https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/issue/feedHistória em Debate2024-12-21T11:01:40-03:00Marlon Brandtmarlon.brandt@uffs.edu.brOpen Journal Systems<p class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; line-height: 100%;" align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">O</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> História em Debate (HD) tem por missão constante a divulgação científica dos trabalhos de graduação e mestrado de acadêmicos da UFFS e da comunidade regional. Também, é missão constante do evento propiciar o contato dos acadêmicos com palestrantes de renome nacional, através de conferências, palestras e mesas-redondas.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; line-height: 100%;" align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">ISSN 2675-0635</span></p>https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22676Caderno de resumos2024-11-28T09:34:52-03:00Marlon Brandtmarlon.brandt@uffs.edu.brSamira Peruchi Morettosamira.moretto@uffs.edu.brFábio Krzysczakfabio.krzysczak@estudante.uffs.edu.brCristina Dallanoracristina.dallanora@estudante.uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O VIII História em debate: Fronteiras, Migrações e Sociedades e o II Seminário Internacional Naturezas e Fronteiras tem como objetivo fomentar, por meio de conferências, mesas-redondas, oficinas, apresentações de trabalhos, minicursos e atrações culturais, o debate acadêmico acerca das temáticas propostas, visando trazer importantes contribuições para a atualidade do Brasil e da Fronteira Sul.</span></span></span></p> <p class="western" align="justify"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Nesta edição foram inscritos setenta e oito trabalhos, resultados de pesquisas envolvendo estudantes do ensino básico, graduação e pós-graduação, profissionais da educação básica, docentes do ensino superior e egressos da pós-graduação.</span></span></span></p> <p class="western" align="justify"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Os trabalhos foram divididos em sete eixos temáticos, visando a socialização de conhecimentos a partir da troca de experiências mediante a apresentação e a discussão de suas pesquisas e práticas. </span></span></span></p>2024-11-27T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22633A criação do Bairro SAIC e a transformação da paisagem cultural2024-12-16T22:34:31-03:00Luciano Adilio Alvesluciano.alves@uffs.edu.br<p style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"> </p> <p class="western" align="justify"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Os frigoríficos surgiram no Oeste </span><span style="font-size: small;">catarinense</span><span style="font-size: small;"> a partir dos anos 1940.</span> <span style="font-size: small;">Uma d</span><span style="font-size: small;">ess</span><span style="font-size: small;">as agroindústrias </span><span style="font-size: small;">foi</span><span style="font-size: small;"> a</span><span style="font-size: small;"> Sociedade Anônima Indústria e Comércio Chapecó (Saic). Fundada </span><span style="font-size: small;">em</span><span style="font-size: small;"> 1952, a Saic </span><span style="font-size: small;">i</span><span style="font-size: small;">niciou as atividades em 1955, época em que contava com 28 funcionários. A necessidade de ampliar a mão de obra obrigou </span><span style="font-size: small;">a empresa</span><span style="font-size: small;"> a oferecer benefícios aos operários, </span><span style="font-size: small;">como </span><span style="font-size: small;">a construção de moradias nas proximidades do frigorífico. Uma pequena vila foi se formando aos poucos, o que originou, depois, o </span><span style="font-size: small;">B</span><span style="font-size: small;">airro Saic. A urbanização do espaço provocou transformações na paisagem. </span><span style="font-size: small;">A paisagem é</span><span style="font-size: small;"> um testemunho do passado, do relacionamento entre os indivíduos e seu meio ambiente. </span><span style="font-size: small;">A</span><span style="font-size: small;">juda a especificar culturas locais, sensibilidades, práticas, crenças e tradições</span><span style="font-size: small;">. </span><span style="font-size: small;">No caso do Bairro Saic,</span><span style="font-size: small;"> o patrimônio </span><span style="font-size: small;">e a paisagem</span><span style="font-size: small;"> cultural est</span><span style="font-size: small;">ão</span><span style="font-size: small;"> visíve</span><span style="font-size: small;">is</span><span style="font-size: small;"> na herança </span><span style="font-size: small;">dos</span><span style="font-size: small;"> operários que atuaram na indústria </span><span style="font-size: small;">durante</span><span style="font-size: small;"> décadas. Isso se concretiza nas casas em madeira, construídas em estilo arquitetônico próprio, nas festas, na religiosidade predominantemente católica </span><span style="font-size: small;">e </span><span style="font-size: small;">n</span><span style="font-size: small;">o </span><span style="font-size: small;"><em>ethos</em></span><span style="font-size: small;"> do trabalho </span><span style="font-size: small;">baseado na</span><span style="font-size: small;"> derrubada da mata visando o cultivo de alimentos e a criação de animais de corte. </span><span style="font-size: small;">O presente estudo pretende focar na década de 1960, quando do surgimento do </span><span style="font-size: small;">B</span><span style="font-size: small;">airro Saic, e seguir até os anos 1990. </span><span style="font-size: small;">Como fontes </span><span style="font-size: small;">foram</span><span style="font-size: small;"> usados jornais de época, informativos, fotografias, documentos oficiais, </span><span style="font-size: small;">entre outros</span><span style="font-size: small;">. </span><span style="font-size: small;">A partir da metodologia da micro-história, e</span><span style="font-size: small;">spera-se </span><span style="font-size: small;">compreender, resgatar </span><span style="font-size: small;">e retratar</span><span style="font-size: small;"> parte desse</span><span style="font-size: small;"> processo de tran</span><span style="font-size: small;">s</span><span style="font-size: small;">formação da paisagem cultural.</span></span></p>2024-12-16T22:34:31-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22576História Ambiental, paisagem e memória: representações da natureza no Museu Entomológico Fritz Plaumann2024-12-16T22:48:41-03:00Maicoln Viott Benettiviott@estudante.uffs.edu.br<p>O imigrante alemão Fritz Plaumann (1902 – 1994), estabelecido no Oeste catarinense no ano de 1924, nos anos que percorreram a sua vida dedicou-se a entomologia, ramo da zoologia que estuda os insetos. Concentrando o trabalho de pesquisa na região do Alto Uruguai Catarinense, em meio a Mata Atlântica, construiu uma coleção com mais de 80 mil insetos de 17 mil famílias distintas. Na década de 1980, essa coleção até então caseira, foi acondicionada em um novo espaço, o Museu Entomológico Fritz Plaumann, inaugurado precisamente no dia 23 de outubro de 1988, em Nova Teutônia, atual distrito do município de Seara/SC. A coleção de insetos e o acervo do museu como um todo, constroem representações que permitem refletir sobre a natureza e a paisagem do Oeste de Santa Catarina. Assim, esse trabalho tem como objetivo analisar o acervo do Museu entomológico Fritz Plaumann e as narrativas que envolvem a sua construção pela perspectiva da História Ambiental, observando as relações entre o ser humano e a natureza para compreender as possíveis transformações ocasionadas na paisagem daquele ambiente, haja vista que a coleção entomológica foi constituída com elementos da fauna que representam a paisagem da região, o que permite chamar a atenção para a preservação ambiental.