldades e potencialidades, fundamentando reflexões e construção de novos conhecimentos e práticas, caracterizando </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">genuíno movimento de EPS. Reforçando a</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">&nbsp;EPS como estratégia para a qualificação dos profissionais, das práticas e da gestão dos serviços de saúde, esta, deve compor a agenda das universidades, fortalecendo a integração entre o ensino e o serviço, bem como a formação e a atenção em saúde.</span></span></span></p> 2023-06-27T09:12:46-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18050 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I NA FORMAÇÃO ACADÊMICA 2023-06-27T15:05:24-03:00 Vanessa Nardi vanessa.nardi36@gmail.com Diego Pozzer daniela.geremia@uffs.edu.br Cláudio Claudino da Silva Filho claudio.filho@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">O Conselho Nacional de Educação dispõe que na formação do Enfermeiro, além de trabalhar conteúdos teóricos e práticos durante a graduação, sendo obrigatoriedade da instituição incluir o estágio supervisionado em hospitais gerais e especializado, ambulatórios, rede básica de serviços de saúde e comunidades, nos dois últimos semestres do Curso de Graduação em Enfermagem, com a supervisão direta pelos enfermeiros da própria instituição onde o estágio está sendo realizado. A carga horária do estágio deve totalizar 20% da carga horária total do Curso de Graduação em Enfermagem proposto. O estágio supervisionado é de suma importância para o acadêmico de enfermagem, pois no decorrer da graduação é disponibilizado contato com os serviços tanto hospitalares quanto à Atenção Básica de Saúde, mas é no último ano da graduação que esse contato se torna algo mais longo e promissor na graduação pois oferece de fato uma oportunidade de estabelecer certo vínculo profissional sem que este esteja unicamente vinculado ao educacional, desta forma, tornando-se, a última oportunidade, durante a graduação, de avaliar e concretizar os conhecimentos adquiridos, favorecendo e desenvolvendo as habilidades obtidas. As unidades básicas de saúde (UBS) são locais baseados na atenção primária, dessa forma construindo a principal porta de acesso para aqueles que necessitam do Sistema de Saúde (SUS). As práticas desempenhadas na UBS procuram atender as necessidades dos indivíduos de forma integral, com&nbsp; um &nbsp; olhar &nbsp; holístico &nbsp; e &nbsp; dinâmico &nbsp; da &nbsp; Enfermagem &nbsp; para &nbsp; os &nbsp; aspectos biopsicossociais envolvidos no processo de cuidar. A experiência vivenciada na prática de estágio, o estudante passa por diferentes formas de exercer o cuidado, sendo possível cooperar com&nbsp; a&nbsp; equipe&nbsp; de&nbsp; profissionais&nbsp; no&nbsp; processo&nbsp; de&nbsp; triagem,&nbsp; realizar&nbsp; curativos,&nbsp; entender o papel de gerenciar uma unidade, adquirir raciocínio clínico, compreendendo os exames dos pacientes e qual a melhor conduta a ser tomada diante aquela situação,&nbsp; adquirir conhecimentos sobre saúde em gestantes através das consultas pré-natais, interagir com as famílias nas visitas domiciliares e, também, com a população, por meio de atividades comunitárias em saúde. Durante o estágio pode-se observar que surgem inúmeras adversidades para execução dos serviços, isso torna evidente a necessidade de qualidades como a liderança em cada componente da equipe, inclusive no próprio estagiário. O acadêmico torna-se sensível ao exercício profissional em equipe que enfaticamente requer dos enfermeiros expandir suas competências perante suas responsabilidades, consequentemente&nbsp; ampliando seus reconhecimentos. Entende-se que o acadêmico que está prestes a acabar o curso de enfermagem, saiba executar competências e habilidades específicas do enfermeiro, agir com atitudes profissionais, apoiados sempre em conhecimentos, porém sem se deixar limitar a ele. Dessa forma, no decorrer dos estágios aprimoramos a nossa capacidade técnica e conhecimento científico, o aspecto que mais contribuiu para esse aprimoramento ressalta o domínio do conhecimento e autonomia dos programas que nos foram apresentados nas unidades por parte das supervisoras.</span></p> 2023-06-27T09:25:43-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18047 EFEITOS DA ELETROACUPUNTURA EM BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS EM ADULTOS COM LOMBALGIA CRÔNICA 2023-06-27T15:05:28-03:00 João Vitor Kroth joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Vinicius Ansolin vinicius.ansolin@estudante.uffs.edu.br Kailane Paula Pretto joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Jardel Cristiano Ecco cienciaepraticame@gmail.com Débora da Silva Tavares debora.tavares@uffs.edu.br <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">as condições crônicas são situações complexas de saúde, de longa duração, que exigem terapêuticas contínuas, proativas e integradas por parte do sistema de atenção à saúde, dos profissionais e usuários para obter um controle efetivo, eficiente e com qualidade. A Dor Crônica (DC) é um grave problema de saúde atual, visto que é uma das condições mais encontradas pelos profissionais de saúde e suas repercussões negativas afetam o físico do paciente, mas como também, a sua saúde mental e emocional. Modificando portanto, seus hábitos, relações&nbsp; familiares e sociais, além de comprometer a qualidade de vida dos acometidos. Além disso, de acordo com a Associação Internacional para Estudos da Dor- ISPN (2020), a dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante a uma lesão tecidual real ou potencial”. Assim, a dor tem três mecanismos fisiológicos: de origem nociceptiva, neuropática ou misto. Nesse sentido, a primeira&nbsp; está relacionada à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares; o segundo quadro álgico neuropático, é caracterizado por lesão ou disfunção do Sistema Nervoso (SN); e a origem mista corresponde pela junção das duas anteriores. Com isso, a autonomia dos indivíduos acometidos por DC é extremamente prejudicada e, a intensidade da dor dificulta a&nbsp; realização de atividades fundamentais do dia a dia, limitando assim, sua rotina. A eletroacupuntura (EA) é um dos procedimentos citados nas principais diretrizes para o tratamento da dor lombar crônica, no qual, agulhas finas são inseridas em pontos discretos (acupoints) do indivíduo e, em seguida, é aplicada a estimulação elétrica (CORP et al., 2021; KREINER et al., 2020). Desta maneira, a EA pode melhorar o estímulo elétrico de certas reações fisiológicas para obter um efeito analgésico e anestésico mais rápido do que a acupuntura manual tradicional. Não só, mas também, as vantagens de uma quantidade e qualidade padronizadas de estimulação que é obtida pelo controle da faixa e frequência da corrente de entrada, esse método pode ser eficiente para dor em geral (COMACHIO et al., 2020; LANGEVIN et al., 2015). Em uma revisão recente publicada pela Cochrane, foi mostrado que a realização da acupuntura é mais eficaz do que nenhum tratamento na melhora da dor e resultado imediatamente a curto prazo (MU et al., 2020). Nesse viés, o estresse oxidativo (EO), é caracterizado por um desequilíbrio na geração de compostos oxidantes e antioxidantes das células, essa quebra homeostática leva a um acúmulo de agentes oxidantes, o que por fim resultará no dano tecidual (BARBOSA et al., 2010). O organismo que se encontra sob EO quando ocorre se encontram mais sistemas pró oxidantes que antioxidantes, havendo desequilíbrio desses sistemas. Por isso, o presente estudo, destina-se a estabelecer relações sobre o uso da EA com alterações nos padrões de estresse oxidativo. </span><strong>Objetivo:</strong><span style="font-weight: 400;"> o objetivo do projeto é analisar o perfil de estresse oxidativo de pacientes com dor lombar crônica inespecífica após intervenção assistida por eletroacupuntura. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">trata-se de um estudo experimental, de caráter quantitativo, descritivo e intervencionista. Os indivíduos incluídos serão servidores públicos de uma instituição de ensino superior pública do oeste catarinense; com idades entre 18 e 60 anos; que apresentam dor crônica lombar há no mínimo 12 meses classificadas em pelo menos 4, numa escala de 0 a 10; que consiga ficar de pé sem assistência e que seja alfabetizado. Por critérios de exclusão, compreende-se participantes que não concordarem e não assinarem o TCLE, diagnóstico de radiculopatia lombar, dor devido a tumores, metástases, osteoporose, artrite ou fraturas, que vieram a óbito ou desistiram da pesquisa. O procedimento será realizado em uma única sessão de eletroacupuntura para verificar os efeitos agudos. Sendo realizadas coletas com cerca de 20 ml de amostras de sangue pré intervenção e após, com intervalo de 30 minutos. As amostras sanguíneas serão coletadas da veia antecubital nas quais serão separadas e utilizadas para análise dos marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. A intensidade da dor será avaliada usando a escala numérica de classificação da dor (NPRS), onde 0 representa nenhuma dor e 10 representando a pior dor imaginável. A incapacidade devido a dor lombar será medida pelo Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ), com pontuação que varia de 0 a 24, em que 0 indica nenhuma deficiência e 24 o nível mais alto de deficiência relacionada à coluna. O tratamento com EA vai ser realizado em uma única sessão de aproximadamente 45 minutos, no qual os participantes serão posicionados confortavelmente em decúbito ventral e receberão 30 minutos de estimulação elétrica após a colocação de todas as agulhas. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP) da UFFS e já encontra-se em execução. </span><strong>Resultado, análise e discussão: </strong><span style="font-weight: 400;">por resultado, o presente estudo experimental ainda encontra-se em fase de desenvolvimento e intervenção, sendo somente 1 ⁄ 3 (um terço) dos pacientes foram submetidos ao protocolo. Como resultados parciais, tem-se a aplicação pré e pós intervenção dos formulários de avaliação de dor e qualidade de vida mencionados. Nos quais, evidencia-se uma redução na queixa álgica imediata. Como resultados esperados das análises da separação dos hemocomponentes, espera-se evidenciar os diferentes marcadores de padrões inflamatórios e estresse oxidativo. Diversas práticas terapêuticas reduzem o EO em dores crônicas, trazendo benefícios nas condições clínicas de saúde dos pacientes (DE SOUZA NETO; JUNIOR, 2008). O estresse oxidativo (EO) está relacionado com a produção de óxido nítrico (NO), um componente capaz de atuar na transdução de sinais biológicos de maneira autócrina e parácrina. Ele é um ciclo de estresse metabólico e dano tecidual que ocasiona o aumento na produção de radicais livres que agravam ainda mais essa situação. Nesse sentido, a inflamação consiste em uma resposta a agentes lesivos que propõe o reparo das funções homeostáticas de nosso organismo, na dor crônica ocorre uma modificação da mediação do processo inflamatório, que gera a elevação dos níveis de inflamação sem ter necessariamente a presença de agentes lesivos só pela estimulação do limiar da dor (OLIVEIRA JUNIOR; PORTELLA JUNIOR; COHEN, 2016). </span><span style="font-weight: 400;">Evidências crescentes revelaram que os biomarcadores inflamatórios estão criticamente envolvidas na indução e manutenção da dor lombar (TEODORCZYK-INJEYAN; TRIANO; INJEYAN, 2019; VAN DEN BERG et al., 2018). Desse modo,&nbsp; este projeto busca evidenciar os benefícios da eletroacupuntura na melhora da dor e função imediatamente a curto prazo, diminuindo os danos celulares gerados, como diminuição da inflamação e marcadores de estresse oxidativo, além da percepção sensorial do indivíduo após a aplicação da intervenção.</span> <strong>Conclusão: </strong><span style="font-weight: 400;">considerando a problemática de dor crônica crescente na população atualmente, a importância de estudos como este servem de base científica para validar a execução das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), tendo em vista a constatação científica de seus benefícios na implementação de tratamentos não farmacológicos no manejo da dor crônica, o que acarreta possíveis diminuições de custos ao sistema público de saúde, resolutividade dos serviços, melhorias na qualidade de vida e percepção dos usuários perante seu problema. </span><span style="font-weight: 400;">Apesar de sua alta prevalência e impacto na vida dos pacientes, a dor lombar tem um prognóstico que geralmente apresenta êxito e poucos efeitos deletérios permanentes. As abordagens não farmacológicas incluindo o exercício, educação em dor, terapia cognitivo comportamental, acupuntura e manipulação/mobilização da coluna vertebral, são recomendadas como opções de tratamento de primeira linha, pois o risco de eventos adversos é menor do que as abordagens farmacológica (DEYO; WEINSTEIN, 2001; FOSTER et al., 2018; OLIVEIRA et al., 2018).</span></p> 2023-06-27T09:31:16-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18043 EFEITOS DA ELETROACUPUNTURA NO SISTEMA PURINÉRGICO EM ADULTOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA 2023-06-27T15:05:32-03:00 Vinicius Ansolin vinicius.ansolin@estudante.uffs.edu.br João Vitor Kroth joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Jardel Cristiano Ecco cienciaepraticame@gmail.com Débora da Silva Tavares debora.tavares@uffs.edu.br <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">em todo o mundo, os casos de problemas de saúde relacionados à dor crônica vem crescendo significativamente nos últimos tempos, devido a diversos fatores que fazem parte do cotidiano das pessoas, como a realização de atividades excessivas no trabalho ou estilos de vida inadequados para a manutenção da saúde. Isso porque </span><span style="font-weight: 400;">as condições crônicas de saúde são situações complexas, de longa duração, que exigem ações contínuas, proativas e integradas do sistema de atenção à saúde, dos profissionais e usuários para obter um controle efetivo, eficiente e de qualidade acerca de tal problemática. A dor possui três mecanismos fisiológicos: de origem nociceptiva, neuropática e mista. Nesse sentido, a primeira&nbsp; está relacionada à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares, o quadro álgico neuropático é caracterizado por lesão ou disfunção do Sistema Nervoso, e a de origem mista corresponde à junção das anteriores. De maneira complementar, os principais fatores associados à dor lombar são: sexo, peso excessivo, tabagismo, vulnerabilidade social, falta de atividade física e demanda laboral. Nesse viés, a dor crônica é um grave problema de saúde atual, visto que é uma das condições de doença encontradas com maior frequência pelos profissionais da saúde, e suas repercussões negativas afetam não somente os fatores físicos do paciente, mas também a sua saúde mental e emocional, modificando seus hábitos, relações&nbsp; familiares e sociais, além de comprometer a sua qualidade de vida. Além disso, os problemas de dor lombar afetam todo o sistema de saúde, nos âmbitos de custos de diagnóstico, tratamento e afastamento ocupacional. Ademais, a autonomia dos indivíduos acometidos por dor lombar crônica é extremamente prejudicada e a intensidade da dor dificulta a realização de atividades essenciais do dia a dia, limitando sua rotina. Diante disso, a eletroacupuntura é um procedimento citado nas principais diretrizes para o tratamento da dor lombar crônica, no qual agulhas finas são inseridas em pontos discretos (acupoints) do indivíduo e, em seguida, é aplicada a estimulação elétrica (CORP et al., 2021; KREINER et al., 2020). De maneira geral, a eletroacupuntura avalia nos pacientes a etiologia e os sintomas da doença, área afetada, sensibilidade do indivíduo, diâmetro e angulação da agulha, intensidade e duração de tempo do estímulo. Desta maneira, a eletroacupuntura pode melhorar o estímulo elétrico de certas reações fisiológicas para obter um analgésico e anestésico mais rápido do que a acupuntura manual tradicional. Há ainda a possibilidade de controlar e padronizar a estimulação elétrica por meio de diferentes faixas e correntes de entrada, trazendo vantagens para a qualidade e eficiência da melhora da dor em geral, em um curto espaço de tempo. Também, alguns estudos demonstraram que pacientes submetidos à eletroacupuntura obtiveram resultados significativos em relação àqueles submetidos ao placebo, com falsa aplicação da terapia complementar. Recentemente foi sugerido o envolvimento da sinalização purinérgica como mecanismo celular subjacente à analgesia induzida por acupuntura (BURNSTOCK, Geoffrey, 2009; GOLDMAN et al., 2010). Com isso, a sinalização purinérgica possui muitos fatores que estão sendo investigados na dor crônica. Os principais problemas que cercam a dor lombar crônica nos pacientes são a dificuldade ou incapacidade de realizar tarefas diárias e do trabalho, os efeitos danosos da adoção de terapias medicamentosas e a não resolutividade imediata desse problema que tanto compromete a qualidade de vida dos acometidos. O objetivo do presente trabalho consiste em analisar o sistema purinérgico e o perfil inflamatório de pacientes com dor lombar crônica inespecífica após intervenção com eletroacupuntura. Outrossim, objetiva-se obter resultados de melhora da dor dos pacientes submetidos ao tratamento com eletroacupuntura, a fim de aumentar a sua qualidade de vida e enfatizar a eficácia de tal terapia, buscando também difundir a sua utilização em outras pessoas acometidas pela mesma condição. A importância de estudos acerca dos efeitos da eletroacupuntura em pacientes acometidos pela dor lombar crônica é de indubitável importância, pois contribuem não apenas para a melhora da condição dos pacientes, mas também para a efetivação e crescente uso de terapias alternativas que, consequentemente, diminuem custos de medicamentos para o sistema de saúde e reduzem o uso de fármacos pelos indivíduos que podem ser prejudiciais à saúde quando utilizados a longo prazo. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">trata-se de um estudo experimental, de caráter quantitativo, descritivo e intervencionista. Os indivíduos incluídos serão servidores públicos de uma instituição de ensino superior pública do oeste catarinense, com idades entre 18 e 60 anos, apresentando dor crônica lombar há no mínimo 12 meses, classificada em pelo menos 4 numa escala de 0 a 10, que consiga ficar de pé sem assistência e que seja alfabetizado - para se obter melhor aplicação dos questionários. O procedimento vai ser realizado em uma única sessão de eletroacupuntura para verificar os efeitos agudos pré e 30 minutos após a intervenção. A intensidade da dor será avaliada usando a escala numérica de classificação da dor (NPRS), na qual 0 representa nenhuma dor e 10 representa a pior dor imaginável. A incapacidade devido a dor lombar será medida pelo Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ), com pontuação que varia de 0 a 24, em que 0 indica nenhuma deficiência e 24 o nível mais alto de deficiência relacionada à coluna. O tratamento com eletroacupuntura vai ser realizado em uma única sessão de aproximadamente 45 minutos, na qual os participantes serão posicionados confortavelmente em decúbito ventral e receberão 20 minutos de estimulação elétrica após a colocação de todas as agulhas. As amostras de sangue (20 ml) serão coletadas da veia antecubital na condição pré-eletroacupuntura e 30 minutos após eletroacupuntura, para posterior análise das alterações do sistema purinérgico.</span> <strong>Análise e discussão:</strong> <span style="font-weight: 400;">o estudo experimental encontra-se ainda em fase de intervenção. Desse modo, somente um terço dos participantes previstos foram submetidos ao tratamento. Os resultados parciais obtidos com tais participantes foram uma significativa diminuição da dor lombar após a aplicação da eletroacupuntura, evidenciados através da coleta dos dados utilizando os questionários supracitados. A obtenção dos resultados prévios já significativos, pelos questionários, permite o dimensionamento esperado das próximas intervenções e de que, muito provavelmente, serão encontradas diferenças nas análises laboratoriais satisfatórias. Por sua vez, as análises laboratoriais das amostras de sangue coletadas não foram iniciadas, contudo, GOLDMAN et al (2010) observaram que a acupuntura aumentou acentuadamente as concentrações extracelulares de todas as purinas detectadas (ATP, ADP, AMP e ADO), conforme medido no músculo/tecido subcutâneo. Além disso, a concentração de ADO aumentou cerca de 24 vezes durante a sessão de acupuntura de 30 minutos. ADP, AMP e ADO permaneceram acentuadamente elevados 60 min após acupuntura. No entanto, a concentração extracelular de ATP retornou à linha de base logo após o tratamento, o que indica que a adenosina é central no mecanismo neurofisiológico de ações da eletroacupuntura. Em um modelo de camundongo com dor crônica, o tratamento com eletroacupuntura aumentou os níveis de fosfatase ácida prostática (PAP) uma ecto-nucleotidase conhecida por aliviar a hipersensibilidade à dor, inibindo a degradação da PAP nos gânglios da raiz dorsal (ZHOU et al., 2022). </span><strong>Conclusão:</strong> <span style="font-weight: 400;">considerando a problemática de dor crônica crescente na população atualmente, a importância de estudos como este servem de base científica para validar a execução das Práticas Integrativas em Saúde, tendo em vista a constatação de seus benefícios na implementação de tratamentos não farmacológicos no manejo da dor lombar crônica, o que acarreta possíveis diminuições de custos no sistema público de saúde, melhorias na qualidade de vida e percepção de melhora dos usuários perante seu problema. Se faz necessário também citar os benefícios obtidos através da substituição da terapia medicamentosa pela terapia alternativa, quando possível, a fim de se evitar outros agravos à saúde decorrentes do uso exacerbado de fármacos que possam debilitar órgãos de metabolização, como os rins e o fígado.</span></p> 2023-06-27T09:37:04-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18044 HEALTH TECH LAB UFFS - EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA DENTRO DA UNIVERSIDADE 2023-06-27T15:05:36-03:00 Maysa Corrêa Antunes maysaantunes85@gmail.com Camila Olinda Giesel camilagiesel@gmail.com Julyane Felipette Lima julyane.felipette@gmail.com <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A saúde é um campo interdisciplinar que necessita otimizar processos criando soluções acessíveis e sustentáveis. Demandas que estão sendo solucionadas pelas Health Techs, que são StartUps desenvolvedoras de soluções de saúde digital. Nesse contexto, foi iniciado um projeto de ensino, pesquisa e extensão dentro da Universidade Federal da Fronteira Sul chamado Health Tech Lab, o qual é financiado pelo edital 39/2021 da FAPESC.<strong> OBJETIVO:</strong> O projeto tem por finalidade fomentar o empreendedorismo e educação empreendedora em um espaço de coworking com os demais projetos ligados ao Empreende UFFS, além de fomentar o ecossistema de inovação no&nbsp; que tange o planejamento e implementação de StartUps para a saúde nos três grandes blocos: prevenção, diagnóstico e tratamento. Nesse sentido, a construção de espaços colaborativos como&nbsp; estes favorecem o fluxo de saberes entre as áreas sem desconsiderar as especificidades.<strong> MÉTODO:</strong> Os métodos utilizados pelo Health Tech Lab envolvem a integração de conhecimentos de diversas áreas dentro da educação em saúde com a tecnologia. A equipe é composta por professores, pesquisadores e estudantes que trabalham em conjunto para desenvolver soluções tecnológicas inovadoras. Além disso, o projeto busca estabelecer parcerias com outras instituições de pesquisa e empresas do setor de tecnologia da saúde para ampliar sua capacidade de pesquisa e inovação promovendo eventos e capacitações para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral, com o objetivo de disseminar conhecimento sobre inovação em saúde e fomentar a criação de startups na área. <strong>RESULTADOS ESPERADOS:</strong> Entre os resultados esperados pelo Health Tech Lab, destacam-se o desenvolvimento de tecnologias que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas, a redução de custos no sistema de saúde e a promoção do empreendedorismo na área de saúde. Além disso, também busca contribuir para o avanço do conhecimento científico na área de saúde digital e para a formação de profissionais capacitados em tecnologia da saúde. Lembrando que essa parceria entre a universidade e as startups é fundamental para o sucesso do projeto, permitindo a troca de conhecimento e experiências entre os empreendedores e pesquisadores, e estimulando a criação de novas empresas inovadoras na área de saúde, que possam contribuir para a promoção da sustentabilidade e do bem-estar social. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Considerando todos esses aspectos, é possível afirmar que o Health Tech Lab tem um papel fundamental no avanço da pesquisa e inovação em saúde, tendo sido consolidado como um centro de referência em saúde digital, contribuindo para o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Diante disso, é importante destacar a importância de projetos como o Health Tech Lab para o avanço da ciência e tecnologia dentro das instituições de ensino. O projeto é um exemplo a ser seguido e serve como inspiração para outras instituições que buscam promover a inovação em saúde. Iniciativas como esta tem potencial para garantir a sustentabilidade não somente do sistema de saúde, mas também da própria universidade, que é a instituição mais adequada para fomentar ideias inovadoras e a conexão de conhecimentos.</p> 2023-06-27T09:38:26-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18038 TEORIA DAS TRANSIÇÕES COMO APORTE TEÓRICO PARA ESTUDOS DE GÊNERO 2023-06-27T15:05:39-03:00 Augusto Krindges krindges2018@gmail.com Matheus Cavassin matheuscavassin@gmail.com JEFERSON SANTOS ARAÚJO jeferson.araujo@uffs.edu.br João Vitor Antunes Lins dos Santos lins.joaovitor2@gmail.com Anderson Batista Santos anderson_batista13@hotmail.com <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">Em 1960,&nbsp; a Enfermeira e pesquisadora Afaf Ibrahin Meleis, focalizou seus estudos para a transição de fenômenos envolvidos na&nbsp; transformação de ser mãe ou pai. Em 1985, Meleis&nbsp; e Chick,&nbsp; elas conceituaram a Teoria das Transições&nbsp; para intervenções terapêuticas de Enfermagem, a qual, corresponde a passagem do período de instabilidade para a estabilidade. A teoria alcança, descreve, interpreta, compreende, e explica fenômenos&nbsp; das mudanças de estado ou de papéis, as quais produzem transformações comportamentais e sociais de si. </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">compreender a teoria das transições e suas contribuições para os estudos de gênero. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">Trata-se de uma pesquisa de abordagem exploratória. O estudo foi realizado nas bases de dados científicas, Biblioteca Virtual em Saúde, (BVS) e </span><span style="font-weight: 400;">Scientific Electronic Library Online (SciELO)</span><span style="font-weight: 400;">. </span><strong>Resultados e Discussão: </strong><span style="font-weight: 400;">A teoria possui dois estágios, o primeiro é a intervenção, ou seja, o suporte, o apoio da equipe multiprofissional para promover uma transição saudável e o controle da situação, a segunda etapa é a compreensão da experienciação da&nbsp; transição em si. A teoria inicia-se por seus gatilhos de transição, desenvolvimental, situacional, saúde/doença, e organizacional. Outro fator determinante é identificar o padrão da transição se são únicas, múltiplas, sequências, simultâneas, relacionadas ou não e também qual é a significância que o sujeito carrega&nbsp; dessa&nbsp; mudança. Existem também, os condicionantes da transição, são eles pessoais, comunitários e sociais, são situações que podem influenciar como positivas ou negativas, elas podem transitar e estar ao mesmo tempo em circunstâncias favoráveis e/ou desfavoráveis, além disso, dentro das questões pessoais podemos compreender como condições culturais, crenças, status socioeconômico, conhecimento intelectual e atitudes. </span><strong>Conclusão: </strong><span style="font-weight: 400;">mergulhar e atinar sobre a natureza e as respostas da transição nas questões de gênero, podem&nbsp; auxiliar os profissionais de enfermagem, como uma&nbsp; intervenção terapêutica, além de&nbsp; preparar os núcleos familiares e as pessoas que estão vivenciando esses processos, os quais, possam&nbsp; conseguir&nbsp; protagonizar essas mudanças de forma que encontrem o bem estar e se auto conheçam, e compreendam as fases de início, meio e fim desse processo. </span></p> 2023-06-27T09:43:26-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18029 A ENFERMAGEM REFLETINDO SOBRE AS VIVÊNCIAS DA MULHER IMIGRANTE HAITIANA NO BRASIL 2023-06-27T15:05:42-03:00 Bruna Bartolomey bruna.bartolomey@estudante.uffs.edu.br Evelyn do Rosario evrosario.evelyn@gmail.com Amanda Althaus Bonin boninamanda06@gmail.com Jeane Barros de Souza jeane.souza@uffs.edu.br Valéria Silvana Faganello Madureira valeria.madureira@uffs.edu.br Larissa Hermes Thomas Tombini larissa.tombini@uffs.edu.br <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">a relação entre saúde e imigração existe desde as origens históricas do Brasil, no entanto, a partir dos processos migratórios surgiram alguns questionamentos sobre a saúde das pessoas que vivenciam situações de deslocamento em busca de melhores oportunidades de vida. Atualmente, uma variedade de imigrantes chega ao Brasil, incluindo mulheres que enfrentam diversos desafios como dificuldade de comunicação, preconceito, desigualdade de gênero, falta de acesso à informação e aos serviços de saúde. Diante disso, observa-se a importância da realização de estratégias para a promoção da saúde da mulher imigrante haitiana no Brasil, por meio de ações que incentivam e facilitam o acesso aos serviços de saúde. </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">compreender as vivências das mulheres imigrantes no Brasil, à luz da Promoção da Saúde. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, de abordagem qualitativa, fundamentada nos pressupostos teóricos de Promoção à Saúde. O estudo conta com a participação de aproximadamente 15 mulheres imigrantes haitianas, residentes no município de Chapecó, Santa Catarina, Brasil. As entrevistas estão sendo realizadas de forma presencial nas residências das mulheres imigrantes, com data e hora marcadas antecipadamente. A coleta de dados está sendo realizada por meio de um roteiro, contendo questões semiestruturadas que envolvem aspectos como: conceito de saúde; desafios em recomeçar a vida no Brasil; dúvidas sobre a manutenção da saúde e da sua família no Brasil; vivências da gestação e do parto; potencialidades e dificuldades na vivência da mulher imigrante haitiana no Brasil.</span> <span style="font-weight: 400;">Os dados serão analisados por meio da análise de conteúdo.</span><strong> Resultados</strong> <strong>e Discussão: </strong><span style="font-weight: 400;">a coleta de dados ainda não foi encerrada no estudo, mas já pode-se evidenciar que as mulheres imigrantes haitianas vivenciam diversas vulnerabilidades no Brasil, como a falta de informação quanto a seus direitos, que incluem o acesso à saúde, bem como a dificuldade para aprender a língua portuguesa, visto que muitas não trabalham e permanecem dentro de suas casas cuidando de seus filhos, enquanto o esposo saí para trabalhar, o que dificulta a interação com brasileiros e estabelecimento de novos vínculos, como também a aprendizagem da língua portuguesa. </span><strong>Considerações finais: </strong><span style="font-weight: 400;">espera-se que a partir da compreensão sobre as vivências da mulher imigrante no Brasil, possa suscitar reflexões e contribuições no repensar de estratégias e políticas para a promoção da saúde e qualidade da assistência prestada às mulheres imigrantes no Sistema Único de Saúde, dando ênfase também a importância da formação profissional para atuar no cuidado a esta população.</span></p> 2023-06-27T09:48:03-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18078 INOVAÇÃO PARA AUTONOMIA: COMO A TECNOLOGIA PODE AUXILIAR PACIENTES COM ALZHEIMER 2023-06-27T15:04:47-03:00 Sophia Albino sophiaalbino25@gmail.com Allan Maffessoni allancsmafessoni@gmail.com Lucas Iguarino ucassantos.iguarino@gmail.com Julyane Felipette julyane.felipette@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">A inovação em saúde consiste no desenvolvimento de metodologias e tecnologias capazes de transformar a maneira e a forma de produção e consumo dos serviços de saúde. Com isso, os avanços tecnológicos permitiram com que tratamentos, diagnósticos e&nbsp; pesquisas científicas pudessem ser aprimoradas e viabilizadas, trazendo qualidade às experiências pacientes/ usuários em relação a esses dispositivos. Segundo relatório da OMS em 2050, doenças neurodegenerativas, que englobam uma série de condições que afetam o sistema nervoso, devem acometer mais de 130&nbsp; milhões de pessoas ao redor do mundo. Neste sentido, buscar soluções que empregam melhorias na qualidade de vida desses pacientes será um desafio para a área da saúde e do empreendedorismo. O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta em sua maioria a população idosa, trazendo o declínio de raciocínio, julgamento, aprendizagem e a sua principal característica a perda de memória, que por sua vez pode colocar em exposição a riscos iminentes, tais como esquecer de bloquear o gás de cozinha após utilizá-lo , manusear inadequadamente utensílios, ou até mesmo deixar de realizar tarefas simples como a higiene pessoal. Este trabalho propõe-se a analisar e apontar possíveis caminhos para melhorar as condições de vida das pessoas que têm a doença de Alzheimer. Nesse contexto, alicerçado em pesquisas bibliográficas e na nossa experiência, procuraremos esclarecer aspectos significativos sobre a doença, como também buscar por meios que auxiliem o paciente a viver com maior. Dessa forma, desenvolvemos mecanismos que amparem o doente a ter condições de viver de forma menos dependente das pessoas à sua volta, o que é característico da doença, uma vez que o indivíduo esquece de realizar tarefas que são inerentes à sobrevivência. Portanto, cabe esclarecer o problema que traçamos: Como usar a inovação em prol da autonomia dos pacientes acometidos por Alzheimer? Analisar como a tecnologia e a inovação incremental podem contribuir com os esses sujeitos, indivíduos acometidos por mal de Alzheimer, facilitando sua vida em pequenas ações, que caso esquecidas, podem acarretar grande prejuízo. E, apresentar o desenvolvimento do dispositivo autônomo de monitoramento de gás e água e de um dispensador semi-automático de medicamentos. Pensando na autonomia dos pacientes, acreditamos que inovações como sensores de gás e dispensadores programados de medicamento para domicílio seriam tecnologias adequadas para a resolução deste problema. Por meio do sensor de gás, pretende-se criar um protótipo, uma casa de acrílico, e através de um Arduino uno e um Arduino gsm que mandará as mensagens e efetuará as ligações para o responsável/cuidador, caso ocorra o esquecimento do gás ligado, que coloque a vida do portador e de sua moradia em risco. Esse protótipo irá exemplificar nosso estudo e verificar diversas possibilidades, definindo a mais eficiente. Também, a criação de um dispensador semi-automático de medicamentos, onde todos os meses o paciente receberá uma </span><em><span style="font-weight: 400;">box </span></em><span style="font-weight: 400;">(caixa) com os seus devidos medicamentos dentro de sachês organizados na posologia correta de acordo com a data, hora e dosagem prescrita pelo médico. Para o desenvolvimento do projeto, o primeiro passo foi definir qual a problemática a ser explorada, neste caso, a falta de autonomia progressiva dos pacientes acometidos por Alzheimer. Após, criou-se as hipóteses de como este problema poderia ser resolvido, a primeira, desenvolver um sistema de automação com detectores de gás de cozinha (GN), a segunda, facilitar a rotina de medicação destes pacientes. Iniciou-se pesquisas com o público-alvo a fim de validar nossas suposições iniciais. Com as hipóteses validadas, partimos para a construção de um Minimum Viable Product (MVP), com o objetivo de validar as soluções desenvolvidas. Para criarmos o MVP da primeira solução, utilizou-se uma casa de acrílico, cujo tamanho era médio. Nesse viés, foram programados dois distintos sensores, sendo eles: o sensor de gás e o de água. Sendo instalados no fogão e o de água, respectivamente no chuveiro, mas, podendo também ser aplicado na torneira da cozinha. Nesse cenário, quando ambos eram acionados era emitido uma mensagem para o familiar, os sensores permaneciam ligados por um determinado tempo e depois então eram desligados sozinhos, emitindo outra mensagem ao familiar, comunicando-o sobre o desligamento do respectivo sensor. Através de um Arduino Uno, um ultra som, um Arduino gsm de mensagem e ligação, um sensor de gás, um buzzer, leds de diferentes cores, resistores e um sensor fim de curso. Nesse sentido, determinando um tempo exato para o paciente deixar o gás ligado, sem o risco dele(a) esquecer ligado. Para o desenvolvimento do segundo MVP, utilizou-se uma impressora 3D para a impressão de uma caixa (</span><em><span style="font-weight: 400;">box</span></em><span style="font-weight: 400;">) com dimensões de 18cm de altura, 12 cm de comprimento e 10 cm de largura para condicionar a bobina de sachês com os medicamentos fracionados&nbsp; de acordo com a posologia receitada, a </span><em><span style="font-weight: 400;">box </span></em><span style="font-weight: 400;">também conta com um sistema sonoro que dispara nos horários pré-programados e só cessa quando o paciente retira as medicações, isso auxilia diminuir os riscos dos pacientes não ingerirem os medicamentos de acordo com a prescrição médicas e facilita outras questões como estoque de medicamento e troca de medicação. Avaliamos se o sistema atende aos objetivos padrões, verificando se o sistema é eficiente na prevenção de esquecimento do gás ligado e na redução dos riscos para o paciente com doença de Alzheimer. Realizar ajustes finais, se necessário. Para a implementação no ambiente real, iremos aplicar o sistema desenvolvido em uma casa de tamanho real, simulando as condições reais de uso com um paciente acometido por Alzheimer em estágio inicial. Verificaremos se o sistema é capaz de detectar o acionamento do gás, notificar o responsável/cuidador e desligar o gás após o tempo determinado. Por fim, registramos todas as etapas do projeto, incluindo detalhes da pesquisa, diagramas dos circuitos, código-fonte do Arduino, resultados dos testes e avaliação final. Faremos todas observações possíveis para pensar nos requisitos do sistema de modo a atender as necessidades em saúde dessas pessoas. Elaboraremos um relatório descrevendo o projeto, suas melhorias e possíveis melhorias futuras. Através dessa metodologia, espera-se desenvolver um protótipo operacional para uma casa funcional equipada com sensores de gás, capaz de enviar mensagens ou realizar ligações para o responsável/cuidador, evitando riscos à vida do portador de Alzheimer e sua moradia devido ao esquecimento do gás ligado, assim como, o esquecimento de tomar suas medicações. Com o MVP pronto, pretendemos realizar a validação do sistema em um ambiente real atentando para as necessidades em saúde dessas pessoas, muitas vezes no processo de utilizar o sistema muitas dúvidas surgem e melhorias na usabilidade necessitam serem feitas. Verdadeiramente, para conhecermos essas demandas, precisaremos colocar em uso. Considerando o método Lean Startup, utilizado como base na criação de muitas startups mundo afora, acreditamos que as constantes melhorias no sistema poderão nos ajudar a alcançar o Product Market Fit que é a adequação do produto às necessidades das pessoas com o problema.