Paisagem cultural no Território Federal de Roraima na Amazônia: uma história marcada pelo “Milagre Amarelo” (1968-1978)
Resumo
Roraima é um Estado marcado por grandes conflitos principalmente a luta dos indígenas pelo direito a posse da terra, e a garimpagem. Em sua construção surgem pautas voltadas para o garimpo, este serviu para promover o adensamento populacional do território, que viria a ser a atividade econômica impulsionadora do projeto de integração nacional no período militar. Atual Boa Vista, Capital de Roraima abriga características visíveis em sua Paisagem Cultural, a exemplo a alusão ao monumento o “Garimpeiro”, a Feira do Garimpeiro, a Rua do Ouro, resquícios da época áurea da exploração do minério. Descrever via fatos/acontecimentos como se caracterizou a Paisagem Cultural do então Território Federal de Roraima integrante da Amazônia Brasileira, é a proposta desde estudo a partir da inserção garimpeira no período histórico desse rincão do lavrado descrito na bibliografia de Roraima como o “Milagre Amarelo” (1968-1978). Na busca por melhores resultados optou-se pela análise de conjuntura, por ser um dos métodos bastante aplicado em estudos dos fenômenos sociais do presente/passado, possibilitando observar os fatos, sua conjuntura e suas estruturas históricas, e revisão bibliográfica na literatura. Constatou-se que a caracterização das Paisagens Culturais de Boa Vista foram sim influenciadas pela imersão do “garimpo” em sua formação histórica-sociológica e cultural, e ocorreu em parte por uma série de medidas e ações estratégicas lançadas em prol da territorialização em consonância com os princípios dos governos militares. Vale ressaltar que existem forças contraditórias a esse contexto. Entretanto, as Paisagens Culturais não escondem a sua história tão pouco o seu passado.