Dialética da Violência do Contestado (1912 – 1916)

  • Cainã Paulino Oliveira UFFS
Palavras-chave: Forças Armadas; República; Estado; Economia Política.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão crítica sobre a violência do Estado em prol de interesses econômicos no conflito que envolveu pequeno posseiros, caboclos e indígenas de um lado, e membros do poder local, como grandes chefes políticos e fazendeiros do outro, denominado Guerra do Contestado entre 1912 – 1916. O problema deste trabalho é perceber a disposições repressivas do Estado no período Republicano, período este marcado pela modernização das Forças Armadas, tanto as suas instruções militares, seus arsenais de guerra, táticas de combate e a forma com que se recrutavam os soldados. Além disso, é dever levar em consideração os princípios modernizantes da República baseados no progresso e na busca por uma nova visão da sociedade sobre as forças armadas, cujo século XIX foi circunscrito fazendo com que ficassem marcas na memória das populações que sofreram com a violência. Neste sentido, a crítica que se faz é que a violência empregada pelas forças armadas contra as populações mais pauperizadas da sociedade nada mais é do que a legitimação da violência pelo próprio Estado e, no caso do Contestado, se dá em grande parte por interesses na Economia Política.

Publicado
18-03-2022