</span> <span style="font-weight: 400;">Espera-se que o resultado dessa startup seja medido principalmente pelo seu crescimento sustentável, expansão no mercado e conquista de investimentos para o negócio. Para alcançar esses resultados, é fundamental implementar estratégias bem definidas de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores, que atendam às necessidades dos clientes de maneira eficiente. Além disso, a criação de um ambiente de trabalho inovador e colaborativo é fundamental para atrair e reter talentos encorajadores e motivados, capazes de contribuir significativamente para o crescimento do negócio e para a construção de uma cultura empresarial forte e sustentável. Espera-se com estudos e desenvolvimentos como este contemplar as necessidades em saúde dessa população com o mal de Alzheimer bem como auxiliar as famílias na gestão dos cuidados das mesmas.</span></p> <p>&nbsp;</p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18077 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÕES DO PROGRAMA FAMÍLIAS FORTES EM CONTEXTOS DE VUNERABILIDADE SOCIAL 2023-06-27T15:04:58-03:00 Luana Emanueli Strücker Gonçalves struckerluana@gmail.com Rayana da Silva Freire rayana.freire32@gmail.com Emanuely Scramim e_lely@hotmail.com Maira Rossetto maira.rossetto@uffs.edu.br Joice Moreira Schmalfuss joicemschmalfuss@gmail.com <p>O Programa Famílias Fortes é oriundo dos Estados Unidos e possui ações estratégicas voltadas para o fortalecimento de vínculos familiares. No Brasil, sua versão é desenvolvida pela Escola de Saúde e Assistência Social da Oxford Brookes University no Reino Unido. A primeira introdução no País ocorreu pelo Ministério da Saúde, em 2013, seguindo sob responsabilidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Entre os principais objetivos do Programa estão intensificar estratégias de prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas entre crianças de 10 e 14 anos, com foco em adolescentes em situação de vulnerabilidade social, além de promover o bem-estar das famílias a partir do fortalecimento dos vínculos e do desenvolvimento de habilidades parietais e sociais, principalmente em virtude da saúde de adolescentes ser agravada por comportamentos de risco, como uso abusivo de drogas e álcool, relações sexuais desprotegidas e exposição à violência (BRASIL, 2021). Assim, compreendendo que o uso abusivo dessas substâncias é um grave problema de saúde pública,&nbsp;além de ser um fenômeno complexo e multifatorial influenciado por componentes individuais, sociais, políticos e institucionais, torna-se fundamental potencializar uma prevenção sustentável, abordando tais problemáticas ainda na infância e adolescência. Neste contexto, entende-se que a família é uma “unidade social de apoio”, mas tem suas relações perpassadas por vulnerabilidades como pobreza, violência e falta de acesso a serviços (OROZIMBO; AFONSO, 2020). Então, diante da possibilidade de intervir nos núcleos familiares, estes programas se concentram, principalmente, na educação e no desenvolvimento de habilidades, reduzindo os fatores de risco e/ou promovendo fatores de proteção e resiliência (KUMPFER; ALVARADO; WHITESIDE, 2009). Para além do exposto, ações de Enfermagem voltadas para a promoção da saúde,&nbsp;pautadas em um processo de diálogo e com valorização da individualidade de cada ser são fundamentais. Logo, com uma expressiva força de trabalho, profissionais dessa área da saúde têm condições de colaborar para a consolidação de muitas transformações, sendo necessário, porém, aprofundar o conhecimento sobre vulnerabilidades em saúde no sentido de entender os desafios que os contextos marcados por iniquidades sociais impõem a sua atuação (MAFFACCIOLLI; OLIVEIRA, 2018). Objetivou-se descrever a experiência das ações realizadas no âmbito do Programa Famílias Fortes, refletindo sobre a importância de projetos de extensão voltados para os contextos de vulnerabilidade social. Trata-se de um relato de experiência vivenciada por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-campus Chapecó, bolsistas do projeto de extensão "Promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida: ações para o fortalecimento de famílias fortes", aprovado pelo edital número 1072/GR/UFFS/2021. A equipe executora do projeto foi constituída por nove discentes bolsistas e voluntárias dos cursos de Enfermagem e Medicina da UFFS, além de três docentes e uma facilitadora. As vivências aconteceram entre os meses de março de 2022 e março de 2023, nas cidades de Chapecó, Xanxerê e Guatambu, oeste catarinense. As famílias foram selecionadas em parceria com alguns Centros de Referência da Assistência Social e escolas da região, sendo esses os espaços dos encontros e de interlocução com as comunidades em que as famílias estão inseridas. As intervenções contaram com sete encontros semanais, incluindo crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos e seus responsáveis. No primeiro momento, em salas separadas, os jovens e os pais e/ou responsáveis participavam de dinâmicas lúdicas e discutiam temas específicos e num segundo momento, com todos juntos, se colocava em prática o que havia sido trabalhado com cada público. Cada encontro durava cerca de duas horas, sendo utilizadas estratégias interativas com o uso de jogos, brincadeiras e encenações, além de recursos audiovisuais com episódios familiares e materiais impressos que serviram de apoio para a execução das atividades. Ressalta-se que todos os materiais possuíam embasamento pedagógico e foram disponibilizados pelo Programa. Os encontros contaram com lanches, sorteios de brindes e cada família recebeu uma cesta básica e certificado de conclusão pela participação no Programa. Participaram cerca de 360 famílias, com ações divididas em cinco ciclos, sendo dois realizados nas cidades de Xanxerê e Chapecó e um em Guatambu. O desenvolvimento das atividades proporcionou a constituição de um espaço de convivência e formação de vínculos, com embasamento teórico que ofereceu mecanismos para o desenvolvimento de temáticas como a comunicação familiar, amor, limites, proteção contra o uso de álcool, prática de momentos de família e autocuidado. No primeiro encontro ocorreu a apresentação das facilitadoras a fim de criar vínculo com as famílias e proporcionar a interação de toda a equipe envolvida no projeto. Em seguida, a primeira dinâmica teve como tema “Amor e limites” e “Metas e sonhos", quando as famílias participantes relataram formas que demonstram amor e estabelecem limites aos seus filhos. Foi realizado um mapa dos sonhos no espaço dos filhos, onde estes expressaram seus objetivos de carreira, hobbies, bem como questões sobre sua saúde, bem-estar e atividades de lazer. A confecção mostrou a quantidade de sonhos e esperanças que cada criança e adolescente possuía, mesmo que parecessem distantes da realidade. Os pais tinham o desafio de tentar reconhecer o mapa dos seus filhos para conhecer os seus objetivos futuros e oferecer um apoio adequado a eles. No segundo encontro os temas foram "Admirar as mães, pais e responsáveis" e "As regras da nossa casa". Os filhos expressaram dificuldades em serem filhos e puderam conhecer as responsabilidades e dificuldades dos pais na sua criação. Realizaram a confecção de um presente para seus pais, escrevendo sobre atividades que gostavam, o que aprenderam, presentes recebidos e formas de amor. Na sessão em família, os pais receberam os presentes e houve um fortalecimento de vínculos ao criar uma árvore genealógica. No terceiro encontro os temas foram "Incentivar boas atitudes" e "Lidar com o estresse". Os filhos compartilharam situações estressantes e relataram maneiras de lidar com elas. Os pais puderam trabalhar os elogios e visualizar as atividades realizadas pelos filhos, reconhecendo a importância de incentivá-los e recompensá-los nos momentos certos. Na sessão em família foi realizado o jogo de balão no ar para fortalecimento e incentivo de ações conjuntas frequentes. No quarto encontro as temáticas abordadas foram “Seguir regras” e “Usar consequências”, quando os pais foram orientados sobre a importância de usar consequências e oferecer recompensas quando atividades fossem realizadas de forma adequada pelos filhos. Estes, por sua vez, foram ensinados sobre a importância de seguir as regras e as consequências do seu descumprimento. No momento familiar foi feita a confecção de uma bandeira com quatro valores essenciais para o bom funcionamento da família. O quinto encontro centrou-se nos temas “Lidar&nbsp;com a pressão dos amigos” e “Construindo pontes” e os pais dialogaram sobre a participação da vida social de seus filhos e necessidade de desenvolverem habilidades de escuta ativa para entenderem seus medos e preocupações. As crianças foram estimuladas a terem opinião própria e evitarem a influência de colegas. Desenvolveram habilidades para perguntar e oferecer alternativas quando alguma atitude errada fosse tomada. O momento em família enfatizou a importância de ouvir o outro e encontrar soluções para os problemas cotidianos. A atividade envolveu dialogar sobre um problema e encontrar possíveis soluções, promovendo a autonomia e o diálogo entre pais e filhos. O sexto encontro teve como tema “Proteger contra o abuso de substâncias” e “ Pressão dos amigos e bons amigos”. Os jovens puderam refletir sobre o uso de álcool e outras drogas, discutindo os problemas associados a tal consumo e repercussões na saúde, meio social e familiar. Também discutiram sobre a importância de terem bons amigos e desenvolverem um pensamento crítico sobre as atitudes que não são relevantes para as suas vidas. Os responsáveis puderam dialogar sobre os fatores de risco associados ao consumo de álcool e outras drogas e medidas de proteção que podem ser integradas em casa. No momento familiar foi realizado o jogo "Alcançando nossas metas", no qual pais e filhos perceberam a importância de se apoiarem mutuamente e expressarem seus medos e inseguranças. No último encontro do ciclo os temas "Ajudar e ser ajudado" e "Atingir nossas metas" foram discutidos. Os filhos realizaram uma atividade sobre problemas e soluções, além de uma entrevista com outros participantes do encontro sobre metas para o futuro e estresse. Eles também escreveram uma carta aos pais. Estes discutiram tipos de estresse familiar e como prestar ajuda nos momentos difíceis. Eles também escreveram uma carta para seus filhos. No momento familiar houve a formatura, onde as famílias receberam certificados e participaram de uma confraternização final. Conclui-se que ao longo de cada encontro e das temáticas trabalhadas foi possível visualizar as dificuldades vivenciadas pelas famílias para garantirem o seu bem-estar, assim como o fortalecimento de vínculos familiares. Atuar com famílias em situação de vulnerabilidade social demandou habilidades que transcendem o cuidado em saúde, uma vez que as discussões envolveram questões específicas e relacionadas aos diversos aspectos sociais enfrentados diariamente. Ainda, acredita-se que os encontros proporcionaram às famílias ferramentas e habilidades para o fortalecimento de vínculos familiares, mesmo que as situações de vulnerabilidades prossigam. Diante desse relato, as intervenções realizadas clarificaram a importância de ações extensionistas para promover o bem viver, saúde e qualidade de vida dessa população. Participar de um projeto de extensão dessa envergadura possibilitou uma experiência enriquecedora, permitindo que as estudantes adquirissem novos conhecimentos e habilidades enquanto futuras enfermeiras, sendo sensibilizadas para uma atuação baseada na humanização e integralidade, com engajamento político e social e conscientes de suas atuações nos espaços ampliados de saúde. Além disso, as experiências compartilhadas com as famílias possibilitaram identificar inúmeras vulnerabilidades no decorrer dos encontros e perceber a importância de reafirmar parcerias entre universidade e demais instituições das esferas municipal, estadual e federal, a fim de incrementar intervenções pautadas nos cuidados diários da população, promovendo saúde, bem-estar e sustentabilidade para a comunidade em geral.</p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18072 AUDITORIAS EM SEGURANÇA DO PACIENTE E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DO OESTE CATARINENSE: 2023-06-27T15:05:02-03:00 João Vitor Kroth joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Vinicius Ansolin vinicius.ansolin@estudante.uffs.edu.br Renata Rocha Cardozo joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Tatiana Gaffuri da Silva tatiana.silva@uffs.edu.br Dhiane Terribile joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Silvia Silva de Sousa silvia.sousa@uffs.edu.br <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> no Brasil, as avaliações hospitalares foram instituídas na década de 30, ainda na vigência da Comissão de Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde, pasta essa não mais existente (TOMASICH </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2020). Num contexto mundial, a prática segura e não lesiva no cuidado em saúde é defendido pela Organização Mundial de Saúde, orientando que cada localidade geopolítica implemente a cultura de segurança nos ambientes de saúde. Desse modo, evidencia-se o fato da preocupação e necessidade dos espaços de assistência à saúde prezarem pela qualidade da assistência e gestão nos serviços ofertados. Ainda no contexto brasileiro, dispõe-se a obrigatoriedade de serviços nos ambientes hospitalares que </span><span style="font-weight: 400;">tem como objetivo, orientar a gestão e implementação de ações que melhorem a qualidade e, principalmente, a segurança do paciente</span><span style="font-weight: 400;"> e o controle de infecção. São eles o Núcleo de Segurança do Paciente – instituído pela Portaria MS/GM nº 529/2013 através do Programa Nacional de Segurança do Paciente – e o Serviço de Controle de Infecções Hospitalares – regulamentado pela lei federal nº 9431/1997. As atividades de ambos visam orientar condutas de assistência sob preceitos de não causar danos ou, potencializar a segurança por meio de boas práticas. Assim, induzem esforços e moldam suas práticas de trabalho buscando a qualidade de atendimento hospitalar por meio da sensibilização e mudança da cultura de segurança no ambiente. As atividades incluem aprimoramento da equipe multiprofissional por meio da educação permanente, capacitações, auditorias, notificações, cursos e uma gama de metodologias pedagógicas. Com relação a realização de auditorias, constitui-se numa prática amplamente utilizada por instituições públicas e privadas, como uma ferramenta que auxilia em demandas assistenciais, epidemiológicas, para distribuição de recursos materiais, de gestão financeira e de qualidade (FABRO, </span><em><span style="font-weight: 400;">et al., </span></em><span style="font-weight: 400;">2020). Ou seja, um instrumento sistematizado e analítico muito eficaz para direcionamento de melhorias de gestão e qualificação da assistência. A aplicação do instrumento nas unidades de internação necessitava de caráter particular em comparação com demais unidades, visto que, muitas unidades, assim como as de terapia intensiva possuem como características básicas o fato de serem locais de desafiadores e complexos, com recursos tecnológicos, pacientes em condições graves de saúde e recursos humanos com conhecimentos intervencionistas avançados (SILVA 2021). A necessidade de aplicar o instrumento de auditoria, veio por solicitação do núcleo e do serviço de controle de infecção durante a realização de um programa de extensão voltado à segurança do paciente. O serviço de auditor, está relacionado há corrigir, adequar e aperfeiçoar o serviço (FABRO </span><em><span style="font-weight: 400;">et al.