</p>2024-12-16T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22698A pesquisa enquanto ferramenta de ensino-aprendizagem na Educação Básica2024-12-21T00:37:52-03:00Henrique Bertoldihenriquebertoldi26@gmail.comGustavo Bertoldigustavobertoldi2@gmail.comNáthaly Gugelnathalygugel30@gmail.comAna Laura Lischanalauralisch@gmail.comGerson Junior Naibogerson.naibo@estudante.uffs.edu.brTayane de Oliveiratayne.oliveira@estudante.uffs.edu.brJuliana dos Passosjulydospassos@yahoo.com.brSimone Ugolini Gianezinisimone.gianezini@hotmail.com<p class="western" align="justify"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Historicamente</span><span style="color: #000000;"><span style="font-size: small;">, o processo de pesquisa no </span></span><span style="font-size: small;">ensino básico tem sido pouco fomentado, e a sua realização é dificultada em razão do desmonte que a educação pública vem sofrendo no Brasil desde a década de 1990. Pensando em um contexto promissor e de (re)existência, o presente artigo objetiva registrar a história do projeto “A escola vai às comunidades”, em desenvolvimento na Escola de Educação Básica Jorge Lacerda, na comunidade Linha São Brás, município de Palmitos, Santa Catarina (SC). Neste mesmo sentido analítico, buscamos compreender também a importância da pesquisa para a formação intelectual e crítica dos estudantes da Educação Básica, no âmbito do Ensino Médio (EM). Sendo de base qualitativa, os procedimentos metodológicos se basearam em duas etapas: (1) levantamento teórico-bibliográfico e (2) registros imagéticos, utilizando-se de relatos informais de sujeitos envolvidos no projeto. Como resultados desta investigação, apontamos que o planejamento e a mobilização coletiva da comunidade escolar são essenciais para a realização de projetos curriculares e extracurriculares, assim como de pesquisas. Por fim, concluímos que a produção de ciência pode e deve extrapolar os muros das universidades, sendo a escola um terreno fértil para análises igualmente precisas, especialmente no que tange ao cotidiano dos estudantes e seus lugares de vivência.</span></span></p>2024-12-21T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22589A imprensa como instrumento de criminalização dos atores sociais da Fronteira Sul2024-12-20T01:14:24-03:00Jean Marcos Bonattobonatto@estudante.uffs.edu.brJoão Paulo de Almeida Farinajoao.farina@estudante.uffs.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho tem como foco a análise da perseguição aos movimentos sociais, populares e agentes sociais que atuaram na região da Fronteira Sul do Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul e no Paraná, durante e depois do processo de redemocratização no Brasil, em que comum estes movimentos foram criminalizados pelo Estado e pela mídia. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi realizado um levantamento da imprensa do período, foram abordadas as matérias jornalísticas de veículos midiáticos locais e nacionais que descreviam uma visão sobre estes atores sociais. Analisaremos a denúncia sobre a realização de aulas de guerrilha no Alto Uruguai gaúcho, supostamente realizada pelo PT, CUT, CRAB (MAB) e MST, e a trajetória de luta dos assentamentos do MST em Bituruna e General Carneiro contra o latifúndio da madeira. No intuito de identificar como a imprensa noticiava a atuação dos grupos, quais as motivações para a realização das matérias, a que interesses serviam as denúncias e quais os atores envolvidos nas notícias. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica sobre o tema, a fim de percorrer um panorama histórico dos caluniadores e caluniados; a observação e análise das características das denúncias, a partir do uso do artifício jornalístico do Escândalo Político Midiático desenvolvido por John Thompson. Buscamos contribuir para a historiografia dos movimentos sociais na Fronteira Sul, considerando como a mídia, umas das principais formadoras de opinião nas democracias atuava na criminalização de atores sociais, desequilibrando a disputa política nas democracias liberais.</span></p>2024-12-20T01:14:23-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22686Teorias da Fronteira e a Construção da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)2024-12-16T22:31:05-03:00Cesar Capitaniocesar.capitanio@uffs.edu.br<p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Este trabalho analisa a criação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em paralelo a análise de contexto histórico da formação das fronteiras do sul do Brasil. A UFFS, com seus múltiplos campi em diferentes regiões, foi concebida para atender às demandas de comunidades rurais e urbanas, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento regional. A universidade está inserida em um território com marcas de conflitos históricos, disputas territoriais e processos de colonização. O texto destaca a importância de compreender a História e as teorias da Fronteira para entender o papel da UFFS na região. As narrativas sobre o "vazio demográfico", a ocupação do "sertão" e a construção de identidades regionais são analisadas, evidenciando a complexidade da formação das fronteiras e a importância da educação superior nesse processo, que tem na sua criação (UFFS), os sentidos de transformação desta realidade. A UFFS é apresentada como um espaço de encontro entre diferentes culturas e identidades, promovendo o diálogo intercultural e a valorização da diversidade. A universidade busca contribuir para a construção de uma nova identidade regional, baseada na inclusão, na justiça social e no desenvolvimento sustentável.</span></span></span></p>2024-12-16T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22681Os Sete Povos das Missões, ocupação territorial e fronteira: crítica documental das cartas do Pe. Antônio Sepp2024-12-17T17:28:25-03:00Miguelângelo Cortezemiguelangelo.corteze@erechim.ifrs.edu.brAntonio Marlos Myskiwamyskiw@uffs.edu.br<p>O objeto desse artigo está em problematizar os escritos do Padre Antônio Sepp e sua obra, procurando contextualizar para realizar uma crítica documental. A proposta se orienta através de algumas perguntas. O que é? Quando foi escrito? Quem escreveu? Por que escreveu? Para quem foi escrito? Em que condições foi escrito? Quem reuniu os escritos de Sepp e publicou? Quem traduziu? Qual editora publicou a obra em português e em quê ano? Essas questões servem de guia para investigar o legado missioneiro e repensar as Missões Jesuíticas nessa fronteira como um dos grandes temas da América colonial, especialmente os Sete Povos das Missões, procurando possíveis ligações com a ocupação territorial posterior nessa região. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e histórico sob o olhar do Pe Antônio Sepp, jesuíta que participou, dando os melhores anos de sua vida num projeto que ultrapassou o imediato. Além das cartas de Sepp, serão usadas outras fontes para construir um melhor cenário. A forma de ocupação coletiva da terra ali desenvolvida conseguia atender as necessidades básicas dos aldeamentos e a redução de São João Batista, da qual Pe Antônio Sepp foi protagonista, serve de linha central. Os resultados ainda são provisórios, mas tudo indica que existe uma forte relação da experiência dos Sete Povos com o processo que se desenrolou na sequência com a ocupação territorial e os movimentos populares, ocorridos nos séculos seguintes.