AS MASCULINIDADES NA NARRATIVA DISTÓPICA DA FRANQUIA OS VINGADORES: UM ESTUDO EM ´PERSPECTIVA DIALÓGICA DA LINGUAGEM

Resumo

Este estudo trata de uma pesquisa, em andamento, que focaliza a análise acerca das masculinidades na narrativa distópica da franquia Os Vingadores. A delimitação temática tem como escopo o estudo da heterogeneidade constitutiva e mostrada (marcada e não marcada) no discurso, sob a perspectiva dos estudos dialógicos da linguagem (Bakhtin, 2016[1979]; Volóchinov, 2018[1929]) e com foco nas masculinidades no que tange à ordem de gênero (Connell, 2015; 2016), a partir da análise do protagonista do filme Capitão América: Guerra Civil (2016). Para a investigação, questiona-se em que medida é possível (re)conhecer as representações de masculinidades, a partir da análise discursiva em perspectiva dialógica, na construção de personagens, como o protagonista do filme estudado. O objetivo geral é analisar, por meio do prisma teórico, os discursos em torno do protagonista da narrativa distópica, a fim de responder à pergunta de pesquisa. Quanto à natureza, este trabalho caracteriza-se como teórico-empírico, pressupondo a discussão e a fundamentação da literatura especializada na área, além da busca pela compreensão prática, no que concerne às reflexões acerca das masculinidades. Os dados são gerados por meio de documentação indireta, em pesquisa bibliográfica e investigação da película. Para a análise e a interpretação das informações, o método usado é o dialético - entendido como uma construção de conhecimento no campo das Ciências Humanas -, com procedimentos técnicos de cunho histórico e comparativo. Ao entender que há necessidade de repensar o papel do homem como sujeito inserido em contextos sociais, históricos e culturais, bem como refletir sobre as múltiplas formas de masculinidade que emergem nos discursos fílmicos, como resultados parciais, percebe-se que potencializa as discussões sobre a temática, em função da ampla difusão da película no cenário contemporâneo, do público diverso, pode conferir um caráter de universalidade ao objeto de estudo, propiciando uma comparação análoga a fenômenos sociais semelhantes.