</span></em><span style="font-weight: 400;">, 2020). Com relação à Extensão Universitária tem sido idealizada como uma das formas de aprofundar a relação das universidades com a sociedade e no contexto da saúde como meio de fortalecer o Sistema Único de Saúde. A extensão, inserida no processo de formação,</span> <span style="font-weight: 400;">por meio de interlocutores como docentes e extensionistas, têm proposto caminhos que remetem a reflexão e debate sobre a sociedade, suas fortalezas e mazelas e sobre o seu próprio potencial enquanto instrumento de ação na dimensão social da universidade (KOGLIN;&nbsp; KOGLIN, 2018). Desse modo, o presente trabalho trata-se de um relato de experiência enquanto auditores nas unidades de terapia intensiva de um hospital de grande porte do oeste catarinense. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">Relato de experiência decorrente de uma ação extensionista vinculada ao projeto de extensão intitulado Segurança do Paciente e Integração entre Ensino e Serviço: uma proposta de extensão universitária. </span><span style="font-weight: 400;">Neste projeto foram realizadas </span><span style="font-weight: 400;">atividades de auditoria interna em duas unidades de terapia intensiva adulto, uma conveniada ao sistema único de saúde e&nbsp; outra a demais convênios, além das unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal. A ação de extensão foi desenvolvida durante o ano letivo de 2022. Foram realizadas visitas semanais por um período aproximado de 3 horas/dia/semana. Tanto o serviço do núcleo de segurança como o do controle de infecção já possuíam demandas específicas. Para o núcleo de segurança&nbsp; foi auditado a identificação segura, legibilidade das identificações, preenchimento de quadros, avaliação dos riscos de queda, lesão por pressão, identificação de alergias, identificação de equipos e frascos para infusão. Por sua vez, as necessidades do Serviço de Controle de Infecção estavam voltadas para auditoria de materiais, identificação e quartos de isolamento de forma adequada; presença de materiais para higienização das mãos em postos de enfermagem, corredores e quartos; identificação, posicionamento, uso adequados das sondas vesicais de demora (SVD) e da bolsa coletora de diurese. Cabe destacar que os indicadores auditados foram escolhidos pelos serviços, de acordo com as portarias e normas técnicas vigentes.&nbsp; Algumas alterações de aperfeiçoamento do instrumento foram realizadas após sugestão dos estudantes participantes deste projeto de extensão. O início da aplicação se deu após um treinamento inicial sobre isolamentos, higienização de mãos, equipamento de proteção individual (EPI), comunicação assertiva e notificação às equipes. </span><strong>Discussão e resultados: </strong><span style="font-weight: 400;">a experiência enquanto auditores do serviço foi enriquecedora pois permitiu ampliar a visão do conjunto que constitui o cuidado de enfermagem, deixando de centralizar o foco na assistência direta ao paciente, para ver a gestão e a educação continuada como de extrema importância para o andamento de um serviço qualificado. Inicialmente os auditores estudantes, partícipes do projeto, eram acompanhados por um profissional da enfermagem que já realizava as auditorias e orientações sobre as melhores práticas nos espaços hospitalares, na busca por facilitar tanto a auditoria, bem como adentrar aos espaços do hospital de modo harmonioso. Inicialmente, houve resistência dos profissionais da enfermagem com relação a permanência dos estudantes para a realização da atividade. A&nbsp; percepção era de que não estavam preparados para esta função, de extrema importância que poderia colocar em exposição a unidade de trabalho de cada um dos enfermeiros. Apesar disso, com o passar do tempo, os estudantes desenvolveram habilidades comunicativas e relacionais, transpondo barreiras o que facilitou sobremaneira vossa aceitação. Durante a auditoria, a fim de ajustar e alcançar metas de forma mais rápida e menos punitiva, as notificações eram feitas verbalmente ao profissional enfermeiro responsável pela unidade avaliada, desconstruindo o caráter punitivo, propiciando uma comunicação construtiva com o intuito de qualificação do serviço e resolutividade de problemas. No decorrer das atividades extensionistas, embasados no critério de melhor gestão financeira, menor produção de resíduos sólidos, dentre outros, o serviço de controle de infecção iniciou as deslegitimação de protocolos, práticas e cultura do uso de luvas, ganhando assim, um movimento chamado de “desenluvamento” liderado pelo enfermeiro coordenador do setor. Houve também adaptações das pulseiras de identificação dos pacientes visando aderência mesmo diante de diferentes condições clínicas como edema ou ainda em situações de contenções mecânicas por meio da rotatividade dos membros. Com relação a&nbsp; escala de Braden e&nbsp; Morse foi alterado o tempo previsto para 72 horas após admissão e 24 horas em reavaliações; além do aumento da identificação correta das sondas e posicionamento adequado de modo inferior ao nível da bexiga e recuado do solo, evitando infecções do trato urinário. Foi identificado também como problema intersetorial a necessidade de pulseiras de identificação sobressalentes para a troca de membro do paciente, fato notificado ao setor de estoque para averiguação. Transpor os resultados para as planilhas nos setores implicados, possibilitou familiaridade com o sistema de informações assistenciais, gerenciais e epidemiológicas da instituição, promovendo o raciocínio de gestão para o estabelecimento de indicadores para a qualidade na assistência. No retorno ao serviço de controle de infecção, os materiais eram entregues aos setores responsáveis, destinando-se às ações administrativas de gestão. </span><strong>Conclusão: </strong><span style="font-weight: 400;">Diante do exposto, em retrospectiva da experiência vivenciada pelo grupo de estudantes, conclui-se a importância da vivência para construção do processo de se formação enquanto enfermeiro no sentido de possibilitar um ambiente rico e desafiador necessário durante a formação acadêmica.</span></p> 2023-06-27T08:54:30-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18071 GESTÃO DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE XAXIM 2023-06-27T15:05:09-03:00 Marcos Eduardo Plissari eduplissari@gmail.com Cláudio Claudino da Silva Filho claudio.filho@uffs.edu.br Saionara Tomkelk eduplissari@gmail.com Soleni Vanzella eduplissari@gmail.com <p>O Programa Saúde na Escola (PSE) desempenha um papel essencial na promoção, educação e formação em saúde e na promoção do bem-estar dos estudantes da rede pública de educação básica. As ações do PSE são desenvolvidas dentro do território de abrangência da unidade escolar em atividades interprofissionais e intersetoriais, isto é, com apoio dos profissionais da saúde que compõe a Equipe de Saúde da Família e Secretarias de Saúde e os profissionais da Equipe Escolar e Secretarias de Educação. O Programa Saúde na Escola foi decretado em 2007 e surgiu como uma medida de enfrentamento às vulnerabilidades que possam vir a acometer as crianças da rede pública de ensino. As atividades desenvolvidas devem ser específicas para esse público, levando em consideração as necessidades gerais e específicas de cada grupo estudantil, localização e faixa etária, acompanhando o pleno desenvolvimento em todas as fases de crescimento. Dentro da Equipe de Saúde da Família é um dever multiprofissional elaborar as atividades que serão desenvolvidas na escola levando em consideração as propostas do Ciclo Bienal emitido pelo Ministério da Saúde. O Ciclo define as instituições prioritárias e os principais indicadores que devem ser trabalhados para que, ao final do ano, recebam o incentivo financeiro da União. Toda essa avaliação e gestão de equipes, atividades, cronograma e pactuações é realizada pelo coordenador da Unidade de Saúde de referência da Unidade de Ensino, papel esse desempenhado pelo profissional enfermeiro. O município de Xaxim conta com população aproximada de 29250 pessoas, um território majoritariamente rural, 10 ESFs e quase 20 instituições de ensino que se adequam às prioridades elencadas pelo Ciclo Bienal do PSE. Para suprir a necessidade da implementação do PSE e para não sobrecarregar as já sobrecarregadas ESFs, elaborou-se uma estratégia de centralização da gestão do PSE. Aderido à Secretaria Municipal de Saúde, um profissional fica responsável pelo controle gerencial de pactuações, atividades a serem desenvolvidas, cronograma e a avaliação de indicadores nas propostas realizadas em todas as escolas do município. Além da centralização da gestão do PSE, a prefeitura municipal oferece espaço aberto de diálogo entre os profissionais da educação, saúde e secretarias relacionadas, sempre alinhando ou reavaliando as demandas e propostas já submetidas ao processo de implementação. Nota-se que para municípios cuja quantidade de unidades de ensino e população sejam baixas, há a possibilidade de uma gestão centralizada, o que promoverá uma melhora na gerência do tempo por parte dos profissionais das ESFs. Observa-se um potencial de melhoria do desenvolvimento das atividades do PSE e do impacto causado em decorrência do aumento da abrangência do PSE que alavancou para 100% e nas atividades realizadas de acordo com os indicadores recomendados pelo Ministério da Saúde, as quais também compreenderam 100% de implementação e garantiram um repasse de mais de 30 mil reais para o município. Ademais, compreende-se a necessidade de uma discussão intersetorial-interprofissional para que as atividades possam ser desenvolvidas de forma a impactar positivamente o desenvolvimento dos alunos da rede pública de ensino, promovendo saúde e espaços frutificantes de discussão.</p> 2023-06-27T08:55:42-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18069 RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAPACITAÇÃO PARA AS EQUIPES DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE DO OESTE CATARINENSE 2023-06-27T15:05:11-03:00 Renata Rocha Cardozo renatarochacardozo@gmail.com João Vitor Kroth kroth.joaovitor@gmail.com Vinicius Ansolin vinicius.ansolin@estudante.uffs.edu.br Emmania Joseph emmania.j@yahoo.com Tatiana Gaffuri da Silva Tatiana.silva@uffs.edu.br Sílvia Souza da Silva silvia.souza@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Trata-se de um relato de experiência decorrente de uma ação extensionista vinculada ao projeto de extensão institucionalizado na UFFS&nbsp; intitulado como “ Segurança do paciente e integração entre ensino e serviço: Uma proposta de extensão universitária” e em desenvolvimento desde 2022.&nbsp; A ação foi realizada em um hospital de grande porte no oeste catarinense com uma equipe composta por um docente e quatro estudantes do curso de graduação em enfermagem, sendo três bolsistas e um voluntário. Participaram também os dois enfermeiros coordenadores do Núcleo de segurança do paciente e do Serviço de controle de infecção relacionado à assistência à saúde. A ação teve como objetivo capacitar as equipes de enfermagem no que tange a segurança do paciente e controle de infecção hospitalar.&nbsp; A Extensão Universitária tem sido idealizada como uma das formas de aprofundar a relação das universidades com a sociedade e no contexto da saúde como meio de fortalecer o Sistema Único de Saúde. A extensão, inserida no processo de formação,</span> <span style="font-weight: 400;">por meio de interlocutores como docentes e extensionistas, têm proposto caminhos que remetem a reflexão e debate sobre a sociedade, suas fortalezas e mazelas e sobre o seu próprio potencial enquanto instrumento de ação na dimensão social da universidade (KOGLIN;&nbsp; KOGLIN, 2018). A segurança do paciente está associada a uma série de condutas que devem ser pensadas e priorizadas durante todo o atendimento e cuidado ao paciente. Tendo como propósito,&nbsp; reduzir as falhas evitáveis no exercício da assistência à saúde a um mínimo aceitável, de modo a oferecer ao paciente, uma assistência de qualidade e livre de danos com a máxima prevenção dos erros. Neste sentido, a educação continuada, como atividade extensionista tem como papel possibilitar a reflexão da equipe e mudança de comportamento no que tange aos melhores saberes. Em se tratando de segurança do paciente, o tema já é abordado e desenvolvido desde os primórdios com Hipócrates (460-377 a.C.) afirmando que a atenção à saúde, antes de tudo, não deveria causar danos, e Florence Nightingale (1820-1910) que por meio da Teoria Ambientalista buscava o ambiente ideal para oferecer o cuidado ao paciente. Foi desta forma que Florence conseguiu reduzir a incidência de mortalidade entre soldados ingleses na guerra da Crimeia de 42,2% para 2,2%, em seis meses. Segundo o documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente, estudos realizados em diversos países apontam grande incidência de eventos adversos. Em média, 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso e destes, 50% são evitáveis. O cuidado em relação a segurança do paciente é liderado pela Organização Mundial da Saúde, que em parceria com a </span><em><span style="font-weight: 400;">Joint Commission Internacional</span></em><span style="font-weight: 400;"> , implementou as seis metas internacionais de segurança do paciente,as quais: identificar o paciente corretamente, melhorar a eficácia da comunicação, melhorar a segurança dos medicamentos de alta-vigilância, assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto, reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde e reduzir o risco de danos ao paciente, decorrente de quedas. Tais metas visam evitar que ocorram os tão temidos eventos adversos. Com base no</span><span style="font-weight: 400;"> programa nacional de segurança do paciente, que foi criado para definir algumas diretrizes acerca das metas internacionais de segurança do paciente é possível encontrar algumas formas de efetivar a prática de Segurança ao Paciente, como por meio do uso das</span><span style="font-weight: 400;"> pulseiras que podem identificar diversas situações desde o risco de queda, lesão por pressão, alergias, isolamento e até mesmo o próprio paciente. Percebe-se que uma série de cuidados são abarcados ao tratar-se desta temática, assim fica em evidência a necessidade de constantes retomadas de capacitações, com discussões que favorecem o pensar e refletir.&nbsp; No hospital da região do oeste são realizadas auditorias periódicas pelo Núcleo de Segurança do Paciente a fim de quantificar dados acerca das práticas de segurança do paciente executadas pela equipe. Por meio destas auditorias foi reconhecido uma baixa demanda na adesão do uso das pulseiras de identificação e elaborado e preenchimento do quadro, visando melhorar estes índices, foi elaborado uma atividade de capacitação sobre o tema, realizada pelos três estudantes graduandos do curso de Enfermagem da UFFS que integram o programa de extensão voltado para a segurança do paciente e que busca a integração entre ensino e serviço. Organizado a capacitação foi determinado que seria aplicada para todas as equipes de Enfermagem dos setores fechados, dentre eles: Unidade de Terapia Intensiva Geral, Unidade de Terapia Intensiva Convênio, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Laboratório e Hemodinâmica. Para realizar a capacitação, foi utilizado como base a ideia de Paulo Freire de educação problematizadora como forma para detectar os problemas que acontecem relacionados a temática e possibilitar a transformação dos problemas cotidianos, sendo assim, a capacitação ocorreu por meio da formação de uma roda de conversa mediada pelos estudantes e a enfermeira responsável pelo Núcleo de Segurança do Paciente do hospital, desta forma era possível transpassar o ensino através da interação com o conteúdo e pequenos diálogos mediados por meio de interrogações e problematização acerca de ações que podem causar danos ao paciente. O tema foi inserido na roda de conversa de forma gradual e aos poucos sendo problematizado e buscando sensibilizar a equipe acerca de tomar os devidos cuidados em relação a Segurança do Paciente. Como método de fixação lúdica e permitindo a interação com o conteúdo, foi utilizado caça palavras e questões de concurso. Antes de colocar em prática a capacitação, foi realizada uma reunião prévia entre os estudantes, a fim de explanar as ideias e possibilidades,&nbsp; assim definido uma metodologia, foi elaborado uma proposta e preparados materiais em conjunto com a enfermeira do núcleo. As equipes de enfermagem dentro deste hospital possuem elevada rotatividade devido às escalas de trabalho, por isso, foi necessário elaborar um cronograma e verificou-se a necessidade da utilização de dois dias para que todas as equipes de todos os turnos fossem assistidas. No momento inicial da roda de conversa, os mediadores explanaram a notoriedade da segurança do paciente, sensibilizando a equipe acerca a importância das seis metas internacionais de segurança do paciente e traziam casos tanto quanto internos quanto externos a respeito de eventos adversos relacionado a identificação do paciente, foi possível em grande parte dos setores exercer a troca de informações, escutar as demandas das equipes e compartilhar o conhecimento. No entanto,&nbsp; apesar da participação da maioria dos ouvintes, alguns ficavam distraídos, em especial em setores onde o enfermeiro não evidenciava interesse, neste sentido foi possível perceber que a equipe de enfermagem é reflexo do comportamento do enfermeiro, desta forma destaca-se a notabilidade de uma boa conduta do profissional. No decorrer da aplicação da capacitação, os estudantes que foram os mediadores e puderam associar de forma teórico-prática que a segurança do paciente é fundamental para o cuidado qualificado, de modo a reduzir riscos de um possível evento adverso e proporcionar uma melhor serviço. Portanto conclui-se que a segurança do paciente é um fator fundamental para que não ocorram eventos adversos, sendo de extrema importância praticar hábitos seguros. A capacitação é um método para educação e conscientização benéfico para a equipe, visando retomar conhecimentos prévios e complementá-los e também para os estudantes mediadores associando a teoria com as vivências cotidianas nos setores.&nbsp; Desenvolver projetos de extensão permitiu a aproximação com campos práticos, além de desenvolver a capacidade de comunicação, observação e tomada de decisão. Com certeza momentos únicos na trajetória acadêmica.