</p>2024-12-17T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22651Paisagem cultural no Território Federal de Roraima na Amazônia: uma história marcada pelo “Milagre Amarelo” (1968-1978)2024-12-17T16:01:32-03:00Rosangela Maria Bezerra da Costarosangela.dacosta@estudante.uffs.edu.brJaisson Teixeira Linolino@uffs.edu.br<p>Roraima é um Estado marcado por grandes conflitos principalmente a luta dos indígenas pelo direito a posse da terra, e a garimpagem. Em sua construção surgem pautas voltadas para o garimpo, este serviu para promover o adensamento populacional do território, que viria a ser a atividade econômica impulsionadora do projeto de integração nacional no período militar. Atual Boa Vista, Capital de Roraima abriga características visíveis em sua Paisagem Cultural, a exemplo a alusão ao monumento o “<em>Garimpeiro</em>”, a <em>Feira do Garimpeiro</em>, a <em>Rua do Ouro</em>, resquícios da época áurea da exploração do minério. Descrever via fatos/acontecimentos como se caracterizou a Paisagem Cultural do então Território Federal de Roraima integrante da Amazônia Brasileira, é a proposta desde estudo a partir da inserção garimpeira no período histórico desse rincão do lavrado descrito na bibliografia de Roraima como o “Milagre Amarelo” (1968-1978). Na busca por melhores resultados optou-se pela análise de conjuntura, por ser um dos métodos bastante aplicado em estudos dos fenômenos sociais do presente/passado, possibilitando observar os fatos, sua conjuntura e suas estruturas históricas, e revisão bibliográfica na literatura. Constatou-se que a caracterização das Paisagens Culturais de Boa Vista foram sim influenciadas pela imersão do “garimpo” em sua formação histórica-sociológica e cultural, e ocorreu em parte por uma série de medidas e ações estratégicas lançadas em prol da territorialização em consonância com os princípios dos governos militares. Vale ressaltar que existem forças contraditórias a esse contexto. Entretanto, as Paisagens Culturais não escondem a sua história tão pouco o seu passado. </p>2024-12-16T22:53:58-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22462Geraldo de Gales e a ascendência miscigenada: o hibridismo étnico-cultural da March galesa nos séculos XII e XIII2024-12-16T23:10:08-03:00Igor Donzelliigorcdonzelli@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Giraldus Cambrensis (1145/6-1223), também conhecido como Geraldo de Gales, foi um homem culto, opinativo, com muitos interesses, como linguística, pessoas, animais, etnografia, ciência, história e religião. Através de sua mãe Angharad e de sua avó Nest, possuía laços familiares com muitas dinastias poderosas do País de Gales e da Normandia, e através de seu pai, era parente dos </span><em><span style="font-weight: 400;">marcher</span></em><span style="font-weight: 400;"> lordes normandos, tornando-o um híbrido de ambas as heranças as quais estavam em desacordo no século XII. Esta ascendência mista concedia-lhe tanto benefícios quanto percalços, porquanto transitava entre espaços sócio-culturais distintos, carecia de plena confiança de ambos os estamentos políticos, vinculados a aristocracia galera e anglo-normanda. Esta é a razão pela qual ele fracassa em seu mais cobiçado objetivo: ser eleito ao cargo de bispo na catedral de São Davi, conquanto tenha sido qualificado e nomeado para a posição. Não se sabe muito sobre sua infância, mas segundo ele mesmo, se interessou pela igreja e pela religião desde relativamente cedo, construindo igrejas de areia quando brincava com seus irmãos na praia de Pembrokeshire, no castelo Manorbier. Devido às suas obras e publicações, possui-se referências e documentações sobre o País de Gales e a Irlanda na Britânia do século XIX, ademais, faz-se possível a compreensão de seu sentido de pertencimento. Esta comunicação visa explorar a construção da identidade galesa e normanda em Geraldo e as relações do País de Gales, à época, com os anglo-normandos em um nível social.</span></p>2024-12-16T23:10:07-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22696O Arquivo Nacional e os guerrilheiros do Alto Uruguai Gaúcho na década de 19802024-12-18T19:48:09-03:00João Paulo de Almeida Farinajoao.farina@estudante.uffs.edu.brNajara Leite Bentonajara.bento@estudante.uffs.edu.brIsabel da Rosa Grittiisabel.gritti@uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Resultado da pesquisa sobre as notícias impressas no jornal O Estado de São Paulo no final do ano de 1987, onde estampava que haveria aulas de guerrilha para sem-terra na região do Alto Uruguai Gaúcho. A acusação de que várias organizações políticas, sindicais, movimentos sociais, lutadores populares e membros das igrejas progressistas estariam envolvidos na formação de uma guerrilha na região da Fronteira Sul, contou com a reação do Estado através de ações militares e de perseguição política. Podemos evidenciar através da consulta do SIAN Sistema de Informações do Arquivo Nacional, onde despeja mais de mil documentos somados, sobre os indivíduos acusados de guerrilheiros e seus detratores. A falsa acusação de que haveria uma guerrilha teve enormes consequências nas vidas destas pessoas, o montante de documentos levantados no SIAN ampliam o horizonte para um conjunto de outras perseguições e armações durante a década que consolidou a democracia e consagrou a nova constituinte democrática e cidadã - que era o terreno da disputa em torno das difamações ao grupo. O estudo de documentos históricos de origem arquivística tem o papel de aproximar o historiador de seu objeto, através de ferramentas que colocam a fonte em contato com o historiador, formando um ambiente com condições adequadas para realizações acadêmicas. Com o reforço das fontes do SIAN, podemos percorrer por uma linha histórica de perseguição a um grupo que foi muito engajado na luta pelos direitos dos trabalhadores no período de disputa da constituinte, a criminalização destes agentes reforça a articulação da grande mídia, e o grande capital articulados em esferas regionais e nacional, para a consolidação de sua proposta de constituinte, justificando perseguição aos militantes de esquerda. Esta pesquisa aproxima a História da Fronteira Sul e a História dos Movimentos Sociais a uma longa trajetória de disputas políticas no Brasil, refletir sobre esta jornada é parte importante para equilibrar o peso histórico de distorções que ajudaram a moldar nosso atual quadro histórico brasileiro.</span></span></span></p>2024-12-18T19:45:58-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22687Entre a tecnologia e natureza: o caso da UHE Foz do Chapecó2024-12-17T15:41:48-03:00Melody Forcelinimelody.forcelini@estudante.uffs.edu.brSamira Peruchi Morettosamira.moretto@uffs.edu.br<p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">A construção de grandes obras de infraestrutura, como usinas hidrelétricas, é uma marca histórica do desenvolvimento no Brasil. Esse processo resulta, em parte, dos avanços tecnológicos e do aumento da demanda por eletricidade. Usinas hidrelétricas surgem como investimentos atraentes, pois fornecem energia renovável e impulsionam o crescimento socioeconômico do país. Contudo, apesar das vantagens de geração de energia em grande escala, a construção dessas barragens traz sérios impactos ambientais e sociais nas áreas afetadas. A Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, localizada na fronteira sul do Brasil, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é um exemplo expressivo desse tipo de empreendimento. A obra, realizada entre 2006 e 2010, alterou o curso natural do rio Uruguai, causando inundações que comprometeram áreas de biodiversidade e comunidades rurais dependentes do rio Uruguai para sustento. Desde o início do século XX, o rio Uruguai exerce uma função vital na economia da região, sendo uma rota importante para o transporte de matérias-primas, o que impulsionou o desenvolvimento regional e a ocupação de áreas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O historiador Donald Worster (1991) afirma que a natureza, em qualquer lugar, oferece aos humanos um conjunto de recursos variados, mas limitados, para sua sobrevivência. Com o tempo, tecnologias emergem para viabilizar o aproveitamento desses recursos. Aplicando essa perspectiva à UHE Foz do Chapecó, vemos como a barragem simboliza uma visão desenvolvimentista, onde tecnologia e recursos naturais são utilizados em prol de um benefício coletivo.