Paisagem cultural no Território Federal de Roraima na Amazônia: uma história marcada pelo “Milagre Amarelo” (1968-1978)

  • Rosangela Maria Bezerra da Costa Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fronteira Sul Campus Chapecó/SC (UFFS)
  • Jaisson Teixeira Lino Universidade Federal Fronteira Sul
Palavras-chave: Paisagem Cultural, Garimpo na Amazônia, Milagre Amarelo no Território Federal de Roraima, Patrimônio Cultural em Roraima

Resumo

Roraima é um Estado marcado por grandes conflitos principalmente a luta dos indígenas pelo direito a posse da terra, e a garimpagem. Em sua construção surgem pautas voltadas para o garimpo, este serviu para promover o adensamento populacional do território, que viria a ser a atividade econômica impulsionadora do projeto de integração nacional no período  militar. Atual Boa Vista, Capital de Roraima abriga características visíveis em sua Paisagem Cultural, a exemplo a alusão ao monumento o “Garimpeiro”, a Feira do Garimpeiro, a Rua do Ouro, resquícios da época áurea da exploração do minério. Descrever via fatos/acontecimentos como se caracterizou a Paisagem Cultural do então Território Federal de Roraima integrante da Amazônia Brasileira, é a proposta desde estudo a partir da inserção garimpeira no período histórico desse rincão do lavrado descrito na bibliografia de Roraima como o “Milagre Amarelo” (1968-1978). Na busca por melhores resultados optou-se pela análise de conjuntura, por ser um dos métodos bastante aplicado em estudos dos fenômenos sociais do presente/passado, possibilitando observar os fatos, sua conjuntura e suas estruturas históricas, e revisão bibliográfica na literatura. Constatou-se que a caracterização das Paisagens Culturais de Boa Vista foram sim influenciadas pela imersão do “garimpo” em sua formação histórica-sociológica e cultural, e ocorreu em parte por uma série de medidas e ações estratégicas lançadas em prol da territorialização em consonância com os princípios dos governos militares. Vale ressaltar que existem forças contraditórias a esse contexto. Entretanto, as Paisagens Culturais não escondem a sua história tão pouco o seu passado.  

Biografia do Autor

Rosangela Maria Bezerra da Costa, Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fronteira Sul Campus Chapecó/SC (UFFS)

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fronteira Sul
Campus Chapecó/SC (UFFS)

Jaisson Teixeira Lino, Universidade Federal Fronteira Sul

Guaduado em História pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2002), Especialista em Arqueologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai (URI) em 2007, Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007) e Doutor pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro(UTAD) de Portugal (2012), com reconhecimento de diploma no Brasil pela Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado pela Universidade de Amsterdã, Holanda. Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, campus de Chapecó-SC e Bolsista Produtividade do CNPq - Nível 2. Tem experiência nas áreas de Arqueologia Pré-histórica, Arqueologia Histórica, Arqueologia do Conflito, Estudos sobre Patrimônio Cultural, História da Cultura Material, Paisagens Culturais e História Indígena.

Publicado
16-12-2024