</span></p> 2023-06-27T08:57:42-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18068 FORMAÇÃO EM CONTROLE SOCIAL PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: SUSTENTABILIDADE DOS CONSELHOS LOCAIS E DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMO DIREITO SOCIAL 2023-06-27T15:05:17-03:00 Caroline Teodoro carolteodoro33@gmail.com Cláudio Claudino da Silva Filho claudiocfilho@gmail.com Geile Fistarol geile.fistarol@gmail.com Letícia Soares Variani leticiasvariani@gmail.com <p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;">A partir da promulgação da Lei nº 8.142 de 1990 dispõe-se sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) através das seguintes instâncias de ações sociais: Conferências e Conselhos de Saúde que se caracterizam como espaços públicos deliberativos e de construção da democracia. É por meio dessas instâncias que se dá o controle social, ou seja, a participação da população acontece através de seus representantes, no momento da definição, execução, no acompanhamento e no controle das ações do Estado em prol da saúde do coletivo, sempre levando sempre em consideração o caráter democrático. Contudo, existem inúmeras lacunas na participação comunitária nos conselhos de saúde, devido a alguns motivos como: a falta de engajamento dos próprios usuários, crise da democracia representativa, além do receio na capacidade de intervenção dos usuários, mesmo com a paridade legalmente garantida. Paralelo a essa análise de participação social e baixa adesão aos conselhos de saúde por parte da comunidade, está o trabalho desenvolvido pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), de educadores populares. O presente resumo busca relatar a experiência sobre a realização de uma atividade por um grupo participante do programa PET-Saúde, edição Gestão e Assistência, para formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) direcionado ao âmbito do controle social, estimulando a sustentabilidade dos conselhos locais e do Sistema Único de Saúde como expressão do direito social</span><span style="color: #4a86e8;">. </span><span style="color: black;">Trata-se de uma atividade de formação em controle social para as ACSs do CSF Jardim América, no município de Chapecó, realizado no dia 31 de março de 2023. A intervenção se deu, por meio de uma apresentação expositivo-dialogada realizada pelos estudantes que integram o projeto do PET Saúde Gestão e Assistência que ilustraram a importância da participação social dentro do SUS utilizando o recurso de apresentação pela ferramenta <em>power point,</em> reforçando sobre a importância das conferências de saúde e do movimento popular. Percebeu-se o engajamento do grupo de ACSs, pois no decorrer na atividade houve questionamentos e interesse em criar estratégias para convidar a população para fazerem parte do movimento do Conselho de Saúde Local. O ACS integra as equipes multidisciplinares da Atenção Básica da Estratégia Saúde da Família, e tendo em vista esse papel estratégico e de contato direto com a comunidade, é de extrema prioridade que os agentes possuam conhecimento sobre o controle social e participação da comunidade aliada à equipe de saúde. A atuação das ACSs no Brasil e pautas como formação, qualificação, valorização e engajamento nos pontos propedêuticos do SUS, são debates fortemente presentes nessa área. É de suma monta compreender como os agentes possuem um papel de articuladores e mediadores entre a rede e as famílias. Baseado nisso, vê-se a importância dos ACS em processos capacitivos para a realização de um trabalho eficiente e intervenção junto às comunidades assistidas. Por conseguinte, configura-se como essencial uma formação para as ACS voltadas para o conhecimento do controle social e participação social dentro do contexto do SUS, baseado em princípios éticos, aliado ao conhecimento e à realidade do cotidiano assistido pelas equipes.</span></p> 2023-06-27T09:00:50-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18065 RELATO DE EXPERIÊNCIA: AUDITORIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE GRANDE PORTE DO OESTE CATARINENSE 2023-06-27T15:05:21-03:00 Vinicius Ansolin vinicius.ansolin@estudante.uffs.edu.br João Vitor Kroth joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Renata Rocha Cardozo joao.kroth@estudante.uffs.edu.br Tatiana Gaffuri da Silva tatiana.silva@uffs.edu.br Paulo Cesar da Silva tatiana.silva@uffs.edu.br Diane Terribile joao.kroth@estudante.uffs.edu.br <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> a assistência em saúde, em seu âmbito mais essencial, tem como objetivo principal não causar dano ao paciente. O </span><em><span style="font-weight: 400;">Primum non nocere</span></em><span style="font-weight: 400;"> - primeiramente não causar dano, conceito dado por Hipócrates (460 a 370 a.C.), e hoje tido como conceito de “não maleficência", é um pensamento ético que existe desde os primórdios da medicina e vem se aprimorando até os dias atuais. A partir dos anos 2000, por meio da divulgação de um relatório de segurança do paciente pelo Institute of Medicine intitulado </span><em><span style="font-weight: 400;">To err is human</span></em><span style="font-weight: 400;">, o qual relatava que cerca de 100 mil pacientes morriam por ano nos hospitais dos </span><span style="font-weight: 400;">Estados Unidos</span><span style="font-weight: 400;"> como desfecho de eventos adversos (termo que designa erros na assistência em saúde que levam ao dano ao paciente), foi enfatizado a segurança do paciente como pauta mundial para a assistência em saúde. Assim, foram induzidos cada vez mais esforços por parte dos países e organizações competentes, na formação de protocolos e estudos acerca da segurança do paciente, visando sua melhoria. A segurança do paciente, é conceituada como a adoção de medidas que visam reduzir, a um mínimo aceitável, o risco de dano causado na assistência em saúde. Ainda, corresponde à cultura de segurança adotada pelos profissionais no intuito de priorizar a segurança de todos acima das metas financeiras e operacionais, promovendo o aprendizado organizacional e a melhora da qualidade do atendimento (OMS, 2009; BRASIL,</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">2013). Salientando a alta complexidade envolvida na assistência à saúde, é inevitável que o erro possa acontecer, afinal, errar é humano (BRASIL, 2013). Os setores administrativos responsáveis pela segurança do paciente nos hospitais são o Núcleo de Segurança do Paciente e a Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. De acordo com o Programa Nacional de Segurança do Paciente, de 2013, os Núcleos desempenham o papel de promover a prevenção, controle e mitigação de incidentes, além da integração dos setores, a articulação dos processos de trabalho e das informações que impactam nos riscos ao paciente. Conforme a Portaria nº 2616/1998, o serviço de controle de infecção assume o papel de elaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de infecção hospitalar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares, aprovar as medidas de controle, investigar surtos epidemiológicos e outras competências relacionadas ao controle de infecções. Considerando a grande importância da adoção das boas práticas de segurança do paciente pelos profissionais e as dificuldades encontradas na prática para sua efetivação, surge o interesse de observar e identificar as dificuldades existentes no ambiente hospitalar. Objetiva-se também auxiliar nas auditorias dos setores que prestam cuidados assistenciais, visando a identificação dos erros e feedback ativo intersetorial buscando a sensibilização das equipes sobre os riscos gerados em decorrência do cuidado inseguro no trabalho. </span><strong>Metodologia:</strong><span style="font-weight: 400;"> Relato de experiência decorrente de uma ação extensionista vinculada ao projeto de extensão intitulado Segurança Do Paciente e Integração Entre Ensino e Serviço: Uma Proposta de Extensão Universitária. Foi desenvolvido durante o período de 12 meses (janeiro a dezembro de 2022) em um hospital regional público de grande porte do oeste catarinense. A equipe era formada por um docente e três estudantes do curso de enfermagem da UFFS, e dois profissionais enfermeiros do serviço. A extensão foi realizada por meio de auditorias internas, relacionadas a segurança do paciente e controle de infecção de infecção hospitalar, nas unidades de internação: Clínica Médica, Clínica Convênio, Maternidade, Clínica Cirúrgica Geral, Clínica Traumato-Ortopédica, Neurologia, Oncologia Adulto, Oncologia Pediátrica, </span><span style="font-weight: 400;">Unidade de Terapia Intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> Adulto, </span><span style="font-weight: 400;">Unidade de Terapia Intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> Convênio, </span><span style="font-weight: 400;">Unidade de Terapia Intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> Pediátrica e </span><span style="font-weight: 400;">Unidade de Terapia Intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> Neonatal. Para cada unidade de internação hospitalar, era necessário auditar dados mensais de no mínimo 50% da média de internação por setor/dia. Para dar conta da demanda solicitada, os estudantes realizavam uma visita semanal no referido hospital com duração média de 3 horas. Na auditoria eram adotados os instrumentos já utilizados pelo núcleo de segurança e serviço de controle de infecção. O Núcleo faz uso de um </span><em><span style="font-weight: 400;">check list</span></em><span style="font-weight: 400;"> contendo áreas para a coleta das seguintes informações: identificação do paciente, pulseira de identificação e quadro preenchido com as informações do paciente, e campos com sim ou não para: Escala de Morse/ Humpty Dumpty/ Escala de Richmond de Agitação-Sedação - avaliação na admissão, reavaliação em 72 horas, risco alto de queda, uso de pulseira de risco de queda, grades laterais do leito elevadas -, Escala de Braden/ Braden Q/ Escala de Observação do Risco de Lesão da Pele em Neonatos - avaliação na admissão, reavaliação em 72 horas, risco alto de lesão por pressão, pulseira de risco de lesão por pressão, presença de lesão por pressão -, alergia a medicamento, e equipos de medicamentos dentro do prazo de validade. O serviço de controle de infecção utiliza 3 </span><em><span style="font-weight: 400;">check list</span></em><span style="font-weight: 400;"> para: higienização de mãos, pacientes em isolamento e sondas vesicais de demora. Para o primeiro, foram coletadas informações sobre a disposição de sabonete líquido, papel toalha e álcool em gel nos postos de Enfermagem e no corredor da unidade, e disposição de álcool em gel nos quartos. Para os isolamentos, era verificada a disponibilidade de materiais fora do quarto - luvas, avental, óculos, álcool -, orientação dos familiares sobre os cuidados necessários com o isolamento, pulseira, etiqueta no prontuário e placa na porta de identificação de isolamento. Por último, para a auditoria das sondas vesicais, foram avaliados os seguintes aspectos: sonda dentro do prazo de validade, identificação da sonda, posicionamento da bolsa coletora abaixo do nível da bexiga do paciente, bolsa com no mínimo 10 cm de distância do chão, e volume de urina sem ultrapassar ¾ da bolsa coletora. Após a coleta ser feita nas unidades, os estudantes levavam os dados coletados ao Núcleo e para o Setor de Controle de Infecções a fim de adicionar aos sistemas de planilhas utilizados, para posterior análise interna e entrega de relatórios aos órgãos de vigilância.</span><strong> Análise e discussão:</strong><span style="font-weight: 400;"> a experiência vivida pelos estudantes envolvidos no projeto durante os 12 meses de desenvolvimento foi de suma importância para a formação profissional, uma vez que permitiu uma visão aprofundada sobre os principais problemas/dificuldades existentes na prática do trabalho, bem como sobre a importância da sensibilização das equipes em relação aos cuidados em segurança do paciente. O primeiro ponto observado com clareza foi as diferentes organizações das equipes em cada unidade, permitindo a identificação das fragilidades em cada espaço, assim como dos erros mais comuns. Percebeu-se que o perfil das equipes é majoritariamente definido pela maneira com que o enfermeiro responsável gerencia a unidade, muitas vezes apresentando recorrentes falhas de segurança do paciente em pontos específicos, como falta de materiais para higienização de mãos ou falhas na identificação e fixação da sonda vesical de demora. Outro ponto a ser destacado, de maneira geral, é que a principal diferença no funcionamento das unidades é a conscientização acerca da importância da segurança do paciente pelas equipes, em especial entre as </span><span style="font-weight: 400;">unidades de terapia intensiva </span><span style="font-weight: 400;">e as demais unidades do hospital. Isso porque dentro do contexto da </span><span style="font-weight: 400;">unidade de terapia intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> as equipes, nitidamente, possuem maior controle na assistência aos pacientes, atentando-se com a contaminação, identificação do paciente e avaliação frequente de risco de queda e de lesão por pressão. Além disso, as equipes das </span><span style="font-weight: 400;">unidades de terapia intensiva</span><span style="font-weight: 400;"> recebem capacitações de educação continuada com</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">maior frequência, permitindo que temas relacionados à segurança do paciente sejam abordados e discutidos entre todos. Em contrapartida, as demais unidades auditadas possuem outra conformação de trabalho, variando de maneira semelhante entre elas. Nesses setores as falhas de identificação do paciente, identificação e situação da bolsa de sonda vesical de demora e aplicação das Escalas de Morse e Braden são vistos com maior repetição. Sempre após as auditorias em cada unidade, era feito o repasse das falhas encontradas ao enfermeiro chefe, a fim de que eles possam estar cientes das fragilidades da equipe e possam dar o feedback para suas equipes. Vale ressaltar que nenhuma das conversas dos estudantes, com ou sem o acompanhamento do núcleo e do serviço de controle de infecção, com o enfermeiro teve caráter punitivo, mas sim para permitir que as auditorias sirvam de base para o reconhecimento dos erros e o planejamento de medidas para a melhoria da assistência. Por fim, vale destacar que ao longo do desenvolvimento do estudo nos 12 meses, foi possível perceber uma significativa melhora em alguns aspectos, os quais: mitigação dos erros observada com as auditorias em todas as unidades, melhor abertura do enfermeiro para o repasse das informações coletadas pelos estudantes, pois no início a comunicação era mais difícil, menor resistência em ouvir e reconhecer os problemas existentes na unidade por parte do profissional, e observação de melhorias que puderam ser feitas com o auxílio do núcleo e do serviço de controle de infecção hospitalar. </span><strong>Conclusão:</strong><span style="font-weight: 400;"> Participar deste projeto de extensão e ter a oportunidade de auditar o serviço no que tange a segurança do paciente e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde pode ser considerada uma experiência única no processo formativo enquanto futuros enfermeiros. As diferentes experiências semanais contribuíram sobremaneira para o reconhecimento da fundamentalidade da segurança do paciente e dos impactos gerados a partir de fragilidades neste âmbito. O contato com os setores responsáveis, núcleo de segurança e serviço de controle de infecção, proporcionou o conhecimento aprofundado do papel desempenhado por esses serviços, em especial pelos profissionais envolvidos, como os pilares da fiscalização e manutenção da qualidade da assistência em saúde.</span></p> 2023-06-27T09:07:06-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18063 AVALIAÇÃO DO JULGAMENTO CLÍNICO DE ENFERMEIROS HOSPITALARES ALIADO AO PROCESSO DE ENFERMAGEM 2023-06-27T15:05:27-03:00 Sara Leticia Agazzi saraagazzi11@gmail.com Agatha Carina Galvan daniela.geremia@uffs.edu.br Alexander Garcia Parker alex.parker@uffs.edu.br Eleine Maestri eleine.maestri@uffs.edu.br Júlia Valéria Oliveira Vargas Bittencourt julia.bittencourt@uffs.edu.br <p>Verificar a aplicabilidade do instrumento Lasater Clinical Judgment Rubric (LCJR) para avaliar o desempenho dos profissionais de enfermagem quanto ao desenvolvimento do julgamento clínico na aplicação do Processo de Enfermagem (PE).</p> 2023-06-27T09:08:08-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18059 GESTÃO EM SAÚDE E A ENFERMAGEM: MOVIMENTOS DE UM GRUPO TUTORIAL PET-SAÚDE 2023-06-27T15:05:31-03:00 Ana Julia Ferreira anajuliaferreira092004@gmail.com Larissa Thomas Tombini larissa.tombini@uffs.edu.br Andrieli Carine Baggio andry_c_baggio@hotmail.com Lisa Leslley Oliveira Santos lisaleslley@gmail.com <p>A formação em saúde deve acompanhar as necessidades em saúde observadas no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Como uma das estratégias para aproximar o ensino à realidade do serviço apresenta-se o Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde). Ao envolver estudantes, professores e profissionais, a proposta potencializa vivências e oportunidades para qualificar os processos tanto da formação quanto do desenvolvimento profissional. Em sua 10ª edição, o PET-Saúde apresenta-se sob a temática Gestão e Assistência, voltando-se para reflexões e construções nestes eixos de atuação. Este resumo objetiva relatar a experiência de um grupo tutorial PET-Saúde no estudo e práticas relacionadas à gestão em saúde, epidemiologia e pandemia de Covid-19. Aprovado em 2022 e em desenvolvimento, o PET-Saúde Gestão e Assistência é uma parceria entre Universidade Federal da Fronteira Sul, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Universidade do Estado de Santa Catarina e, Secretaria da Saúde de Chapecó. Está organizado em 05 grupos tutoriais voltados aos eixos de assistência (02) e gestão (03). Entre estes está o Grupo 3, constituído por 14 participantes, (02 tutores/docentes, 02 preceptores/profissionais e 08 estudantes sendo 04 da enfermagem, 03 da medicina e, 03 da psicologia). Sob o eixo gestão em saúde e temática epidemiologia e pandemia de Covid-19, foca as discussões, entre outros, nas iniciativas de atenção e gestão voltadas ao enfrentamento da pandemia. Nesse contexto movimentos na construção do conhecimento foram disparados com destaque para a o estudo da aplicabilidade da epidemiologia para a gestão; a coleta e análises de dados epidemiológicos para a gestão em saúde e, mais recentemente, o estudo e análise da cobertura vacinal contra covid-19 na população catarinense, região oeste e Chapecó, refletindo sobre os avanços e desafios da imunização para a gestão da saúde compreendida a avaliação dos resultados obtidos. Desta ação resultou a produção de estudo temporal descritivo com encaminhamento de publicação futura e que envolveu sobretudo tutor enfermeiro e, acadêmicos de medicina e enfermagem no aprofundamento da temática que o grupo tutorial pretende. Cabe sinalizar que ações em imunização envolvem diretamente os profissionais de enfermagem, com destaque ao enfermeiro na gestão dos processos e equipes envolvidas. Ao tempo em que estas ganham destaque e evidência, o trabalho da enfermagem é vislumbrado e reconhecido socialmente como determinantes para a saúde e qualidade de vida dos indivíduos e coletivos. Da mesma forma, a gestão como dimensão do trabalho da enfermagem é apresentada ao grupo tutorial interprofissional e reafirmada no campo de formação deste profissional.