</span></span></span></p>2024-12-16T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22578Colonizando a mata, descolonizando a relação com a natureza e construindo novos caminhos2024-12-17T15:53:41-03:00Silvana Vieda Hermessilvanahermes@gmail.com<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Desde tempos imemoriais, as relações sociais e a conexão com a natureza têm sido fundamentais para a experiência humana. Porém, à medida que as sociedades se desenvolveram, essas relações tornaram-se cada vez mais complexas, especialmente em meio aos processos de colonização e expansão territorial. A colonização não apenas reconfigurou as relações sociais entre diferentes grupos, mas também redefiniu a relação com o ambiente natural ao delimitar territórios e fronteiras. Nesta análise, exploraremos a interseção entre relações sociais, relações com a natureza e territorialidade, considerando os fatos históricos da colonização e seus desdobramentos contemporâneos, bem como formas de usos das florestas tropicais. A complexidade e a diversidade de objetivos e interesses associados ao uso de modelos e recursos florestais geram conflitos e desafios principalmente na gestão das áreas. Furlan (2006) identifica quatro regimes principais de propriedade mencionadas na literatura estatal: acesso livre, propriedade comunal, propriedade privada e propriedade estatal. As Florestas Culturais possuem significância cultural, histórica e social para grupos específicos, com valor ecológico. Estas florestas são moldadas e mantidas por práticas tradicionais e usos sustentáveis, refletindo uma interação contínua entre as pessoas e o ambiente natural ao longo do tempo. O Brasil reconhece as Florestas Culturais como áreas produtivas, integrando-as ao contexto econômico e ambiental do país. Os projetos apoiados por recursos públicos e privados ilustram um esforço coletivo para promover a integração dessas florestas na economia e no meio ambiente brasileiro. </span></span></span></p>2024-12-17T15:52:50-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22509A filmografia dos movimentos sociais sul-brasileiros: um novo olhar para as mobilizações2024-12-17T20:59:42-03:00Ernoi Luiz Matieloernoy4@hotmail.comHumberto José da Rochahumberto.rocha@uffs.edu.br<p>Este projeto faz inferências ao uso do cinema e linguagem audiovisual como instrumen-tos de articulação e resistência, ao longo da trajetória de mobilizações sociais na luta pela terra, direitos sociais e humanos. Tem como objeto de pesquisa os Movimentos Sociais no Sul do Brasil, estabelecendo como marco temporal aproximado o período entre 1985 e 2004. Metodo-logicamente o trabalho guiar-se-á pela pesquisa bibliográfica e documental a partir de registros oficiais e história oral referencial. Direciona-se sob a perspectiva da Análise Fílmica e pela História e Teoria dos Movimentos Sociais. Deste modo, objetiva-se identificar e conceituar cinema social de guerrilha, utilizado na retratação temática, processos de formação de lideran-ças, ativistas e agentes de transformação social na conjuntura das mobilizações sob a perspectiva do Frame e Máster Frame e Ciclos de Protestos nas Fronteiras Sul-Brasileiras.</p>2024-12-16T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22688(Re)pensando o misticismo pelo gênero, o caso de Revelações do Amor Divino e o Livro de Margery Kempe (Séculos XIV-XV)2024-12-17T14:03:02-03:00Victória Artigas Pausevictoriapause@outlook.comRenato Viana Boyrenato.boy@uffs.edu.br<p align="justify"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">A presente comunicação é a partir da incipiente pesquisa que propõe analisar as obras literárias </span><span style="font-size: small;"><em>Revelações do Amor Divino</em></span><span style="font-size: small;"> (finalizado em fins dos anos 1390) e </span><span style="font-size: small;"><em>O livro de Margery Kempe </em></span><span style="font-size: small;">(finalizado aproximadamente em 1440) considerando-as como atos de resistência às estruturas de gênero vigentes do findar da Idade Média. Desse modo, pretende-se problematizar as narrativas para (re)pensar identidades de gênero a partir da fé das protagonistas. Assim, é necessário identificar as diferenças sociais e culturais, produtos de uma generificação, que eram percebidas pelos sujeitos e como esses se relacionam com esses regimes de alteridade, gênero e como isso impactou nas histórias das personagens. Neste sentido, o objetivo geral é demonstrar que as protagonistas subvertem as normas imperativas de gênero, estas em que os indivíduos precisam se perceber com as identidades postas por uma estrutura generificada. Desta maneira, vemos nas narrativas a possibilidade de compreender mulheres que conseguem ter poder de ação por meio da fé para repensarmos os estudos de identidades.</span></span></p>2024-12-16T23:22:43-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22689Fronteiras simbólicas: globalização e xenorracismo no novo fluxo (i)migratório no Alto Uruguai Gaúcho2024-12-16T23:40:31-03:00Henrique Antônio Trizoto191485@upf.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">Debates relacionados a racismo, imigração, xenofobia tem se tornado pauta frequente na academia. Os olhares multifacetados dos grupos sociais que recebem diariamente e incessantemente informações, notícias falsas por meio das redes sociais tem impactado negativamente na construção destes debates e espalhado intolerância onde os debates acadêmicos não chegam. Neste sentido, sob as luzes da história cultural / história do tempo presente, nossa proposta versa pela análise de dois fluxos (i)migratórios em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul (Erechim) separados por cerca de um século. Europeus e seus descendentes x haitianos e senegaleses (grupos com maior incidência). A presente proposta de pesquisa parte de uma revisão bibliográfica de cunho qualitativo abarcando conceitos contemporâneos com destaque para o de fronteiras simbólicas oriunda dos processos de globalização. Com o intuito de analisar os fluxos (i)migratórios que ocorreram ao longo da primeira metade do século XX predominantemente por grupos que saíram da Europa e construir um contraponto acerca dos fluxos (i)migratórios de haitianos e senegaleses que se aceleraram no início do século XXI em solo Erechinense, mapeando as consonâncias e as dissonâncias destes fluxos (i)migratórios em Erechim / RS, partindo da premissa que ambas as movimentações perpassam pela busca de melhores condições de vida, ascensão profissional e consequentemente social e aceitação no novo espaço ocupado</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">.