Os Sete Povos das Missões, ocupação territorial e fronteira: crítica documental das cartas do Pe. Antônio Sepp

  • Miguelângelo Corteze IFRS
  • Antonio Marlos Myskiw UFFS
Palavras-chave: Sete Povos das Missões, História Agrária, Movimentos populares

Resumo

O objeto desse artigo está em problematizar os escritos do Padre Antônio Sepp e sua obra, procurando contextualizar para realizar uma crítica documental. A proposta se orienta através de algumas perguntas. O que é? Quando foi escrito? Quem escreveu? Por que escreveu? Para quem foi escrito? Em que condições foi escrito?  Quem reuniu os escritos de Sepp e publicou? Quem traduziu? Qual editora publicou a obra em português e em quê ano? Essas questões servem de guia para investigar o legado missioneiro e repensar as Missões Jesuíticas nessa fronteira como um dos grandes temas da América colonial, especialmente os Sete Povos das Missões, procurando possíveis ligações com a ocupação territorial posterior nessa região. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e histórico sob o olhar do Pe Antônio Sepp, jesuíta que participou, dando os melhores anos de sua vida num projeto que ultrapassou o imediato. Além das cartas de Sepp, serão usadas outras fontes para construir um melhor cenário. A forma de ocupação coletiva da terra ali desenvolvida conseguia atender as necessidades básicas dos aldeamentos e a redução de São João Batista, da qual Pe Antônio Sepp foi protagonista, serve de linha central. Os resultados ainda são provisórios, mas tudo indica que existe uma forte relação da experiência dos Sete Povos com o processo que se desenrolou na sequência com a ocupação territorial e os movimentos populares, ocorridos nos séculos seguintes.

Biografia do Autor

Antonio Marlos Myskiw, UFFS

Orientador e Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Docente efetivo e coordenador do Programa de Mestrado em História, da UFFS, Campus Chapecó "Fronteiras, Migrações e Sociedades"

Publicado
17-12-2024