</p> 2023-06-27T09:11:24-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18055 A ENFERMAGEM PROMOVENDO A SAÚDE POR MEIO DA MÚSICA 2023-06-27T15:05:34-03:00 Kelly Cristina de Prado Pilger kellycristinadeprado23@gmail.com Samantha Karoline Mafra samantha.mafra@estudante.uffs.edu.br Jeane Barros de Souza jeane.souza@uffs.edu.br Débora Ceccatto debora.ceccatto@outlook.com Richard Augusto Thomann Beckert ritbeckert@hotmail.com Kasey Martins Ost kasey_ost@hotmail.com <p>A diversidade, ao longo da história, passou por diferentes conceitos, mas foi somente no final do século XX, com a discussão dos direitos sociais na Constituição Federal, que as pessoas excepcionais foram reconhecidas como indivíduos de direitos e deveres. Dessa forma, considera-se excepcional a pessoa com deficiência que apresenta perda ou alteração nas funções físicas e/ou mentais, o que gera dificuldade ou incapacidade na realização de atividades do cotidiano. Para garantir o direito dessa população, em 1987 foi criada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), com o objetivo de promover a melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência, independente da faixa etária, buscando assegurar o pleno exercício da cidadania. Além disso, em 2002, foi criada a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, que tem como pauta ampliar a assistência desse público para além da atenção especializada, partindo do pressuposto que esses cidadãos podem ser acometidos por doenças e/ou agravos, portanto, faz-se necessário um olhar holístico, com foco na promoção da saúde. Uma ferramenta que vem ganhando espaço na promoção da saúde é a música, sendo considerada uma tecnologia de cuidado, capaz de proporcionar momentos felizes, de aconchego, tranquilidade, lazer e de reflexão. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no desenvolvimento da intervenção musical para os alunos da APAE. O projeto de extensão “Musicagem”, é composto por 10 estudantes, duas enfermeiras e uma docente do curso de graduação em enfermagem de uma Universidade pública do sul do Brasil. O projeto tem como propósito promover a saúde de pessoas hospitalizadas, seus familiares e profissionais da saúde de dois hospitais públicos do Oeste de Santa Catarina, através de intervenções semanais. Além disso, também realiza ações de promoção da saúde em outras instituições, quando solicitado, como no caso da APAE. Nessa ocasião em especial, o projeto Musicagem foi convidado pelos estudantes do curso de medicina da mesma universidade a realizar uma intervenção musical na APAE. Essa ação tinha como proposta promover um momento de interação e socialização. Assim, a equipe do projeto Musicagem selecionou músicas que retratavam sobre amizade, família e amor. Também foram confeccionadas caixinhas de fósforo decorativas, contendo arroz dentro, simulando um instrumento de percussão e estas foram distribuídas para os alunos da APAE, que puderam tocar juntamente com os instrumentistas todas as músicas. Em vários momentos, os alunos se organizaram em roda e deram-se as mãos, dançaram, cantaram e aplaudiam, com participação ativa em todo o processo. A experiência demonstrou que a música é inclusive e pode ser promotora da saúde em diferentes espaços, para além do ambiente hospitalar. Foi perceptível que os alunos da APAE e os profissionais presentes alegraram-se com a realização da intervenção musical, o que tornou o momento divertido e prazeroso também para os integrantes do Musicagem. Ressalta-se a importância da continuidade de ações que promovam a saúde através da música, bem como o incentivo a pesquisas que demonstrem seus benefícios em outros contextos e realidades da sociedade.</p> 2023-06-27T09:17:34-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18056 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E A FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO NA ENFERMAGEM 2023-06-27T15:05:37-03:00 Larissa Thomas Tombini larissa.tombini@uffs.edu.br Jeane Barros de Souza Lima jeane.souza@uffs.edu.br Valéria Silvana Faganello Madureira valeria.madureira@uffs.edu.br <p>Enquanto instrumento que concentra e orienta a concepção e o desenvolvimento do curso de graduação, os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) apresentam, entre outros, os fundamentos para a gestão acadêmica, pedagógica e administrativa do curso, os princípios educacionais norteadores do processo de ensino-aprendizagem e, o perfil do egresso em coerência às diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Para os cursos da área da saúde, a homologação das DCN, entre 2001 e 2004, avançou na proposição de um perfil acadêmico e profissional com competências, habilidades e conteúdos, capazes de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2001). Neste caminho, a contextualização mediante aproximação com a realidade, e a autonomia discente, próprios das propostas extensionistas, apresentam-se como necessários&nbsp; para o ensino de excelência (MORAES, 2016). &nbsp;O PPC do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) destaca que a formação do futuro egresso deve instigar a capacidade crítica, reflexiva e criativa, sendo que os acadêmicos envolvidos em programa de extensão poderão desenvolver sua criatividade e reflexão crítica sobre suas ações em prol da promoção da saúde dos indivíduos e coletividades no território de atuação, com envolvimento dos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) (PPC, 2010). A proposição de ações extensionistas em educação permanente em saúde (EPS) é considerada potente estratégia para o fortalecimento de vínculos e parcerias entre instituições de ensino superior e serviços de saúde, ao tempo em que oferece oportunidade tanto para a qualificação da formação em saúde pela aproximação com a realidade do serviço, quanto para transformação das práticas e desenvolvimento profissional. Este resumo objetiva relatar a experiência sobre a atividade de extensão proposta pelo Curso de Enfermagem UFFS em EPS para profissionais da APS. Como parte do trabalho docente para formação em Enfermagem, atividades de extensão são desenvolvidas ao longo do Curso com objetivo de inserir o acadêmico na realidade dos serviços de saúde e para o exercício da dimensão educação no trabalho do enfermeiro da APS. Atendendo à chamada interna de fluxo contínuo para registro de ações de extensão e de cultura no âmbito da UFFS e, como parte do trabalho para formação em enfermagem, atividades de extensão são submetidas e desenvolvidas. Entre estas, apresenta-se o projeto intitulado “Educação em saúde para profissionais da Atenção Primária: integração entre Secretaria de Saúde de Chapecó (SESAU) e Curso de Enfermagem da UFFS”. Trata-se de projeto de extensão que objetiva promover a qualificação profissional por meio de EPS para profissionais da APS, desenvolvido em unidades básicas de saúde dos bairros Belvedere, Jardim América e São Cristóvão, em Chapecó, Santa Catarina, Brasil. As ações educativas envolvem os profissionais atuantes em cada unidade, considerando-se as necessidades de cada uma e da Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó. Iniciado em abril de 2022, com previsão de término em fevereiro de 2024, o referido projeto extensionista articula acadêmicos de enfermagem de diferentes fases do curso nas atividades propostas. Em 2022 foram desenvolvidas oficinas de educação permanente em saúde com agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate à endemias (ACE) de todo o município de Chapecó. Algumas das temáticas demandadas pelo serviço/SESAU foram: territorialização; atribuições dos profissionais ACS e ACE; comunicação verbal e não verbal, postura, abordagem cordial; saúde ambiental, meio ambiente e saneamento básico; trabalho em equipe multiprofissional; atribuições dos ACS e ACE; ética e sigilo profissional; e abordagem familiar no território da APS. Essas temáticas foram desenvolvidas no formato de sete oficinas e envolveram o trabalho de 35 estudantes de graduação em enfermagem da quinta fase do curso de enfermagem da UFFS, sob orientação de três docentes do curso de enfermagem, contando com a participação ativa de 413 profissionais, entre ACS (353) e ACE (60). Tais oficinas foram desenvolvidas conforme cronograma organizado pela equipe gestora da SESAU, sendo três dias no mês de junho de 2022 e três dias em agosto do mesmo ano. Para tanto, foi organizado em cada dia de oficina um rodízio, que possibilitou a participação de todos os profissionais, os quais foram subdivididos em grupos de aproximadamente 40 pessoas. As sete oficinas foram organizadas com utilização de metodologias ativas, sendo que com criatividade e ludicidade, os acadêmicos de enfermagem, após estudo das temáticas propostas, buscaram planejar atividades educativas que possibilitassem a participação ativa dos profissionais da saúde. Os ACS e ACE avaliaram de modo positivo as ações desenvolvidas, atingindo o objetivo proposto. Para além disso, percebeu-se que os técnicos em enfermagem precisavam de maiores orientações quanto a cobertura de feridas, bem como sobre a coleta de exames laboratoriais. Para tanto, ações de atualização sobre essas duas temáticas foram organizadas. Para estes temas e público, foram confeccionados e disponibilizados cartazes informativos que foram fixados nos espaços correspondentes – sala de curativos/procedimentos e, salas de coletas de exames laboratoriais das UBS envolvidas. Os cartazes informativos foram organizados a partir de estudo dos acadêmicos de enfermagem sobre as temáticas propostas, que buscaram descrever informações objetivas e com a presença de fotos coloridas, com o intuito de ficar bem claro para os profissionais como deveriam proceder na execução das técnicas especificas de curativo e coleta de sangue. O material produzido foi validado por enfermeira especialista na área vinculado ao serviço. Esta ação envolveu três docentes e sete estudantes, entre bolsistas e voluntários, de diferentes fases do curso de enfermagem da UFFS, vinculados ao projeto de extensão aqui descrito. Salienta-se que para 2023 estão previstas ações de EPS envolvendo ACS de outros municípios da região de Chapecó, assim como o atendimento de demandas específicas da enfermagem e/ou estratégia saúde da família em EPS, nos territórios envolvidos neste projeto. Como resultados à formação em enfermagem para a dimensão educativa, obtidos a partir das ações desenvolvidas até o presente momento, assim como as em fase de planejamento e organização, destacam-se: o protagonismo dos acadêmicos na organização e implementação das atividades; o comprometimento, a criatividade e a iniciativa para o planejamento, organização e desenvolvimento das ações educativas voltadas para os profissionais que atuam diretamente no cuidado em saúde na APS; a aproximação dos acadêmicos com a equipe multiprofissional, o que repercute em intenso aprendizado aos estudantes envolvidos na ação; a sensibilização quanto a necessidade de atuar na qualificação das práticas e promoção e cuidado em saúde dos indivíduos e coletividades, conforme a realidade de cada território e; o fortalecimento de vínculos e integração entre ensino e serviço. Os impactos para os profissionais atuantes na APS, implicados nas ações, evidenciaram a ampliação do conhecimento para a permanente qualificação das práticas e do cuidado em saúde a indivíduos e coletividades em seus territórios. Portanto, incentiva-se o diálogo e o vínculo entre os profissionais de saúde do território e os acadêmicos de enfermagem para a qualificação da assistência prestada e para o aprimoramento da formação em saúde. Nesse cenário, torna-se premente o fortalecimento da integração ensino e serviço, a partir do apoio dos gestores da SESAU e dos profissionais envolvidos nas atividades de EPS com os trabalhadores que atuam na APS, com vistas a qualificar a assistência prestada.&nbsp; Considera-se que o desenvolvimento de habilidades e competências para o trabalho na dimensão educativa do enfermeiro deve ser presente e permanente na formação em enfermagem. Conclui-se que as ações em EPS são potencializadas quando articuladas às propostas de extensão, como o relato aqui apresentado, visto que possibilita oportunidades, conhecimentos e troca de experiências tanto para os profissionais atuantes nos serviços de saúde, como para os acadêmicos de enfermagem em formação.</p> 2023-06-27T09:19:06-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18053 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA 2023-06-27T15:05:40-03:00 Thamirys Fernanda Santos thamiryssantos263@gmail.com Kailane Paula Pretto kailane.ppretto@gmail.com Ana Cristina dos Santos enfanac@unochapeco.edu.br Daniela Savi Geremia daniela.savi.geremia@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Os determinantes sociais em saúde são definidos como condições que interferem no processo saúde-doença, sendo caracterizado como o conjunto de acontecimentos, situações e comportamentos da vida nas esferas econômica, social, ambiental, política, governamental, cultural e subjetiva que podem afetar positivamente ou negativamente a saúde dos&nbsp; indivíduos, segmentos sociais, coletividades, populações e territórios, isto é, que afetam o desenvolvimento humano (VIANNA, 2011). No Brasil, um dos pontos negativos causados pelos determinantes sociais é a dificuldade de difusão das informações de saúde, de modo igualitário, devido à vastidão de seu território e as realidades individuais de cada localidade. Em vista disto, o Programa Saúde nas Escolas (PSE), instituído pela Portaria N.º909/2010, busca efetivar o acesso às informações sobre promoção, prevenção e proteção da saúde nas escolas, tendo como público-alvo crianças e adolescentes no período de formação. As ações do PSE, em todas as dimensões, devem estar inseridas no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas municipais, respeitando a competência político executiva dos estados e municípios, à diversidade sociocultural das diferentes regiões do país e à autonomia dos educadores e das equipes pedagógicas (MS, 2010). Assim, a partir do PPP são informadas as principais demandas definidas pelas instituições de ensino, sendo baseadas na identificação de vulnerabilidades no cotidiano educacional, os quais em articulação com a área da saúde, poderão ser objeto de ação das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) para a efetivação das diretrizes do PSE. Em consonância, nas atuações pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), os petianos juntamente com os profissionais de uma das unidades de saúde vinculadas ao programa, executaram atividades na escola do território, e a partir disto surgiu a questão: Quais foram os aprendizados dos petianos com a realização das atividades na escola? As ações estabelecidas no PPP do município foram executadas?. Neste sentido, este estudo tem como finalidade, relatar a experiência de membros do PET-Saúde Gestão e Assistência 2022-2023 - Ministério da Saúde, com a execução de ações voltadas à efetivação do PSE. Relatar a experiência de membros do PET-Saúde Gestão e Assistência 2022-2023 - Ministério da Saúde, com a execução de ações de educação em saúde desenvolvidas em escola municipal para a efetivação do Programa Saúde nas Escolas. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência. O mesmo descreve as atividades realizadas em uma escola municipal de um município do oeste catarinense. As ações foram executadas por membros do PET-Saúde Gestão e Assistência 2022-2023 - Ministério da Saúde, com os profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS), visando à efetivação do Programa Saúde nas Escolas (PSE). As atividades executadas e as datas foram definidas, previamente, pela enfermeira coordenadora da UBS, em articulação com a instituição de ensino, sendo estabelecida a realização de aplicação da Escala Optométrica de Snellen e a promoção da saúde bucal, nos dias 16 e 31 de março de 2023, nos períodos matutino e vespertino, bem como a verificação das cadernetas de vacinação e aferição da pressão arterial, distribuição de folhetos informativos sobre o desenvolvimento do corpo humano na adolescência, a importância do diálogo entre pais e filhos, a prevenção do consumo excessivo de álcool e uso de drogas, no Dia da Família na Escola, ocorrido em 15 de abril de 2023, no período matutino. Os recursos materiais utilizados para o teste de visão foram dois cartazes com a Escala Optométrica de Snellen, dois tapa olhos e duas réguas, flúor e escovas de dente já selecionadas conforme lista de matriculados e suas respectivas classes. Já os recursos humanos foram três acadêmicas de enfermagem, um acadêmico de psicologia, dois membros da ESB, a enfermeira assistencial e preceptora do PET-Saúde, além de duas docentes petianas que dividiram sua participação em turnos. Inicialmente, nos dias 16 e 31 de março de 2023, no período matutino, as atividades foram desenvolvidas com estudantes do 6° ao 9° ano. Os profissionais da UBS e petianos, mediante a orientação dos membros da EBM, comunicaram aos estudantes as atividades a serem executadas, organizando a realização das orientações sobre saúde bucal dentro das salas e o teste de visão no lado externo, com a utilização da Escala Optométrica de Snellen. Já no período vespertino, foi utilizada a mesma dinâmica de execução das atividades, mas, com os alunos do 1° ao 5° ano. Durante o desenvolvimento das atividades, notou-se o interesse dos estudantes em participar das atividades propostas. Foi possível perceber que alguns discentes já possuíam vínculo com a UBS, haja vista, que alguns reconheceram os profissionais da saúde, ficando explícita a importância de conhecer e criar vínculo com os usuários do território adstrito, sob a perspectiva de facilitação do diálogo. Ainda na perspectiva da comunicação, com estudantes imigrantes houve a necessidade de maior articulação para orientar o procedimento, evidenciando a necessidade e importância do 2° idioma. Também, observou-se que a maioria dos estudantes já possuía algum conhecimento sobre o procedimento de execução do teste de visão, contudo, demonstraram certa preocupação quanto ao resultado, independente se já faziam uso ou não de lentes, evidenciando comportamentos de autocuidado. Para mais, a falta/dificuldade na</span> <span style="font-weight: 400;">alfabetização foi um fator limitante para a execução do teste de visão com alguns estudantes. Nestes casos, a escala foi aplicada, mas, os profissionais e petianos inseriram observação sobre a falta de letramento, ao lado do nome do estudante, na lista da turma. Cabe ressaltar que os alunos com teste de visão alterados farão parte do Programa de Olho no Futuro, o qual além de ofertar a consulta com o oftalmologista, fornece o óculos gratuitamente para alunos que frequentam essa escola municipal e estão cadastrados no CAD único do serviço social. No dia 15 de abril de 2023, das 9h às 11h, os profissionais da saúde e os petianos realizaram a aferição de pressão arterial, a análise de resultados de preventivos e a verificação das cadernetas de vacinação dos estudantes, familiares, professores e servidores da EBM. Foi possível notar, de maneira expressiva, o interesse da comunidade em participar da atividade promovida. A organização das atividades, na região externa da escola, utilizando tendas, promoveu um ambiente de socialização entre os presentes, e a articulação de atividades promovidas, exclusivamente, pela EBM e a prefeitura do município, com as atividades desenvolvidas pelos profissionais da UBS e petianos, tornou o ambiente propício para o estabelecimento de vínculos,</span> <span style="font-weight: 400;">promovendo um momento para exercer a cidadania e a cultura da paz. Além disso, propiciou a realização de estratégias de educação em saúde, por meio da distribuição de panfletos e a disseminação de informações relativas ao desenvolvimento do corpo humano na adolescência, a importância do diálogo entre pais e filhos, a prevenção do uso de drogas e do consumo excessivo de álcool, pelos acadêmicos petianos. Adiante, para os petianos, um dos elementos mais importantes foi a interação com a comunidade, que proporcionou uma visão mais fidedigna do contexto em que os cidadãos estão inseridos, para a elaboração de estratégias mais eficazes, e que tenham maior potencial de gerar resultados para os usuários da UBS. Também aprendemos que as atividades de educação em saúde são instrumentos para a identificação precoce de doenças ou alterações na homeostase do corpo de crianças e adolescentes, e de seus pares.