</span></span></span></p>2024-12-16T23:40:30-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22692O caso de Alcebíades Vargas da Cunha, vulgo Gaiteiro: uma análise do crime e cotidiano (Erechim/RS – 1950)2024-12-17T17:08:58-03:00Daniel da Silva Amorimdaniel_amorim@live.com<p><span style="font-weight: 400;">No dia 16 de agosto de 1957, o Promotor de Justiça Eduardo Pinto ofereceu a seguinte denúncia: na noite do dia 03 de agosto de 1957 o réu Alcebíades Vargas da Cunha, de cor preta, com 37 anos, agricultor e músico, encontra sua mala aberta e nota a falta de Cr$1.380,00, Alcebíades discute com Dorvalina de Tal, mulher de 40 anos, de cor preta, e que o réu havia levado para morar consigo, ela cospe-lhe o rosto e ele tomado de raiva a estrangula, deixando-a sem vida. Desde 1957 na cadeia, o réu é finalmente julgado pelo Juiz de Direito Antônio Flores Cruz como culpado. Sua sentença é a prisão durante 3 anos e outros 3 em Colônia Agrícola, devido sua periculosidade indicada pelos peritos do Instituto Psiquiátrico Forense, sendo solto em 1963. Para essa comunicação será apresentado o perfil e a trajetória de vida do réu de acordo com o que consta no processo que o condenou. Destaca-se as diversas instituições pelas quais Alcebíades passou e as diferentes impressões que ele causou nas autoridades locais. Através do processo criminal de Alcebíades – depositado no Arquivo Histórico Municipal Juarez Illa Font (Erechim/RS) – se buscará compreender como era sua vida no campo como picador de lenha vivendo por empreitada no interior do Rio Grande do Sul da década de 1950. Em uma região marcada por forte imigração europeia, o processo criminal de Alcebíades permite aproximar-se da experiência de um homem negro no pós-abolição da fronteira sul do Brasil. </span></p>2024-12-17T17:08:57-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22597“Por não saber quando será Deus, nosso senhor, servido levar-me para si”: práticas testamentárias e ritos fúnebres na Capitania do Rio Grande (1767-1799)2024-12-17T12:16:16-03:00Leanne Oliveira de Araújoleanne@estudante.uffs.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho tem por objetivo analisar e demonstrar a existência de uma dupla preocupação, terrena e celestial, presente nos testamentos e nos vestígios materiais dos colonos da Capitania do Rio Grande entre 1767 e 1799. Constitui-se enquanto os primeiros apontamentos de uma pesquisa em curso, portanto, com base em fontes escritas e materiais, será elaborada uma análise dos testamentos presentes no livro "Últimas Vontades", do autor Thiago Torres, que reúne 31 testamentos dos habitantes da Freguesia de Natal e circunvizinhanças, no século XVIII. Assim como, tenciona-se por meio dos vestígios materiais envolvidos nas práticas funerárias elaborar um estudo sobre a morte nesse recorte temporal e espacial. Dessa maneira, pretende-se explorar as práticas mortuárias, descritas nos testamentos e suas particularidades, como também, analisar as práticas de bem morrer e os objetos envolvidos nesse rito, imprescindíveis para a passagem do cristão da vida para a morte, descritas nos livros de mesmo nome e por fim, investigar a Legislação Civil sobre as práticas testamentárias. Ademais, pretende-se realizar um mapeamento dos locais dos ritos funerários e a identificação ou não dos entrelaçamentos culturais, essa interligação entre as práticas oriundas da tradição cristã católica ocidental da metrópole portuguesa e as novas configurações na América Portuguesa. Por meio de uma pesquisa quantitativa e qualitativa e dos aportes teóricos de autores da área,</span> <span style="font-weight: 400;">objetiva-se comprovar a existência da dupla preocupação nas práticas mortuárias, bem como a existência de uma específica forma de experienciar a morte em Colônia.</span></p>2024-12-17T12:16:16-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22691Como a pesquisa específica de gênero em História Antiga nos desperta para a sua pluralidade?2024-12-17T16:28:41-03:00Bruna Gonçalves de Barrosbrunadeb22@gmail.comRenato Viana Boyrenato.boy@uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O estudo de gênero em mitologia grega antiga permite, para além de analisar divindades femininas e respectivas idealizações para as mulheres atenienses de grupo aristocrático, perceber outras existências do feminino no mesmo período de tempo. Através da possibilidade de se pensar como os arquétipos divinos influenciavam a visão das mulheres de existência física real, já é notável o quanto contrastavam com a posição submissa comumente associada. Entretanto, em um estudo onde busca-se analisar feiticeiras do campo fictício, mulheres míticas, estrangeiras na Grécia Antiga, torna-se ainda mais interessante refletir sobre quais possíveis diferenças ou similaridades que surgem entre grupos distintos. Assim, as mulheres atenienses opõem-se em muito sobre as estrangeiras e vice-versa, ocorrendo o mesmo no campo mais puramente fictício. A mitologia grega, nesse sentido, ajudava a moldar percepções sobre o que significava ser uma mulher dentre as suas categorias, diferenciando-as e destacando a alteridade presente no feminino. Portanto, uma pesquisa de gênero – segundo a abordagem de Joan Scott – diante de arquétipos e idealizações, permite uma nova análise que nos leva a questionar os papéis atribuídos ao feminino e nos desperta a curiosidade sobre a outra, neste caso, estrangeiras que fazem uso de fórmulas mágicas.</span></span></span></p>2024-12-17T16:28:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22695A criação do Parque Nacional das Araucárias no meio oeste catarinense e a educação ambiental2024-12-17T22:17:40-03:00Sarue Brunettosaruebrunetto13@gmail.comSamira Peruchi Morettosamira.moretto@uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="color: #000001;">Este trabalho busca compreender o processo histórico de ocupação e a retirada da mata nativa e a mudança na paisagem da região do meio oeste catarinense a partir de 1940. Além disso, levantaremos os motivos que levaram a criação de unidades de conservação no século XXI nesta região e a sua importância para a manutenção da biodiversidade daquele ecossistema, como foi o processo de conscientização e educação ambiental da região. Para tanto, ancorou-se em uma bibliografia que realiza pesquisas na região sobre o processo de retirada da mata e que dialoguem com a História Ambiental. A partir desse estudo foi possível analisar como se deu a formação das unidades de conservação na Floresta Ombrófila Mista.</span> <span style="color: #000000;">O processo metodológico foi por meio de consulta e análise documental em confronto com referenciais teóricos selecionados para esta pesquisa, abordando documentos da criação do parque, documentos das madeireiras, fontes orais e da legislação. Se percebe com esse estudo que as modificações ocasionadas pelo desmatamento, gerou transformações profundas no meio ambiente e na vida das pessoas. Podemos perceber que a criação do Parque Nacional das Araucárias acarretou grandes embates políticos e processo de conscientização da sociedade sobre o tema.</span></span></span></p>2024-12-17T22:17:40-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22694Uma história ambiental da vitivinicultura no Oeste de Santa Catarina: a Vitivinícola Família Breancini2024-12-17T21:11:59-03:00Gabrieli Elisa da Costagabrieli.costad@gmail.com<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Em Santa Catarina há atividade vitivinícola, sendo majoritária presente na região Tradicional. A região Tradicional, foi assim considerada por possuir maior montante de produção devido às condições propícias para o desenvolvimento dos parreirais, contudo, a vitivinicultura acabou espalhando–se pelo estado, uma vez que outras regiões, como a do Oeste Catarinense tinham um mercado em ascensão. Esta região foi denominada Nova Região e faz parte da cadeia vitivinícola catarinense. Destarte, o presente estudo analisa o cenário da vitivinicultura no oeste de Santa Catarina, através do estudo de caso da Vinícola Família Breancini, localizada em Cordilheira Alta/SC. Valdir Breancini, o proprietário, veio de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. A princípio ele tinha criação de porcos, contudo, uma contaminação ao rio próximo de sua propriedade fez ele parar com a suinocultura e, inspirado na sua família, iniciou a produção de uvas para vinho em 1998, em Cordilheira Alta/SC. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa é investigar a relação da herança familiar da vitivinicultura e como ela se entrelaça com a História Ambiental, a partir do viés proposto pela disciplina de História Ambiental, cujo um dos objetivos é a compreensão de quais recursos são socialmente úteis ou inúteis, já que a existência do recurso natural é intrínseca à identificação cultural que lhe é atribuída. Ademais, a disciplina da Micro-História, que leva em consideração fontes e narrativas alternativas, considerando não apenas as mudanças macroeconômicas e políticas, mas também aspectos do cotidiano que constituíram o fazer de um determinado período, também auxiliará na pesquisa, buscando compreender as perspectivas locais e as conexões globais da Vinícola Família Breancini, em Cordilheira Alta/SC.</span></span></span></p>2024-12-17T21:11:59-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22697Exploração madeireira e transformação da paisagem em Xaxim, SC, nas décadas de 1950 a 1970: imagens e memórias2024-12-20T16:11:31-03:00Carina Fachinettocafachinetto@gmail.comMarlon Brandtmarlon.brandt@uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Ao longo da colonização do Oeste catarinense estabeleceram-se diversas empresas destinadas a exploração dos recursos madeireiros, como ocorreu, por exemplo, no município de Xaxim, emancipado de Chapecó em 1953. A atuação dessas empresas no município converteu diversos espaços antes dominados pela Floresta Ombrófila Mista em terras destinadas à exploração agrícola e a produção de aves e suínos visando atender as nascentes agroindústrias de carne fundadas entre as décadas de 1940 e 1950. Para compreender esse processo de transformações na paisagem, registrado através da produção de imagens do passado e memórias de antigos moradores, a pesquisa trabalha com os preceitos da Geografia Histórica, partindo da ideia da indissociabilidade do espaço e do tempo.</span></span></span></p>2024-12-20T16:11:31-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22598Patrimônio digital da União: desafios para preservação e acesso2024-12-17T16:56:37-03:00Cinara Reis Floresciflores.arquivo@gmail.com<p align="justify"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Os registros da história nacional vem sendo produzidos em grande escala através de meios digitais, seja em órgãos públicos ou privados. São imagens, fotografias, vídeos e documentos textuais, tudo sendo produzido digitalmente, em ferramentas tecnológicas disponíveis até na palma das mãos, ferramentas essas que estão em constante evolução e substituição, formando um acúmulo de bens patrimoniais digitais difíceis de controlar e preservar. A facilidade que a tecnologia proporciona para produção de registros digitais não é a mesma que proporciona para preservação digital destes registros, trazendo um grande desafio para organismos de preservação de patrimônio. Constantemente é noticiado casos envolvendo perdas ou roubos de dados ou documentos digitais, seja na iniciativa privada ou na administração pública, partindo também para uma questão de segurança da informação, questão essa que não será tratada nesse artigo. Há também aspectos ligados ao acesso do que é produzido digitalmente. O quanto essa produção do patrimônio digital nacional está acessível, se deve ou não deve estar disponível para consulta. Neste artigo, trataremos brevemente sobre legislações que versam sobre o acesso ao patrimônio digital nacional que retrata a história e os interesses da sociedade, o quanto as leis os protegem. Será abordado os desafios para a preservação do patrimônio digital no Brasil. Aspectos legais, financeiros e tecnológicos no âmbito do poder público federal.</span></p> <p align="justify"> </p>2024-12-17T00:00:00-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22656Entre águas e memórias: o Rio Uruguai e as transformações ambientais e sociais2024-12-17T16:58:24-03:00Lucas Antonio Franceschilucas@unochapeco.edu.br<p>O projeto busca investigar a importância histórica e ambiental do rio Uruguai, um elemento central para as comunidades que ocuparam a região Oeste de Santa Catarina e o Noroeste do Rio Grande do Sul. Estudos arqueológicos revelam que o rio foi, ao longo de séculos, um recurso essencial para alimentação, transporte e organização social dessas populações, moldando seu modo de vida e identidade.</p> <p> Este projeto foca especificamente nas comunidades ribeirinhas impactadas pela construção da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, cujas obras afetaram profundamente o modo de vida local. A pesquisa explora as transformações nas relações dessas comunidades com o ambiente natural, evidenciando como o rio, um elo fundamental e elemento integrante do cotidiano, perdeu parte de sua função tradicional devido ao deslocamento de moradores e alterações na paisagem impostas pela construção da hidrelétrica.</p> <p> A pesquisa propõe uma análise da documentação fotográfica do rio Uruguai. Fotografias anteriores registradas nas diferentes estações do ano antes da construção da usina serão usadas como fontes visuais observar e interpretar na paisagem e nas práticas comunitárias, oferecendo uma análise visual das mudanças ambientais e culturais.</p> <p> Essa investigação visa, assim, valorizar a memória das comunidades e a história ambiental da região, destacando a relevância do rio Uruguai como parte do patrimônio natural e cultural. O objetivo final é reforçar a importância da preservação dessas histórias e memórias, considerando as influências socioambientais do rio sobre a vida e a identidade cultural das populações afetadas.</p>2024-12-17T13:37:44-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22536A sucessão em pequenas propriedades familiares do Oeste catarinense2024-12-17T13:46:33-03:00Marilize Radin Frattiniradin.frattini@gmail.com<p>O processo de reocupação do território do Oeste catarinense, impulsionado a partir do início do século XX, se fundamentou na fixação de colonos em pequenas propriedades agrícolas. As dinâmicas de produção, baseadas na criação de animais e cultivo de cereais foram gradativamente inserindo a região no cenário capitalista. Ao longo do processo, e sobretudo a partir da década de 1990, o Oeste vem passando por uma reestruturação produtiva, tecnológica e industrial, com impactos diretos sobre a agricultura familiar. A continuidade dessa característica fundiária da pequena propriedade, gerida e trabalhada pela família, como em geral ocorreu em períodos anteriores, depende de sucessores. No entanto, nas últimas décadas, por diversas razões, chama atenção a sua falta. Observando a tendência de declínio de transferência de propriedades rurais para sucessores, diminuição do número de novos proprietários rurais e o consequente aumento no tamanho de novos imóveis, o artigo objetiva compreender a problemática da sucessão, no final do século XX e início do XXI, destacando o cenário que vem provocando tal situação, característica não apenas do Oeste catarinense, mas das áreas de assentamentos de imigrantes e migrantes. É relevante observar que quanto maior o envolvimento dos possíveis sucessores nas decisões que envolvem a condução da propriedade, maiores as chances de sucesso no processo de sucessão. A pesquisa será desenvolvida a partir de uma ampla revisão bibliográfica, jornais, dados do IBGE, da Epagri e documentos ligados ao Ministério da Agricultura. O estudo, qualitativo e exploratório visa abarcar os significados e características da problemática de pesquisa.