A FÊNIX NEGRA E A FRAGMENTAÇÃO DA IDENTIDADE:UMA ANÁLISE DAS TEORIAS FREUDIANAS EM JEAN GREY /FÊNIX NA SAGA DA FÊNIX NEGRA.
Resumo
Ao longo do tempo, as graphic novels consolidaram-se como uma significativa forma de arte dentro da cultura popular, ultrapassando o simples entretenimento ao abordar temas complexos ligados à psicologia, à sociedade e à experiência existencial humana. Essas obras oferecem ao público intensas reflexões sobre a mente, a identidade e os conflitos internos dos personagens, transformando as histórias em quadrinhos em um meio de análise crítica e expressão da condição humana. Entre as narrativas que evidenciam essa profundidade, destaca-se a "X-Men: Saga da Fênix Negra", na qual, por meio da trajetória de Jean Grey, é possível observar uma intensa batalha entre as forças psíquicas do Id, Ego e Superego, conforme definidas pela teoria de Freud. A análise do percurso de Jean Grey demonstra como a cisão entre razão e desejo, intensificada tanto por influências externas quanto pela liberação descontrolada dos instintos internos, culmina em destruição e sacrifício. Assim, este artigo propõe-se a examinar a transformação de Jean Grey sob a visão da Teoria Freudiana, evidenciando como a literatura gráfica é capaz de ilustrar dilemas existenciais profundos e contribuir para a compreensão da dualidade humana, ao mesmo tempo em que reafirma a relevância das histórias em quadrinhos como ferramenta cultural e de formação crítica.