</span> <span style="font-weight: 400;">Conclui-se que, a realização das atividades foi um importante instrumento de aprendizagem prática da aplicação do PSE, demonstrando que, atividades como as executadas, propiciam o estabelecimento e fortalecimento de vínculo entre os profissionais da UBS, a comunidade escolar e o ensino superior, e, que o desenvolvimento de atividades nas escolas, podem servir como meio para a avaliação da efetividade do vínculo dos profissionais com a comunidade. Para mais, as atividades desenvolvidas consolidaram 7 das 12 ações descritas no PPP do município em questão. Isto é, pouco mais da metade das demandas definidas pela instituição de ensino foram atendidas pela UBS. Diante disso, é evidente que a realização das ações definidas no PPP, voltadas para a efetivação do PSE, contribuiu com o trabalho da equipe de saúde, tornando mais objetivo e efetivo o planejamento das atividades a serem realizadas no território. Levando em consideração a formação acadêmica, a atuação nas atividades contribuiu para a visualização das diretrizes do programa na prática e o vislumbre da realização das estratégias quando no exercício profissional.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18049 PET-SAÚDE E UFFS: SOBRE O ONTEM, O HOJE E O AMANHÃ 2023-06-27T15:05:43-03:00 Larissa Thomas Tombini larissa.tombini@uffs.edu.br Débora Tavares de Resende Silva debora.silva@uffs.edu.br Gessiani Fátima Larentes gessiani@unochapeco.edu.br Vivanceli Brunello vivancelibru@gmail.com <p>O processo de reformulação da saúde pública no Brasil apresenta a saúde como direito do ser humano, assegurado pela Constituição da República de 1988. A chamada Constituição Cidadã configura-se como a primeira a destacar a questão da saúde e traz avanços significativos no reconhecimento dos direitos e garantias fundamentais à população brasileira. A partir desta, novas configurações dos sistemas de educação e de saúde foram requeridas, com destaques para a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990 e, das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Saúde, a partir de 2001 (BRASIL, 2018a). A conquista de um sistema de saúde público, universal, integral e equânime, acompanha as discussões mundiais da saúde como resultado de fatores psicobiológicos, sociais, econômicos e ambientais, estes, interdependentes e determinantes em um processo de busca pela saúde como qualidade de vida. A atenção à saúde neste sistema deve, portanto, acompanhar a concepção ampliada, fomentando e desenvolvendo práticas coerentes aos princípios e atributos ordenadores. Neste contexto, os desafios postos pela integralidade e a complexidade e diversidade de ações desenvolvidas nos serviços de saúde, somados à necessidade em oferecer um atendimento humanizado e resolutivo, levam as instituições de saúde a assumirem as responsabilidades em relação à formação e ao desenvolvimento dos trabalhadores, fomentando ideias e iniciativas para transformar e qualificar a atenção ao usuário do SUS (BRASIL, 2018b). Os debates contribuem para a construção de propostas acadêmicas convergentes ao atendimento das necessidades em saúde no Brasil, em suas potencialidades e fragilidades, ao tempo em que a atenção/serviço é desafiada a acompanhar o movimento, requerendo avaliações e atualizações permanentes. Ao longo dos anos destacam-se a criação de programas com destaques ao Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e, em 2008 o Programa de Educação para o Trabalho (PET-Saúde). Instituído no âmbito dos Ministérios da Saúde e da Educação, o PET-Saúde tem como pressuposto a educação pelo trabalho, convergente e contribuinte com a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) para formação e desenvolvimento de trabalhadores, de acordo com a realidade e necessidades do SUS. Com objetivo de fomentar grupos de aprendizagem tutorial inicialmente com foco na Atenção Primária em Saúde (APS) e Estratégia Saúde da Família, edições subsequentes do PET-Saúde estenderam as propostas para outras áreas estratégicas como vigilância em saúde, saúde mental, redes de atenção e graduação em saúde (BRASIL, 2021). Há 15 anos em desenvolvimento, o programa persiste como uma das principais estratégias de indução de mudanças e qualificação nos processos de formação e desenvolvimento profissional para o SUS, ao tempo em que envolve e articula instituições de ensino superior, serviços de saúde e, comunidades. Este relato objetiva apresentar aspectos históricos da articulação entre o ensino, representado pela Universidade Federal da Fronteira Sul/Campus Chapecó (UFFS) e o serviço representado pela Secretaria de Saúde de Chapecó (SESAU), no desenvolvimento de propostas aprovadas pelo PET-Saúde. Para tanto foram acessados documentos publicados pelo Ministério da Saúde e, relatórios finais de edições PET-Saúde com participação da UFFS. Entre 2008 e 2015 foram apresentados oito editais do PET-Saúde, que envolveu quase oito mil projetos em diferentes regiões, temas e cenários. A trajetória da UFFS na aprovação de projetos vinculados ao PET-Saúde inicia-se em 2015, na 9ª edição, intitulada Gradua-SUS. Em 2018 segue-se com a aprovação de proposta vinculada à 10ª edição – PET-Saúde Interprofissionalidade e, por fim, em 2022 com projeto aprovado na 11ª edição – PET-Saúde Gestão e Assistência, atualmente em desenvolvimento. Cabe, a partir de agora, breve relato de cada proposta aprovada. Em 2015, através do Edital n<sup>o</sup> 13/2015 – PET-Saúde/Gradua-SUS, é aprovada, entre os 105 projetos selecionados para o Brasil, a proposta de parceria estabelecida entre UFFS e SESAU. O projeto teve como eixos de atuação: adequação dos cursos às DCN; promoção da integração ensino-serviço-comunidade; e o desenvolvimento da docência e da preceptoria na saúde articulada às necessidades do SUS. Assume como pressupostos norteadores das mudanças, a interprofissionalidade, a integração ensino-serviço, a humanização do cuidado, a integralidade da assistência, e o desenvolvimento das atividades que considerem a diversificação de cenários de práticas e redes colaborativas na formação para o SUS. No âmbito da UFFS/SESAU envolveu os cursos de medicina e enfermagem em ações estruturadas e articuladas às necessidades sinalizadas pelo serviço na oportunidade: obesidade e zoonoses. Iniciou as atividades em maio 2016, estendendo-se até agosto/2017. Envolveu estudantes (30), tutores/docentes (08) e preceptores/profissionais (06), organizados em&nbsp; 2 grupos tutoriais, além da coordenação geral (01) exercida pela SESAU. Como resultados do movimento oportunizado pela edição Gradua-SUS destacam-se os avanços na adequação do curso de medicina e enfermagem com desenvolvimento de temáticas voltadas ao atendimento das necessidades de saúde regionais; a adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizagem na condução do ensino em saúde; e a aproximação e fortalecimento da parceria entre UFFS e SESAU. Em 2018, através do Edital Nº 10, de 23 julho de 2018 é apresentada a proposta PET-Saúde/Interprofissionalidade. A 10ª edição do estabeleceu o conjunto de quatro eixos de intervenção: adequação dos cursos às DCN com foco na interprofissionalidade; iniciativas de educação e trabalho interprofissional em saúde alinhadas aos processos de mudança curricular; promoção da articulação ensino-serviço-comunidade com foco no desenvolvimento do SUS a partir dos elementos teóricos e metodológicos da educação interprofissional (EIP); e desenvolvimento da docência e preceptoria na saúde para utilização dos fundamentos teórico-conceituais e metodológicos da EIP. Considerado o tema em discussão e, a exigência do edital na representação de, no mínimo 4 cursos de graduação, a UFFS articulou parceira com outras instituições de ensino superior (IES) pública e privada sem fins lucrativos, para construção e submissão de proposta. Surge o único projeto aprovado em âmbito nacional envolvendo três IES – UFFS, Universidade do Estado de Santa Catarina/Centro de Educação Superior do Oeste – UDESC/CEO e, Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC. Envolveu 67 bolsistas vinculados aos cursos de Enfermagem e Medicina UFFS, Enfermagem UDESC e, Educação física e Psicologia UNOESC, sendo estudantes (36) e tutores (12), além de preceptores (18), organizados em seis grupos tutoriais. A exemplo da edição anterior, a coordenação geral foi exercida pela SESAU. Estabelecer aproximação e formação interprofissional/interinstitucional entre cursos e IES envolvidas, assim como o desenvolvimento de práticas colaborativas nos serviços; proporcionar ao estudante o (re)conhecimento interprofissional e aprendizado significativo sobre os outros, com os outros e entre si, no contexto do SUS; promover mudanças significativas nos PPCs para perfis profissionais conforme DCNs, alinhados aos princípios da intersetorialidade, interdisciplinaridade e interprofissionalidade; desenvolver competências nos docentes dos cursos envolvidos para o ensino pautado na interprofissionalidade na AB; fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade e o SUS enquanto locus para a formação interprofissional e práticas colaborativas em saúde;&nbsp; fomentar práticas colaborativas entre os diferentes profissionais, favorecendo atuação efetiva nas demandas complexas de saúde; e desenvolver a responsabilidade sanitária do usuário do SUS, foram objetivos desta proposta. Como resultados citam-se o fomento à implantação/adoção da EIP nos processos formativos dos estudantes da área da saúde, e de práticas colaborativas (PC) na rotina dos serviços; a aproximação entre os cursos das diferentes universidades e maior compreensão da importância da educação interprofissional; e a percepção da importância do trabalho interprofissional, bem como, a atuação específica de cada um dos profissionais da ESF na resolução das demandas, com incorporação dos conceitos de EIP e PC no dia a dia da formação e do trabalho em saúde. Em 2022 a UFFS, na continuidade da parceira interinstitucional firmada, foi contemplada proposta intitulada “Consolidando a integração ensino-serviço-comunidade na Rede de Atenção à Saúde: a continuidade da parceria interinstitucional entre Secretaria de Saúde de Chapecó-SC, UFFS, UDESC/CEO, e UNOESC”, submetida ao Edital Nº1/2022 do PET-Saúde Gestão e Assistência, atualmente em desenvolvimento. Com objetivos de: promover a criação de grupos de discussão e fóruns de sensibilização de gestores, trabalhadores, usuários, preceptores, tutores e discentes das IES envolvidas, articulando com a CIES Regional, para fortalecer integração ensino-serviço-comunidade e o desenvolvimento de práticas colaborativas nos serviços; desenvolver processos de EPS a partir do levantamento de necessidades apontadas pelos serviços; fomentar a realização de eventos interinstitucionais e interprofissionais; realizar atividades assistenciais, vivências e imersões em diferentes serviços da RAS; fortalecer a gestão do cuidado em saúde e dos serviços; e fortalecer os processos de gestão compartilhada (cogestão) por meio de movimentos pedagógicos envolvendo a gestão, o ensino e as categorias profissionais, o projeto, iniciado em agosto 2022, tem previsão de término em julho 2023. Envolve 5 grupos tutoriais sendo três voltados ao eixo gestão em saúde e dois ao eixo assistência em saúde, com 08 estudantes, 02 preceptores e 02 tutores cada, perfazendo total de 60 bolsistas envolvidos, somados à coordenação geral feita pela SESAU. As diferentes edições do PET-Saúde desenvolvidos pela UFFS, em anos passados e na atualidade, trouxeram impactos positivos, com destaques à aproximação e maior interação entre universidades, entre universidade e serviços de saúde, além dos avanços à formação dos estudantes a partir de vivências e experiências na realidade do SUS. Conclui-se que o legado do PET-Saúde para a UFFS é de transformação e de reconhecimento de novas possibilidades para qualificação da formação em saúde, reorientando-a em acordo com os princípios, as diretrizes e as necessidades do sistema público de saúde brasileiro. Ainda, o fortalecimento de vínculos institucionais a partir da integração e parceria entre o ensino e o serviço, pode ser considerado um potente instrumento para o desenvolvimento profissional, e o PET-Saúde, enquanto estratégia de aproximação, em suas diferentes edições, oferece oportunidade para problematização, movimento e mudanças necessárias ao aperfeiçoamento da formação e da atenção no contexto do SUS. Espera-se que o amanhã seja igualmente fecundo em propostas e oportunidades, com permanente envolvimento da UFFS em iniciativas profícuas à formação em saúde.</p> 2023-06-27T09:27:19-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18045 RELATO DE EXPERIENCIA: MÚSICA COMO PROMOTORA DE SAÚDE EM UMA PENITENCIÁRIA MASCULINA 2023-06-27T15:05:46-03:00 Evelyn do Rosario evrosario.evelyn@gmail.com Vitória de Moura vitoriamoura16.rb@gmail.com Kasey Martins Ost kasey_ost@hotmail.com Jeane Barros de Souza Lima jeane.souza@uffs.edu.br Samantha Karoline Mafra samantha.mafra@estudante.uffs.edu.br Kelly Cristina de Prado Pilger kellycristinadeprado23@gmail.com <p><strong>RESUMO SIMPLES&nbsp;</strong></p> <p><strong>Introdução</strong><span style="font-weight: 400;">: entre as variadas maneiras de promover a saúde, cita-se a música, a qual é uma das práticas integrativas em saúde. A música está presente no cotidiano das pessoas e possibilita a expressão de diversos sentimentos como alegria, prazer, relaxamento, diversão e acolhimento. Além disso, a prática da música estimula a socialização, movimentos com o corpo, auxilio no desenvolvimento da criatividade, bem como a promover afeto e conforto. Ressalta-se que promover a saúde não é uma tarefa simples, especialmente quando se trata de pessoas privadas de liberdade. Porém, visando amparar e proporcionar uma atenção integral à saúde desta população, criou-se no Brasil a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), visto que ao se perder o direito de ir e vir, perde-se também a facilidade com que se pode experienciar momentos confortáveis e prazerosos, como simplesmente ouvir uma música. </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">compartilhar a experiência de acadêmicos de enfermagem ao promover saúde no sistema prisional por meio da música. </span><strong>Metodologia:</strong><span style="font-weight: 400;"> trata-se de um relato de experiência vivenciado em dezembro de 2022, a partir de uma intervenção musical realizada por acadêmicos e docentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, em uma penitenciária masculina do Oeste de Santa Catarina, Brasil. A intervenção musical foi realizada a convite de servidores do sistema prisional, desenvolvida por membros do programa de extensão denominado “Musicagem: a enfermagem promovendo a saúde no ambiente hospitalar por meio da intervenção musical” da referida universidade. A equipe do programa de extensão cantou em todos os corredores do sistema prisional, abordando músicas falando de amor, paz, esperança e fé, em comemoração ao natal que estava próximo. Na mesma ocasião também foi proporcionado um momento musical especial para os trabalhadores do sistema prisional. </span><strong>Resultados e discussão:</strong><span style="font-weight: 400;"> evidenciou-se a importância da música como promotora de saúde no cenário prisional, proporcionando momentos de lazer, descontração, reflexão, ânimo, resgate de lembranças vivenciadas fora do ambiente prisional, aliviando o estresse e a tristeza tanto para os homens privados de liberdade quanto para os profissionais atuantes no local, sobretudo em um período do ano mais sensível e reflexivo como o momento natalino. Os acadêmicos de enfermagem envolvidos na ação também foram afetados pela intervenção musical, tendo a oportunidade de conhecer um diferente espaço de atuação do enfermeiro e de refletir sobre a saúde das pessoas privadas de liberdade. </span><strong>Considerações finais: </strong><span style="font-weight: 400;">a intervenção musical na penitenciária permitiu reflexão crítica dos acadêmicos de enfermagem quanto às melhores estratégias para promover a saúde das pessoas privadas de liberdade. Somado a isso, possibilitou uma melhor compreensão do trabalho dos profissionais que atuam diariamente para garantir o bom funcionamento do sistema prisional, ficando evidente que estes também necessitam de cuidados e ações promotoras de saúde para seguirem atuando na instituição. Por fim, evidenciou-se que a música proporcionou um momento único, reflexivo e divertido para todos os presentes, promovendo a saúde dos trabalhadores e das pessoas privadas de liberdade, o que contribuiu significativamente para a formação acadêmica dos estudantes envolvidos.