</p>2024-12-17T13:46:33-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22464Guerra Civil Farroupilha em Santa Catarina: possibilidades de pesquisa2024-12-17T13:34:28-03:00Janaíta da Rocha Golinitagolin@gmail.com<p>A guerra civil farroupilha ocorrida entre os anos de 1835 e 1845 foi amplamente abordada e debatida pela historiografia. Mas, apesar de haver trabalhos importantes sobre o tema, percebe-se algumas lacunas que podem ser exploradas. A Província de Santa Catarina frequentemente aparece nas análises historiográficas de forma efêmera. Abordada de forma cronológica durante a insurreição é reservado ao território catarinense, essencialmente, os anos de 1838 e 1839, em que ocorreu a ocupação de Lages e Laguna, partindo na maioria das vezes com uma descrição breve dos acontecimentos. Esta proposta de comunicação tem o objetivo de abordar a Província de Santa Catarina no recorte cronológico entre o período de 1835 a 1845, privilegiando a guerra civil farroupilha e seus desdobramentos neste território. A preservação da memória mediante as fontes e acervos é crucial para o desenvolvimento dese trabalho. Os autores contribuíram para as questões teórico metodológicas de fronteira e história regional, conceitos que perpassam a análise deste estudo. Além disso, fontes manuscritas, impressas e digitalizadas foram preservadas ao longo do tempo. Os documentos encontrados na Coleção Varela, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (Coleção Varela), Cadernos do Centro de História e Documentação Diplomática, Jornal O Povo, Revistas do Instituto Histórico e Geográfico, Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Arquivo Público de Santa Catarina, os arquivos da Casa Candemil são algumas das fontes históricas em que se encontram fragmentos que nos ajudam a escrever um pouco desta história.</p>2024-12-17T13:34:28-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22422A escola como rugosidade: primeira Casa Familiar Rural de Santa Catarina de Quilombo2024-12-21T11:01:40-03:00Alex Ruan Vedovatto Kucmanskialexvedokuki@gmail.com<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Em um mundo em que tem muita tecnologia, temos também estruturas antigas ou atuais que divergem do mundo atual, elas são chamadas de Rugosidades Históricas, nessa pesquisa traz a luz uma observação destas rugosidades no oeste de Santa Catarina, pegando como exemplo escolas, do meio rural, como a primeira Casa Familiar Rural de Santa Catarina, a C.F.R Santo Agostinho, e uma escola abandonada que tem o mesmo nome bem em frente a Casa Familiar Rural. E usado fontes bibliográficas, e imagem para elucidar essas estruturas, tão quão as suas mudanças e permanecias como diria André Martinello, e conversando com os autores Milton Santos, André Martinello e Luiz Monteiro, sobre as estruturas em que essa pesquisa aborda e conceitos para dar um enfoque teórico sobre as rugosidades, sendo uma pesquisa que trabalha com a Geografia Histórica, os resultados previamente obtidos são as dinâmicas de como essas escolas forram construídas, e que como as técnicas estão entrelaçadas não só na forma da técnica de construção mas também em forma de como essas rugosidades estão dispostas na paisagem.</span></span></p>2024-12-21T11:01:40-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22693Do político ao ambiental, a relação entre história política e história ambiental2024-12-17T17:16:29-03:00Matheus do Nascimento Pettermatheus.petter01@gmail.com<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Este trabalho tem como objetivo promover a discussão sobre a relação entre a história ambiental e a história política, duas vertentes historiográficas que, apesar de suas diferenças, frequentemente caminham juntas e se complementam. A história política foi uma das primeiras formas de escrita da história, surgindo em meados do século XVIII, inicialmente focada na construção da história do Estado e de grandes figuras. Esse modelo se manteve até o surgimento da Escola dos Annales, que criticou duramente esse enfoque, incentivando uma reformulação da história política na segunda metade do século XX, direcionando-a para uma nova abordagem. A história ambiental, por outro lado, é uma linha de pesquisa mais recente, que ganhou maior força no final do século XX e início do XXI. Ela surge como resposta às transformações ambientais e ao impacto que estas tiveram sobre os historiadores da época, conforme aponta Lucien Febvre. Seus principais enfoques são a ideia de que as ações humanas podem produzir impactos significativos no mundo natural, a revisão dos marcos cronológicos e a compreensão da natureza como parte da história. Apesar de suas particularidades, essas duas abordagens possuem diversos pontos em comum e podem interagir diretamente. Afinal, é impossível refletir sobre as transformações ambientais sem considerar os aspectos políticos das sociedades que, de forma direta, impactam o ambiente e, consequentemente, interagem com a história ambiental.</span></span></span></p>2024-12-17T17:16:29-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22572Uma primeira aproximação às fronteiras espaciais e culturais no sul da América Portuguesa e Espanhola a partir da chegada dos europeus (Séc. XVI)2024-12-17T13:42:26-03:00Lucía Tatiana Romboláluciatrombola@gmail.comMirian CarboneraMirianc@unochapeco.edu.br<p><span class="s4"><span class="bumpedFont15">No século XVI, a chegada dos europeus ao continente americano trouxe modificações ecológicas e sociais por toda a região. No sul d</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">a América Portuguesa, atualmente sul d</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">o Brasil, o contato entre espanhóis, portugueses e povos indígenas pode ser compreendido como uma zona fronteiriça, onde o território estava em disputa, com rivalidades e alianças entre populações com interesses conflitantes e diferentes relações com o meio ambiente. Além disso, podemos entender o conceito de fronteira em um sentido identitário: os grupos étnicos são categorias atributivas e identificativas usadas pelos próprios atores em presença do "outro". Com a chegada dos europeus, as relações entre as populações indígenas foram reconfiguradas, uma vez que a etnicidade é um processo dinâmico ligado às mudanças históricas. Em certos momentos, alguns grupos se aliaram, considerando os europeus como "outros", enquanto, em outros, as inimizades pré-existentes entre os povos foram exacerbadas. Por sua vez, os europeus estabeleceram alianças com diferentes grupos indígenas.</span></span> <span class="s4"><span class="bumpedFont15">Neste trabalho, buscamos explorar </span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">as características das diferentes fronteiras por meio da leitura de fontes etno-históricas espanholas.</span></span> <span class="s4"><span class="bumpedFont15">Como primeira aproximação ao tema, utilizaremos os registros de viagem de Ulrich Schmidl</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">, </span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">que </span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">foi</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15"> um alemão que participou nas expedições</span></span> <span class="s4"><span class="bumpedFont15">espanholas.</span></span> <span class="s4"><span class="bumpedFont15">Nosso interesse é caracterizar as identidades particulares dos Guarani e dos europeus nos séculos XVI, XVII e XVIII, no sul d</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">a América Portuguesa</span></span><span class="s4"><span class="bumpedFont15">, além de compreender os espaços de fronteira cultural, as alianças e os conflitos gerados entre as identidades populacionais que coexistiram na região durante o período estudado.</span></span></p>2024-12-17T13:42:26-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22586A ocupação Guarani pré-colonial no Alto Rio Uruguai: diálogos com a História Ambiental2024-12-17T08:43:26-03:00Brendha Luana Spricigobrendhaspricigo3@gmail.comSamira Peruchi Morettosamira.moretto@uffs.edu.brMirian Carboneramirianc@unochapeco.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">O sítio arqueológico U-381 Batista Recttor pertence à unidade arqueológica Guarani e está localizado no município Alto Bela Vista-SC, na margem direita do Alto rio Uruguai. É um sítio a céu-aberto contextualizado na cobertura vegetal composta pela fitofisionomia Floresta Estacional Decidual (FED) do bioma Mata Atlântica. Foi, recadastrado em 2019 durante as atividades do Projeto de Recadastramento de Sítios Arqueológicos das Mesorregiões Oeste e Planalto de Santa Catarina (PRESASC), e encontra-se na área do reservatório da Usina Hidrelétrica Itá, sendo possível acessá-lo somente em períodos de maior estiagem. O objetivo pauta-se em uma abordagem preliminar do objeto de estudo na perspectiva da História Ambiental, acerca da interpretação do lugar e do papel da esfera natural em relação à existência humana e suas associações para com a paisagem. Tal suporte teórico-metodológico compreende como os seres humanos são afetados pelo ambiente natural ao longo do tempo e, também, como as atividades humanas interferem no meio ambiente, e suas consequências. Assim, evidencia-se a interdisciplinaridade com a Arqueologia, levando-se em consideração a datação de 505 ± 15 14C AP (UCIAMS 252936), a rota de migração Guarani no Alto rio Uruguai e a análise da cultura material do sítio arqueológico, sobretudo no que refere-se à cerâmica e sua variabilidade, a partir de lâminas petográficas. Por tratar-se de uma pesquisa ainda em início de desenvolvimento, espera-se que os resultados obtidos possam evidenciar aspectos da ocupação Guarani em uma região de fronteira ambiental e cultural, tal qual a importância do ambiente e relações para com ele estabelecidas.</span></p>2024-12-17T08:43:26-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22690Memórias e paisagens: expropriação e colonização do Faxinal do Tigre2024-12-17T14:24:19-03:00Ângela Regina da Silva Sulsbachangelareginasulsbach@gmail.comMarlon Brandtmarlon.brandt@uffs.edu.br<p class="western" align="justify"><span style="color: #050505;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O artigo tem por objetivo analisar, a partir da memória de antigos moradores, as transformações da paisagem no Faxinal do Tigre, que compõe parte do atual município de Guatambu, no Oeste de Santa Catarina, a partir do processo de colonização que se inicia na região, a partir da década de 1920, até a década de 1950, quando essa passa a dominar a paisagem local.Para compreender esse processo, a pesquisa, se valendo dos preceitos da História Ambiental, procura, a partir de fontes orais, compreender como esse processo, que trouxe uma série de transformações nesse espaço, tanto relacionados à questão da terra, com a expropriação da população cabocla e conflitos quanto nas suas novas formas de uso a partir da vinda de migrantes de origem alemã e italiana provenientes do Rio Grande do Sul foi representado e percebido por esses moradores.</span></span></span></p>2024-12-17T14:24:19-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22684Negros no Brasil: um olhar a partir da fronteira da cidadania2024-12-17T13:51:43-03:00Eliane Taffarelelianetaffarel@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Durante os debates da Constituinte de 1823, negros livres e escravizados e indígenas foram considerados por muitos deputados como não-cidadãos. A lei, outorgada em 1824, foi ambígua nessa questão. Em 1889, se inicia a República do Brasil e com ela, a necessidade de uma nova Constituição. O presente estudo faz uma análise do que se alterou com a mudança da forma de governo e a partir da nova legislação, de 1891. O objeto de análise, a partir da lei, é a comunidade Quilombola Invernada dos Negros. No pós-abolição, essa comunidade negra rural, não foi atendida em seus direitos básicos para uma efetiva cidadania. A falta de acesso à saúde e educação ficam explícitos em documentos cartoriais e judiciais. Registros de óbito, por exemplo, destacam que a grande maioria faleceu em casa, sem assistência médica. Além disso, boa parte deles foi registrada por analfabetos. Na questão educacional, ainda, podemos analisar a partir dos processos que envolvem a terra, o quanto a falta de acesso à educação contribuiu para a expropriação do território, já que a comunidade confiou nos “homens letrados” e estes, por sua vez, se utilizaram de mecanismos jurídicos para se apropriar de parte do território. O contexto republicano, no pós-abolição, não foi efetivo para garantir cidadania aos moradores da Invernada dos Negros assim como ocorreu em outras comunidades negras do país. O presente trabalho também perpassa a Constituição de 1988, considerada uma “constituição cidadã”, para debater se mais de 100 anos após a abolição, os negros e negras, especialmente os quilombolas, são respeitados e tem seus direitos garantidos como cidadãos brasileiros.</span></p>2024-12-17T13:51:43-03:00##submission.copyrightStatement##https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/HD/article/view/22519Uma rede de privilégios: as juventudes dos irmãos Bertaso a partir das redes de sociabilidades da família (1923-1930)2024-12-17T08:57:31-03:00Isabel Schapuis Wendlingisabel.wendling@live.com<p>Esta pesquisa tem como objetivo analisar as redes de sociabilidades da família Bertaso, em especial dos irmãos Elza, Serafim e Jayme para entender como essas redes possibilitaram a formação e manutenção da família enquanto uma elite, além de facilitar acessos a privilégios de classe para jovens daquela época. Para tanto, o mapeamento das redes parte das correspondências da família, com o arquivo particular da família Bertaso disponível no CEOM. A família Bertaso, desde os anos de 1919 a partir da figura do Cel. Ernesto Bertaso e sua empresa colonizadora Bertaso, Maia e Cia, viveu uma rápida acessão social, alcançando o status de elite regional. A atuação da família ultrapassou as relações comerciais, sendo conhecida pela ação coronelista na região de Chapecó. Os jovens Elza, Serafim e Jayme foram os filhos de Ernesto e de Zenaide, e desde muito novos foram enviados para os grandes centros do país para estudar em colégios de regime interno, distintos em gênero e direcionados para crianças e jovens burgueses. Nesses colégios, os irmãos receberam uma educação ampla e que os diferenciava de outras crianças de classes pobres. Por estarem em grandes centros e puderam acessar espaços de sociabilidades limitados a tantos outros jovens. Nesses espaços, por meio da agência de si e da subjetivação, esses jovens puderam formar amizades e expandir as redes sociais de elite.</p>2024-12-17T08:57:31-03:00##submission.copyrightStatement##