</span></p> 2023-06-27T09:28:59-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18034 ESPIRITUALIDADE E CUIDADOS PALIATIVOS: LINHAS ENTRELAÇADAS NO CUIDADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO 2023-06-27T15:05:47-03:00 Thamirys Fernanda Santos thamiryssantos263@gmail.com Leticia de Souza Matias, MATIAS, L. S. leticiadesouzamatias@gmail.com Vanda Ghisleri, GHISLERI, V. wannaghi@hotmail.com Laysa Anacleto Schuh, SCHUH, L. A. laysaanacletoschuh@gmail.com Suelen Bianchetto Mascarello, MASCARELLO, S. B. suelen16mascarello@gmail.com Leoni Terezinha Zenevicz, ZENEVICZ, L. T. leoni.zenevicz@uffs.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Relatar a experiência de voluntárias com o projeto Espiritualidade e Cuidados Paliativos: Linhas Entrelaçadas no Cuidado ao Paciente Oncológico (LUZES). Trata-se de um relato de experiência, com análise qualitativa e descritiva das atividades realizadas por acadêmicas do curso de enfermagem da UFFS, voluntárias do Projeto LUZES, no setor da oncologia de um hospital do oeste catarinense, visando a realização de atividades complementares, mediante demanda espontânea do paciente oncológico e seu acompanhante. O cronograma de atividades era planejado, visando a alternância dos dias de participação, totalizando uma carga horária de 4 horas semanais para manter o vínculo com o projeto. As acadêmicas realizavam atividades recreativas com os pacientes e acompanhantes presentes no dia de desenvolvimento das ações. No geral, foram estabelecidas como práticas, jogos como: baralho, xadrez, dominó, jogo da memória, além de mandalas e palavras cruzadas. Ainda, havia a condução de orações, mediante a escolha do paciente. As atividades permitiram implementar conhecimentos adquiridos em aula, como as técnicas de biossegurança e o gerenciamento de tempo, direcionando as voluntárias aos quartos de atuação conforme a ocupação dos leitos. Durante as ações, as alunas desenvolveram as habilidades de comunicação e escuta efetiva. Isto é, permitindo que o paciente e o acompanhante expressassem seus anseios e vontades, escolhendo as atividades que gostariam de realizar, propiciando um momento de descontração. As práticas desenvolvidas pelas acadêmicas no projeto LUZES, consolidaram a humanização da permanência do paciente e do acompanhante no setor oncológico, vislumbrando o cuidado do corpo e da alma e impactando na qualidade de vida. Adiante, a conscientização e a cultura da importância das “Diretivas antecipadas da vontade” foram desenvolvidas pelas estudantes, que ao realizarem as atividades, permitiram que as vontades do paciente fossem consideradas. Neste sentido, foi evidenciada uma maior adesão, participação e satisfação dos pacientes à medida que estes puderam escolher a atividade a ser desenvolvida. Além disso, o projeto visa fomentar a pesquisa em temáticas como: cuidados paliativos, espiritualidade e práticas complementares. Por isso, um grupo de pesquisa associado ao projeto está sendo organizado, almejando a criação de evidências científicas na área. Em contrapartida</span><strong>, </strong><span style="font-weight: 400;">alguns dos objetivos como a qualificação da equipe de saúde e a criação de salas de recreação e de compartilhamento de notícias e cuidados espirituais não foram consolidados integralmente, explicitando a necessidade da elaboração de estratégias para incorporar estes profissionais no projeto, e, no que se refere às salas, as acadêmicas detendo-se da habilidade de adaptação, desenvolveram as atividades à beira leito. Diante do exposto, conclui-se que a participação no projeto agregou significativamente na formação das acadêmicas, visto que contribuiu para a construção de uma abordagem de cuidado integral e humanizado, assim como a importância de desenvolver atividades alternativas para melhorar a qualidade de vida do paciente.</span></p> 2023-06-27T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18052 VULNERABILIDADES INDIVIDUAIS E BARREIRAS NO CUIDADO ÀS MULHERES LGBT+ 2023-06-27T15:05:48-03:00 Matheus Gonçalves Cavassin matheuscavassin@gmail.com Augusto Krindges gus.krindges@gmail.com Anderson Batista Santos anderson_batista13@hotmail.com João Vitor Lins lins.joaovitor2@gmail.com <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">As vulnerabilidades experienciadas pela população LGBT+ no âmbito da saúde implicam em uma perpetuação da exclusão social da comunidade. A busca do fortalecimento do cuidado através do reconhecimento da fragilidade dessa população pode resultar em um cuidado individualizado, focado nas debilidades deste coletivo. Além de ser um importante mecanismo de representatividade dessa comunidade cronicamente segregada e também de apontar as fragilidades dentro do próprio sistema público de saúde, que promete a universalidade, contudo, esta máxima não se aplica em alguns cenários.&nbsp; </span><strong>Objetivos:</strong><span style="font-weight: 400;"> Considerar a realidade individual de mulheres LGBT+ e a partir deste entendimento, desenvolver ações de cuidado que atendam as particularidades da população. </span><strong>Método: </strong><span style="font-weight: 400;">Pesquisa interpretativa operacionalizada por meio do círculo hermenêutico-dialético, com o auxílio da análise hermenêutica indutiva, no qual participaram cinco mulheres e cinco profissionais da saúde localizados no município de Marabá, no estado do Pará. </span><strong>Resultados: </strong><span style="font-weight: 400;">Os profissionais de saúde reconhecem as mulheres como vulneráveis devido às suas identidades de gênero e orientações sexuais. As mulheres identificam os serviços de saúde como excludentes e não individualizados, em justaposição de sua premissa de ser um lugar acolhedor e de fácil acesso por toda população. Logo, torna-se de extrema necessidade a ampliação da capacitação das equipes de saúde no manejo da população LGBT, em especial às mulheres desta comunidade. Para ambos os grupos as políticas de saúde representam uma conquista de direitos, mas sua implementação apresenta entraves às demandas do coletivo, visto que existe uma heterogeneidade estrutural dentro da população LGBT. </span><strong>Considerações finais: </strong><span style="font-weight: 400;">As vulnerabilidades evidenciadas foram compreendidas como sociais e programáticas, configuram-se como riscos para a promoção da saúde das mulheres, o que repercute implicações para a implementação de políticas públicas e cuidados ao coletivo. A divulgação dos dados coletados permite uma abordagem minuciosa perante o pleno cuidado da população em estudo, e serve de questionamento perante a universalidade e integralidade do atendimento prestado pela rede de atenção básica do Sistema Único de Saúde.&nbsp;</span></p> 2023-06-27T09:55:15-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SAEnf/article/view/18061 MÚSICA COMO PROMOTORA DE SAÚDE NO PRONTO SOCORRO DE UM HOSPITAL PEDIÁTRICO 2023-06-27T15:04:52-03:00 Richard Augusto Thomann Beckert ritbeckert@hotmail.com Débora Ceccatto debora.ceccatto@outlook.com Jeane Barros de Souza jeane.souza@uffs.edu.br Vitória de Moura vitoriamoura16.rb@gmail.com Evelyn do Rosário evrosario.evelyn@gmail.com Kelly Cristina de Prado Pilger kellycristinadeprado23@gmail.com <p align="justify"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>Introdução: </strong></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">definir o conceito de música é um desafio, tendo em vista que ela conserva um caráter abstrato, sensível e intuitivo, constituindo-se de atividades culturais. Além disso, a natureza da música compreende uma união de relações sociais, culturais, biológicas e físicas (FÓRUM CATARINENSE DE MUSICOTERAPIA, 2020). Sendo assim, a música apresenta-se em diversos aspectos e âmbitos da vida como forma de lazer, de criação, de relacionamento social e também nas práticas terapêuticas, visto que abrange funções cerebrais perceptivo-motoras e executivas do indivíduo, produzindo sinalizações físicas para o corpo humano em forma de sons. Assim, proporciona uma reação complexa e subjetiva que envolve estados psico emocionais, culturais e fisiológicos, podendo ser percebida pelas reações que o corpo produz, como um aumento nas frequências cardíaca e respiratória, sinalizações elétricas cerebrais e mudanças de humor, geralmente positivas (MUSZKAT, 2019). Considerada, muitas vezes, uma linguagem não verbal, a música atua como uma linguagem emocional que repercute impactos e amplia a relação social e cultural das pessoas (FÓRUM CATARINENSE DE MUSICOTERAPIA, 2020; MUSZKAT, 2019) Ainda, sabe-se que a música pode ser utilizada como ferramenta lúdica no ambiente hospitalar, já que evoca sensações de tranquilidade, paz e descontração, além de permitir que as crianças usem sua imaginação, desenvolvam sua criatividade e se dispersem do medo (SOUZA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al., </em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">2019). Nesse sentido, o programa de cultura “Música no hospital” foi organizado em 2019, composto por uma docente, nove acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e três enfermeiras egressas, sendo que a equipe canta e toca músicas, com o apoio de ukulele, violino, percussão, além de utilizar, como forma de ludicidade e maior interação com as crianças, fantoches e adereços coloridos, sendo que parte das intervenções musicais são realizadas em um pronto atendimento pediátrico. O referido programa de cultura objetiva promover momentos culturais no ambiente hospitalar por meio da música às pessoas internadas, seus familiares e à equipe multiprofissional, buscando proporcionar momentos lúdicos de lazer e de esperança, preenchendo o tempo ocioso de um hospital pediátrico com alegria, diversão e reflexão. A necessidade de um serviço de saúde caracteriza-se por períodos de grande estresse para o paciente e seus acompanhantes, tendo em vista que, muitas vezes, simboliza situações de fragilidades em que o indivíduo submete-se a procedimentos, por vezes, invasivos e dolorosos . A situação se complica ainda mais quando o público infantil está envolvido, pois há o afastamento da sua rotina, o que pode repercutir na criança e familiares sentimentos de ansiedade, além do medo e receio do desconhecido. Posto isso, uma das ferramentas possíveis de utilização para tornar esse processo mais leve, são as atividades lúdicas e culturais, dentre elas a intervenção musical (SOUZA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.,</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"> 2019). </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>Objetivo:</strong></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"> o presente resumo tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em promover saúde por meio da música em um pronto socorro pediátrico. </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>Método</strong></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">: trata-se de um relato de experiência acerca das intervenções musicais realizadas em um pronto atendimento de um hospital pediátrico. As intervenções musicais fundamentam-se nos pressupostos teóricos da promoção da saúde e ocorrem, quinzenalmente, em um hospital público pediátrico de Chapecó, Santa Catarina, Brasil (ANTONINI</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em> et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2022). Para a escolha do repertório musical, a equipe do programa de cultura busca utilizar canções que comunicam esperança, positividade e amor, com melodias variadas, que são definidas pelo grupo em reuniões prévias e ensaios. Inicia-se a intervenção musical, ao entardecer, pela porta de entrada do hospital, local em que as crianças e seus familiares aguardam por atendimento, neste caso, o Pronto Socorro (PS). O público ouvinte é composto por crianças e adolescentes, seus familiares e profissionais de saúde, da segurança e do administrativo do hospital, que circulam pelo PS. </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>Resultados e Discussão</strong></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">: é possível observar que a música impacta positivamente, sendo uma ferramenta de promoção da saúde que gera diversos sentimentos bons como esperança, descontração e diminui sentimentos desagradáveis como ansiedade, tristeza e dor (BATALHA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2022). A promoção da saúde é definida, pela Carta de Ottawa, como um processo de capacitação da comunidade e indivíduos para operarem a favor de melhorias na qualidade de vida e saúde, com maior participação e controle do processo. Promover a Saúde é buscar transformação em prol da melhoria das condições de vida de uma população. Dessarte, um dos aspectos da música que mais tocam os ouvintes é o despertar de lembranças por meio das melodias e letras, fazendo com que se percebam distantes do meio em que estão inseridos, o que pode contribuir para melhorar a experiência do PS pediátrico (SOUZA</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em> et al</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">., 2020). A utilização da música visa integrar um cuidado eficiente e humanizado, em consonância com o conceito ampliado de saúde, que considera o indivíduo integral e debruça-se sob os determinantes sociais de saúde para avaliar o processo saúde-doença vivenciado pelo indivíduo, comunidade e/ou sociedade. Desse modo, a música demonstra efetividade para auxiliar no enfrentamento da situação vivenciada em um serviço de saúde (SOUZA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al., </em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">2021). No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela lei 8069 de 1990, dispõe sobre o cuidado integral à criança e ao adolescente, bem como descreve o direito de proteção à vida e à saúde (BRASIL, 1990). Desse modo, a legislação vem de encontro ao princípio de integralidade do Sistema Único de Saúde, que consiste em visualizar os indivíduos como um todo e atendê-los de modo longitudinal, em qualquer nível de assistência à saúde (OLIVEIRA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">., 2021). Assim, faz-se necessário refletir sobre os desafios no cuidado à criança no PS, atentando-se a prestar assistência não somente ao público infantil, mas também à sua família, sendo necessário um olhar profissional mais empático, voltado à diminuição da angústia da criança e da sua família (FERREIRA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">., 2019). Para isso, existe uma abordagem chamada Cuidado Centrado no Paciente e Família, que visa atender necessidades clínicas, físicas, emocionais, psicológicas e sociais e propõe um modo diferente de realizar a assistência em saúde às crianças e adolescentes, incluindo a família. Define-se família como um sistema complexo e heterogêneo, em que cada indivíduo desempenha um papel que modifica-se constantemente, de acordo com as necessidades impostas pela vida (FERREIRA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">., 2019). Contudo, é comum visualizar nos serviços de saúde um distanciamento dos profissionais da saúde à experiência vivenciada pelo paciente e familiares, pois o cuidado ainda é centrado no provimento da terapia medicamentosa e procedimentos de saúde (FERREIRA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2019). Outrossim, a música pode significar um dos múltiplos aspectos que abordam o cuidado ao indivíduo pautado na integralidade, pois interfere em aspectos que ultrapassam o modelo biomédico de assistência à saúde (BATALHA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2019; RAIMUNDO; SILVA, 2020). Desse modo, evidencia-se que os ouvintes da intervenção musical no PS pediátrico demonstram admiração, encantamento e surpresa em forma de sorrisos e aplausos que remetem à alegria e vitalidade, fazendo com que a passagem da equipe do programa de cultura transforme o ambiente hospitalar em um momento divertido, com alívio momentâneo pelo desprendimento dos sentimentos negativos como a dor, a incerteza e o medo. Outro aspecto de destaque da música no ambiente hospitalar é a sua capacidade em estabelecer vínculos imediatos entre pacientes, familiares e profissionais da saúde (BATALHA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">.; 2019; NUNES </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2020). Ademais, beneficiam-se também os integrantes do programa de cultura que, enquanto realizam a intervenção musical, emocionam-se e se desligam de possíveis problemas pessoais, tarefas e prazos relacionados à graduação, entre outros, além de proporcionar aos acadêmicos a inserção em serviços de saúde e o desenvolvimento de um olhar diferenciado acerca do cuidado em saúde, pautado na humanização, integralidade e empatia com o próximo. Além disso, a música pode ser considerada uma tecnologia leve de cuidado, fundamentada na promoção da saúde, que garante o provimento de sentimentos e sensações agradáveis a todos que se envolvem, sendo uma intervenção de baixo custo e uma forma de tratamento não farmacológico e/ou invasivo, que pode ser realizada em qualquer espaço e que contribui para o desenvolvimento das crianças, familiares e profissionais da saúde, tendo poder transformador por onde passa (BATALHA </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">; 2019; SANTEE </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><em>et al.</em></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">, 2019; LIMA et al., 2022). </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>Considerações Finais</strong></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: medium;">: o programa de cultura Música no Hospital promove, aos acadêmicos participantes, diversos ambientes de atuação, com rico aprendizado, sendo um deles o PS pediátrico. A discussão acerca da integralidade, da promoção da saúde e da humanização dos profissionais vem à tona quando é mencionada a música como uma tecnologia leve do cuidado. Quando se trata do público infantil, o uso da música toma caminhos peculiares, visto que crianças possuem um lado lúdico e imaginativo aflorado, o que possibilita a visualização de reações positivas com espontaneidade. Além do mais, é importante, aos profissionais da saúde, desenvolverem uma visão abrangente e que considere diferentes possibilidades para prover a assistência em saúde. Assim, além dos benefícios mútuos da intervenção musical para todos os ouvintes do PS pediátrico, o programa garante uma formação diferenciada, que considera caminhos não tão usuais para promover a saúde de indivíduos e comunidades, contribuindo positivamente para a formação acadêmica e pensamento crítico dos futuros enfermeiros.</span></span></p> 2023-06-27T09:10:22-03:00 ##submission.copyrightStatement##